Warren Buffett aparece na lista principalmente por conta de seus negócios no setor de energia (Foto: Alex Wong/Getty Images)

As mudanças climáticas estão ameaçando faunas e floras inteiras, assim como a integridade de diversas cidades e a sobrevivência de diferentes populações. A ciência prova que o aquecimento se deve ao aumento na emissão de gases de efeito estufa .

Entre as principais origens dos gases de efeito estuda está a indústria, principalmente aquela que lida com combustíveis fósseis.

O portal Bloomberg, com dados da consultoria CDP, identificou os 10 bilionários cuja fortuna mais está ligada a emissão de gases de efeito estufa:

1. Família Koch


O empresário David Koch atuou como vice-presidente da Koch Industries até sua apósentadoria, em 2018. (Foto: GETTY IMAGES)

Com uma fortuna estimada em US$ 150 bilhões, a Koch Industries é considerada uma das pioneiras no ramo petrolífero. Fundada em 1940, também têm atividades nos setores de químicos, componentes eletrônicos e software.

Apesar do seu histórico pouco sustentável, a Koch Industries está tomando ações para reduzir sua emissão de dióxido de carbono. Uma de suas refinarias, a Flint Hills Resources Pine Bend, gastou US$ 400 milhões para diminuir o impacto ambiental.

2. Clã Saud


Mohammed bin Salman é príncipe herdeiro da Arábia Saudita e chefe da corte real da Casa de Saud. (Foto: REUTERS)

A influência da família Saud, fundadora da Saudi Aramco, é tão grande que inspirou o nome de um país: a Arábia Saudita. A fortuna estimada do clã (que conta com mais de 15 mil membros) chega na marca de US$ 100 bilhões, oriunda de seus negócios no setor de petróleo.

Apesar do seu ramo de negócios, a Saudi Aramco se empenha para aprimorar a performance de seus motores de combustão internos, reduzindo a pegada de carbono da empresa.

3. Warren Buffett
O conglomerado Omaha, controlado por Buffett, entra na lista principalmente por sua divisão de energia, a Berkshire Hathaway Energy. A empresa foi responsável pela emissão de 189 milhões de toneladas de gases do efeito estufa em 2018.

A empresa estão trabalhando para reduzir seu impacto ambiental. A Berkshire Hathaway Energy espera que todos os seus clientes em Iowa sejam abastecidos com energia renovável até 2021.

4. Mukesh Ambani


Mukesh Ambani, homem mais rico da Ásia. (Foto: Creative Commons)

O homem mais rico da Ásia tem US$ 56 bilhões em participações na Reliance Industries, dona do maior complexo de refino de petróleo do mundo. Ambani também tem investimentos nos setores de varejo e serviços digitais.

Além de reusar metade de sua água, a Reliance liderou campanhas que incentivam os funcionários a reciclar plástico. A propriedade em que está a refinaria de Jamnagar, também controlada pela empresa, abriga o maior pomar de manga da Ásia em terras áridas.

5. Leonid Mikhelson e Gennady Timchenko


Leonid Mikhelson é CEO da Novatek. (Foto: Creative Commons)

A Novatek é responsável por 9% da produção de gás natural na Russia. Seu CEO, Leonid Mikhelson, tem uma fortuna de US$ 25 bilhões. Já Gennady Timcheko, um dos maiores investidores da empresa, acumula US$ 21 bilhões de patrimônio.

Apesar do setor de atuação, altamente poluente, a Novatek é participante do índice FTSE4Good Index, que identifica empresas que demonstram fortes iniciativas ambientais, sociais e governamentais.

6. Vagit Alekperov e Leonid Fedun

A Lukoil é a maior empresa privada produtora de petróleo na Russia. Além de seus empreendimentos no oeste da Sibéria, a companhia está desenvolvendo campos de extração offshore no Mar Cáspio e expandindo seus negócios na África.

Controlada pelos bilionários Vagit Alekperov e Leonid Fedun, cujas fortunas somam US$ 31,4 bilhões, a Lukoil também está investindo na produção de gás no Uzbequistão.

Segundo Leonid Fedun, a expectativa é que a empresa zere sua pegada de carbono até 2050.

7. Família Duncan

Fundada por Dan L. Duncan em 1968, a Enterprise Products é mais uma empresa especializada na produção de petróleo nesta lista. A companhia afirma ter lucrado US$ 4,2 bilhões. A fortuna estimada do clã está na casa de US$ 26,8 bilhões.

Para diminuir seu impacto ambiental, a Enterprise tem mais de 10,5 mil estações de medição em todo o país operando com energia solar.

8. Família Porsche/ Piech
Essa dinastia alemã e austríaca controla a Volkswagen, maior montadora de automóveis do mundo, que fabricou mais de 10 milhões de veículos em 2019.

O grupo Volkswagen também planejando se tornar menos danoso para o meio ambiente. E empresa afirma que deve se tornar livre de emissões de carbono até 2050.

9. Lakshmi Mittal
A família Mittal é proprietário de mais de 37% da ArcelorMittal, uma siderúrgica formada após a Mittal Steel comprar a Arcelor, sediada no Luxemburgo, em 2006. Os embarques de aço da empresa totalizaram 83,9 milhões de toneladas em 2018. A companhia também tem operações de mineração e é uma grande produtora de minério de ferro.

A empresa planeja construir uma usina por US$ 133 milhões, na Bélgica, que converterá o gás carbono gerado por suas atividades em bioetanol.

10. Família Agnelli
A Exor, holding da família Agnelli, detém uma participação de 29% na montadora Fiat Chrysler Automobiles. Outros negócios do clã incluem a fabricante de carros esportivos Ferrari e de caminhões CNH Industrial.

A Fiat Chrysler espera reduzir as emissões de dióxido de carbono de 25% a 30%, entre 2018 e 2024, em suas quatro principais regiões. A CNH Industrial pretende reduzir em 46% suas emissões. A Ferrari lançará seu primeiro carro híbrido em 2019.

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