segunda-feira, outubro 7, 2024
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Modificação bizarra traz Tesla Model 3 a metade do preço…

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Imagem Tesla Model 3 híbrido


O Model 3 da Tesla é o elétrico que mais vende no mundo. Contudo, este veículo recebeu um bizarro conjunto de baterias e uma modificação que o equipa com “motores híbridos”. Por trás desta “invenção” está uma empresa de engenharia austríaca.

Para acutilar ainda mais o goto, a empresa promete um Tesla Model 3 com o dobro da autonomia e um preço muito mais baixo que o original. Mas não estará a andar “para trás”?

Imagem Tesla Model 3 híbrido

E se o Tesla Model 3 custasse metade do que custa?

Provavelmente deverá estar a pensar como será possível transformar e melhorar o que atualmente é um dos carros mais “avançados” em produção. Contudo, vindo da Áustria, apareceu um projeto de uma empresa que afirma poder tornar o amplamente popular Modelo 3 mais barato com o dobro do alcance, mas a metade do custo.

A conversão híbrida do Tesla Model 3 Plug-in da Obrist Powertrain chamada “Obrist Mark II” atingirá uma autonomia para 1000 quilómetros. Segundo a empresa, este receberá um conjunto de baterias “downgrade” e a adição de um motor a gasolina montado na frunk (ou na mala frontal).

A empresa afirma que os veículos elétricos de hoje têm uma infraestrutura incompleta, alcance inadequado e custo proibitivo para o consumidor médio. Esse cenário torna-se uma  inspiração para a solução de motorização “HyperHybrid”.

 

HyperHybrid transforma Tesla Model 3 num híbrido

Conforme é descrito no site da empresa, a plataforma HyperHybrid é uma solução para aqueles que procuram ter um impacto positivo sobre o meio ambiente, mas sem gastar muito dinheiro. Nesse sentido, a sugestão de engenharia passa por substituir o conjunto de baterias Tesla Modelo 3 de ~50 kWh com células 2170 por um conjunto de baterias mais pequenas de 17,3 kWh, células 18650, mais antigas. Assim, o ganho era significativo em termos de peso, face ao conjunto vindo de fábrica.

Além disso, será adicionado um motor a gasolina de dois cilindros. Este motor será colocado na mala frontal, vulgarmente chamada de frunk (frontal trunk) do elétrico. Então, nesse mesmo espaço, a empresa também coloca a bateria de iões de lítio de substituição, a Obrist apresenta a máxima eficiência energética a um preço inigualáveis.

 

Preço de combate e derrota do conceito

Com um custo de 2231,90 dólares para o sistema de baterias, de 17,3 kWh e 1.339,14 dólares para o motor, o preço total do sistema é de 3.571,04 dólares, ou cerca de 55% mais barato do que o custo de um módulo de bateria de 50 kWh.

No passado mês de outubro, a Obrist assinou o seu primeiro acordo de licença para o carro. Agora a empresa da Áustria planeia ter o primeiro carro HyperHybrid disponível para compra pública em 2023. Um protótipo já se encontra na Alemanha para testes ao lado de um BMW i3. O fundador da empresa, Frank Obrist, ainda não divulgou um nome exato para o carro.

Apesar de ser um conceito interessante modificar um Tesla Modelo 3, com a substituição da bateria por um módulo menor e mais leve, o adicionar um motor térmico na frunk derrota o propósito de comprar um Tesla por completo. Aliás, a génese de quem compra um Tesla é a própria participação na melhoria da crise climática.

Contudo, este projeto oferece o que de mais avançado existe em tecnologia automóvel colmatando o calcanhar de Aquiles destes carros, a autonomia. Morre é o conceito mais basilar dos elétricos.

 



‘carro elétrico é profundamente disruptivo’

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'carro elétrico é profundamente disruptivo'


A eletrificação é caminho sem volta, mesmo no Brasil que tem o etanol como excepcional alternativa energética

Sérgio Habib ousa novamente. Empresário brilhante, acreditou na Citroën e foi seu primeiro importador, mesmo com o imposto de 85%. Assumiu depois a JAC: além de montar uma rede de 50 concessionários, tentou fabricar os chineses na Bahia, mas foi nocauteado por Dilma Rousseff e seus 30 pontos adicionais no IPI para “proteger” a indústria nacional.

Anuncia agora o desembarque de cinco carros elétricos da JAC. Louco ou sábio? A Volkswagen aposta na segunda opção, pois ela também fez parceria na China com a JAC, para desenvolver elétricos. Habib não atirou no escuro: analisou cuidadosamente a eletrificação veicular antes de decidir importá-los.

Algumas de suas conclusões:

  • Cliente de carro elétrico não volta ao “térmico” (como ele chama os automóveis convencionais, com motor a combustão);
  • Ainda é complicado viajar com o elétrico, mas a maioria que o compra tem outros carros na garage para viagens mais longas;
  • Não há fidelização quando o cliente opta pelo elétrico: 88% mudam de marca ao adquirí-lo;
  • Elétrico necessita de 8.000 componentes na linha de montagem, enquanto o “térmico” usa 15 mil e o híbrido chega a 17.500;
  • É caro devido ao elevado preço das baterias. Mas, a cada ano, seu custo se reduz cerca de 12%  e ganham 6% de densidade energética. Em cinco anos, ganharam 25% de peso mas passaram a oferecer 50% mais de autonomia. Várias fábricas oferecem, no mesmo modelo, a opção de autonomia (e custo) mais conveniente às necessidades do cliente;
  • A legislação de emissões vai tornar obrigatória a presença do carro elétrico em todas as marcas;
  • A polícia de Nova Iorque roda com três elétricos, Chevrolet Bolt, Nissan Leaf e Ford Focus. Seu preço mais elevado é largamente compensado pelo custo de manutenção: U$ 250 por ano, contra U$ 1.500 dos “térmicos”. Além disso, o elétrico fica – em média – um dia parado por ano, contra 16 dias do térmico.
  • Fábricas tradicionais começam a se preocupar, pois a venda de peças de reposição paga suas despesas. E o elétrico reduz significativamente este faturamento.

Em resumo, diz Habib, o carro elétrico representa uma profunda disrupção com significativa redução de custos na linha de montagem, na manutenção e no dia-a-dia do motorista.

“Basta lembrar – diz ele – que o elétrico dispensa escapamento, catalisador, correias, filtros, óleos, fluidos, velas e outras peças”.

E, pelos problemas ambientais, está ganhando terreno no mundo, incentivado principalmente pelos países mais dependentes da importação de petróleo. Na Noruega, já representam mais de 50% das vendas, pois são isentos de impostos.

A China vende metade dos elétricos no mundo e são inúmeras as vantagens oferecidas aos seus usuários. Em Paris, diversos estacionamentos reservam vagas exclusivas, com carregadores.

Habib estima a venda de 5.000 elétricos no Brasil em 2020. E quer uma fatia deste bolo para a JAC. Se o SUV virou queridinho do mercado, ele começa trazendo três deles, o iEV20, iEV40 e iEV60 além uma picape praticamente sem concorrente no mundo.

E já iniciou as pré-vendas, por R$ 260 mil, do único caminhão elétrico no mercado, o JAC iET1200. Peso bruto de 5,8 toneladas, motor de 177 cv e um torque gigantesco de 122, 37 kgfm. Autonomia de 200 km. Recarga completa  (220 V) em 17 horas. Carregador trifásico (380 V) reduz o tempo para duas horas.

carro elétrico: o caminhão JAC iev 1200 t
iEV1200

O etanol deverá se tornar excelente solução alternativa para o Brasil: nos híbridos flex, em motores projetados para ele, ou como combustível para acionar motores elétricos, pois é possível retirar o H2 do álcool e usá-lo para alimentar a fuel-cell.

Entretanto, qualquer matriz energética adotada num país que mantenha o motor a combustão terá necessariamente um minimo de 20% do mercado de elétricos, em função das exigências de emissões.

Esta foram conclusões otimistas do Sérgio Habib? Não! De outros executivos e analistas da nossa industria automobilística.

Fotos JAC | Divulgação

Engenheira capixaba transforma Fusca em carro elétrico

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engenheira instalando motor elétrico fusca


A engenheira eletricista Aline Gonçalves Santos, 31 anos, desenvolveu um audacioso projeto tecnológico e conseguiu equipar seu Fusca de 1971 com um motor elétrico.

Apesar da ideia de ligar o veículo na tomada de casa para ‘abastecê-lo’ ainda parecer distante para muitos brasileiros, Aline quer mostrar que é possível.

Moradora de Vila Velha (ES), a engenheira capixaba estudou e elaborou por dois anos um estudo em que buscava identificar os componentes necessários para criar um motor elétrico para seu carro de meio século. A pesquisa é um passo adiante para adaptar os carros movidos a combustíveis fósseis no país.

Ajuda para campeão de jiu-jitsu que vende biscoitos para competir

Enquanto as grandes montadoras competem em uma corrida para ver quem chega com mais força na era dos veículos elétricos, Aline estuda de maneira independente uma maneira de popularizar essa realidade para os carros brasileiros. “O futuro já se tornou presente”, afirma.

engenheira abrindo capô fusca

Fusca elétrico

A engenheira executou diversos testes em seu veículo antes de lançar a startup MeuVeb. Com a ajuda de uma equipe de eletricistas e mecânicos, e um investimento inicial de R$ 60 mil, Aline conseguiu equipar seu Fusca com o motor elétrico. Eficiência: roda 50 quilômetros a uma velocidade de 50 km/h.

Leia também:

É um carro urbano, dentro da proposta de popularizar o veículo elétrico. Não é projetado para viagens, por exemplo. Um estudo apontou que a velocidade média em Vitória é de 30km/h, portanto, o Fusca está excelente. As pessoas ficam mais tempo com o pé na embreagem do que no acelerador”, disse a inventora, que expôs o veículo no evento Mec Show 2018, recebendo elogios e propostas de parcerias de paraguaios e chineses para o aprimoramento do motor.

Kit por R$ 45 mil

Dois anos de pesquisas e muito quebra-cabeças viraram dois dias: este é o prazo para Aline transformar qualquer carro movido a gasolina/etanol em um veículo elétrico. Dois dias! Por R$ 45 mil, preço do kit comercializado pela startup, isso é possível.

Segundo a engenheira, qualquer veículo pode ser adaptado, mas, de início, ela trabalha apenas com modelos antigos, com chassi Volkswagen, como Fusca, Karmanguia, Puma e Brasília.

“A nossa proposta é galgar para chegar a carros mais novos”, contou Aline, que participou em abril da InovAtiva Brasil, o principal programa de aceleração em larga escala para negócios inovadores do país, em São Paulo. Seu mentor é o Nelson Nishiwaki, referência em consultoria no mercado automobilístico brasileiro e auditor da Toyota.

Ajuda para campeão de jiu-jitsu que vende biscoitos para competir

Plano futuro

A longo prazo, a capixaba reforça que pretende consolidar seu plano de negócios e, a partir do apoio do seu mentor no InovAtiva Brasil, conseguirá verificar a viabilidade do seu projeto e traçar metas de médio e longo prazos.

engenheira instalando motor elétrico fusca

Chegando praticamente sozinha em um mercado multibilionário controlado por meia dúzia de conglomerados internacionais, Aline brinca com sua situação: “me sinto uma sardinha no meio dos tubarões”.

No entanto, não teme a competição. Encara os desafios e quer popularizar essa nova realidade. “Quando eu me deparei com o valor de um veículo elétrico, eu percebi que a população brasileira não tinha condições de comprar. Eu não tenho condições de comprar, e eu queria muito um carro elétrico.”

Seguindo uma forte tendência que acontece nos Estados Unidos e até mesmo no Uruguai, Aline quer criar um novo mercado: oficinas para transformação de carros elétricos e, ainda, quer compartilhar os veículos!

Você conhece o VOAA? VOAA significa vaquinha online com amor e afeto. E é do Razões! Se existe uma história triste, lutamos para transformar em final feliz. Acesse e nos ajude a mudar histórias.

Fonte: AutoVídeos/Fotos: Reprodução/Thiago Coutinho



Model Y. O próximo carro elétrico da Tesla foi avistado na estrada

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Model Y. O próximo carro elétrico da Tesla foi avistado na estrada


O Model Y é o próximo carro elétrico da Tesla a chegar às lojas. O novo modelo tem início de produção previsto para o final de 2020 mas o protótipo do carro já foi avistado a circular nas ruas.

A ocasião mais recente foi no estado de Washington, nos EUA, onde alguém notou a presença do veículo e não resistiu a captar (e a partilhar o momento em vídeo). Como pode ver pelo vídeo, o Model Y tem um design semelhante ao do Model X, ainda que retenha dimensões mais aproximadas às do Model 3.

Resta agora saber se a produção do Model Y começará de facto na altura prevista ou se o calendário permitirá antecipar esta fase. Pode ver abaixo o vídeo do Tesla Model Y.



Nissan mostra preços do novo Sentra nos EUA, sedã que pode ser vendido no Brasil

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Nissan mostra preços do novo Sentra nos EUA, sedã que pode ser vendido no Brasil


Mitsubishi arrow-options
Divulgação

Mitsubishi Outlander terá novos equipamentos em sua nova geração, com tecnologia híbrida

O Mitsubishi Outlander sofreu poucas modificações desde a chegada da atual geração, em 2016. Entretanto, conforme o chefe europeu da fabricante, Bernard Loire, a Mitsubishi lançará a nova geração no segundo semestre de 2020, que será montada em uma plataforma desenvolvida pela aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Além disso, um novo modelo inédito, menor que o Outlander e maior que o Eclipse Cross, será lançado em conjunto.

LEIA MAIS: Nova Mitsubishi L200 Triton está confirmada para o Brasil

Entre as maiores mudanças anunciadas, destaca-se o motor híbrido plug-in, que equipará ambos os modelos. Outra revelação dada por Bernard Loire é que a opção de motor a diesel não estará mais disponível, visto que a sua demanda nos países europeus tem diminuído. O novo Mitsubishi Outlander 2020 será construído sobre a plataforma modular CMF C/D, também usado em modelos como o novo Sentra, além dos Renault Espace, Kadjar, Mégane, Koleos e Scénic.

LEIA MAIS: Mitsubishi Pajero Sport de muda de visual novamente, mas fora do Brasil

Com a nova plataforma, o SUV híbrido deverá aumentar de tamanho, privilegiando especialmente o espaço para os passageiros da última fileira. No visual, deve receber carroceria mais robusta com linhas retas e teto com efeito flutuante. Junto a isso, os faróis prometem ser divididos, com a assinatura feita por LEDs. Apesar disso, ainda não há confirmações oficiais sobre detalhes mais específicos.

Duas novas versões do Eclipse Cross no Brasil

Mitsubishi arrow-options
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Mitsubishi Eclipse Cross chega com novos preços para aumentar sua competitividade

Apresentada em dezembro, a nova configuração de entrada do Mitsubishi Eclipse Cross é a GLS. Para ficar mais de R$ 20 mil mais acessível do que a antiga versão inicial HPE-S, o SUV perdeu itens como retrovisores externos com rebatimento elétrico, faróis de LED, teto solar, ar-condicionado de duas zonas, HUD (Head-Up Display), bancos de couro e o pacote tecnológico com ACC e frenagem automática de emergência.

LEIA MAIS: Sabemos que o Mitsubishi Pajero Sport vai bem na terra. Mas e na cidade?

A outra adição na linha é a da versão HPE. Com preço de tabela de R$ 144.990, perde menos equipamentos para as configurações mais caras, preservando os retrovisores com rebatimento elétrico, os bancos de couro com aquecimento, o HUD, e a chave presencial (presente também no Mitsubishi Outlander ), mas deixando de fora o pacote tecnológico. Toda a linha é equipada com o motor 1.5 turbo, de 165 cv.

Carro por assinatura se torna alternativa para reduzir despesas com veículo

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Carro por assinatura se torna alternativa para reduzir despesas com veículo


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Mitsubishi Outlander terá novos equipamentos em sua nova geração, com tecnologia híbrida

O Mitsubishi Outlander sofreu poucas modificações desde a chegada da atual geração, em 2016. Entretanto, conforme o chefe europeu da fabricante, Bernard Loire, a Mitsubishi lançará a nova geração no segundo semestre de 2020, que será montada em uma plataforma desenvolvida pela aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Além disso, um novo modelo inédito, menor que o Outlander e maior que o Eclipse Cross, será lançado em conjunto.

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Entre as maiores mudanças anunciadas, destaca-se o motor híbrido plug-in, que equipará ambos os modelos. Outra revelação dada por Bernard Loire é que a opção de motor a diesel não estará mais disponível, visto que a sua demanda nos países europeus tem diminuído. O novo Mitsubishi Outlander 2020 será construído sobre a plataforma modular CMF C/D, também usado em modelos como o novo Sentra, além dos Renault Espace, Kadjar, Mégane, Koleos e Scénic.

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Com a nova plataforma, o SUV híbrido deverá aumentar de tamanho, privilegiando especialmente o espaço para os passageiros da última fileira. No visual, deve receber carroceria mais robusta com linhas retas e teto com efeito flutuante. Junto a isso, os faróis prometem ser divididos, com a assinatura feita por LEDs. Apesar disso, ainda não há confirmações oficiais sobre detalhes mais específicos.

Duas novas versões do Eclipse Cross no Brasil

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Apresentada em dezembro, a nova configuração de entrada do Mitsubishi Eclipse Cross é a GLS. Para ficar mais de R$ 20 mil mais acessível do que a antiga versão inicial HPE-S, o SUV perdeu itens como retrovisores externos com rebatimento elétrico, faróis de LED, teto solar, ar-condicionado de duas zonas, HUD (Head-Up Display), bancos de couro e o pacote tecnológico com ACC e frenagem automática de emergência.

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A outra adição na linha é a da versão HPE. Com preço de tabela de R$ 144.990, perde menos equipamentos para as configurações mais caras, preservando os retrovisores com rebatimento elétrico, os bancos de couro com aquecimento, o HUD, e a chave presencial (presente também no Mitsubishi Outlander ), mas deixando de fora o pacote tecnológico. Toda a linha é equipada com o motor 1.5 turbo, de 165 cv.

Por que a Ford perdeu 4º lugar de vendas pela segunda vez em três anos

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Por que a Ford perdeu 4º lugar de vendas pela segunda vez em três anos


O ano de 2019 definitivamente não foi fácil para a Ford. Os problemas surgiram já em fevereiro, quando a empresa anunciou o fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Foram quase seis meses de impasses e apreensão dos 1.350 funcionários, que acabaram perdendo seus empregos quando o último caminhão deixou a linha de montagem em outubro.

Para piorar, a empresa perdeu a tradicional quarta colocação no ranking de participação de mercado no Brasil. Acabou sendo ultrapassada pela Renault, que conquistou 9% de participação de mercado contra 8,2% da marca do oval azul. Não foi a primeira vez que isso aconteceu: em 2016, a Ford amargou a 6ª posição após ser desbancada por Hyundai e Toyota.

Ironicamente, tudo isso ocorreu justamente no ano em que a empresa celebrou 100 anos de atividades no Brasil. Mas o que aconteceu desta vez?

Ka: a “estrela solitária”

A Ford teve bons motivos para comemorar no ano de seu centenário. O Ka desbancou o vice-líder Hyundai HB20 e fechou 2019 como o segundo carro mais vendido do país. E olha que não é pouca coisa: foram 104.331 unidades emplacadas no ano passado.

A versão sedã também teve um bom desempenho ao registrar 51.260 emplacamentos, que o colocaram na 15ª colocação entre os automóveis mais vendidos do ano passado.

EcoSport não repete sucesso de outrora: em 2019 ele foi só o 6º mais vendido - Murilo Góes/UOL

EcoSport não repete sucesso de outrora: em 2019 ele foi só o 6º mais vendido

Imagem: Murilo Góes/UOL

O “problema” é que os compactos são exceções no atual portfólio da Ford. O EcoSport é o único modelo presente no top 50 de vendas fora a linha Ka. E mesmo assim o SUV figura em uma discreta 23ª posição, com 34.206 unidades emplacadas. Em sua categoria, o Eco é apenas o 6º colocado.

A Ranger é a terceira colocada no segmento de picapes médias. A marca, porém, se preocupa mais com o avanço da VW Amarok do que em buscar a arquirrival Chevrolet S10 nas vendas. Em 2019, a picape da Ford emplacou 22.218 unidades, praticamente 10 mil exemplares atrás da S10 (32.161 carros). Já a Amarok fechou o ano com 18.911 emplacamentos.

Ausências sentidas

A Ford também abandonou dois importantes segmentos em 2019. O Fiesta foi descontinuado após o fechamento da fábrica de São Bernardo, enquanto o Focus deixou de ser fabricado na Argentina por conta das baixas vendas do segmento de hatches médios.

Fiesta saiu de linha após fechamento da fábrica de São Bernardo - Divulgação

Fiesta saiu de linha após fechamento da fábrica de São Bernardo

Imagem: Divulgação

Ambos já vinham amargando baixas vendas, mas a decisão segue os passos da matriz, que decidiu abandonar categorias nas quais não vende tão bem.

Seja como for, o fim da dupla encolheu a linha de produtos da Ford no país.

Segundo Milad Kalume Neto, gerente de desenvolvimento de novos negócios da consultoria Jato Dynamics, os produtos sobreviventes ainda não conseguem manter a Ford em alto nível.

“O portfólio atual tem apenas Ecosport, Edge, Fiesta, Fusion, Ka, Mustang e Ranger. Só que os importados não vendem tanto e o Fiesta deixou de ser produzido. Dos carros de volume restaram o Ecosport com um projeto mais antigo e o Ka nas versões hatch e sedã”, declarou.

Futuro dos SUVs

Assim como a maioria das fabricantes, a Ford pretende investir pesado em SUVs e picapes. Isso acontecerá também no Brasil, onde a marca deve ter pelo menos duas grandes novidades na categoria de utilitários esportivos.

Territory será importado da China a partir de 2020 - Murilo Góes/UOL

Territory será importado da China a partir de 2020

Imagem: Murilo Góes/UOL

Confirmado para o Brasil há alguns meses, o Territory finalmente desembarca por aqui em 2020. Inicialmente importado da China com motor 1.5 turbo, o modelo pode ser fabricado na Argentina a partir de 2022, quando o SUV terá uma nova geração.

Outra novidade com passaporte praticamente carimbado para cá é o Escape. Fabricado nos Estados Unidos, o carro deve ser importado apenas na versão híbrida do tipo plug-in, que ainda nem foi lançada em seu país natal.

Escape deve ser importado para o Brasil em versão híbrida plug-in - Newspress

Escape deve ser importado para o Brasil em versão híbrida plug-in

Imagem: Newspress

Como o modelo deve estrear por lá apenas em maio, o Escape híbrido deve estrear no Brasil apenas no segundo semestre. É provável, aliás, que ele seja uma das atrações da Ford no Salão do Automóvel de São Paulo, que acontecerá em novembro.

Dupla brasileira é uma das favoritas do Rally Dakar 2020 na Arábia Saudita

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Dupla brasileira é uma das favoritas do Rally Dakar 2020 na Arábia Saudita


Publicado em: Modificado em:

Com a largada do Rally Dakar 2020 neste domingo (5), uma nova era começou na maior e mais tradicional competição do gênero no mundo. Depois de 10 anos na América Sul, a prova atravessou o Atlântico e está sendo disputada pela primeira vez na Arábia Saudita. Apenas três brasileiros estão na corrida: Antonio Lincoln Berrocal, nas motos, e a dupla Reinaldo Verela e Gustavo Gugelmin, que tem chances de pódio na categoria UTV.

Um território inédito, paisagens cinematográficas e muitos desafios. A largada aconteceu em Jedá cidade histórica as margens do Mar Vermelho. Até o dia 17 de janeiro, e a final em Qiddiyah, serão 12 etapas e 7.856 km de percurso, passando pelas praias, dunas e desertos sauditas e pela capital Riade.

A corrida acontece em vários tipos de terreno, mas terá mais de 65% de seu percurso em piso de areia. Ao todo, 351 veículos, entre motos, carros, UTVs, caminhões e quadriciclos disputam o Dakar 2020.

Os desafios são grandes, como as baixas temperaturas nas etapas montanhosas de deserto e uma navegação mais complexa. Por exemplo, em seis etapas,  o itinerário será entregue aos participantes no próprio dia, o que exige uma reflexão mais rápida. Mas traz ao mesmo tempo “mais equilíbrio” nas condições de preparação da prova, disse à RFI Antonio Lincoln Berrocal.

Alguns dos melhores pilotos do mundo estão na disputa, prometendo batalhas emocionantes, em todas as categorias. Uma das atrações é a participação do piloto espanhol, campeão de Fórmula 1, Fernando Alsonso que estreia no Rally Dakar.

Entre os favoritos, está a dupla brasileira Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin da equipe Monster Energy/Con-Am. Vencedores do Rally Dakar na categoria UTV em 2018, eles ficaram em terceiro lugar no ano passado.

O UTV é aquele veículo híbrido, entre um carro e um quadriciclo. Antes da largada, o piloto Reinaldo Varela falou à RFI e disse que apesar dos desafios e dos concorrentes de prestígio, a vitória na Arábia Saudita é possível:

‘Vamos defender nosso título de 2018. É um objetivo atingível. Estamos com um carro muito preparado. A nossa dupla é a mais afiada que tem de UTV, porque a gente já vem disputando um campeonato mundial e fomos campeão mundial. Nós estamos bem entrosados, carro, piloto e navegador. Temos tudo para fazer uma excelente corrida”, declarou Varela.

Brasileiro é o veterano do Rally Dakar

O piloto de moto brasileiro Antonio Lincoln Berrocal é o veterano do Rally Dakar. Com mais de 60 anos, ele participa da prova pela segunda vez. Durante os treinos, antes da largada, achou o piso de areia das dunas sauditas parecido com o que viu durante a corrida no Peru, e disse que a idade não é um obstáculo para participar da prova mais difícil do mundo:

“Sempre fui desportista. Continuo bem, fisicamente e tecnicamente. Eu sou um piloto classificado para o Dakar. A pessoa não pode apenas se inscrever e vir para o Dakar, ela tem que ser qualificada. E isso foi uma batalha que não fui muito fácil. Tive que fazer várias provas. Pelo fato de eu ser jovem espiritualmente, meu físico tem ajudado. Não vejo grande problemas, tenho que saber das minhas limitações, mas é um grande desafio. Meus amigos mais velhos me veem como um exemplo de determinação. É um orgulho para mim. “

O piloto Antonio Lincoln Berrocal, de 61 anos, é o mais velho competidor do Dakar 2020.
O piloto Antonio Lincoln Berrocal, de 61 anos, é o mais velho competidor do Dakar 2020. Foto: Arquivo Pessoal

Apesar da experiência, Antonio Lincoln Berrocal, que começou a treinar aos 14 anos de idade, espera pelo menos conseguir cruzar a linha de chegada do Rally Dakar 2020. “Resolvi encarar como um desafio pessoal. Provar para mim mesmo que tenho condição de terminar. Não tenho ambição de boas classificações porque estou disputando com os melhores pilotos do mundo. Quero curtir a pilotagem, pilotar de modo seguro e tranquilo e chegar no final com saúde e muito feliz”.

Recuo da participação brasileira

Nas últimas edições do Rally Dakar na América do Sul a participação de brasileiros na prova era muito mais expressiva. Este ano apenas duas equipes defendem o país na Arábia Saudita. Para o piloto Reinaldo Varela, a novidade desta edição 2020, a distância e a falta de patrocínio explicam essa queda na participação.

“A prova veio para um lugar muito longe, o que dificulta bastante para a vinda da equipe. Encarece um pouco para aqueles que não tem patrocínio e isso daí foi tirando um pouco os brasileiros da corrida. E por se tratar de uma prova nova, acho que para o ano que vem começa a chegar mais brasileiros.”

A escolha da Arábia Saudita, país acusado de desrespeitar os Direitos Humanos, para acolher o Rally 2020 pela empresa francesa que organiza o evento foi alvo de críticas. Antonio Lincoln Berrocal não viu até agora nenhuma dificuldade no tratamento dos sauditas com os turistas estrangeiros e o piloto Reinaldo Varela espera que os valores esportivos influenciem o país. 

“Nós temos que olhar pelo lado da divulgação do esporte. Eu acho que isso é a estratégia deles (da Arábia Saudita) para poder divulgar o país deles no âmbito mundial”, conclui o piloto.

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