quinta-feira, outubro 3, 2024
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XC90 híbrido anda muito e gasta pouco

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Andando 100%  no modo elétrico PURE, é possível rodar sem gastar combustível

Andando 100% no modo elétrico PURE, é possível rodar sem gastar combustível – Foto: Divulgação

Fazem quatro anos que a nova geração do Volvo XC90 foi lançada no Brasil, mas nem sinal de que ela esteja desatualizada. Pelo contrário, ela está tão em dia que ganhou uma versão com motor híbrido e visual um pouco mais esportivo para competir com o Land Rover Velar. A versão se chama R-Design e o principal diferencial dela, em comparação às demais versões, é o visual com alguns detalhes que deixam o modelo um pouco mais esportivo. Mas são só detalhes, porque o XC90 R-Design é bem mais sóbrio do que o Land Rover Velar. 

Na dianteira os principais destaques ficam para a grade que tem um desenho específico da versão avaliada (T8 Inscription híbrido) e as rodas de 22 polegadas, que são os maiores que a Volvo oferece de série nos carros aqui no Brasil. 

Mas isso pode ser um ponto negativo, elas são muito grandes e são montadas com pneus de perfil muito baixo. É preciso tomar muito cuidado quando estiver trafegando em ruas mais esburacadas. Se passar muito rápido, é possível sentir o tranco. A solução é passar mais devagar para não ter problemas com os pneus ou então, trocá-los por um modelo de perfil mais alto.

Por dentro da cabine, é possível notar a modernidade. Com um excelente acabamento, o que chama mais a atenção é que são poucos botões para operar tanta tecnologia, alguns perto do câmbio e embaixo da tela de 9 polegadas da central multimídia, que é sensível ao toque. Através dela, é possível comandar quase todas as funções do carro, por exemplo os ajustes do ar condicionado e configurar cada detalhe do veículo. A tela tem ótima sensibilidade ao toque e gráficos muito bons também. Se todos os recursos não forem suficientes para lhe agradar, você ainda tem também os sistemas de espelhamento do seu Smartphone (Android Auto e CarPlay).  Mas tem um botão extra que surpreende para quem não está acostumado com tanta tecnologia, ao apertar um botão no painel central que o porta-luvas abre automaticamente, sem precisar fazer força nenhuma. É um mimo do XC90.

Um outro destaque é o sistema de áudio da marca Bowers & Wilkins, com 19 alto-falantes e 1.400 watts de potência. Existem em três modos diferentes de configuração de som: tem o modo estúdio, o modo palco e um modo muito curioso, que simula a acústica da  sala de concerto da Orquestra Sinfônica de Gotemburgo (Suécia).

A cereja do bolo dentro da cabine fica por conta da alavanca de câmbio feita de cristal sueco da Orrefors (uma das joalherias mais famosas da Europa), que controla todas as funções do câmbio automático de oito marchas. Ele trabalha em conjunto com dois motores: um à gasolina 2.0 turbo de 324 cv e um elétrico que gera até 88 cv, podendo utilizado sozinho ou combinado ao motor a combustão. Juntos, os dois motores entregam 412 cv de potência nas quatro rodas — a tração é integral.

Andando 100%  no modo elétrico PURE, é possível rodar sem gastar combustível, mas para isso as baterias tem que estar bem carregada. Como ele é um carro plug-in, basta abrir a tampa onde fica o conector e plugar carregador na tomada para abastecer as baterias. Um cabo de 4,5 metros permite a carga total em duas horas e meia, em tomadas de 220V e 16A.

Tecnologia que salva vidas

Para garantir aquele padrão de segurança, que a Volvo sempre gostou de ostentar, o XC90 é o único de sua categoria no Brasil com sistema de condução semiautônoma, no qual sensores e câmeras monitoram as faixas, permitindo o comando automático de aceleração, frenagem e do movimento do volante a até 130 km/h. Quando possível, o sistema auxilia na correção da direção, até mesmo ao contornar curvas abertas em rodovias.

Outro destaque em segurança passiva é a última geração do City Safety, sistema de frenagem automática com funcionamento diurno e noturno. O recurso auxilia o motorista nos casos com risco de colisão com o veículo da frente, pedestres, ciclistas e animais de grande porte.

Todos os itens de segurança são de série, como o sistema que aplica força no volante se o carro estiver saindo da faixa ou o recurso que detecta e avisa motoristas desatentos ou cansados por meio de sinais visuais e sonoros. 

Andando como carro

Depois de citar tantas tecnologias, não podemos esquecer de citar o desempenho do XC90, especialmente por ele ter diferentes modos de condução, que mudam bem o comportamento do carro. O modo PURE, 100% elétrico, que deixa o carro bem mais tranqüilo para o dia a dia, mas também faz você economizar combustível.  É possível rodar sem gastar gasolina, mas para isso as baterias tem que estar bem carregadas. Como ele é um carro plug-in, basta abrir a tampa onde fica o conector e plugar o carregador na tomada para abastecer as baterias. Um cabo de 4,5 metros permite a carga total em duas horas e meia, em tomadas de 220V e 16A. Com o modo HYBRID, é possível variar o motor elétrico com o motor a combustão. Já o modo POWER, que prioriza o desempenho do motor a combustão. E é nesse modo que conseguimos extrair a melhor performance. Segundo a Volvo, o carro alcança a velocidade de 100 km por hora em apenas 5,6 segundos, estando nessa configuração. Isso significa que ele é 0,1 segundo mais rápido do que  o Land Rover Velar que é equipado com motor 3.0 V6. 

O conforto fica por conta do sistema de suspensão à Ar. Isso significa que quando você muda os modos de condução, a suspensão se adapta também para melhorar o desempenho. Por exemplo, se você colocar no modo mais esportivo, a suspensão vai rebaixar o carro para melhorar o desempenho, se você optar pelo modo off-road, que é uma das opções desse modelo, a suspensão vai erguer o carro e aumentar mais distância em relação ao solo. E quando desliga o automóvel, o sistema rebaixa o veículo para os ocupantes saírem e entrarem no carro com muito mais conforto.

Com certeza o  XC90 está longe de ser um carro barato, tendo versões entre 300 e 500 mil (confira a tabela de preços). A versão avaliada custa 409 mil. Em resumo, o XC90 tem ótimo desempenho, bom espaço interno e tecnologias de ponta. E ele é a opção mais perto de um carro autônomo que podemos comprar hoje em dia aqui no Brasil.

Preços do Volvo XC90:
Volvo XC90 T6 Momentum gasolina: R$ 305.950,00
Volvo XC90 D5 Momentum diesel: R$ 355.950,00
Volvo XC90 T8 R-Design híbrido: R$ 409.950,00
Volvo XC90 T8 Inscription híbrido: R$ 409.950,00
Volvo XC90 D5 Inscription diesel: R$  404.950,00
Volvo XC90 T8 Excellence híbrido: R$ 516.950,00

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Tudo que sabemos sobre a nova geração do Volkswagen Golf europeu; confira

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Oitava geração do hatch estreia na Alemanha a partir de R$ 92 mil; no Brasil, sobrou apenas uma versão do modelo, a GTE, que sai por quase R$ 200 mil

A Volkswagen apresentou nesta sexta-feira (6) os detalhes da nova geração do Golf, que chega às lojas da Alemanha em 2020. O hatch médio estreará no mercado com quatro opções de motor e uma inédita versão intermediária Life com preço sugerido em 27,5 mil euros (cerca de R$ 127 mil). Acima dela ficarão as versões Style e a esportiva R-Line, cujo os preços não foram antecipados.

A versão de entrada, chamada apenas de Golf, partirá de 20 mil euros (R$ 92 mil) e sairá de fábrica equipada com itens como assistente de permanência em faixa, sistema de frenagem de emergência com detecção de pedestres e ciclistas, painel de instrumentos digital, além de ar condicionado digital automático e faróis de LED, entre outros.

Conjunto mecânico do novo Golf

A oitava geração do Golf será movida por duas opções de motor a gasolina e duas a diesel. Nas versões a gasolina, o motor será 1.5 turbo com 130 cv ou 150 cv. Na opção a diesel,a unidade de força será um 2.0 turbo, com 115 cv ou 150 cv.

Nas versões a gasolina e na diesel menos potente, o câmbio será manual de seis marchas. Apenas na versão 2.0 TDI (diesel) de 150 cv, ele será automático de sete velocidades. A nova linha também deve ganhar uma versão híbrida plug-in com motor de 245 cv.

Carro de nicho no Brasil

Produzido no Brasil até início deste ano, o Golf hoje é oferecido no país apenas na versão GTE. O modelo híbrido com motor de 204 cv chega importado da Alemanha por R$ 199.990, e ainda por cima com a carroceria da geração antiga do carro.

O hatch perdeu espaço no nosso mercado não só com chegada do Polo, mas também pela atual ofensiva de mercado da Volkswagen no segmento dos SUVs. Primeiro veio o T-Cross, e no ano que vem chega o inédito Nivus, o SUV do Polo. Para os próximos anos, outros dois utilitários devem chegar ao país, um deles fabricado na Argentina, o Tarek.

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O futuro é o presente: conheça a inovação que carros híbridos trazem para a direção

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O automóvel híbrido, como o próprio nome sugere, é um carro movido tanto pelo sistema de combustão interna quanto por um motor elétrico. Assim, a parte elétrica mantém o motor à combustão funcionando em baixa rotação ou simplesmente sem a necessidade de funcionar em certos momentos e, com isso, reduz consideravelmente o consumo de combustível e a emissão de gases poluentes. Trata-se, portanto, de um carro que oferece a máxima eficiência de ambas as tecnologias apontando para o futuro ao preocupar-se com o impacto sobre o meio-ambiente e a evidente urgência do tema. 

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Engana-se, porém, quem pensa que os carros híbridos nasceram ontem: essa é uma daquelas sabedorias trazidas do passado e que se confirmaram como tendência para o amanhã. O primeiro carro híbrido foi fabricado, pasmem, em 1901: desenvolvido por Ferdinand Porsche no abrir de cortinas do século XX, o Lohner-Porsche Mixed Hybrid nasceu com baterias e motores à gasolina quando a invenção do automóvel moderno tinha pouco mais de quinze anos. A brilhante ideia foi aprovada, cinco unidades chegaram a ser vendidas e, por um desses mistérios que a indústria jamais explicará, a criação permaneceu esquecida por quase 100 anos. 

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Ferdinand Porsche no Lohner-Porsche Mixed Hybrid, o primeiro carro elétrico, em 1901

A realidade ambiental de hoje exige, no entanto, que justamente repensemos a maneira de evoluir uma indústria tão importante e grandiosa quanto a automobilística: mais do que simplesmente pensar em força, velocidade e tecnologia, é preciso que tais elementos sejam combinados a necessidades contemporâneas fundamentais: salvar o planeta, reduzindo o consumo de combustível fóssil e a emissão de gases poluentes – sem abrir mão da potência e das possibilidades que um automóvel precisa ter. E é assim que o carro híbrido se apresenta como o futuro: uma tendência que foi criada no início do século XX, que voltou a ser fabricada no final do mesmo século, mas que agora é aprimorada ao seu melhor modelo, tornando-se finalmente tendência de mercado. 

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Em um híbrido, cada motor possui, em seu melhor funcionamento, diferentes funções: o propulsor à combustão serve para movimentar o veículo, especialmente em situações de maior potência, enquanto o motor elétrico funciona principalmente para dar a partida e tirar o carro da imobilidade. Um dos elementos mais interessantes dos híbridos é o fato das baterias poderem ser carregadas na tomada mas também em frenagens e durante a rodagem do veículo, em uma das mais inteligentes soluções dessa combinação de tecnologias. Nos mais modernos modelos é possível conduzir o automóvel híbrido tanto somente em modo elétrico como, ao toque de um botão, acionar o motor a combustão e utilizar ambos simultaneamente para melhorar ainda mais a performance do veículo. 

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Essa tendência se confirma quando uma gigante do mercado de automóveis como a Volkswagen lança seu primeiro carro híbrido plug-in no Brasil: o Golf GTE, mostrando que esse futuro tornou-se enfim o presente. Juntando tecnologia, performance e esportividade em eletricidade, o Golf GTE alia à novidade da combinação de motores elétricos e à combustão uma série de novidades que o coloca como referência em tal frente – como o futuro do futuro. A começar pela tecnologia híbrida Plug-in, que justamente carrega as baterias não só pela tomada, mas também nas frenagens e durante a circulação do veículo, permitindo que o motor elétrico seja sempre utilizado em sua força máxima. 

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Mas de forma alguma as novidades do Golf GTE se resumem a tal revolução: a performance do modelo é ampliada pela transmissão DSG, uma tecnologia de troca de marchas herdada diretamente do automobilismo, que permite trocas rápidas de suas 6 marchas sem interrupção da tração – combinando transmissão manual e automática, também otimizando e economizando o consumo de combustível sem abrir mão de uma performance intensa. 

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E se a performance é intensa, também deve ser a segurança, e pra isso o modelo traz o Front Assist. Trata-se de uma tecnologia que combina sistemas de segurança e que, quando acionada, monitora o tráfego e os movimentos à frente, a distância entre veículos e detecta a presença de pedestres. Através do Front Assist o Golf GTE pode frear e acelerar o veículo de acordo com distância e velocidade programada pelo motorista. Junta-se ao sistema os 7 airbags – 2 frontais, 2 laterais, 2 de cortina e 1 de joelho para o motorista – e a segurança dos passageiros está garantida. 

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E não para por aí: o Golf GTE traz uma verdadeira central de entretenimento, com tela touchscreen de 9,2 polegadas, comando de voz, Bluetooth, entrada para SD-Card, conexão USB + Aux-in, integração com smartphones App Connect e sistema de navegação. 

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E os dados do carro, rádio e navegação também surgem repensados pela tecnologia: o display é projetado em tela de alta resolução, permitindo que o motorista personalize, entre as tantas informações sobre a performance do veículo, tudo que deseja ver. 

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O futuro, portanto, é a aplicação da tecnologia para otimizar a performance de um carro em todas as suas possibilidades, reduzindo o impacto ambiental do veículo – e com a chegada do Golf GTE finalmente se confirma: o futuro é hoje. 

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Lamborghini V12 Vision Gran Turismo é conceito que não será realidade

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A Lamborghini acaba de mostrar seu mais recente carro-conceito, o V12 Vision Gran Turismo. Diferentemente de outros modelos do tipo, que são estudos que antecipam futuros superesportivos da marca italiana, este não chegará às ruas. O modelo foi criado unicamente para o jogo Gran Turismo, do console Playstation 4.

O conceito de linhas agressivas, rodas enormes e jeito futurista não tem compromisso com a realidade ou regras de segurança que fossem necessárias para um carro de rua. Mas a sua mecânica virtual vem da vida real.

gran turismo
LAMBORGHINI/DIVULGAÇÃO

O V12 Vision tem no mundo digital o mesmo trem de força do Sián, que foi apresentado no Salão de Frankfurt, na Alemanha, em setembro. É um motor V12 que rende 785 cv associado a um sistema híbrido leve de 48V. Ele ajuda a gerar mais torque com o motor elétrico e acelerar as trocas de marchas.

No total, a potência combinada fica em 819 cv e o torque em 73,4 mkgf. No Sián, esse conjunto faz o esportivo – que teve apenas 63 unidades produzidas – acelerar de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos.

gran turismo
LAMBORGHINI/DIVULGAÇÃO

V12 Vision Gran Turismo tem inspiração no passado

O visual agressivo não é todo moderno, há inspiração no passado. As janelas laterais em forma hexagonal foram baseadas em outro Lamborghini, o Marzal, de 1968. As lanternas e faróis em formato de Y são uma leitura ainda mais moderna das atuais encontradas em carros como Aventador e Huracán.

A cabine, segundo a Lamborghini, remete a um jato de caça. O piloto fica centralizado e os painel contorna o piloto. Todas as informações estão em uma tela no centro do volante, além de serem projetadas no para-brisa, transformando o vidro em um enorme head-up display.

gran turismo
LAMBORGHINI/DIVULGAÇÃO


PSA Mangualde negoceia produção de carrinhas híbridas

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A fábrica da Peugeot-Citroën (grupo PSA) em Portugal está a negociar a produção de carrinhas híbridas. A novidade foi dada por José Maria Castro, diretor-geral da fábrica do grupo francês, no debate da conferência do 8.º aniversário do Dinheiro Vivo. A agência de investimento AICEP está envolvida neste projeto.

“Estamos a trabalhar com a AICEP num projeto para a produção de um Opel Combo de baixas emissões”, anunciou José Maria Castro. Se a fábrica de Mangualde conseguir captar este projeto, esta unidade poderá receber um investimento de 20 milhões de euros na linha de montagem, acrescentou o gestor espanhol durante a conferência, que está a decorrer esta sexta-feira no salão nobre da CCIP – Câmara de Comércio e Indústria de Portugal.

Além da Opel Combo, este projeto também envolve a Citroën Berlingo e a Peugeot Partner, as outras carrinhas que são produzidas nesta unidade do distrito de Viseu.

Tal como está, a linha de montagem da fábrica de Mangualde está preparada para também passar a produzir automóveis híbridos e elétricos, admitiu José Maria Castro em entrevista ao Dinheiro Vivo e à TSF, em janeiro deste ano.

“No ano passado, com o projeto K9, a fábrica foi adaptada para flexibilizar toda a zona de produção mecânica e permitir que no futuro chegue um veículo híbrido, elétrico ou até com células de combustível. Das hipóteses de renovação de meia-vida do carro, estamos a estudar uma potencial versão híbrida ou elétrica, porque não teremos outra opção.”

Na altura, José Maria Castro admitia, na mesma entrevista, acelerar os planos de renovação da fábrica, que estavam previstos, inicialmente, para começarem em 2025. “Em princípio, daqui a seis anos, mas estamos a analisar uma potencial aceleração da eletrificação da gama. Mas isso também irá depender da aceitação dos clientes.”

A PSA Mangualde iniciou em outubro a produção em série do Opel Combo, que partilha a plataforma com a Citroën Berlingo e a Peugeot Partner. O Combo foi precisamente o último veículo produzido pela antiga fábrica da Opel em Portugal, na Azambuja, que fechou em dezembro 2006.

Atenção aos custos

Mangualde é o local que alberga a segunda maior fábrica de automóveis em Portugal só que as infraestruturas não estão a acompanhar uma produção anual próxima das 80 mil unidades. Os veículos produzidos na unidade do distrito de Viseu são enviados para vários países europeus apenas por infraestruturas rodoviárias. Uma situação com cada vez mais impactos financeiros para esta unidade do grupo PSA.

“Estamos a chegar a um ponto em que o custo de transporte é superior ao custo de produção de veículos”, avisa o gestor. A ligação da fábrica de Mangualde à ferrovia só deverá ser concretizada durante a década de 2020, ao abrigo do Programa Nacional de Investimentos.

É perante esta dificuldade que a PSA Mangualde tem de lidar com a concorrência vinda, por exemplo, de Marrocos e da Argélia, “muito baseada na mão-de-obra barata”.




Para atender Rota 2030, indústria desenvolve novas tecnologias

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Montadoras também desenvolvem tecnologias de aperfeiçoamento dos motores atuais e dos próprios veículos para cumprirem o novo limite de eficiência energética

Montadoras também desenvolvem tecnologias de aperfeiçoamento dos motores atuais e dos próprios veículos para cumprirem o novo limite de eficiência energética – Foto: Divulgação

Montadoras também desenvolvem tecnologias de aperfeiçoamento dos motores atuais e dos próprios veículos para cumprirem o novo limite de eficiência energética. Além disso, estão trazendo ao País carros híbridos e elétricos que ajudarão no cumprimento das metas. Eles têm pontuação maior que os modelos a combustão, embora seja necessário volume significativo de venda para obter bons resultados.

O diretor de Assuntos Governamentais da Volkswagen, Antonio Megale, diz que a empresa avalia qual a melhor tecnologia vai se encaixar em cada um dos modelos da marca. Uma delas é o sistema de indicação de troca de marcha. Outra é um equipamento que mede automaticamente a pressão dos pneus, alertando sobre a necessidade de calibrar. “Quando o carro roda com pneu vazio ou com a marcha errada consome mais combustível”, justifica.

Na opinião de Henry Joseph Junior, diretor técnico da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as montadoras já tiveram “trabalho puxado” para atender às normas do Inovar-Auto, que exigia redução de 12% no consumo de combustíveis. O novo corte de 11% vai vigorar de 2022 a 2025. A partir daí, as regras serão ainda mais rígidas em razão de normas sobre limite de poluentes determinadas pelo Proconve.

Joseph cita exemplos de medidas a serem adotadas, a maioria delas extensão do que já foi aplicado para o Inovar-Auto, como motores mais eficientes. Várias fabricantes passaram a equipar veículos com propulsores de 3 cilindros e agora vão estender o equipamento para toda a gama de produtos.
Outras ações que estão em curso são a retirada de linha de modelos obsoletos, redução do peso dos veículos, mudança na aerodinâmica, uso de plataforma (base) de produção mais moderna, instalação de start-stop e ter um mix balanceado, com modelos de maior porte (mais pesados) e pequenos (mais leves). A injeção direta, que hoje equipa entre 10% e 15% dos carros, deve estar em 40% deles em 2025, prevê Botelho.

A medição da eficiência leva em conta o desempenho médio de todos os veículos vendidos pela marca, mas o corte do IPI só vai valer para o modelo que ultrapassar a meta. “As empresas terão de ser rápidas nas decisões pois, se dormir, não vai dar tempo de reagir”, diz Joseph.

Megale ressalta que a estratégia da Volkswagen inclui a venda do Golf GTE híbrido plug in. O modelo tem um motor a combustão e outro elétrico que pode ser carregado na tomada e custa R$ 200 mil. “Essa é a primeira de uma grande ofensiva que faremos para a eletrificação de nossos produtos.”
Segundo ele, por enquanto não há plano de produção local de veículos híbridos. “À medida que as vendas aumentarem e os custos de produção baixarem fará sentido produzir inicialmente CKDs (kits desmontados) e depois o carro completo.”

A Volkswagen superou a meta do Inovar-Auto e obteve redução de 1 ponto porcentual no IPI. O objetivo agora é superar também as exigências do Rota 2030 em eficiência e segurança e obter 2 pp de desconto.

A Honda trará ao Brasil no próximo ano o Accord, primeiro de três híbridos prometidos até 2023. Para carros a combustão, a marca tem adotado soluções como turbo e injeção direta de maior performance, transmissão do tipo CVT – que reduz o consumo e melhora o desempenho – e carrocerias mais leves com aços de alta resistência.

A BMW já oferece cinco modelos elétricos e híbridos que, juntos, venderam 300 unidades entre 2014 e 2018. Neste ano, deve superar esse volume “e a tendência é de crescer cada vez mais pois seremos muito agressivos em 2020”, diz a diretora de Relações Governamentais, Gleide Souza. Segundo ela, no momento não há plano de produção local, mas ressalta que a fábrica de Araquari (SC) é flexível – ou seja, poderá produzir no futuro.

Nos cinco carros a combustão fabricados no País, a BMW colocou motores mais eficientes, novas tecnologias e materiais mais leves para atender normas do Inovar-Auto. Parte das inovações será estendida para contemplar o Rota. “Com o mix de produtos que temos não vislumbro nenhum problema para atender às metas”, diz Gleide.

Apenas Ford e General Motors conseguiram 2 pp de corte no IPI por superarem a meta do Inovar-Auto, mas as duas marcas não comentaram o que estão desenvolvendo para cumprir o Rota alegando tratar-se de “questão estratégica”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A fábrica da Peugeot-Citroën (grupo PSA) em Portugal está a negociar a produção de carrinhas híbridas. A novidade foi dada por José Maria Castro, diretor-geral da fábrica do grupo francês, no debate da conferência do 8.º aniversário do Dinheiro Vivo. A agência de investimento AICEP está envolvida neste projeto.

“Estamos a trabalhar com a AICEP num projeto para a produção de um Opel Combo de baixas emissões”, anunciou José Maria Castro. Se a fábrica de Mangualde conseguir captar este projeto, esta unidade poderá receber um investimento de 20 milhões de euros na linha de montagem, acrescentou o gestor espanhol durante a conferência, que está a decorrer esta sexta-feira no salão nobre da CCIP – Câmara de Comércio e Indústria de Portugal.

Tal como está, a linha de montagem da fábrica de Mangualde está preparada para também passar a produzir automóveis híbridos e elétricos, admitiu José Maria Castro em entrevista ao Dinheiro Vivo e à TSF, em janeiro deste ano.

“No ano passado, com o projeto K9, a fábrica foi adaptada para flexibilizar toda a zona de produção mecânica e permitir que no futuro chegue um veículo híbrido, elétrico ou até com células de combustível. Das hipóteses de renovação de meia-vida do carro, estamos a estudar uma potencial versão híbrida ou elétrica, porque não teremos outra opção.”

Na altura, José Maria Castro admitia, na mesma entrevista, acelerar os planos de renovação da fábrica, que estavam previstos, inicialmente, para começarem em 2025. “Em princípio, daqui a seis anos, mas estamos a analisar uma potencial aceleração da eletrificação da gama. Mas isso também irá depender da aceitação dos clientes.”

A PSA Mangualde iniciou em outubro a produção em série do Opel Combo, que partilha a plataforma com a Citroën Berlingo e a Peugeot Partner. O Combo foi precisamente o último veículo produzido pela antiga fábrica da Opel em Portugal, na Azambuja, que fechou em dezembro 2006.

Atenção aos custos

Mangualde é o local que alberga a segunda maior fábrica de automóveis em Portugal só que as infraestruturas não estão a acompanhar uma produção anual próxima das 80 mil unidades. Os veículos produzidos na unidade do distrito de Viseu são enviados para vários países europeus apenas por infraestruturas rodoviárias. Uma situação com cada vez mais impactos financeiros para esta unidade do grupo PSA.

“Estamos a chegar a um ponto em que o custo de transporte é superior ao custo de produção de veículos”, avisa o gestor. A ligação da fábrica de Mangualde à ferrovia só deverá ser concretizada durante a década de 2020, ao abrigo do Programa Nacional de Investimentos.

É perante esta dificuldade que a PSA Mangualde tem de lidar com a concorrência vinda, por exemplo, de Marrocos e da Argélia, “muito baseada na mão-de-obra barata”.




Entenda por que a indústria de carros nunca mais será a mesma – Economia

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Uma das maiores empregadoras da Alemanha, com 140 mil postos de trabalho, a Daimler declarou recentemente que %u201Ca indústria automobilística passa pela maior transformação de sua história%u201D (foto: Thomas Kienzle/AFP - 6/2/2019)
Uma das maiores empregadoras da Alemanha, com 140 mil postos de trabalho, a Daimler declarou recentemente que %u201Ca indústria automobilística passa pela maior transformação de sua história%u201D
(foto: Thomas Kienzle/AFP – 6/2/2019)

São Paulo – De tempos em tempos, a inovação tecnológica provoca danos em algum setor específico da economia. A era do streaming devastou a indústria dos CDs, que por sua vez havia destruído o mercado de vinis. Às vezes, são as mudanças de comportamento da sociedade que levam a mudanças. O cerco ao cigarro e a procura por hábitos saudáveis colocaram em xeque a indústria do tabaco. Recentemente, a Philip Morris, dona da marca Marlboro, anunciou que deixará de produzir cigarros. Quando os dois movimentos ocorrem juntos – o avanço tecnológico e o surgimento de novos hábitos sociais –, uma revolução está prestes a acontecer.

Poucos setores estão tão expostos às transformações da nova era quanto a indústria automotiva. De um lado, as empresas tradicionais são ameaçadas pela entrada das gigantes de tecnologia no negócio, como Tesla, Google e Apple. De outro, elas sofrem com as mudanças culturais. Se nos últimos 100 anos o carro foi objeto de desejo para diferentes gerações, agora ele é visto cada vez mais como um serviço e não como um bem privado. Em outras palavras: o jovem de hoje em dia não sonha mais em ter uma máquina que dê orgulho ou desperte o prazer de dirigir, mas sim em usar o veículo apenas como instrumento de locomoção – e usando um aplicativo para ter acesso ao automóvel.

Um estudo recente realizado pela consultoria KPMG mostrou o que está por vir. De acordo com o levantamento, o número de montadoras deve diminuir de maneira acentuada até 2030. Só vai sobreviver quem tiver a capacidade de se reinventar, o que nunca é fácil para companhias acostumadas a ciclos contínuos de crescimento sem precisar inovar muito.

“As montadoras, que implementaram um modelo de negócio consistente por 100 anos, estão atravessando um período de transformações sem precedentes”, disse, na ocasião do lançamento do estudo Ricardo Bacellar, líder do setor automotivo da KPMG. “Como a mobilidade pessoal é mais ampla do que o fornecimento de um veículo, muitas montadoras planejam se tornar prestadoras de serviços. O tempo para criar oportunidades está pressionando os líderes dessas empresas.”

Os líderes das montadoras, de fato, nunca estiveram tão pressionados. Projeções mostram que a indústria automobilística global deverá produzir 88,8 milhões de carros e caminhões leves em 2019. Se o número for confirmado, representará uma queda de quase 6% na comparação com 2018, de acordo com informações da consultoria IHS Markit.

Ao que parece, o declínio será duradouro. No ano que vem, segundo estimativas da IHS, a previsão é de entregas globais de 78,9 milhões de veículos, o nível mais baixo desde 2015. A continuar nesse ritmo, em uma década o setor poderá fabricar menos de 50 milhões de unidades por ano, o que será devastador para a maioria das empresas.

Empregados 

O recuo da produção de veículos já afeta os níveis de emprego. De acordo com um levantamento realizado pela Bloomberg News, as montadoras estão prestes a cortar mais 80 mil postos de trabalho. Os cortes começaram. 

Recentemente, as alemãs Daimler e Audi anunciaram cerca de 20 mil demissões, seguindo os passos das americanas General Motors, Ford e Nissan, que também promoveram demissões nos últimos meses. “A indústria automobilística está passando pela maior transformação de sua história”, declarou a Daimler no comunicado para justificar os cortes. 

A empresa é uma das maiores empregadoras da Alemanha, sendo responsável por 140 mil postos de trabalho.Segundo Bernhard Mattes, presidente da poderosa Associação Alemã da Indústria Automotiva (VDA), uma das entidades de maior peso no país, o ritmo de cortes de empregos deverá ser “mais pronunciado em 2020”. 

Com a produção em queda e vendas menores, as montadoras são obrigadas a reagir. Apenas na Mercedes-Benz, o custo de pessoal chega a 13 bilhões de euros anuais. Em conferência de imprensa em Berlim, Mattes expôs a sua preocupação. “Vivemos uma mudança estrutural com investimentos altos e deterioração da dinâmica de mercado”, declarou. “Muitas empresas sentem a tensão.”

Gillian Davis, analista da Bloomberg Intelligence, aponta os fatores que criaram novas dificuldades para as montadoras. “A persistente desaceleração nos mercados globais continuará impactando as margens e os lucros das montadoras”, disse o especialista. “Os lucros foram afetados pelo aumento dos gastos em pesquisa para o desenvolvimento da tecnologia de direção autônoma. Agora, muitas montadoras estão focadas em planos de corte de custos para evitar a erosão das margens.”

É consenso entre os analistas da indústria automotiva que a onda de cortes no setor deverá se concentrar na Europa e nos Estados Unidos. Em muitos países emergentes, o cenário é oposto. No Brasil, a retomada econômica ancorada no aumento do consumo já começa a trazer sinais positivos.

De acordo com a consultoria Bright Consulting, o mercado brasileiro deverá encerrar 2019 com 2,66 milhões de veículos leves emplacados, um crescimento de 7,7% na comparação com 2018. Em dezembro, a média de vendas diárias está na casa das 12 mil unidades, recorde para o setor. Em 2020, a Bright espera que sejam vendidos 2,85 milhões de automóveis no Brasil, resultado que confirmaria que o país está muito longe de replicar a crise das nações ricas.

“Como a mobilidade pessoal é mais ampla do que o fornecimento de um veículo, muitas 

montadoras planejam se tornar prestadoras de serviços”

Ricardo Bacellar, 

líder do setor automotivo da consultoria KPMG

Volks vai investir R$ 100 milhões em caminhões elétricos

A indústria automotiva está entrando na era dos veículos movidos a eletricidade. Nos últimos dois anos, uma onda de investimentos foi anunciada por praticamente todas as grandes montadoras globais. 

A mais recente deles partiu da Volkswagen Caminhões e Ônibus, que irá desembolsar R$ 110 milhões na fábrica de Resende, no Rio de Janeiro, para começar a montar caminhões elétricos em 2020. 

Segundo Roberto Cortes, presidente da VWCO, o aporte integra o ciclo atual de investimentos da empresa, estimado em R$ 1,5 bilhão no país até 2021. O executivo afirma que os valores serão utilizados na pesquisa, desenvolvimento e lançamento de veículos.

Em um primeiro momento, a VWCO utilizará a família Delivery para a produção de caminhões elétricos. Além disso, a empresa estuda a produção do ônibus híbrido e-Flex, ainda sem data para estrear no mercado brasileiro. 

“Infelizmente, não é possível fazer tudo ao mesmo tempo”, justificou Cortes sobre a produção no Brasil do ônibus e-Flex da Volks. “A nossa prioridade é lançar caminhões elétricos de 9, 11 e 13 toneladas.” 

 

 

 

Em declínio

88,8 milhões

de carros e caminhões 

leves deve ser o total da 

produção mundial em 2019

6%

será a queda na produção da indústria automobilística global em relação a 2018 caso a estimativa se 

confirme, de acordo 

com informações da 

consultoria IHS Markit

78,9 milhões

de veículos é a previsão 

de entregas globais no 

ano que vem, o nível mais baixo desde 2015

(foto: Malagrine/Divulgação)
(foto: Malagrine/Divulgação)

“A nossa prioridade é lançar caminhões elétricos de 9, 11 e 13 toneladas”

Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus

Ford afirma que Mustang eltrico est no horizonte

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Depois de lançar um SUV elétrico com o nome Mustang, o Mach-E, a Ford já está planejando a eletrificação do esportivo original. Em entrevista ao site australiano Motoring, Ron Heiser, engenheiro-chefe do projeto Mach-E, afirmou que “não posso falar pelo Mustang cupê, mas se você olhar para o futuro, o mercado vai eventualmente adotar os veículos elétricos, é inevitável”.

De acordo com a publicação, a nova geração do Mustang deve aparecer em 2021 compartilhando a plataforma com o atual Ford Explorer, que voltou a adotar uma arquitetura com tração primariamente traseira e também oferecendo a possibilidade de propulsão híbrida. Esse deve ser o primeiro passo do esportivo no caminho da eletrificação.

Heiser afirmou que a plataforma do Mach-E é altamente flexível e deverá servir de base para uma série de novos modelos elétricos da Ford no futuro. Ela comporta tração dianteira, traseira ou integral, além de variados tipos de bateria e podendo ser encurtada ou alongada conforme a velocidade.

No último SEMA Show, ocorrido em novembro na cidade de Las Vegas (EUA), a Ford já tinha dado o primeiro passo no sentido de um Mustang 100% elétrico. Feito em parceria com a Webasto, seu propulsor era capaz de entregar 900 cv de potência e 138 kgfm de torque, ao mesmo tempo em que mantinha um câmbio manual de seis marchas. No entanto, o carro chamado de Mustang Lithium não deve passar da fase de protótipo.

Ford Mustang Lithium
Ford Mustang Lithium
Imagem: Divulgação



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