sábado, outubro 5, 2024
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Etanol é a aposta enquanto carro elétrico não vem

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Toyota Mira idosos com 1º carro 100% elétrico


Está em curso mais uma investida por parte da indústria automobilística para manter o etanol no foco como combustível alternativo até que veículos elétricos se tornem viáveis economicamente no Brasil, o que só deve ocorrer no longo prazo.

O País é o único fabricante de carros que rodam com etanol e as montadoras, junto com produtores do combustível, apostam na ampliação do seu uso e até mesmo que o produto terá papel importante nos automóveis do futuro.

O grupo FCA (dono da Fiat e da Jeep) trabalha no desenvolvimento de tecnologia inédita para motores só a etanol, mais eficiente que o antigo carro a álcool – que tinha como base motores a gasolina -, e do que os atuais flex quando abastecidos com o combustível da cana. Para o futuro um pouco mais distante, a Nissan desenvolve tecnologia para usar bioetanol em veículos movidos à célula de combustível.

Já a Toyota colocou nas ruas em setembro o Corolla híbrido flex, que tem como opção o uso do álcool para o motor a combustão operar em conjunto com a bateria elétrica. O modelo produzido em Indaiatuba (SP) custa a partir de R$ 125 mil e atualmente tem fila de espera de cerca de três meses.

Parte desses projetos tem no horizonte o atendimento às metas de melhora da eficiência energética dos veículos estabelecida pelo programa automotivo Rota 2030.

A partir de 2022, os novos automóveis produzidos no País ou importados terão de consumir 11% menos combustível que os atuais, o que diminuirá também as emissões de poluentes na atmosfera.

No programa anterior, o Inovar-Auto, as empresas cumpriram exigência de melhora de 12% em relação aos carros que circulavam no mercado em 2012. Essa norma ainda vai valer para os próximos dois anos.

A corrida é acirrada, pois quem não cumprir a meta terá de pagar multa a ser depositada em um fundo governamental para programas de modernização do setor de autopeças.

Já quem superar o limite estabelecido de 11% terá desconto de 1 a 2 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), benefício similar ao do programa anterior. Conseguiram o bônus extra para ser aplicado neste ano pelo Inovar-Auto a Ford e a General Motors (2 pp), Audi, Honda, Mercedes-Benz, Nissan, PSA, Renault, Toyota e Volkswagen (1 pp).

Diferença

Com o novo motor, o plano da FCA – que atendeu a meta dos 12% do Inovar-Auto – é reduzir a diferença de consumo do etanol, hoje 30% maior que o da gasolina. Chamado de E4, o motor turbo é um projeto da engenharia brasileira e deve ficar pronto em dois anos. A Fiat foi a primeira marca a lançar no País o carro a álcool no início dos anos 1980, um Fiat 147.

Trabalho semelhante está em estudo pela fabricante de autopeças Bosch. “Cabe a nós (setor automotivo) continuar trabalhando na evolução do etanol”, diz Besaliel Botelho, presidente da Bosch América Latina.

O diretor de Assuntos Regulatórios e Compliance da FCA, João Irineu Medeiros, explica que o etanol é um combustível altamente renovável quando se considera o ciclo desde o cultivo da cana até o que sai do escapamento do carro.

“Trabalhamos num modelo conceitual que reduzirá substancialmente a diferença entre o uso do etanol e o da gasolina”, diz Medeiros. “Essa tecnologia é patente nossa e não existe no mercado hoje.”

O grupo também vai começar a produzir na fábrica de Betim (MG), no fim do próximo ano, uma nova família de motores turbo que vai equipar utilitários-esportivos e picapes produzidos pela Jeep na unidade de Goiana (PE). “Esses motores permitirão ganho significativo de eficiência que, somados a novos sistemas eletrônicos, pneus e aerodinâmica vão nos ajudar a atender as normas do Rota 2030”, informa Medeiros.

Edson Orikassa, gerente de assuntos governamentais e regulamentação veicular da Toyota, prevê que o Corolla híbrido flex deve ultrapassar o mínimo de redução de consumo exigido na primeira fase do Rota (que vai até 2025), e usufruir do crédito de 2 pp de IPI. No Inovar-Auto a empresa obteve desconto de 1 pp.

Segundo Orikassa, “até 2025 teremos globalmente pelo menos uma versão híbrida de cada produto da marca e a tendência é de que também cheguem ao Brasil em algum momento”.

Parceria

Na semana passada, a Nissan assinou acordo de parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), da USP, para acelerar o projeto que usa bioetanol em veículos movidos a célula de combustível. Em teste pela empresa desde 2016, a solução substituirá o hidrogênio pelo etanol, eliminando a necessidade de infraestrutura de abastecimento de hidrogênio e até mesmo os riscos de se transportarem cilindros com o composto químico. De acordo com a Nissan, a tecnologia permitirá uma autonomia de mais de 600 km ao veículo com apenas 30 litros de etanol, além de não emitir nenhum poluente na atmosfera.

Ela está prevista para ser testada em automóveis em até cinco anos e dará à Nissan vantagem extra na medição da eficiência energética de seus veículos. Até lá, a montadora pretende ampliar as vendas do elétrico Leaf, lançado oficialmente no País em julho e hoje comercializado a R$ 195 mil.

Cada carro elétrico tem o fator da medição de eficiência multiplicado por quatro e, o híbrido, por três. “Também estamos trabalhando no desenvolvimento de novas tecnologias relacionadas à combustão para aumentar a eficiência dos carros”, informa a Nissan.

Nova tecnologia

Fabricantes de caminhões e ônibus também precisam atender metas de redução de consumo e emissões e trabalham em várias frentes. Uma das novidades apresentadas recentemente foi o caminhão sem retrovisor da Mercedes-Benz.

No lugar dos espelhos, duas telas de LCD e câmaras de alta definição são instaladas dentro do veículo e permitem um campo de alcance de até 200 metros. O sistema também tem alerta de pedestre e reduz o consumo de combustível em 0,5% a 1% por melhorar a aerodinâmica ao eliminar os grandes espelhos das laterais.

No Brasil há 30 anos, a Pósitron vai oferecer essa tecnologia, chamada de Mirror Eye, para montadoras e o mercado de reposição a partir de 2020. “Inicialmente será importada da Europa, mas, como temos fábrica em Manaus, a tendência é de que seja produzida localmente”, diz Obson Cardoso, diretor de operações da empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Primeiro Cadillac elétrico estreia daqui a cerca de um ano na forma de SUV

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O vice-presidente da divisão de carros elétricos e autônomos da GM, Rick Spina, afirmou que o primeiro veículo elétrico da Cadillac deverá ser exibido em “pouco mais de um ano” durante uma entrevista ao jornal norte-americano “The Detroit Bureau”.

O executivo não falou muito sobre o veículo, mas um SUV elétrico já havia sido anunciado no Salão de Detroit. O carro deve ser montado sobre uma nova plataforma desenvolvida pela GM especificamente para veículos elétricos. A plataforma poderá ser utilizada por veículos de todos os tamanhos e trações.

Spina sugeriu que o Cadillac elétrico pode ser só o primeiro de vários carros da marca movidos a baterias. “Um pedaço bastante grande de nossos produtos nos próximos três a sete anos serão veículos elétricos”, falou.

Segundo ele, a GM terá 20 carros elétricos até 2023 para competir em todas as categorias, não apenas na de carros de luxo.

Primeiro modelo totalmente elétrico da marca norte-americana será um utilitário esportivo; outras carrocerias virão - Divulgação

Primeiro modelo totalmente elétrico da marca norte-americana será um utilitário esportivo; outras carrocerias virão

Imagem: Divulgação

Mesmo com muitas pessoas ainda desconfiando de carros elétricos, Spina atenta para o fato de que um futuro com motorização elétrica faria ser menos custoso para o consumidor ir de um motor básico para um mais potente, algo que com motores a combustão é muito mais caro.

Mary Barra, CEO da GM, confirmou recentemente que uma picape elétrica será lançada no final de 2021. Segundo rumores, pode ser um Hummer. Outros relatos sugerem que um Hummer SUV pode ser lançado em 2023, assim como uma picape elétrica da GMC.

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Para atender Rota 2030, indústria desenvolve novas tecnologias – 02/12/2019

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Montadoras também desenvolvem tecnologias de aperfeiçoamento dos motores atuais e dos próprios veículos para cumprirem o novo limite de eficiência energética. Além disso, estão trazendo ao País carros híbridos e elétricos que ajudarão no cumprimento das metas. Eles têm pontuação maior que os modelos a combustão, embora seja necessário volume significativo de venda para obter bons resultados.

O diretor de Assuntos Governamentais da Volkswagen, Antonio Megale, diz que a empresa avalia qual a melhor tecnologia vai se encaixar em cada um dos modelos da marca. Uma delas é o sistema de indicação de troca de marcha. Outra é um equipamento que mede automaticamente a pressão dos pneus, alertando sobre a necessidade de calibrar. “Quando o carro roda com pneu vazio ou com a marcha errada consome mais combustível”, justifica.

Na opinião de Henry Joseph Junior, diretor técnico da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as montadoras já tiveram “trabalho puxado” para atender às normas do Inovar-Auto, que exigia redução de 12% no consumo de combustíveis. O novo corte de 11% vai vigorar de 2022 a 2025. A partir daí, as regras serão ainda mais rígidas em razão de normas sobre limite de poluentes determinadas pelo Proconve.

Joseph cita exemplos de medidas a serem adotadas, a maioria delas extensão do que já foi aplicado para o Inovar-Auto, como motores mais eficientes. Várias fabricantes passaram a equipar veículos com propulsores de 3 cilindros e agora vão estender o equipamento para toda a gama de produtos.

Outras ações que estão em curso são a retirada de linha de modelos obsoletos, redução do peso dos veículos, mudança na aerodinâmica, uso de plataforma (base) de produção mais moderna, instalação de start-stop e ter um mix balanceado, com modelos de maior porte (mais pesados) e pequenos (mais leves). A injeção direta, que hoje equipa entre 10% e 15% dos carros, deve estar em 40% deles em 2025, prevê Botelho.

A medição da eficiência leva em conta o desempenho médio de todos os veículos vendidos pela marca, mas o corte do IPI só vai valer para o modelo que ultrapassar a meta. “As empresas terão de ser rápidas nas decisões pois, se dormir, não vai dar tempo de reagir”, diz Joseph.

Megale ressalta que a estratégia da Volkswagen inclui a venda do Golf GTE híbrido plug in. O modelo tem um motor a combustão e outro elétrico que pode ser carregado na tomada e custa R$ 200 mil. “Essa é a primeira de uma grande ofensiva que faremos para a eletrificação de nossos produtos.”

Segundo ele, por enquanto não há plano de produção local de veículos híbridos. “À medida que as vendas aumentarem e os custos de produção baixarem fará sentido produzir inicialmente CKDs (kits desmontados) e depois o carro completo.”

A Volkswagen superou a meta do Inovar-Auto e obteve redução de 1 ponto porcentual no IPI. O objetivo agora é superar também as exigências do Rota 2030 em eficiência e segurança e obter 2 pp de desconto.

A Honda trará ao Brasil no próximo ano o Accord, primeiro de três híbridos prometidos até 2023. Para carros a combustão, a marca tem adotado soluções como turbo e injeção direta de maior performance, transmissão do tipo CVT – que reduz o consumo e melhora o desempenho – e carrocerias mais leves com aços de alta resistência.

A BMW já oferece cinco modelos elétricos e híbridos que, juntos, venderam 300 unidades entre 2014 e 2018. Neste ano, deve superar esse volume “e a tendência é de crescer cada vez mais pois seremos muito agressivos em 2020”, diz a diretora de Relações Governamentais, Gleide Souza. Segundo ela, no momento não há plano de produção local, mas ressalta que a fábrica de Araquari (SC) é flexível – ou seja, poderá produzir no futuro.

Nos cinco carros a combustão fabricados no País, a BMW colocou motores mais eficientes, novas tecnologias e materiais mais leves para atender normas do Inovar-Auto. Parte das inovações será estendida para contemplar o Rota. “Com o mix de produtos que temos não vislumbro nenhum problema para atender às metas”, diz Gleide.

Apenas Ford e General Motors conseguiram 2 pp de corte no IPI por superarem a meta do Inovar-Auto, mas as duas marcas não comentaram o que estão desenvolvendo para cumprir o Rota alegando tratar-se de “questão estratégica”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Etanol a aposta enquanto carro eltrico no vem

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 (Foto: Carlos Silva / Presid
Foto: Carlos Silva / Presidncia da Repblica

Est em curso mais uma investida por parte da indstria automobilstica para manter o etanol no foco como combustvel alternativo at que veculos eltricos se tornem viveis economicamente no Brasil, o que s deve ocorrer no longo prazo.

O Pas o nico fabricante de carros que rodam com etanol e as montadoras, junto com produtores do combustvel, apostam na ampliao do seu uso e at mesmo que o produto ter papel importante nos automveis do futuro.

O grupo FCA (dono da Fiat e da Jeep) trabalha no desenvolvimento de tecnologia indita para motores s a etanol, mais eficiente que o antigo carro a lcool – que tinha como base motores a gasolina -, e do que os atuais flex quando abastecidos com o combustvel da cana. Para o futuro um pouco mais distante, a Nissan desenvolve tecnologia para usar bioetanol em veculos movidos clula de combustvel.

J a Toyota colocou nas ruas em setembro o Corolla hbrido flex, que tem como opo o uso do lcool para o motor a combusto operar em conjunto com a bateria eltrica. O modelo produzido em Indaiatuba (SP) custa a partir de R$ 125 mil e atualmente tem fila de espera de cerca de trs meses.

Parte desses projetos tem no horizonte o atendimento s metas de melhora da eficincia energtica dos veculos estabelecida pelo programa automotivo Rota 2030.

A partir de 2022, os novos automveis produzidos no Pas ou importados tero de consumir 11% menos combustvel que os atuais o que diminuir tambm as emisses de poluentes na atmosfera.

No programa anterior, o Inovar-Auto, as empresas cumpriram exigncia de melhora de 12% em relao aos carros que circulavam no mercado em 2012. Essa norma ainda vai valer para os prximos dois anos.

A corrida acirrada, pois quem no cumprir a meta ter de pagar multa a ser depositada em um fundo governamental para programas de modernizao do setor de autopeas.

J quem superar o limite estabelecido de 11% ter desconto de 1 a 2 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), benefcio similar ao do programa anterior. Conseguiram o bnus extra para ser aplicado neste ano pelo Inovar-Auto a Ford e a General Motors (2 pp), Audi, Honda, Mercedes-Benz, Nissan, PSA, Renault, Toyota e Volkswagen (1 pp).

Diferena

Com o novo motor, o plano da FCA – que atendeu a meta dos 12% do Inovar-Auto – reduzir a diferena de consumo do etanol, hoje 30% maior que o da gasolina. Chamado de E4, o motor turbo um projeto da engenharia brasileira e deve ficar pronto em dois anos. A Fiat foi a primeira marca a lanar no Pas o carro a lcool no incio dos anos 1980, um Fiat 147.

Trabalho semelhante est em estudo pela fabricante de autopeas Bosch. “Cabe a ns (setor automotivo) continuar trabalhando na evoluo do etanol”, diz Besaliel Botelho, presidente da Bosch Amrica Latina.

O diretor de Assuntos Regulatrios e Compliance da FCA, Joo Irineu Medeiros, explica que o etanol um combustvel altamente renovvel quando se considera o ciclo desde o cultivo da cana at o que sai do escapamento do carro.

“Trabalhamos num modelo conceitual que reduzir substancialmente a diferena entre o uso do etanol e o da gasolina”, diz Medeiros. “Essa tecnologia patente nossa e no existe no mercado hoje.”

O grupo tambm vai comear a produzir na fbrica de Betim (MG), no fim do prximo ano, uma nova famlia de motores turbo que vai equipar utilitrios-esportivos e picapes produzidos pela Jeep na unidade de Goiana (PE). “Esses motores permitiro ganho significativo de eficincia que, somados a novos sistemas eletrnicos, pneus e aerodinmica vo nos ajudar a atender as normas do Rota 2030”, informa Medeiros.

Edson Orikassa, gerente de assuntos governamentais e regulamentao veicular da Toyota, prev que o Corolla hbrido flex deve ultrapassar o mnimo de reduo de consumo exigido na primeira fase do Rota (que vai at 2025), e usufruir do crdito de 2 pp de IPI. No Inovar-Auto a empresa obteve desconto de 1 pp.

Segundo Orikassa, “at 2025 teremos globalmente pelo menos uma verso hbrida de cada produto da marca e a tendncia de que tambm cheguem ao Brasil em algum momento”.

Parceria

Na semana passada, a Nissan assinou acordo de parceria com o Instituto de Pesquisas Energticas e Nucleares (Ipen), da USP, para acelerar o projeto que usa bioetanol em veculos movidos a clula de combustvel. Em teste pela empresa desde 2016, a soluo substituir o hidrognio pelo etanol, eliminando a necessidade de infraestrutura de abastecimento de hidrognio e at mesmo os riscos de se transportarem cilindros com o composto qumico. De acordo com a Nissan, a tecnologia permitir uma autonomia de mais de 600 km ao veculo com apenas 30 litros de etanol, alm de no emitir nenhum poluente na atmosfera.

Ela est prevista para ser testada em automveis em at cinco anos e dar Nissan vantagem extra na medio da eficincia energtica de seus veculos. At l, a montadora pretende ampliar as vendas do eltrico Leaf, lanado oficialmente no Pas em julho e hoje comercializado a R$ 195 mil.

Cada carro eltrico tem o fator da medio de eficincia multiplicado por quatro e, o hbrido, por trs. “Tambm estamos trabalhando no desenvolvimento de novas tecnologias relacionadas combusto para aumentar a eficincia dos carros”, informa a Nissan.

Nova tecnologia

Fabricantes de caminhes e nibus tambm precisam atender metas de reduo de consumo e emisses e trabalham em vrias frentes. Uma das novidades apresentadas recentemente foi o caminho sem retrovisor da Mercedes-Benz.

No lugar dos espelhos, duas telas de LCD e cmaras de alta definio so instaladas dentro do veculo e permitem um campo de alcance de at 200 metros. O sistema tambm tem alerta de pedestre e reduz o consumo de combustvel em 0,5% a 1% por melhorar a aerodinmica ao eliminar os grandes espelhos das laterais.

No Brasil h 30 anos, a Psitron vai oferecer essa tecnologia, chamada de Mirror Eye, para montadoras e o mercado de reposio a partir de 2020. “Inicialmente ser importada da Europa, mas, como temos fbrica em Manaus, a tendncia de que seja produzida localmente”, diz Obson Cardoso, diretor de operaes da empresa. As informaes so do jornal O Estado de S. Paulo.



Etanol a aposta enquanto carro eltrico no vem – Economia

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Carro eltrico 'estrela' em Frankfurt - Economia


Est em curso mais uma investida por parte da indstria automobilstica para manter o etanol no foco como combustvel alternativo at que veculos eltricos se tornem viveis economicamente no Brasil, o que s deve ocorrer no longo prazo.

O Pas o nico fabricante de carros que rodam com etanol e as montadoras, junto com produtores do combustvel, apostam na ampliao do seu uso e at mesmo que o produto ter papel importante nos automveis do futuro.

O grupo FCA (dono da Fiat e da Jeep) trabalha no desenvolvimento de tecnologia indita para motores s a etanol, mais eficiente que o antigo carro a lcool – que tinha como base motores a gasolina -, e do que os atuais flex quando abastecidos com o combustvel da cana. Para o futuro um pouco mais distante, a Nissan desenvolve tecnologia para usar bioetanol em veculos movidos clula de combustvel.

J a Toyota colocou nas ruas em setembro o Corolla hbrido flex, que tem como opo o uso do lcool para o motor a combusto operar em conjunto com a bateria eltrica. O modelo produzido em Indaiatuba (SP) custa a partir de R$ 125 mil e atualmente tem fila de espera de cerca de trs meses.
Parte desses projetos tem no horizonte o atendimento s metas de melhora da eficincia energtica dos veculos estabelecida pelo programa automotivo Rota 2030.

A partir de 2022, os novos automveis produzidos no Pas ou importados tero de consumir 11% menos combustvel que os atuais, o que diminuir tambm as emisses de poluentes na atmosfera.

No programa anterior, o Inovar-Auto, as empresas cumpriram exigncia de melhora de 12% em relao aos carros que circulavam no mercado em 2012. Essa norma ainda vai valer para os prximos dois anos.

A corrida acirrada, pois quem no cumprir a meta ter de pagar multa a ser depositada em um fundo governamental para programas de modernizao do setor de autopeas.

J quem superar o limite estabelecido de 11% ter desconto de 1 a 2 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), benefcio similar ao do programa anterior. Conseguiram o bnus extra para ser aplicado neste ano pelo Inovar-Auto a Ford e a General Motors (2 pp), Audi, Honda, Mercedes-Benz, Nissan, PSA, Renault, Toyota e Volkswagen (1 pp).

Diferena

Com o novo motor, o plano da FCA – que atendeu a meta dos 12% do Inovar-Auto – reduzir a diferena de consumo do etanol, hoje 30% maior que o da gasolina. Chamado de E4, o motor turbo um projeto da engenharia brasileira e deve ficar pronto em dois anos. A Fiat foi a primeira marca a lanar no Pas o carro a lcool no incio dos anos 1980, um Fiat 147.

Trabalho semelhante est em estudo pela fabricante de autopeas Bosch. “Cabe a ns (setor automotivo) continuar trabalhando na evoluo do etanol”, diz Besaliel Botelho, presidente da Bosch Amrica Latina.

O diretor de Assuntos Regulatrios e Compliance da FCA, Joo Irineu Medeiros, explica que o etanol um combustvel altamente renovvel quando se considera o ciclo desde o cultivo da cana at o que sai do escapamento do carro.

“Trabalhamos num modelo conceitual que reduzir substancialmente a diferena entre o uso do etanol e o da gasolina”, diz Medeiros. “Essa tecnologia patente nossa e no existe no mercado hoje.”

O grupo tambm vai comear a produzir na fbrica de Betim (MG), no fim do prximo ano, uma nova famlia de motores turbo que vai equipar utilitrios-esportivos e picapes produzidos pela Jeep na unidade de Goiana (PE). “Esses motores permitiro ganho significativo de eficincia que, somados a novos sistemas eletrnicos, pneus e aerodinmica vo nos ajudar a atender as normas do Rota 2030”, informa Medeiros.

Edson Orikassa, gerente de assuntos governamentais e regulamentao veicular da Toyota, prev que o Corolla hbrido flex deve ultrapassar o mnimo de reduo de consumo exigido na primeira fase do Rota (que vai at 2025), e usufruir do crdito de 2 pp de IPI. No Inovar-Auto a empresa obteve desconto de 1 pp.

Segundo Orikassa, “at 2025 teremos globalmente pelo menos uma verso hbrida de cada produto da marca e a tendncia de que tambm cheguem ao Brasil em algum momento”.

Parceria

Na semana passada, a Nissan assinou acordo de parceria com o Instituto de Pesquisas Energticas e Nucleares (Ipen), da USP, para acelerar o projeto que usa bioetanol em veculos movidos a clula de combustvel. Em teste pela empresa desde 2016, a soluo substituir o hidrognio pelo etanol, eliminando a necessidade de infraestrutura de abastecimento de hidrognio e at mesmo os riscos de se transportarem cilindros com o composto qumico. De acordo com a Nissan, a tecnologia permitir uma autonomia de mais de 600 km ao veculo com apenas 30 litros de etanol, alm de no emitir nenhum poluente na atmosfera.

Ela est prevista para ser testada em automveis em at cinco anos e dar Nissan vantagem extra na medio da eficincia energtica de seus veculos. At l, a montadora pretende ampliar as vendas do eltrico Leaf, lanado oficialmente no Pas em julho e hoje comercializado a R$ 195 mil.
Cada carro eltrico tem o fator da medio de eficincia multiplicado por quatro e, o hbrido, por trs. “Tambm estamos trabalhando no desenvolvimento de novas tecnologias relacionadas combusto para aumentar a eficincia dos carros”, informa a Nissan.

Nova tecnologia

Fabricantes de caminhes e nibus tambm precisam atender metas de reduo de consumo e emisses e trabalham em vrias frentes. Uma das novidades apresentadas recentemente foi o caminho sem retrovisor da Mercedes-Benz.

No lugar dos espelhos, duas telas de LCD e cmaras de alta definio so instaladas dentro do veculo e permitem um campo de alcance de at 200 metros. O sistema tambm tem alerta de pedestre e reduz o consumo de combustvel em 0,5% a 1% por melhorar a aerodinmica ao eliminar os grandes espelhos das laterais.

No Brasil h 30 anos, a Psitron vai oferecer essa tecnologia, chamada de Mirror Eye, para montadoras e o mercado de reposio a partir de 2020. “Inicialmente ser importada da Europa, mas, como temos fbrica em Manaus, a tendncia de que seja produzida localmente”, diz Obson Cardoso, diretor de operaes da empresa. As informaes so do jornal O Estado de S. Paulo.

Etanol é a aposta enquanto carro elétrico não vem – 02/12/2019

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Está em curso mais uma investida por parte da indústria automobilística para manter o etanol no foco como combustível alternativo até que veículos elétricos se tornem viáveis economicamente no Brasil, o que só deve ocorrer no longo prazo.

O País é o único fabricante de carros que rodam com etanol e as montadoras, junto com produtores do combustível, apostam na ampliação do seu uso e até mesmo que o produto terá papel importante nos automóveis do futuro.

O grupo FCA (dono da Fiat e da Jeep) trabalha no desenvolvimento de tecnologia inédita para motores só a etanol, mais eficiente que o antigo carro a álcool – que tinha como base motores a gasolina -, e do que os atuais flex quando abastecidos com o combustível da cana. Para o futuro um pouco mais distante, a Nissan desenvolve tecnologia para usar bioetanol em veículos movidos à célula de combustível.

Já a Toyota colocou nas ruas em setembro o Corolla híbrido flex, que tem como opção o uso do álcool para o motor a combustão operar em conjunto com a bateria elétrica. O modelo produzido em Indaiatuba (SP) custa a partir de R$ 125 mil e atualmente tem fila de espera de cerca de três meses.

Parte desses projetos tem no horizonte o atendimento às metas de melhora da eficiência energética dos veículos estabelecida pelo programa automotivo Rota 2030.

A partir de 2022, os novos automóveis produzidos no País ou importados terão de consumir 11% menos combustível que os atuais, o que diminuirá também as emissões de poluentes na atmosfera.

No programa anterior, o Inovar-Auto, as empresas cumpriram exigência de melhora de 12% em relação aos carros que circulavam no mercado em 2012. Essa norma ainda vai valer para os próximos dois anos.

A corrida é acirrada, pois quem não cumprir a meta terá de pagar multa a ser depositada em um fundo governamental para programas de modernização do setor de autopeças.

Já quem superar o limite estabelecido de 11% terá desconto de 1 a 2 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), benefício similar ao do programa anterior. Conseguiram o bônus extra para ser aplicado neste ano pelo Inovar-Auto a Ford e a General Motors (2 pp), Audi, Honda, Mercedes-Benz, Nissan, PSA, Renault, Toyota e Volkswagen (1 pp).

Diferença

Com o novo motor, o plano da FCA – que atendeu a meta dos 12% do Inovar-Auto – é reduzir a diferença de consumo do etanol, hoje 30% maior que o da gasolina. Chamado de E4, o motor turbo é um projeto da engenharia brasileira e deve ficar pronto em dois anos. A Fiat foi a primeira marca a lançar no País o carro a álcool no início dos anos 1980, um Fiat 147.

Trabalho semelhante está em estudo pela fabricante de autopeças Bosch. “Cabe a nós (setor automotivo) continuar trabalhando na evolução do etanol”, diz Besaliel Botelho, presidente da Bosch América Latina.

O diretor de Assuntos Regulatórios e Compliance da FCA, João Irineu Medeiros, explica que o etanol é um combustível altamente renovável quando se considera o ciclo desde o cultivo da cana até o que sai do escapamento do carro.

“Trabalhamos num modelo conceitual que reduzirá substancialmente a diferença entre o uso do etanol e o da gasolina”, diz Medeiros. “Essa tecnologia é patente nossa e não existe no mercado hoje.”

O grupo também vai começar a produzir na fábrica de Betim (MG), no fim do próximo ano, uma nova família de motores turbo que vai equipar utilitários-esportivos e picapes produzidos pela Jeep na unidade de Goiana (PE). “Esses motores permitirão ganho significativo de eficiência que, somados a novos sistemas eletrônicos, pneus e aerodinâmica vão nos ajudar a atender as normas do Rota 2030”, informa Medeiros.

Edson Orikassa, gerente de assuntos governamentais e regulamentação veicular da Toyota, prevê que o Corolla híbrido flex deve ultrapassar o mínimo de redução de consumo exigido na primeira fase do Rota (que vai até 2025), e usufruir do crédito de 2 pp de IPI. No Inovar-Auto a empresa obteve desconto de 1 pp.

Segundo Orikassa, “até 2025 teremos globalmente pelo menos uma versão híbrida de cada produto da marca e a tendência é de que também cheguem ao Brasil em algum momento”.

Parceria

Na semana passada, a Nissan assinou acordo de parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), da USP, para acelerar o projeto que usa bioetanol em veículos movidos a célula de combustível. Em teste pela empresa desde 2016, a solução substituirá o hidrogênio pelo etanol, eliminando a necessidade de infraestrutura de abastecimento de hidrogênio e até mesmo os riscos de se transportarem cilindros com o composto químico. De acordo com a Nissan, a tecnologia permitirá uma autonomia de mais de 600 km ao veículo com apenas 30 litros de etanol, além de não emitir nenhum poluente na atmosfera.

Ela está prevista para ser testada em automóveis em até cinco anos e dará à Nissan vantagem extra na medição da eficiência energética de seus veículos. Até lá, a montadora pretende ampliar as vendas do elétrico Leaf, lançado oficialmente no País em julho e hoje comercializado a R$ 195 mil.

Cada carro elétrico tem o fator da medição de eficiência multiplicado por quatro e, o híbrido, por três. “Também estamos trabalhando no desenvolvimento de novas tecnologias relacionadas à combustão para aumentar a eficiência dos carros”, informa a Nissan.

Nova tecnologia

Fabricantes de caminhões e ônibus também precisam atender metas de redução de consumo e emissões e trabalham em várias frentes. Uma das novidades apresentadas recentemente foi o caminhão sem retrovisor da Mercedes-Benz.

No lugar dos espelhos, duas telas de LCD e câmaras de alta definição são instaladas dentro do veículo e permitem um campo de alcance de até 200 metros. O sistema também tem alerta de pedestre e reduz o consumo de combustível em 0,5% a 1% por melhorar a aerodinâmica ao eliminar os grandes espelhos das laterais.

No Brasil há 30 anos, a Pósitron vai oferecer essa tecnologia, chamada de Mirror Eye, para montadoras e o mercado de reposição a partir de 2020. “Inicialmente será importada da Europa, mas, como temos fábrica em Manaus, a tendência é de que seja produzida localmente”, diz Obson Cardoso, diretor de operações da empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para atender Rota 2030, indústria desenvolve novas tecnologias

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Toyota Mira idosos com 1º carro 100% elétrico


Montadoras também desenvolvem tecnologias de aperfeiçoamento dos motores atuais e dos próprios veículos para cumprirem o novo limite de eficiência energética. Além disso, estão trazendo ao País carros híbridos e elétricos que ajudarão no cumprimento das metas. Eles têm pontuação maior que os modelos a combustão, embora seja necessário volume significativo de venda para obter bons resultados.

O diretor de Assuntos Governamentais da Volkswagen, Antonio Megale, diz que a empresa avalia qual a melhor tecnologia vai se encaixar em cada um dos modelos da marca. Uma delas é o sistema de indicação de troca de marcha. Outra é um equipamento que mede automaticamente a pressão dos pneus, alertando sobre a necessidade de calibrar. “Quando o carro roda com pneu vazio ou com a marcha errada consome mais combustível”, justifica.

Na opinião de Henry Joseph Junior, diretor técnico da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as montadoras já tiveram “trabalho puxado” para atender às normas do Inovar-Auto, que exigia redução de 12% no consumo de combustíveis. O novo corte de 11% vai vigorar de 2022 a 2025. A partir daí, as regras serão ainda mais rígidas em razão de normas sobre limite de poluentes determinadas pelo Proconve.

Joseph cita exemplos de medidas a serem adotadas, a maioria delas extensão do que já foi aplicado para o Inovar-Auto, como motores mais eficientes. Várias fabricantes passaram a equipar veículos com propulsores de 3 cilindros e agora vão estender o equipamento para toda a gama de produtos.

Outras ações que estão em curso são a retirada de linha de modelos obsoletos, redução do peso dos veículos, mudança na aerodinâmica, uso de plataforma (base) de produção mais moderna, instalação de start-stop e ter um mix balanceado, com modelos de maior porte (mais pesados) e pequenos (mais leves). A injeção direta, que hoje equipa entre 10% e 15% dos carros, deve estar em 40% deles em 2025, prevê Botelho.

A medição da eficiência leva em conta o desempenho médio de todos os veículos vendidos pela marca, mas o corte do IPI só vai valer para o modelo que ultrapassar a meta. “As empresas terão de ser rápidas nas decisões pois, se dormir, não vai dar tempo de reagir”, diz Joseph.

Megale ressalta que a estratégia da Volkswagen inclui a venda do Golf GTE híbrido plug in. O modelo tem um motor a combustão e outro elétrico que pode ser carregado na tomada e custa R$ 200 mil. “Essa é a primeira de uma grande ofensiva que faremos para a eletrificação de nossos produtos.”

Segundo ele, por enquanto não há plano de produção local de veículos híbridos. “À medida que as vendas aumentarem e os custos de produção baixarem fará sentido produzir inicialmente CKDs (kits desmontados) e depois o carro completo.”

A Volkswagen superou a meta do Inovar-Auto e obteve redução de 1 ponto porcentual no IPI. O objetivo agora é superar também as exigências do Rota 2030 em eficiência e segurança e obter 2 pp de desconto.

A Honda trará ao Brasil no próximo ano o Accord, primeiro de três híbridos prometidos até 2023. Para carros a combustão, a marca tem adotado soluções como turbo e injeção direta de maior performance, transmissão do tipo CVT – que reduz o consumo e melhora o desempenho – e carrocerias mais leves com aços de alta resistência.

A BMW já oferece cinco modelos elétricos e híbridos que, juntos, venderam 300 unidades entre 2014 e 2018. Neste ano, deve superar esse volume “e a tendência é de crescer cada vez mais pois seremos muito agressivos em 2020”, diz a diretora de Relações Governamentais, Gleide Souza. Segundo ela, no momento não há plano de produção local, mas ressalta que a fábrica de Araquari (SC) é flexível – ou seja, poderá produzir no futuro.

Nos cinco carros a combustão fabricados no País, a BMW colocou motores mais eficientes, novas tecnologias e materiais mais leves para atender normas do Inovar-Auto. Parte das inovações será estendida para contemplar o Rota. “Com o mix de produtos que temos não vislumbro nenhum problema para atender às metas”, diz Gleide.

Apenas Ford e General Motors conseguiram 2 pp de corte no IPI por superarem a meta do Inovar-Auto, mas as duas marcas não comentaram o que estão desenvolvendo para cumprir o Rota alegando tratar-se de “questão estratégica”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Etanol é a aposta enquanto carro elétrico não vem – Notícias

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Está em curso mais uma investida por parte da indústria automobilística para manter o etanol no foco como combustível alternativo até que veículos elétricos se tornem viáveis economicamente no Brasil, o que só deve ocorrer no longo prazo.

O País é o único fabricante de carros que rodam com etanol e as montadoras, junto com produtores do combustível, apostam na ampliação do seu uso e até mesmo que o produto terá papel importante nos automóveis do futuro.

O grupo FCA (dono da Fiat e da Jeep) trabalha no desenvolvimento de tecnologia inédita para motores só a etanol, mais eficiente que o antigo carro a álcool – que tinha como base motores a gasolina -, e do que os atuais flex quando abastecidos com o combustível da cana. Para o futuro um pouco mais distante, a Nissan desenvolve tecnologia para usar bioetanol em veículos movidos à célula de combustível.

Já a Toyota colocou nas ruas em setembro o Corolla híbrido flex, que tem como opção o uso do álcool para o motor a combustão operar em conjunto com a bateria elétrica. O modelo produzido em Indaiatuba (SP) custa a partir de R$ 125 mil e atualmente tem fila de espera de cerca de três meses.

Parte desses projetos tem no horizonte o atendimento às metas de melhora da eficiência energética dos veículos estabelecida pelo programa automotivo Rota 2030.

A partir de 2022, os novos automóveis produzidos no País ou importados terão de consumir 11% menos combustível que os atuais o que diminuirá também as emissões de poluentes na atmosfera.

No programa anterior, o Inovar-Auto, as empresas cumpriram exigência de melhora de 12% em relação aos carros que circulavam no mercado em 2012. Essa norma ainda vai valer para os próximos dois anos.

A corrida é acirrada, pois quem não cumprir a meta terá de pagar multa a ser depositada em um fundo governamental para programas de modernização do setor de autopeças.

Já quem superar o limite estabelecido de 11% terá desconto de 1 a 2 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), benefício similar ao do programa anterior. Conseguiram o bônus extra para ser aplicado neste ano pelo Inovar-Auto a Ford e a General Motors (2 pp), Audi, Honda, Mercedes-Benz, Nissan, PSA, Renault, Toyota e Volkswagen (1 pp).

Diferença

Com o novo motor, o plano da FCA – que atendeu a meta dos 12% do Inovar-Auto – é reduzir a diferença de consumo do etanol, hoje 30% maior que o da gasolina. Chamado de E4, o motor turbo é um projeto da engenharia brasileira e deve ficar pronto em dois anos. A Fiat foi a primeira marca a lançar no País o carro a álcool no início dos anos 1980, um Fiat 147.

Trabalho semelhante está em estudo pela fabricante de autopeças Bosch. “Cabe a nós (setor automotivo) continuar trabalhando na evolução do etanol”, diz Besaliel Botelho, presidente da Bosch América Latina.

O diretor de Assuntos Regulatórios e Compliance da FCA, João Irineu Medeiros, explica que o etanol é um combustível altamente renovável quando se considera o ciclo desde o cultivo da cana até o que sai do escapamento do carro.

“Trabalhamos num modelo conceitual que reduzirá substancialmente a diferença entre o uso do etanol e o da gasolina”, diz Medeiros. “Essa tecnologia é patente nossa e não existe no mercado hoje.”

O grupo também vai começar a produzir na fábrica de Betim (MG), no fim do próximo ano, uma nova família de motores turbo que vai equipar utilitários-esportivos e picapes produzidos pela Jeep na unidade de Goiana (PE). “Esses motores permitirão ganho significativo de eficiência que, somados a novos sistemas eletrônicos, pneus e aerodinâmica vão nos ajudar a atender as normas do Rota 2030”, informa Medeiros.

Edson Orikassa, gerente de assuntos governamentais e regulamentação veicular da Toyota, prevê que o Corolla híbrido flex deve ultrapassar o mínimo de redução de consumo exigido na primeira fase do Rota (que vai até 2025), e usufruir do crédito de 2 pp de IPI. No Inovar-Auto a empresa obteve desconto de 1 pp.

Segundo Orikassa, “até 2025 teremos globalmente pelo menos uma versão híbrida de cada produto da marca e a tendência é de que também cheguem ao Brasil em algum momento”.

Parceria

Na semana passada, a Nissan assinou acordo de parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), da USP, para acelerar o projeto que usa bioetanol em veículos movidos a célula de combustível. Em teste pela empresa desde 2016, a solução substituirá o hidrogênio pelo etanol, eliminando a necessidade de infraestrutura de abastecimento de hidrogênio e até mesmo os riscos de se transportarem cilindros com o composto químico. De acordo com a Nissan, a tecnologia permitirá uma autonomia de mais de 600 km ao veículo com apenas 30 litros de etanol, além de não emitir nenhum poluente na atmosfera.

Ela está prevista para ser testada em automóveis em até cinco anos e dará à Nissan vantagem extra na medição da eficiência energética de seus veículos. Até lá, a montadora pretende ampliar as vendas do elétrico Leaf, lançado oficialmente no País em julho e hoje comercializado a R$ 195 mil.

Cada carro elétrico tem o fator da medição de eficiência multiplicado por quatro e, o híbrido, por três. “Também estamos trabalhando no desenvolvimento de novas tecnologias relacionadas à combustão para aumentar a eficiência dos carros”, informa a Nissan.

Nova tecnologia

Fabricantes de caminhões e ônibus também precisam atender metas de redução de consumo e emissões e trabalham em várias frentes. Uma das novidades apresentadas recentemente foi o caminhão sem retrovisor da Mercedes-Benz.

No lugar dos espelhos, duas telas de LCD e câmaras de alta definição são instaladas dentro do veículo e permitem um campo de alcance de até 200 metros. O sistema também tem alerta de pedestre e reduz o consumo de combustível em 0,5% a 1% por melhorar a aerodinâmica ao eliminar os grandes espelhos das laterais.

No Brasil há 30 anos, a Pósitron vai oferecer essa tecnologia, chamada de Mirror Eye, para montadoras e o mercado de reposição a partir de 2020. “Inicialmente será importada da Europa, mas, como temos fábrica em Manaus, a tendência é de que seja produzida localmente”, diz Obson Cardoso, diretor de operações da empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Honda anuncia três híbridos para Brasil. Quais são?

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Você já sabe que a Toyota (que já vende o híbrido Prius no país desde 2012) vai apostar forte neste tipo de motorização aqui no Brasil, já a partir deste ano: será mostrada no segundo semestre a nova geração do Corolla com configuração híbrida e flex, um marco global e que deve provocar grande reação no mercado nacional. Pois a rival Honda sabe que precisa ter uma resposta e anunciou, nesta quarta-feira (27), que terá três modelos híbridos por aqui.

“Assumimos o compromisso de vender três modelos de configuração híbrida na região até 2023”, afirmou o presidente da Honda South America, Issao Mizoguchi, que também é o chefão da marca para o Brasil. Essa fala aconteceu durante a apresentação à imprensa da fábrica da Honda em Itirapina (SP), que foi finalmente aberta em fevereiro, após passar três anos trancada aguardando os efeitos da crise econômica reduzirem sua influência sobre o mercado automotivo local.

Mizoguchi, porém, não quis cravar quais seriam os três modelos, nem quando a chegada do primeiro ocorrerá. UOL Carros, porém, faz suas apostas.

Que tal um SUV híbrido?

Sem fabricação local, custos de qualquer modelo híbrido tendem a ficar elevados — ainda que a nova tabela de IPI tenha “pegadinhas” para motorizações alternativas que não sejam 100% elétricas.

Por conta disso, a Honda deve apostar em modelos cujo custo de importação seja redimido, em parte, pelo valor já elevado do modelo em si. Ou seja, não vemos uma chance, a princípio, de termos uma configuração híbrida de carros compactos como o Fit ou o HR-V. A Honda deve, acreditamos, apostar mesmo em modelos médios e médio-grandes importados.

Também faz sentido surfar a onda de SUVs como modelos preferidos do comprador brasileiro. E, claro, se posicionar nos segmentos já usados pela concorrência.

Com isso, acreditamos que um modelo com grande potencial de chegar ao Brasil é o CR-V Hybrid.

O novo CR-V a gasolina é importado ao Brasil desde 2018. Essa quinta geração é fabricada sobre a mesma base do Civic 10, chega na versão Touring, com motor 1.5 turbo de 190 cavalos e 24,7 kgfm, além do câmbio CVT e tração integral, por R$ 180 mil.

Já o CR-V Hybrid usa o motor 2.0 a gasolina (ciclo Atkison) aliado a motor elétrico e baterias de íons de lítio. Câmbio é o e-CVT, um CVT reprogramado, e opção de tração dianteira ou integral. O sistema eletrificado entrega um total de 184 cv e 32,12 kgfm, mas com baixos índices de emissões. O consumo promete ser de até 23 km/l de gasolina.

No exterior, o CR-V Hybrid parte de US$ 38 mil, equivalente a R$ 136 mil, enquanto o Touring semelhante ao importado ao Brasil parte de US$ 32.750 (R$ 130 mil).

Honda Insight seria híbrido para revidar Prius e novo Corolla Flex - Divulgação

Honda Insight seria híbrido para revidar Prius e novo Corolla Flex

Imagem: Divulgação

Sedã e “híbrido com cara de híbrido”

Também pode estar no radar um sedã, para tentar revidar o impacto do Corolla Híbrido Flex. Neste caso, a Honda tem algumas opções, mas o mais próximo do nosso mercado seria o Accord Hybrid, que usa o mesmo trem-de-força do CR-V citado acima.

Sua estimativa de consumo é de 24 km/l, ligeiramente superior àquela do CR-V. Já o preço é o equivalente a R$ 151 mil, sem contar impostos, taxas ou lucros.

No Brasil, o Accord começou a ser vendido em sua nova geração, na versão Touring, por R$ 198.500, com o motor 2.0 turbo da mesma família (mas no ciclo Otto), rendendo 256 cv e 37,7 kgfm.

Se a ideia for ter um “sedã híbrido com cara de híbrido”, para enfrentar o Prius, o Insight de nova geração se vale de motor 1.5, câmbio e-CVT, e entrega de 151 cv e 27,23 kgfm. Seria uma opção mais potente que o Prius e na medida para encarar até mesmo o novo Corolla. O preço no exterior equivale aos R$ 110 mil, neste caso.

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