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Etanol é a aposta enquanto carro elétrico não vem – 02/12/2019

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Está em curso mais uma investida por parte da indústria automobilística para manter o etanol no foco como combustível alternativo até que veículos elétricos se tornem viáveis economicamente no Brasil, o que só deve ocorrer no longo prazo.

O País é o único fabricante de carros que rodam com etanol e as montadoras, junto com produtores do combustível, apostam na ampliação do seu uso e até mesmo que o produto terá papel importante nos automóveis do futuro.

O grupo FCA (dono da Fiat e da Jeep) trabalha no desenvolvimento de tecnologia inédita para motores só a etanol, mais eficiente que o antigo carro a álcool – que tinha como base motores a gasolina -, e do que os atuais flex quando abastecidos com o combustível da cana. Para o futuro um pouco mais distante, a Nissan desenvolve tecnologia para usar bioetanol em veículos movidos à célula de combustível.

Já a Toyota colocou nas ruas em setembro o Corolla híbrido flex, que tem como opção o uso do álcool para o motor a combustão operar em conjunto com a bateria elétrica. O modelo produzido em Indaiatuba (SP) custa a partir de R$ 125 mil e atualmente tem fila de espera de cerca de três meses.

Parte desses projetos tem no horizonte o atendimento às metas de melhora da eficiência energética dos veículos estabelecida pelo programa automotivo Rota 2030.

A partir de 2022, os novos automóveis produzidos no País ou importados terão de consumir 11% menos combustível que os atuais, o que diminuirá também as emissões de poluentes na atmosfera.

No programa anterior, o Inovar-Auto, as empresas cumpriram exigência de melhora de 12% em relação aos carros que circulavam no mercado em 2012. Essa norma ainda vai valer para os próximos dois anos.

A corrida é acirrada, pois quem não cumprir a meta terá de pagar multa a ser depositada em um fundo governamental para programas de modernização do setor de autopeças.

Já quem superar o limite estabelecido de 11% terá desconto de 1 a 2 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), benefício similar ao do programa anterior. Conseguiram o bônus extra para ser aplicado neste ano pelo Inovar-Auto a Ford e a General Motors (2 pp), Audi, Honda, Mercedes-Benz, Nissan, PSA, Renault, Toyota e Volkswagen (1 pp).

Diferença

Com o novo motor, o plano da FCA – que atendeu a meta dos 12% do Inovar-Auto – é reduzir a diferença de consumo do etanol, hoje 30% maior que o da gasolina. Chamado de E4, o motor turbo é um projeto da engenharia brasileira e deve ficar pronto em dois anos. A Fiat foi a primeira marca a lançar no País o carro a álcool no início dos anos 1980, um Fiat 147.

Trabalho semelhante está em estudo pela fabricante de autopeças Bosch. “Cabe a nós (setor automotivo) continuar trabalhando na evolução do etanol”, diz Besaliel Botelho, presidente da Bosch América Latina.

O diretor de Assuntos Regulatórios e Compliance da FCA, João Irineu Medeiros, explica que o etanol é um combustível altamente renovável quando se considera o ciclo desde o cultivo da cana até o que sai do escapamento do carro.

“Trabalhamos num modelo conceitual que reduzirá substancialmente a diferença entre o uso do etanol e o da gasolina”, diz Medeiros. “Essa tecnologia é patente nossa e não existe no mercado hoje.”

O grupo também vai começar a produzir na fábrica de Betim (MG), no fim do próximo ano, uma nova família de motores turbo que vai equipar utilitários-esportivos e picapes produzidos pela Jeep na unidade de Goiana (PE). “Esses motores permitirão ganho significativo de eficiência que, somados a novos sistemas eletrônicos, pneus e aerodinâmica vão nos ajudar a atender as normas do Rota 2030”, informa Medeiros.

Edson Orikassa, gerente de assuntos governamentais e regulamentação veicular da Toyota, prevê que o Corolla híbrido flex deve ultrapassar o mínimo de redução de consumo exigido na primeira fase do Rota (que vai até 2025), e usufruir do crédito de 2 pp de IPI. No Inovar-Auto a empresa obteve desconto de 1 pp.

Segundo Orikassa, “até 2025 teremos globalmente pelo menos uma versão híbrida de cada produto da marca e a tendência é de que também cheguem ao Brasil em algum momento”.

Parceria

Na semana passada, a Nissan assinou acordo de parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), da USP, para acelerar o projeto que usa bioetanol em veículos movidos a célula de combustível. Em teste pela empresa desde 2016, a solução substituirá o hidrogênio pelo etanol, eliminando a necessidade de infraestrutura de abastecimento de hidrogênio e até mesmo os riscos de se transportarem cilindros com o composto químico. De acordo com a Nissan, a tecnologia permitirá uma autonomia de mais de 600 km ao veículo com apenas 30 litros de etanol, além de não emitir nenhum poluente na atmosfera.

Ela está prevista para ser testada em automóveis em até cinco anos e dará à Nissan vantagem extra na medição da eficiência energética de seus veículos. Até lá, a montadora pretende ampliar as vendas do elétrico Leaf, lançado oficialmente no País em julho e hoje comercializado a R$ 195 mil.

Cada carro elétrico tem o fator da medição de eficiência multiplicado por quatro e, o híbrido, por três. “Também estamos trabalhando no desenvolvimento de novas tecnologias relacionadas à combustão para aumentar a eficiência dos carros”, informa a Nissan.

Nova tecnologia

Fabricantes de caminhões e ônibus também precisam atender metas de redução de consumo e emissões e trabalham em várias frentes. Uma das novidades apresentadas recentemente foi o caminhão sem retrovisor da Mercedes-Benz.

No lugar dos espelhos, duas telas de LCD e câmaras de alta definição são instaladas dentro do veículo e permitem um campo de alcance de até 200 metros. O sistema também tem alerta de pedestre e reduz o consumo de combustível em 0,5% a 1% por melhorar a aerodinâmica ao eliminar os grandes espelhos das laterais.

No Brasil há 30 anos, a Pósitron vai oferecer essa tecnologia, chamada de Mirror Eye, para montadoras e o mercado de reposição a partir de 2020. “Inicialmente será importada da Europa, mas, como temos fábrica em Manaus, a tendência é de que seja produzida localmente”, diz Obson Cardoso, diretor de operações da empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para atender Rota 2030, indústria desenvolve novas tecnologias

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Toyota Mira idosos com 1º carro 100% elétrico


Montadoras também desenvolvem tecnologias de aperfeiçoamento dos motores atuais e dos próprios veículos para cumprirem o novo limite de eficiência energética. Além disso, estão trazendo ao País carros híbridos e elétricos que ajudarão no cumprimento das metas. Eles têm pontuação maior que os modelos a combustão, embora seja necessário volume significativo de venda para obter bons resultados.

O diretor de Assuntos Governamentais da Volkswagen, Antonio Megale, diz que a empresa avalia qual a melhor tecnologia vai se encaixar em cada um dos modelos da marca. Uma delas é o sistema de indicação de troca de marcha. Outra é um equipamento que mede automaticamente a pressão dos pneus, alertando sobre a necessidade de calibrar. “Quando o carro roda com pneu vazio ou com a marcha errada consome mais combustível”, justifica.

Na opinião de Henry Joseph Junior, diretor técnico da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as montadoras já tiveram “trabalho puxado” para atender às normas do Inovar-Auto, que exigia redução de 12% no consumo de combustíveis. O novo corte de 11% vai vigorar de 2022 a 2025. A partir daí, as regras serão ainda mais rígidas em razão de normas sobre limite de poluentes determinadas pelo Proconve.

Joseph cita exemplos de medidas a serem adotadas, a maioria delas extensão do que já foi aplicado para o Inovar-Auto, como motores mais eficientes. Várias fabricantes passaram a equipar veículos com propulsores de 3 cilindros e agora vão estender o equipamento para toda a gama de produtos.

Outras ações que estão em curso são a retirada de linha de modelos obsoletos, redução do peso dos veículos, mudança na aerodinâmica, uso de plataforma (base) de produção mais moderna, instalação de start-stop e ter um mix balanceado, com modelos de maior porte (mais pesados) e pequenos (mais leves). A injeção direta, que hoje equipa entre 10% e 15% dos carros, deve estar em 40% deles em 2025, prevê Botelho.

A medição da eficiência leva em conta o desempenho médio de todos os veículos vendidos pela marca, mas o corte do IPI só vai valer para o modelo que ultrapassar a meta. “As empresas terão de ser rápidas nas decisões pois, se dormir, não vai dar tempo de reagir”, diz Joseph.

Megale ressalta que a estratégia da Volkswagen inclui a venda do Golf GTE híbrido plug in. O modelo tem um motor a combustão e outro elétrico que pode ser carregado na tomada e custa R$ 200 mil. “Essa é a primeira de uma grande ofensiva que faremos para a eletrificação de nossos produtos.”

Segundo ele, por enquanto não há plano de produção local de veículos híbridos. “À medida que as vendas aumentarem e os custos de produção baixarem fará sentido produzir inicialmente CKDs (kits desmontados) e depois o carro completo.”

A Volkswagen superou a meta do Inovar-Auto e obteve redução de 1 ponto porcentual no IPI. O objetivo agora é superar também as exigências do Rota 2030 em eficiência e segurança e obter 2 pp de desconto.

A Honda trará ao Brasil no próximo ano o Accord, primeiro de três híbridos prometidos até 2023. Para carros a combustão, a marca tem adotado soluções como turbo e injeção direta de maior performance, transmissão do tipo CVT – que reduz o consumo e melhora o desempenho – e carrocerias mais leves com aços de alta resistência.

A BMW já oferece cinco modelos elétricos e híbridos que, juntos, venderam 300 unidades entre 2014 e 2018. Neste ano, deve superar esse volume “e a tendência é de crescer cada vez mais pois seremos muito agressivos em 2020”, diz a diretora de Relações Governamentais, Gleide Souza. Segundo ela, no momento não há plano de produção local, mas ressalta que a fábrica de Araquari (SC) é flexível – ou seja, poderá produzir no futuro.

Nos cinco carros a combustão fabricados no País, a BMW colocou motores mais eficientes, novas tecnologias e materiais mais leves para atender normas do Inovar-Auto. Parte das inovações será estendida para contemplar o Rota. “Com o mix de produtos que temos não vislumbro nenhum problema para atender às metas”, diz Gleide.

Apenas Ford e General Motors conseguiram 2 pp de corte no IPI por superarem a meta do Inovar-Auto, mas as duas marcas não comentaram o que estão desenvolvendo para cumprir o Rota alegando tratar-se de “questão estratégica”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Etanol é a aposta enquanto carro elétrico não vem – Notícias

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Está em curso mais uma investida por parte da indústria automobilística para manter o etanol no foco como combustível alternativo até que veículos elétricos se tornem viáveis economicamente no Brasil, o que só deve ocorrer no longo prazo.

O País é o único fabricante de carros que rodam com etanol e as montadoras, junto com produtores do combustível, apostam na ampliação do seu uso e até mesmo que o produto terá papel importante nos automóveis do futuro.

O grupo FCA (dono da Fiat e da Jeep) trabalha no desenvolvimento de tecnologia inédita para motores só a etanol, mais eficiente que o antigo carro a álcool – que tinha como base motores a gasolina -, e do que os atuais flex quando abastecidos com o combustível da cana. Para o futuro um pouco mais distante, a Nissan desenvolve tecnologia para usar bioetanol em veículos movidos à célula de combustível.

Já a Toyota colocou nas ruas em setembro o Corolla híbrido flex, que tem como opção o uso do álcool para o motor a combustão operar em conjunto com a bateria elétrica. O modelo produzido em Indaiatuba (SP) custa a partir de R$ 125 mil e atualmente tem fila de espera de cerca de três meses.

Parte desses projetos tem no horizonte o atendimento às metas de melhora da eficiência energética dos veículos estabelecida pelo programa automotivo Rota 2030.

A partir de 2022, os novos automóveis produzidos no País ou importados terão de consumir 11% menos combustível que os atuais o que diminuirá também as emissões de poluentes na atmosfera.

No programa anterior, o Inovar-Auto, as empresas cumpriram exigência de melhora de 12% em relação aos carros que circulavam no mercado em 2012. Essa norma ainda vai valer para os próximos dois anos.

A corrida é acirrada, pois quem não cumprir a meta terá de pagar multa a ser depositada em um fundo governamental para programas de modernização do setor de autopeças.

Já quem superar o limite estabelecido de 11% terá desconto de 1 a 2 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), benefício similar ao do programa anterior. Conseguiram o bônus extra para ser aplicado neste ano pelo Inovar-Auto a Ford e a General Motors (2 pp), Audi, Honda, Mercedes-Benz, Nissan, PSA, Renault, Toyota e Volkswagen (1 pp).

Diferença

Com o novo motor, o plano da FCA – que atendeu a meta dos 12% do Inovar-Auto – é reduzir a diferença de consumo do etanol, hoje 30% maior que o da gasolina. Chamado de E4, o motor turbo é um projeto da engenharia brasileira e deve ficar pronto em dois anos. A Fiat foi a primeira marca a lançar no País o carro a álcool no início dos anos 1980, um Fiat 147.

Trabalho semelhante está em estudo pela fabricante de autopeças Bosch. “Cabe a nós (setor automotivo) continuar trabalhando na evolução do etanol”, diz Besaliel Botelho, presidente da Bosch América Latina.

O diretor de Assuntos Regulatórios e Compliance da FCA, João Irineu Medeiros, explica que o etanol é um combustível altamente renovável quando se considera o ciclo desde o cultivo da cana até o que sai do escapamento do carro.

“Trabalhamos num modelo conceitual que reduzirá substancialmente a diferença entre o uso do etanol e o da gasolina”, diz Medeiros. “Essa tecnologia é patente nossa e não existe no mercado hoje.”

O grupo também vai começar a produzir na fábrica de Betim (MG), no fim do próximo ano, uma nova família de motores turbo que vai equipar utilitários-esportivos e picapes produzidos pela Jeep na unidade de Goiana (PE). “Esses motores permitirão ganho significativo de eficiência que, somados a novos sistemas eletrônicos, pneus e aerodinâmica vão nos ajudar a atender as normas do Rota 2030”, informa Medeiros.

Edson Orikassa, gerente de assuntos governamentais e regulamentação veicular da Toyota, prevê que o Corolla híbrido flex deve ultrapassar o mínimo de redução de consumo exigido na primeira fase do Rota (que vai até 2025), e usufruir do crédito de 2 pp de IPI. No Inovar-Auto a empresa obteve desconto de 1 pp.

Segundo Orikassa, “até 2025 teremos globalmente pelo menos uma versão híbrida de cada produto da marca e a tendência é de que também cheguem ao Brasil em algum momento”.

Parceria

Na semana passada, a Nissan assinou acordo de parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), da USP, para acelerar o projeto que usa bioetanol em veículos movidos a célula de combustível. Em teste pela empresa desde 2016, a solução substituirá o hidrogênio pelo etanol, eliminando a necessidade de infraestrutura de abastecimento de hidrogênio e até mesmo os riscos de se transportarem cilindros com o composto químico. De acordo com a Nissan, a tecnologia permitirá uma autonomia de mais de 600 km ao veículo com apenas 30 litros de etanol, além de não emitir nenhum poluente na atmosfera.

Ela está prevista para ser testada em automóveis em até cinco anos e dará à Nissan vantagem extra na medição da eficiência energética de seus veículos. Até lá, a montadora pretende ampliar as vendas do elétrico Leaf, lançado oficialmente no País em julho e hoje comercializado a R$ 195 mil.

Cada carro elétrico tem o fator da medição de eficiência multiplicado por quatro e, o híbrido, por três. “Também estamos trabalhando no desenvolvimento de novas tecnologias relacionadas à combustão para aumentar a eficiência dos carros”, informa a Nissan.

Nova tecnologia

Fabricantes de caminhões e ônibus também precisam atender metas de redução de consumo e emissões e trabalham em várias frentes. Uma das novidades apresentadas recentemente foi o caminhão sem retrovisor da Mercedes-Benz.

No lugar dos espelhos, duas telas de LCD e câmaras de alta definição são instaladas dentro do veículo e permitem um campo de alcance de até 200 metros. O sistema também tem alerta de pedestre e reduz o consumo de combustível em 0,5% a 1% por melhorar a aerodinâmica ao eliminar os grandes espelhos das laterais.

No Brasil há 30 anos, a Pósitron vai oferecer essa tecnologia, chamada de Mirror Eye, para montadoras e o mercado de reposição a partir de 2020. “Inicialmente será importada da Europa, mas, como temos fábrica em Manaus, a tendência é de que seja produzida localmente”, diz Obson Cardoso, diretor de operações da empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Honda anuncia três híbridos para Brasil. Quais são?

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Você já sabe que a Toyota (que já vende o híbrido Prius no país desde 2012) vai apostar forte neste tipo de motorização aqui no Brasil, já a partir deste ano: será mostrada no segundo semestre a nova geração do Corolla com configuração híbrida e flex, um marco global e que deve provocar grande reação no mercado nacional. Pois a rival Honda sabe que precisa ter uma resposta e anunciou, nesta quarta-feira (27), que terá três modelos híbridos por aqui.

“Assumimos o compromisso de vender três modelos de configuração híbrida na região até 2023”, afirmou o presidente da Honda South America, Issao Mizoguchi, que também é o chefão da marca para o Brasil. Essa fala aconteceu durante a apresentação à imprensa da fábrica da Honda em Itirapina (SP), que foi finalmente aberta em fevereiro, após passar três anos trancada aguardando os efeitos da crise econômica reduzirem sua influência sobre o mercado automotivo local.

Mizoguchi, porém, não quis cravar quais seriam os três modelos, nem quando a chegada do primeiro ocorrerá. UOL Carros, porém, faz suas apostas.

Que tal um SUV híbrido?

Sem fabricação local, custos de qualquer modelo híbrido tendem a ficar elevados — ainda que a nova tabela de IPI tenha “pegadinhas” para motorizações alternativas que não sejam 100% elétricas.

Por conta disso, a Honda deve apostar em modelos cujo custo de importação seja redimido, em parte, pelo valor já elevado do modelo em si. Ou seja, não vemos uma chance, a princípio, de termos uma configuração híbrida de carros compactos como o Fit ou o HR-V. A Honda deve, acreditamos, apostar mesmo em modelos médios e médio-grandes importados.

Também faz sentido surfar a onda de SUVs como modelos preferidos do comprador brasileiro. E, claro, se posicionar nos segmentos já usados pela concorrência.

Com isso, acreditamos que um modelo com grande potencial de chegar ao Brasil é o CR-V Hybrid.

O novo CR-V a gasolina é importado ao Brasil desde 2018. Essa quinta geração é fabricada sobre a mesma base do Civic 10, chega na versão Touring, com motor 1.5 turbo de 190 cavalos e 24,7 kgfm, além do câmbio CVT e tração integral, por R$ 180 mil.

Já o CR-V Hybrid usa o motor 2.0 a gasolina (ciclo Atkison) aliado a motor elétrico e baterias de íons de lítio. Câmbio é o e-CVT, um CVT reprogramado, e opção de tração dianteira ou integral. O sistema eletrificado entrega um total de 184 cv e 32,12 kgfm, mas com baixos índices de emissões. O consumo promete ser de até 23 km/l de gasolina.

No exterior, o CR-V Hybrid parte de US$ 38 mil, equivalente a R$ 136 mil, enquanto o Touring semelhante ao importado ao Brasil parte de US$ 32.750 (R$ 130 mil).

Honda Insight seria híbrido para revidar Prius e novo Corolla Flex - Divulgação

Honda Insight seria híbrido para revidar Prius e novo Corolla Flex

Imagem: Divulgação

Sedã e “híbrido com cara de híbrido”

Também pode estar no radar um sedã, para tentar revidar o impacto do Corolla Híbrido Flex. Neste caso, a Honda tem algumas opções, mas o mais próximo do nosso mercado seria o Accord Hybrid, que usa o mesmo trem-de-força do CR-V citado acima.

Sua estimativa de consumo é de 24 km/l, ligeiramente superior àquela do CR-V. Já o preço é o equivalente a R$ 151 mil, sem contar impostos, taxas ou lucros.

No Brasil, o Accord começou a ser vendido em sua nova geração, na versão Touring, por R$ 198.500, com o motor 2.0 turbo da mesma família (mas no ciclo Otto), rendendo 256 cv e 37,7 kgfm.

Se a ideia for ter um “sedã híbrido com cara de híbrido”, para enfrentar o Prius, o Insight de nova geração se vale de motor 1.5, câmbio e-CVT, e entrega de 151 cv e 27,23 kgfm. Seria uma opção mais potente que o Prius e na medida para encarar até mesmo o novo Corolla. O preço no exterior equivale aos R$ 110 mil, neste caso.

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Toyota Corolla híbrido: primeiras impressões

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Primeiro carro de volume a ter uma opção híbrida no Brasil, sedã promete democratizar a tecnologia. Porém, ser flex não faz tanta diferença assim. Toyota Corolla Altis híbrido
Guilherme Fontana/G1
O Toyota Corolla híbrido chega para mostrar que um carro híbrido não precisa ter um visual “ousado” como o do Prius, e que não tem que ser supercaro ou de uma produção restrita.
Na nova geração, o sedã médio mais vendido do Brasil adota melhorias no motor 2.0 a combustão e estreia uma inédita versão híbrida.
TODOS OS PREÇOS E VERSÕES DO COROLLA
5 razões para crer que o Corolla híbrido promete “democratizar” a tecnologia
O Corolla é o carro mais vendido do mundo e o sedã médio mais vendido do Brasil;
Não é preciso recarregá-lo na tomada, é só abastecer o tanque com combustível e deixar que as baterias se recarreguem sozinhas;
Além de gasolina, ele também pode ser abastecido com etanol. É o primeiro híbrido flex do mundo;
A partir de R$ 124.990, ele é o híbrido mais barato do Brasil — o valor é menor do que de concorrentes com motorizações comuns em versões equivalentes;
Os custos de manutenção até 60.000 km são exatamente os mesmos da versão 2.0 (R$ 3.872) e mais baratos do que do Prius (R$ 4.072).
Veja os concorrentes do Toyota Corolla Altis híbrido
Guilherme Fontana/G1
O G1 andou na configuração híbrida “básica”, que parte de R$ 124.990, sem o pacote premium. Com ele, o modelo passa a custar R$ 130.990.
Como anda o primeiro híbrido flex do mundo?
O conjunto do Corolla híbrido é formado por um motor 1.8 flex com até 101 cavalos de potência e 14,5 kgfm de torque, e dois motores elétricos que somam 72 cavalos e 16,6 kgfm de torque. A potência total combinada é de 123 cavalos.
Pode se causar certa estranheza um carro com potência próxima de um motor 1.6 custar mais de R$ 130 mil por ser híbrido, mas não leve números absolutos tão a sério – na prática, o sedã não lembra em nada um modelo apenas a combustão com potência semelhante.
Porém, apesar do fôlego inicial, não espere por esportividade e/ou emoção: além de este não ser o foco do Corolla híbrido, o câmbio CVT sem marchas simuladas deixa as acelerações monótonas e, aparentemente, lentas. A Toyota não divulga dados de desempenho do modelo.
Versões híbridas têm motor 1.8 a combustão e dois elétricos
Guilherme Fontana/G1
Como em todo híbrido, os motores funcionam de forma alternada ou conjunta, de acordo com a demanda. O fato de ser flex não altera em nada o funcionamento.
Ou seja, em acelerações mais fortes e em velocidades mais altas, os dois funcionam juntos. No anda e para das cidades, o elétrico terá prioridade — é possível vencer engarrafamentos sem gastar uma gota sequer de gasolina (ou etanol), por exemplo.
Também como em outros híbridos, os motores elétricos são recarregados automaticamente pela recuperação da energia cinética gerada pelas frenagens e desacelerações, além da geração de energia pelo motor a combustão. Não há opção de recarga em tomadas.
Ser flex faz diferença?
De cara a resposta é: depende. De acordo com o Inmetro, o consumo do Corolla híbrido abastecido com gasolina é de 14,5 km/l na estrada e 16,3 km/l na cidade. Com etanol, os números caem para 9,9 km/l na estrada e 10,9 km/l na cidade.
Segundo a Toyota, porém, em ciclo urbano com gasolina o modelo pode ultrapassar os 20 km/l. Vale lembrar que o consumo de carros híbridos é menor na cidade por ser onde o motor elétrico é mais utilizado.
Por isso, o proprietário deve colocar na ponta do lápis se roda mais em ciclos urbanos ou rodoviários e a diferença de valor entre os combustíveis.
Corolla de sempre
Indo além da inédita motorização híbrida, o Corolla continua o mesmo de sempre – e isso é bom. O sedã permanece com uma dirigibilidade impecável e focada no conforto, capaz de amenizar qualquer possibilidade de cansaço em longas viagens.
Para garantir mais segurança e estabilidade sem abrir mão do conforto, o Corolla finalmente adotou suspensão independente nas quatro rodas e multilink na traseira, deixando no passado o eixo de torção.
Corolla híbrido é identificado, principalmente, pelo logo da marca em azul e pelos logotipos “Hybrid”
Guilherme Fontana/G1
Assim como nas gerações passadas, a suspensão do modelo absorve bem as irregularidades do solo mesmo nas versões mais caras, que têm pneus de perfil baixo (225/45) e rodas aro 17.
A direção, com assistência elétrica progressiva, conversa bem com a suspensão e tem ajuste leve e preciso.
Outra característica que permanece no Corolla é o bom espaço. Quem viaja no banco de trás não se preocupa com aperto, especialmente dos joelhos. O porta-malas tem 470 litros – a capacidade é boa, superior à do Cruze (440 litros), mas menor do que dos rivais Civic (517 litros) e Jetta (510 litros).
Já o acabamento melhorou, com materiais emborrachados no painel e nas portas. O antiquado relógio digital da geração anterior deixou de existir, mas o que talvez possa incomodar agora é o “tubo” traseiro da central multimídia.
Central multimídia tem um “tubo” na traseira
Guilherme Fontana/G1
Equipamentos
Durante o lançamento do novo Corolla, a Toyota surpreendeu pela inteligente estratégia de preços. Pelo mesmo valor é possível levar a versão Altis híbrida ou 2.0. A diferença aparece em um pacote de equipamentos opcional.
Chamado de pacote “premium”, inclui ar-condicionado de duas zonas, banco do motorista com regulagens elétricas, retrovisores externos com rebatimento elétrico, teto solar elétrico e sensor de chuva.
O kit vem de série na configuração 2.0, mas é um opcional de R$ 6 mil no híbrido, que passa a custar R$ 130.990 com os itens.
Painel do Toyota Corolla Altis híbrido
Divulgação/Toyota
Mas a lista de equipaments do modelo “básico” é grande mesmo assim: direção elétrica, 7 airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, fixação de cadeirinhas infantis (Isofix), faróis automáticos, luzes diurnas de LEDs e central multimídia com Android Auto e Apple Carplay.
Há ainda faróis de neblina de LED, ar-condicionado automático, rodas de 17 polegadas e o pacote Toyota Safety Sense, com piloto automático adaptativo, faróis com facho alto automático, assistente de pré-colisão com alerta sonoro e visual e frenagem automática, e alerta para mudança involuntária de faixa.
E a concorrência?
De janeiro a setembro deste ano, o Corolla liderou o mercado de sedãs médios no Brasil com 41,9% do segmento, segundo a Fenabrave, a associação dos concessionários no país.
Ao todo, foram 40.715 unidades emplacadas. Em segundo lugar vem o Civic, com 20.097 e, em terceiro, o Cruze, com 12.971. O Jetta só vem na quarta colocação, com 9.276 unidades.
A tendência destes números do Corolla com a linha 2020 é, se não crescerem, continuarem no mesmo patamar.
Por R$ 124.990, a versão híbrida avaliada (lembrando, mesmo valor da Altis 2.0) tem melhor custo-benefício do que seus concorrentes: Civic Touring (1.5 turbo, R$ 134.900), Cruze Premier (1.4 turbo, R$ 122.790) e Jetta R-Line (1.4 turbo, R$ 119.990).
Conclusão
O Corolla é caro, mas é reconhecido pela boa mecânica e por valor de revenda. Agora, passa a ter o trunfo de ser híbrido. Além do pioneirismo no segmento, ele também pode revolucionar o mercado brasileiro promovendo a “popularização” da tecnologia.

Fonte: Auto Esporte

Para atender Rota 2030, indústria desenvolve novas tecnologias – Economia

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Montadoras também desenvolvem tecnologias de aperfeiçoamento dos motores atuais e dos próprios veículos para cumprirem o novo limite de eficiência energética. Além disso, estão trazendo ao País carros híbridos e elétricos que ajudarão no cumprimento das metas. Eles têm pontuação maior que os modelos a combustão, embora seja necessário volume significativo de venda para obter bons resultados.

O diretor de Assuntos Governamentais da Volkswagen, Antonio Megale, diz que a empresa avalia qual a melhor tecnologia que vai se encaixar em cada um dos modelos da marca. Uma delas é o sistema de indicação de troca de marcha. Outra é um equipamento que mede automaticamente a pressão dos pneus, alertando sobre a necessidade de calibrar. “Quando o carro roda com pneu vazio ou com a marcha errada consome mais combustível”, justifica.

Na opinião de Henry Joseph Junior, diretor técnico da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as montadoras já tiveram “trabalho puxado” para atender às normas do Inovar-Auto, que exigia redução de 12% no consumo de combustíveis. O novo corte de 11% vai vigorar de 2022 a 2025. A partir daí, as regras serão ainda mais rígidas em razão de normas sobre limite de poluentes determinadas pelo Proconve.

Joseph cita exemplos de medidas a serem adotadas, a maioria delas extensão do que já foi aplicado para o Inovar-Auto, como motores mais eficientes. Várias fabricantes passaram a equipar veículos com propulsores de 3 cilindros e agora vão estender o equipamento para toda a gama de produtos.

Outras ações que estão em curso são a retirada de linha de modelos obsoletos, redução do peso dos veículos, mudança na aerodinâmica, uso de plataforma (base) de produção mais moderna, instalação de start-stop e ter um mix balanceado, com modelos de maior porte (mais pesados) e pequenos (mais leves). A injeção direta, que hoje equipa entre 10% e 15% dos carros, deve estar em 40% deles em 2025, prevê Botelho.

A medição da eficiência leva em conta o desempenho médio de todos os veículos vendidos pela marca, mas o corte do IPI só vai valer para o modelo que ultrapassar a meta. “As empresas terão de ser rápidas nas decisões pois, se dormir, não vai dar tempo de reagir”, diz Joseph.

Ofensiva

Megale ressalta que a estratégia da Volkswagen inclui a venda do Golf GTE híbrido plug in. O modelo tem um motor a combustão e outro elétrico que pode ser carregado na tomada e custa R$ 200 mil. “Essa é a primeira de uma grande ofensiva que faremos para a eletrificação de nossos produtos.”

Segundo ele, por enquanto não há plano de produção local de veículos híbridos. “À medida que as vendas aumentarem e os custos de produção baixarem fará sentido produzir inicialmente CKDs (kits desmontados) e depois o carro completo.”

A Volkswagen superou a meta do Inovar-Auto e obteve redução de 1 ponto porcentual no IPI. O objetivo agora é superar também as exigências do Rota 2030 em eficiência e segurança e obter 2 pp de desconto.

A Honda trará ao Brasil no próximo ano o Accord, primeiro de três híbridos prometidos até 2023. Para carros a combustão, a marca tem adotado soluções como turbo e injeção direta de maior performance, transmissão do tipo CVT – que reduz o consumo e melhora o desempenho – e carrocerias mais leves com aços de alta resistência.

Agressivos

A BMW já oferece cinco modelos elétricos e híbridos que, juntos, venderam 300 unidades entre 2014 e 2018. Neste ano, deve superar esse volume “e a tendência é de crescer cada vez mais pois seremos muito agressivos em 2020”, diz a diretora de Relações Governamentais, Gleide Souza. Segundo ela, no momento não há plano de produção local, mas ressalta que a fábrica de Araquari (SC) é flexível – ou seja, poderá produzir no futuro.

Nos cinco carros a combustão fabricados no País, a BMW colocou motores mais eficientes, novas tecnologias e materiais mais leves para atender normas do Inovar-Auto. Parte das inovações será estendida para contemplar o Rota. “Com o mix de produtos que temos não vislumbro nenhum problema para atender as metas”, diz Gleide.

Apenas Ford e General Motors conseguiram 2 pp de corte no IPI por superarem a meta do Inovar-Auto, mas as duas marcas não comentaram o que estão desenvolvendo para cumprir o Rota alegando tratar-se de “questão estratégica”.



Etanol é aposta enquanto elétrico não vem – Economia

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Está em curso mais uma investida por parte da indústria automobilística para manter o etanol no foco como combustível alternativo até que veículos elétricos se tornem viáveis economicamente no Brasil, o que só deve ocorrer no longo prazo.

O País é o único fabricante de carros que rodam com etanol e as montadoras, com produtores do combustível, apostam na ampliação do seu uso e até mesmo que o produto terá papel importante nos automóveis do futuro.

O grupo FCA (dono da Fiat e da Jeep) trabalha no desenvolvimento de tecnologia inédita para motores só a etanol, mais eficiente que o antigo carro a álcool – que tinha como base motores a gasolina –, e do que os atuais flex quando abastecidos com o combustível da cana.

Para o futuro um pouco mais distante, a Nissan desenvolve tecnologia para usar bioetanol em veículos movidos à célula de combustível.

Já a Toyota colocou nas ruas em setembro o Corolla híbrido flex, que tem como opção o uso do álcool para o motor a combustão operar em conjunto com a bateria elétrica. O modelo produzido em Indaiatuba (SP) custa a partir de R$ 125 mil e atualmente tem fila de espera de cerca de três meses.

Parte desses projetos tem no horizonte o atendimento às metas de melhora da eficiência energética dos veículos estabelecida pelo programa automotivo Rota 2030.

A partir de 2022, os novos automóveis produzidos no País ou importados terão de consumir 11% menos combustível que os atuais, o que diminuirá também as emissões de poluentes na atmosfera.

No programa anterior, o Inovar-Auto, as empresas cumpriram exigência de melhora de 12% em relação aos carros que circulavam no mercado em 2012. Essa norma ainda vai valer para os próximos dois anos.

A corrida é acirrada, pois quem não cumprir a meta terá de pagar multa a ser depositada em um fundo governamental para programas de modernização do setor de autopeças.

Já quem superar o limite estabelecido de 11% terá desconto de 1 a 2 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), benefício similar ao do programa anterior.

Conseguiram o bônus extra para ser aplicado neste ano pelo Inovar-Auto a Ford e a General Motors (2 pp), Audi, Honda, Mercedes-Benz, Nissan, PSA, Renault, Toyota e Volkswagen (1 pp).

Diferença

Com o novo motor, o plano da FCA – que atendeu a meta dos 12% do Inovar-Auto –, é reduzir a diferença de consumo do etanol, hoje 30% maior que o da gasolina.

Chamado de E4, o motor turbo é um projeto da engenharia brasileira e deve ficar pronto em dois anos. A Fiat foi a primeira marca a lançar no País o carro a álcool no início dos anos 80, um Fiat 147.

Trabalho semelhante está em estudo pela fabricante de autopeças Bosch. “Cabe a nós (setor automotivo) continuar trabalhando na evolução do etanol”, diz Besaliel Botelho, presidente da Bosch América Latina.

O diretor de Assuntos Regulatórios e Compliance da FCA, João Irineu Medeiros, explica que o etanol é um combustível altamente renovável quando se considera o ciclo desde o cultivo da cana até o que sai do escapamento do carro.

“Trabalhamos num modelo conceitual que reduzirá substancialmente a diferença entre o uso do etanol e o da gasolina”, diz Medeiros. “Essa tecnologia é patente nossa e não existe no mercado hoje.”

O grupo também vai começar a produzir na fábrica de Betim (MG), no fim do próximo ano, uma nova família de motores turbo que vai equipar utilitários-esportivos e picapes produzidos pela Jeep na unidade de Goiana (PE).

“Esses motores permitirão ganho significativo de eficiência que, somados a novos sistemas eletrônicos, pneus e aerodinâmica vão nos ajudar a atender as normas do Rota 2030”, informa Medeiros.

Edson Orikassa, gerente de assuntos governamentais e regulamentação veicular da Toyota, prevê que o Corolla híbrido flex deve ultrapassar o mínimo de redução de consumo exigido na primeira fase do Rota (que vai até 2025), e usufruir do crédito de 2 pp de IPI. No Inovar-Auto a empresa obteve desconto de 1 pp.

Segundo Orikassa, “até 2025 teremos globalmente pelo menos uma versão híbrida de cada produto da marca e a tendência é de que também cheguem ao Brasil em algum momento.”

Parceria

Na semana passada, a Nissan assinou acordo de parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), da USP, para acelerar o projeto que usa bioetanol em veículos movidos a célula de combustível.

Em teste pela empresa desde 2016, a solução substituirá o hidrogênio pelo etanol, eliminando a necessidade de infraestrutura de abastecimento de hidrogênio e até mesmo os riscos de se transportar cilindros com o composto químico.

De acordo com a Nissan, a tecnologia permitirá uma autonomia de mais de 600 km ao veículo com apenas 30 litros de etanol, além de não emitir nenhum poluente na atmosfera.

Ela está prevista para ser testada em automóveis em até cinco anos e dará à Nissan vantagem extra na medição da eficiência energética de seus veículos. Até lá, a montadora pretende ampliar as vendas do elétrico Leaf, lançado oficialmente no País em julho e hoje comercializado a R$ 195 mil.

Cada carro elétrico tem o fator da medição de eficiência multiplicado por quatro e, o híbrido, por três. “Também estamos trabalhando no desenvolvimento de novas tecnologias relacionadas à combustão para aumentar a eficiência dos carros”, informa a Nissan.

Veículos pesados

Fabricantes de caminhões e ônibus também precisam atender às metas de redução de consumo e emissões e trabalham em várias frentes. Uma das novidades apresentadas recentemente foi o caminhão sem retrovisor da Mercedes-Benz.

No lugar dos espelhos, duas telas de LCD e câmaras de alta definição são instaladas dentro do veículo e permitem um campo de alcance de até 200 metros. O sistema também tem alerta de pedestre e reduz o consumo de combustível em 0,5% a 1% por melhorar a aerodinâmica ao eliminar os grandes espelhos das laterais.

No Brasil há 30 anos, a Pósitron vai oferecer essa tecnologia, chamada de Mirror Eye, para montadoras e o mercado de reposição a partir de 2020. “Inicialmente será importada da Europa, mas, como temos fábrica em Manaus, a tendência é de que seja produzida localmente”, diz Obson Cardoso, diretor de operações da empresa.



Audiência Pública debate utilização de carros elétricos no DF

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A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF participou da Audiência Pública para debater sobre a utilização de carros elétricos. O compartilhamento de carros chegou em Brasília em outubro deste ano, por meio do Programa Vem DF, fruto de uma parceria entre o Governo do Distrito Federal e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). A iniciativa de promover o debate foi do deputado federal Julio Cesar.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Gilvan Máximo, falou do sucesso do programa Vem DF. “Essa audiência tem um tema muito rico, pois os carros elétricos são a sensação do momento na tecnologia. A notícia do lançamento do programa Vem DF saiu em mais de 140 países. Por isso, a implementação do carro elétrico é muito importante porque seu uso é barato, não polui o meio ambiente, não faz barulho e o governador Ibaneis está incentivando a utilização quando o isentou por cinco anos do recolhimento do IPVA”, destacou.

O deputado Julio Cesar afirmou que a utilização dos carros elétricos é uma realidade na nossa capital. “Não se fala em outra coisa em Brasília e não tenho dúvidas que estamos no caminho certo para tornar Brasília em uma cidade totalmente inteligente”, disse.

De acordo com o programa, os carros serão compartilhados por um software (Mobi-e), desenvolvido pelo PTI, em Foz do Iguaçu (PR), que permite reservar os veículos disponíveis e acompanhar a localização deles. O aplicativo rastreia o automóvel, monitora a velocidade, a carga de bateria, as rotas percorridas e até mede a quantidade de emissão de gás carbônico que deixou de ser enviada para a atmosfera. Os carros são desbloqueados com os crachás dos funcionários cadastrados no sistema.

Em Brasília, o projeto é destinado aos servidores públicos distritais – definidos pelo Governo do DF – e tem como um dos objetivos reduzir os custos com a manutenção e combustíveis da frota oficial. Os eletropostos e os veículos serão cedidos pela ABDI ao governo distrital em forma de comodato, com cláusulas sobre operação, manutenção, taxas e seguros.

FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA



Mercedes confirma três dias de testes com Russell ainda em 2019 | Grande Prêmio

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George Russell vai testar com a Mercedes por três dias ainda em 2019. O britânico vai assumir o lugar de Lewis Hamilton nas atividades da próxima semana e, depois, voltará a Abu Dhabi para uma atividade com os pneus de 18 polegadas de 2021.

 

Russell vai guiar pela Williams na manhã de terça-feira, primeiro dia dos testes de pneus de 2020, antes de passar o FW42 para ex-F2 Roy Nissany à tarde. Na quarta-feira, George assume o W10 da Mercedes, já que Hamilton não está disponível por conta de compromissos com patrocinadores do time.

George Russell (Foto: Williams)

Russell, então, volta à Abu Dhabi na semana seguinte para mais dois dias, desta vez para testar os pneus de 18 polegadas de 2021 com um carro hibrido da Mercedes.

 

Chefe da Mercedes, Toto Wolff garantiu que Russell não será avaliado por seu desempenho nestes testes, já que considera que a escuderia já sabe bem das qualidades do piloto.

 

“Eu disse a George, que não estava bem nesses últimos dias, que este teste não é um ponto de referência para ele, porque nós estamos absolutamente certos de que ele tem as qualidades de um futuro piloto da Mercedes”, disse Wolff. “Ele tem a velocidade bruta, tem o talento, tem a inteligência”, elogiou.

 

“Existe uma razão para ele ter vencido a F3 e a F2 como novato. Isso não aconteceu muitas vezes antes. E ele tem um histórico impecável na F1”, avaliou. “É mais uma questão de experiência. Então não há nada para ser provado durante este próximo teste. George tem contrato com a Williams e ele sempre vai honrar todos os contratos, porque eles deram a ele uma chance de entrar na F1. Provavelmente, se ele fizer esse teste, vai só confirmar aquilo que já sabemos”, frisou.

 

Russell, que guiou a Mercedes pela última vez no teste realizado após o GP do Bahrein, ressaltou que vai trabalhar para fornecer dados à Mercedes.

 

“Minha saúde me preocupou não só para esse fim de semana, mas para a próxima semana, quando vou guiar o carro deles. Mas eles não vão me julgar com base em um teste”, comentou. “Estou lá para fazer um trabalho, estou lá para dar dados à eles, para aprender o máximo que puder, para levar a experiência que tenho com aquele carro para os rapazes, e, quando testei no Bahrein, foi super benéfico e tomara que seja a mesma coisa outra vez”, completou.


A F1 volta a acelerar em Abu Dhabi neste sábado, a partir de 7h (horário de Brasília) com o terceiro treino livre, enquanto a classificação está marcada para 10h. O GRANDE PRÊMIO acompanha tudo AO VIVO e em TEMPO REAL. Siga a cobertura aqui.

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