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futuro eletrizante no setor de transportes, por Marcelo Gauto – epbr

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futuro eletrizante no setor de transportes, por Marcelo Gauto – epbr


Por Marcelo Gauto¹

Neste artigo, reuni uma série de tópicos a respeito da temática de veículos elétricos (VEs). O assunto está na “crista da onda” em função de todo o apelo existente para redução das emissões de gases de efeito estufa no mundo.

Mas quais as vantagens dos VEs? Será que os VEs realmente poluem menos? A que velocidade a transição de fóssil para renovável vai ocorrer? Estamos preparados para o impacto econômico que esta transição traz consigo? São muitas as perguntas, para as quais trago algumas considerações a seguir:

Por que os veículos elétricos estão em alta?

Carro elétrico não é uma modernidade atual; já existe há décadas. Por que só agora o tema tem tido tanto clamor? Eu apontaria três principais motivos: o debate mais contundente a respeito do aquecimento global; preços dos derivados de petróleo mais altos; e o ganho de escala na fabricação destes veículos, associado às melhorias substanciais nas baterias.

O mundo está buscando alternativas aos combustíveis fósseis, especialmente no segmento de transportes e geração de energia elétrica. De modo geral, um quinto da energia utilizada no mundo está concentrada no setor de transportes e dois quintos na geração de eletricidade.

Os preços oscilantes dos derivados de petróleo, associados aos cada vez mais frequentes apelos em prol da redução das emissões de gases de efeito estufa trouxe à tona um antigo projeto automobilístico: o carro elétrico.

No Brasil, na esteira da primeira crise do petróleo, a Gurgel Motores apresentou no Salão de São Paulo, de 1974, o Itaipu, um minicarro com capacidade para dois passageiros, que foi o primeiro automóvel elétrico desenvolvido na América Latina.

O pioneiro da Gurgel tinha baterias chumbo-ácido de recarga lenta, baixa autonomia e velocidade máxima de 80 km/h. Apesar da proposta interessante pra época, o conceito não ganhou produção em série. O Pró-álcoo (link externo) foi a alternativa escolhida no país para fugir da dependência dos fósseis naquele momento.

Figura 1: o elétrico Gurgel Itaipu, apresentado no Salão de SP de 1974

Figura 1 – O elétrico Gurgel Itaipu, apresentado no Salão de SP de 1974
Reprodução/Biblioteca Gurgel (ENOSHITA, 2019)

Os veículos elétricos são mais eficientes na transformação da energia elétrica em mecânica. Enquanto um carro com motor a combustão aproveita 30% a 35% da energia gerada pela queima do combustível, perdendo o restante na forma de calor radiante, os elétricos aproveitam 90% a 95% da energia armazenada nas baterias para gerar trabalho. Mas o consumidor quer mesmo saber é quanto ele vai pagar pra ter e abastecer um VE.

Para fins de comparação, o compacto Renault Kwid, equipado com motor 1.0/12cv a combustão ciclo Otto, consome um litro de gasolina a cada 14,9 km rodados, a um custo de R$ 0,29/km.

Similar elétrico, o , roda 5,51 km com um kWh (quilowatt-hora) de energia elétrica, a um custo estimado de R$ 0,10/km. Isto é, um terço do custo do equivalente a gasolina (ver figura 2).



Olhando assim, não há dúvidas de que vale muito a pena ter um carro elétrico! Porém, o custo de aquisição do Zoe, por exemplo, equivale a 4,25 vezes o Kwid. Seria necessário rodar 570 mil quilômetros para valer a pena a aquisição.

Não se sabe muito ainda a respeito dos custos de manutenção e seguro dos VEs, o que pode contrabalancear o maior custo de aquisição (ou não). A boa notícia é que os preços dos veículos elétricos estão caindo e devem se tornar acessíveis na próxima década.

Figura 2: comparação carro a gasolina, e eletricidade

Figura 2 – Comparação carro a gasolina, etanol e eletricidade
Elaboração própria

Emissões de : carro elétrico versus gasolina

O grande debate em relação aos VEs está na menor geração de gases de efeito estufa. Estudo realizado pela Union of Concerned Scientists demonstra que, nos EUA, os veículos elétricos emitem metade dos gases de efeito estufa do que um similar a gasolina, mesmo levando em consideração a emissão adicional que ocorre pela fabricação das baterias do (figura 3).

Na China, cuja matriz elétrica utiliza muito carvão (figura 4), o resultado seria pior, mas ainda assim o saldo seria positivo, enquanto no Brasil, que tem uma matriz elétrica bastante limpa, o resultado seria muito melhor.

Figura 3: comparação das emissões VE versus carro a gasolina

Figura 3 – Comparação das emissões VE versus carro a gasolina
Elaboração própria

Figura 4: fontes de geração de energia elétrica das maiores economias do mundo em 2017

Figura 4 – Fontes de geração de energia elétrica das maiores economias do mundo em 2017
Elaboração própria

“Ah, mas e se a energia elétrica for gerada pela queima do carvão?”

O mesmo estudo realizado pela Union of Concerned Scientists a respeito do ciclo de vida dos veículos elétricos e a gasolina demonstra que as emissões de gases de efeito estufa (green house emissions – ghe) são 1% menores quando se utiliza carvão para gerar energia elétrica, quando comparado a um carro a gasolina que faz 12,2 km/L.

O estudo considera, na comparação, todo o ciclo de vida dos veículos, da extração dos minérios para produzir as baterias de lítio ao descarte do veículo no final da vida útil, a extração e refino de petróleo no caso da gasolina.

Caso o gás natural seja utilizado, a redução das emissões é de 51%. Obviamente, se a fonte de energia for renovável, como eólica ou hidrelétrica, as emissões são 99% menores.

Se você tiver um carro beberrão, que faça menos de 12,2 km/L de gasolina, um carro elétrico “movido a carvão” emite menos gases, então, sob o ponto de vista exclusivo de emissões, valeria a pena a troca. Lembrando que essa afirmação é válida para os EUA ou locais em que a matriz elétrica é mais limpa do que a de lá (caso do Brasil, por exemplo).

Figura 5: emissões equivalentes VE versus carro a gasolina

Figura 5 – Emissões equivalentes VE vs carro a gasolina
Elaboração própria

Um contraponto: se o carro for movido com outro combustível o cenário muda. Segundo estudo realizado na Alemanha (DW, em inglês), um carro elétrico no país polui mais do que um movido a . Isto é, o motor é mais eficiente do que um a gasolina e também porque a matriz elétrica da Alemanha depende muito de carvão, como pode ser observado na figura 4.

E o etanol?

Bem, a maioria dos estudos demonstra que no quesito emissões o carro a etanol vai “muito bem, obrigado”. Isso porque boa parte do CO2 emitido na queima do combustível é absorvida na etapa de crescimento do vegetal que deu origem ao biocombustível, que no caso brasileiro é majoritariamente cana-de-açúcar.

Um veículo movido a etanol tem menos emissões equivalentes do que um elétrico ou híbrido na Europa. Somente um VE cuja recarga da bateria é de fonte limpa renovável supera o carro movido a etanol em relação as emissões atmosféricas (figura 6).

Figura 6: comparação das emissões equivalentes do etanol, gasolina e VEs

Figura 6 – Comparação das emissões equivalentes do etanol, gasolina e VEs
Fonte: Mahle/AEA (elaboração novaCana.com)

Mas “nem tudo são flores”, já dizia o poema de Gibran Calheira. Em relação à poluição da água, por exemplo, o etanol passa de “mocinho” a “vilão”. Estudo do ciclo de vida do carro a etanol aponta que o potencial de eutrofização dos mananciais é 3 vezes maior em um carro movido a etanol do que um elétrico (SOUZA, 2015) – figura 7.

A eutrofização gera consumo elevado de oxigênio dissolvido da água, levando, em casos extremos, à morte massiva da fauna e flora aquática. Assim, um carro a etanol polui mais a água do que um elétrico, enquanto um elétrico gera mais emissões do que um veículo a etanol e vice-versa.

Figura 7 – Potencial de eutrofização da água por tipo de veículo/combustível

Figura 7 – Potencial de eutrofização da água por tipo de veículo/combustível
Adaptado de SOUZA, L. (2015)


E o aumento da demanda por energia elétrica?

Outra pergunta recorrente é se teremos energia elétrica suficiente para “abastecer” os VEs. Qual o impacto disso na geração de energia elétrica? Se toda a frota de veículos leves no Brasil, por exemplo, fosse eletrificada, qual o incremento de energia elétrica teríamos no país? Vamos aos cálculos:

Frota de veículos leves: 41,2 milhões;

Rodagem média: 40 km/dia;

Rendimento médio dos elétricos: 6,5 km/kWh (média do Leaf, Bolt e Zoe);

Toda a frota roda 1.648 milhões de km/dia
(41,2 milhões * 40 km/dia);

Se toda essa frota fosse elétrica, o consumo de energia seria de 253,5 milhões de kWh/dia
(1.648 km por dia / 6,5 km/kWh);

Em um ano, o consumo de energia seria de 92.527,5 milhões de KWh
(253,5 milhões de kWh/dia * 365 dias por ano)…

… O que equivale a 92.527,5 GWh/ano (figura 8);

Para fins de comparação, Itaipu gerou 96.585,5 GWh em 2018, ou seja, é necessário um incremento de energia elétrica de pouco menos de 1 Itaipu para eletrificar toda a frota de carros leves do país.

Estamos falando da necessidade de mais de uma centena de bilhões de reais em investimentos para este incremento de energia elétrica na matriz. É um volume significativo, que não se consegue do dia para noite.

Toda frota eletrificada pode ser uma realidade na Noruega, que tem 2 milhões de veículos e alto poder aquisitivo (o governo norueguês estabeleceu que até 2025 terá 100% da frota de carros novos composta por carros elétricos), mas é uma utopia no Brasil.

Por aqui, podemos imaginar uma migração lenta e gradual, com os elétricos disputando mercado com os veículos a gasolina, etanol e GNV. Em 2018, o consumo de etanol e gasolina, por exemplo, somaram 60 bilhões de litros no país.

Se 10% da nossa frota fosse elétrica hoje, teríamos uma redução de consumo de 6 bilhões de litros de combustíveis, considerando que a redução de consumo é linear. Neste cenário, deixaríamos de importar gasolina no país, além de sobrar etanol no mercado brasileiro.

Figura 8: energia elétrica necessária para eletrificar a frota brasileira de veículos leves

Figura 8 – Energia elétrica necessária para eletrificar a frota brasileira de veículos leves
Elaboração própria

Baterias: lítio, o “ouro branco”

O “coração” do VE é a bateria, responsável por fornecer a energia necessária ao veículo. O lítio é hoje o principal elemento químico utilizado na composição das baterias de carros elétricos, sendo obtido pela mineração de sais de lítio (sendo esta inclusive a principal crítica aos VEs, já que o lítio é um fóssil finito).

O consumo crescente de baterias fez o preço de minério de lítio quase triplicar nos últimos anos (figura 9). O Chile é atualmente quem detém as maiores reservas oficiais do elemento, embora estime-se que a Bolívia tenha reservas maiores. A Austrália lidera a produção do minério, tendo mais de 50% do mercado.



O uso crescente do lítio, entre outros metais que compõem as baterias, tende a fomentar novos investimentos na extração mineral.

Como vimos em Mariana e Brumadinho, a mineração deixa pra trás um rastro de rejeitos, que logo adiante pode causar desastres se não bem monitorados. Ponto negativo dos carros elétricos.

A logística reversa das baterias, que duram em média 5 anos, é um elemento importante para os fabricantes, que têm apostado no reuso, uma vez que a reciclagem é um processo ainda caro e complexo, não chegando a 10% do total produzido hoje. Esse passivo ambiental precisa ser equacionado.

Nos próximos 10 anos, teremos melhorias das atuais baterias de lítio, mas a grande aposta está nas baterias de hidrogênio, ainda em fase de amadurecimento da tecnologia. Por ora, a “corrida pelo lítio” já começou e impulsiona a produção de baterias para atender a demanda dos veículos elétricos.

Figura 9: reservas e produção de lítio em 2018

Figura 9 – reservas e produção de lítio em 2018
Elaboração própria

Desafios da transição

Aos entusiasmados com os veículos elétricos (VE) vai um alerta: a adoção em massa dos VEs é bem mais complicada do que se pode imaginar. A questão chave é o custo global da transição de gasolina, etanol e GNV para elétrico.

Do ponto de vista econômico, alterar a espinha dorsal da indústria de O&G e da geração de eletricidade tem um custo muito alto. Alguns países ou nichos de mercado poderão fazer uma transição mais rápida, outros não.

A maior parte da frota de veículos costuma se concentrar nas principais metrópoles, o que torna a questão da geração, transporte e distribuição de energia elétrica pontos de dificuldade neste cenário de recarga de VEs. Outra questão é que cada veículo elétrico que entra no mercado reduz o consumo dos combustíveis tradicionais.

Toda ação gera uma reação. Uma menor demanda por derivados de petróleo tende a reduzir o preço da commodity, freando a ampliação do mercado de elétricos.

Outro efeito esperado é a diminuição da arrecadação de impostos, em especial o ICMS estadual, que incidem fortemente sobre os combustíveis. É de se esperar que o fisco dará um jeito de taxar mais os elétrons para compensar a perda de arrecadação.

Somado às dificuldades econômicas da transição, há ainda os desafios inerentes aos próprios VEs: baterias e infraestrutura de recarga. As baterias precisam ser menores, pesar menos, carregar mais rápido e durar mais tempo com uma única carga (os celulares passaram/passam por isso). É preciso que elas durem mais apesar das cargas e recargas contínuas. O custo precisa diminuir substancialmente também.

Na área de infraestrutura, uma grande frota de carros elétricos precisará de uma rede de postos de recarga, urbanos e rurais para assegurar conveniência e confiabilidade. A rede de energia elétrica precisa suportar vários carros recarregando ao mesmo tempo, numa mesma região. O sistema elétrico precisará de investimentos significativos, em especial nos principais centros urbanos, frente à maior demanda.

Por conta dos desafios da transição, é plausível imaginar que os veículos à combustão interna ainda terão amplo espaço no mercado por décadas, especialmente nos países em desenvolvimento, mas não reinarão sozinhos pois os veículos elétricos vieram pra ficar. Eis que o futuro eletrizante está chegando.

¹Marcelo Gauto é químico industrial, especialista em Petróleo, Gás Natural e Energia


Referências

ENOSHITA, E. Gurgel Itaipu E-400: o primeiro carro elétrico produzido em série no Brasil. Disponível em: . Acessado em outubro de 2019.

SOUZA, L. (2015), Avaliação do ciclo de vida do sistema veículo/combustível no Brasil. Dissertação (Mestre em Engenharia) – Universidade Federal de Itajubá. Itajubá, MG, p. 148.

UOL. Ricardo Ribeiro. Carros elétricos. Disponível em: . Acessado em outubro de 2019.

Union of Concerned Scientists. Cleaner Cars from Cradle to Grave. Disponível em: . Acesso em outubro de 2019.



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Empresas aceleram infraestrutura para veículos elétricos no Brasil – 03/11/2019 – Seminários Folha

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Empresas aceleram infraestrutura para veículos elétricos no Brasil - 03/11/2019 - Seminários Folha


O que vem antes, o carro elétrico ou a infraestrutura para abastecê-los? No Brasil, aparentemente, a rede de recarga vai chegar antes.

No dia 22 de outubro, a empresa do setor energético EDP anunciou, em conjunto com Volkswagen, Audi, Porsche, ABB, Electric Mobility Brasil e Siemens, um investimento de R$ 32,9 milhões na instalação de uma rede de recarga rápida com 30 postos espalhados ao longo de rodovias do estado de São Paulo —o primeiro desses postos deverá ser entregue ainda este ano. 

Quando a rede estiver implantada, até o final de 2020, vai se juntar a 34 pontos de abastecimento já existentes no Rio de Janeiro, no Espírito Santo e no Paraná, permitindo assim que veículos elétricos percorram até 2.500 quilômetros sem risco de não ter onde abastecer.

A rede planejada pela EDP faz parte de um pacote de investimentos aprovado em setembro pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que é responsável pela regulamentação do setor. 

São 30 propostas, em um projeto chamado Desenvolvimento de Soluções em Mobilidade Elétrica Eficiente, que prevê a injeção de R$ 463,8 milhões. Desse valor, R$ 72,2 milhões serão aportados por empresas do setor de energia e R$ 391,6 milhões serão provenientes do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento gerido pela Aneel.

Hoje, 80% dos veículos elétricos que rodam no país são recarregados em casa ou no escritório, explica Nuno Miguel Pinto, head de Negócios B2C e Mobilidade Elétrica da EDP Smart. “Os outros 20% são fora de casa, por exemplo em viagens, e esses, a EDP pretende cobrir em parte”, diz.

“Nossa expectativa é que haja alguma ociosidade no início, mas que se reduzirá ao longo do tempo. Veremos um dia em que haverá filas, e então, teremos que fazer novos postos. Com milhões de carros circulando no Brasil talvez seja uma realidade.” A expectativa da empresa é que até 2030 existam 2 milhões de veículos elétricos no Brasil.

Segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), foram licenciados 4.172 carros e veículos comerciais leves de janeiro a agosto deste ano, número já superior ao total de 2018 (3.970). 

Desde 2012, foram emplacados 14,8 mil elétricos. A associação estima um crescimento da frota de ônibus elétricos e híbridos no Brasil de quase 600% até 2030, passando das atuais 891 unidades licenciadas para mais de 6.000, graças aos programas de troca da matriz de combustível no transporte público em várias cidades do país, e especialmente em São Paulo.

Até o final da próxima década, o volume de venda de elétricos ainda será restrito, de 3% a 5% do mercado, calcula Henry Joseph Jr., diretor técnico da Anfavea (associação de fabricantes de veículos). 

A eletrificação é cara, exige infraestrutura, e os carros têm preço acima da média dos modelos mais vendidos no Brasil, argumenta. Mesmo assim, ele afirma que, até por uma questão de imagem, em dois ou três anos praticamente todas as empresas automobilísticas venderão modelos elétricos no país. A infraestrutura e a vinda dos carros devem crescer de forma mais ou menos simultânea, analisa.

Joseph Jr. lembra que a dificuldade é maior no caso dos veículos comerciais. “Caminhões de uso urbano, como os empregados na coleta de lixo, tudo bem, mas nossa malha para atender a área agrícola teria que ser gigantesca.”

Além disso, frisa o diretor, transporte na estrada é problema, por perda de capacidade de carga, devido ao peso das baterias e ao tempo para abastecimento.

Marco Marini, diretor superintendente da ABB Eletrificação do Brasil, fornecedora da rede de recarga ultrarrápida da EDP, afirma esperar que “dobre no próximo ano” o mercado de carregadores elétricos, sem citar o total de equipamentos hoje. 

Principal fornecedora de carregadores rápidos de eletropostos de rodovias, a ABB tem equipamentos utilizados por diversas empresas de energia, como a CPFL (primeira eletrovia do país, nas rodovias Bandeirantes e Anhanguera), a Copel (730 km de eletrovia, de Porto de Paranaguá a Foz do Iguaçu, no Paraná) e a EDP, em sua rede de recarga rápida e ultrarrápida.

“A infraestrutura não vem mais a reboque da venda de carros elétricos”, diz Renato Povia, gerente de inovação e transformação da CPFL Energia. Ele acredita que não haverá dificuldade de abastecimento para os carros elétricos que estão vindo. 

Entre os projetos aprovados pela Aneel está um da CPFL, que pretende desenvolver novo conceito de estação de recarga, com painel solar para geração de energia e bateria acoplada, o que reduz a exigência extra sobre a rede elétrica e pode facilitar a instalação de eletropostos. 

Outra proposta aprovada é a eletrificação de metade da frota operacional da empresa em Indaiatuba, para permitir a comparação entre a operação de caminhões movidos a combustível e a dos elétricos. 

Mais difícil que saber o número de veículos elétricos em circulação é descobrir o total de postos de recarga. Segundo o aplicativo Plugshare, que tem seus números usados como estimativa aproximada por entidades como a ABVE, são cerca de 200 espalhados pelo Brasil, com grande concentração em São Paulo. A CPFL estima que sejam 270.

Nas áreas urbanas, há locais que oferecem recarga de graça, como supermercados e estacionamentos de shoppings.

A startup Zletric anunciou a instalação de 50 estações de recarga em estacionamentos de Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC), e pretende implantar mais 400 em 2020. A empresa também fornece redes de carregadores para residências e empresas.

Algumas construtoras instalam pontos de recarga nas vagas de garagem de novos prédios. Também é possível fazer o abastecimento de eletricidade em casa, mas o processo é lento —normalmente leva em torno de oito horas. 

Uma alternativa é instalar carregadores rápidos, que reduzem à metade o tempo de abastecimento. Há produtos a partir de R$ 5.500.

Em cada posto previsto pela EDP para as estradas paulistas haverá uma estação ultrarrápida (capaz de reabastecer 80% da bateria de um carro entre 25 e 30 minutos) e uma semirrápida, podendo abastecer três carros ao mesmo tempo.

Novo BMW 118i tem tração dianteira e preço de R$ 174.950

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Novo BMW 118i tem tração dianteira e preço de R$ 174.950


Terceira geração do BMW Série 1 já está disponível para compra; importado da Alemanha, hatch esportivo entrega 140 cavalos de potência

A terceira geração do BMW Série 1 já está disponível no Brasil. Com preço sugerido de R$ 174.950, a versão 118i Sport GP entrega 140 cavalos (cv) de potência e 22.4 kgfm de torque. Modelo está mais leve e chega pela primeira vez com tração dianteira.

Motorização do BMW 118i Sport GP

O novo BMW Série 1 é equipado com o mesmo motor três cilindros do esportivo híbrido BMW i8. Conectado a uma transmissão automática de sete marchas e dupla embreagem, a unidade foi submetida a aprimoramentos para melhorar sua eficiência, consumo e emissões de partículas. A potência também foi aumentada

O motor de 1.499 cm³ a gasolina que impulsiona o BMW 118i entrega 140 cv de potência, entre 4.600 e 6.500 rpm. O propulsor, cinco quilos mais leve, 22.4 kgfm de torque de 1.480 rpm a 4.200 rpm. O novo Série 1 acelera de zero aos 100 km/h em 8,5 s e atinge 211 km/h.

motor novo bmw 118i serie 1
BMW M135i

Itens de série

O BMW 118i Sport GP tem como principais equipamentos: ar-condicionado automático digital com controle de duas zonas, volante multifuncional revestido de couro, revestimento de teto BMW Individual em tecido Anthracite, revestimentos internos em Anthracite e Sensatec, rodas de liga leve “Multi-spoke”, de 17 polegadas, assistente de estacionamento e assentos dianteiros esportivos.

A segurança dos ocupantes do veículo é garantida por seis airbags – duplos frontais, laterais dianteiros e tipo cortina na frente e atrás –, freios a disco ventilado com ABS, além de controles de estabilidade e tração, e pneus run-flat BMW Star Marking.

O que mudou no BMW Série 1

O uso do alumínio no capô e na tampa traseira, combinado com aço de alta resistência, possibilitou à BMW reduzir em até 30 quilos o peso do BMW 118i Sport GP. Ao mesmo tempo, aumentou a rigidez à torção do chassi. Elementos de reforço, como a coluna em forma de bumerangue na parte traseira do veículo, contribuíram para esse atributo.

A tração dianteira é outro diferencial da nova geração. O hatch esportivo conta ainda com a tecnologia ARB (sigla para limitador de deslizamento das rodas, em inglês).

O design também sofreu modificações. A arquitetura da tração dianteira reflete-se nas novas proporções e linhas do novo BMW Série 1. O capô, mais curto, funde-se com o para-brisa, enquanto a longa linha do teto cai levemente na direção da traseira do carro. A traseira é ampla e conta com uma linha de ombros marcada.

A grade de duplo rim do BMW 118i está maior e verticalizada. Pela primeira vez nessa família de modelos, a grade está unida ao centro.

Com 4,319 metros de comprimento, a nova geração é 5 milímetros mais curta que seu antecessor. Em termos de largura, agora com 1,799 m, o novo modelo cresceu 34 mm, enquanto a altura, de 1,434 m, aumentou 13 mm. A distância entre-eixos de 2,670 m, por sua vez, é 20 mm mais curta que a da geração anterior.

O porta-malas aumentou em 20 litros e está em 380 l (1.200 l, com o banco traseiro rebatido).

Interior do BMW 118i

O novo BMW Série 1 já deixa a linha de produção conectado à internet. O acesso é feito por meio de um SIM Card que permite ao cliente obter informações sobre condições de trânsito em tempo real, entre outras funcionalidades disponibilizadas pelo sistema ConectedDrive.

Por meio deste recurso, o usuário é alertado sobre a necessidade de manutenção de componentes, recebe informações sobre pontos de interesse e pode acionar os serviços de emergência em caso de acidente.

À direita do motorista encontra-se uma tela digital de 8,8 polegadas e sensível ao toque. Este monitor, posicionado dentro do ângulo de visão de quem estiver ao volante, pode ser configurado de acordo com as preferências pessoais do usuário inclui, entre outras informações, dados do sistema de navegação e preparação para o Apple Car Play.

Cores

O BMW 118i está disponível com seis opções de cores externas: a sólida branco alpino e as metálicas preto safira, branco mineral, cinza mineral, azul mediterrâneo e azul seaside.

Fotos BMW | Divulgação

FORD apresenta o Mustang Mach-e, SUV elétrico com potência, estilo e liberdade

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FORD apresenta o Mustang Mach-e, SUV elétrico com potência, estilo e liberdade


FORD apresenta o Mustang Mach-e, SUV elétrico com potência, estilo e liberdade

A Ford também facilita a recarga do veículo em trânsito, dando aos clientes acesso à maior rede pública de carregamento dos EUA, a FordPass Charging Network, com mais de 12.000 estações (e mais de 35.000 plugues)


A Ford apresentou em Los Angeles, nos EUA, o Mustang Mach-E, novo SUV elétrico que traz o famoso “muscle car” para a era da eletricidade – a primeira ampliação da família Mustang em 55 anos, usando os mesmos conceitos que inspiraram a criação do cupê esportivo mais vendido do mundo.

Quando foi lançado em 1964, o primeiro Mustang rapidamente conquistou o mundo e passou a representar o melhor do espírito americano: liberdade, progresso e alto desempenho com um toque de rebeldia. Agora, ele está pronto para reinventar essas ideias e criar um futuro elétrico poderoso, com atualizações sem fio que permitem continuar aprimorando o veículo para atender as crescentes necessidades dos clientes.

“No primeiro Salão de Detroit, Henry Ford disse que estava trabalhando em algo que teria o impacto de um raio”, disse Bill Ford, presidente do Conselho da Ford. “Era o Modelo T. Hoje, a Ford se orgulha de novamente apresentar um carro que tem a potência de um raio: o novíssimo Mustang Mach-E elétrico. Um carro rápido, divertido e um símbolo de liberdade para a nova geração de fãs do Mustang.”

Desenvolvido em um edifício centenário a alguns quarteirões da primeira fábrica de Henry Ford em Detroit, o Mustang Mach-E nasceu de um projeto totalmente centrado nas necessidades e desejos dos consumidores. O resultado é um SUV bonito e elegante, que proporciona uma direção inspirada e traz o estado da arte da tecnologia de conectividade, que permite atualizações para se tornar ainda melhor com o tempo.

O Mustang Mach-E chega ao mercado norte-americano no final de 2020, com as opções de bateria padrão ou de longo alcance e tração traseira ou nas quatro rodas, acionada por motores de ímã permanente. Com bateria de longo alcance e tração traseira, o Mach-E terá um autonomia de pelo menos 480 km (padrão EPA). Na versão com tração integral, terá uma potência estimada de 336 cavalos e torque de 57 kgfm, com aceleração de 0 a 100 km/h mais rápida que a versão básica do Porsche Macan.

A Ford vai oferecer também duas versões especiais de performance do SUV. O Mustang Mach-E GT deve acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 4 segundos – mais rápido que um Porsche Macan Turbo. Já o GT Performance Edition deve chegar aos 100 km/h em cerca de 3 segundos, mesmo tempo de um Porsche 911 GTS. Ambos os modelos GT terão uma potência estimada de 465 cv e torque de 84,6 kgfm.

“O Mustang Mach-E acaba com a noção de que os veículos elétricos são bons apenas para reduzir o consumo de combustível”, diz Hau Thai-Tang, diretor de Desenvolvimento do Produto e Compras da Ford. “As pessoas querem um carro que seja emocionante de dirigir, que seja lindo e possa se adaptar facilmente ao seu estilo de vida. O Mustang Mach-E oferece tudo isso com um estilo incomparável.”

A Ford iniciou um programa de reserva do Mustang Mach-E pela internet, disponível para clientes na América do Norte e na Europa mediante um depósito de 500 dólares (Mustang Mach-E reservation site). O veículo terá também uma edição inicial limitada, a First Edition, com tração integral, autonomia estendida e detalhes de estilo diferenciados, como pinças de freio pintadas de vermelho. O Mach-E GT também já pode ser reservado para entrega a partir do segundo trimestre de 2021.

Além de aceleração empolgante, o Mustang Mach-E poderá ser equipado com as novas pinças de alumínio Flexira, da Brembo, que combinam a funcionalidade de uma pinça fixa com as dimensões de uma pinça flutuante. O GT Performance Edition é equipado também com a tecnologia de suspensão adaptativa MagneRide Damping System, que proporciona uma rodagem emocionante e confortável com excepcional estabilidade.

Um novo significado para “eletrizante”

O Mustang Mach-E tem três modos de direção – Whisper (“Sussurro”), Engage (“Engajado”) e Unbridled (“Desenfreado”) -, cada um com uma dinâmica de direção diferente para proporcionar uma experiência sensorial única. Seus recursos permitem personalizar as respostas do veículo, como controles de direção mais esportivos, iluminação ambiente e sons ajustados para uma experiência elétrica autêntica, além de animações no painel que acompanham o estilo de dirigir do motorista.

O veículo terá como opção um inédito sistema de tração nas quatro rodas (eAWD) que pode distribuir o torque nos eixos dianteiro e traseiro de forma independente, proporcionando aceleração impressionante e uma condução mais refinada. O sistema foi rigorosamente testado para aumentar o controle em condições escorregadias, em terreno molhado e na neve. O Mach-E é o primeiro veículo de série tunado pela equipe da Ford Performance usando o simulador de corrida da marca na Carolina do Norte, EUA.

“O Mach-E cria uma experiência de direção única, seja se você realmente quiser sentir todo o seu desempenho ou procura a atmosfera tranquila de um veículo elétrico, mantendo a inconfundível sensação de liberdade do Mustang”, diz Ted Cannis, diretor da Linha de Produtos Enterprise e Eletrificação Global da Ford.

Tecnologia adaptada ao estilo de vida

O Mach-E marca também a estreia da central multimídia SYNC de nova geração da Ford, com uma interface elegante e moderna que usa o aprendizado de máquina para conhecer rapidamente as preferências do motorista e receber atualizações sem fio. O novo SYNC tem tela de 15,5 polegadas e uma interface simples que substitui os menus complicados, controlada por toque como os smartphones.

“O SYNC de nova geração começa a se adaptar a você assim que você começa a usá-lo, aprendendo rapidamente as suas preferências e fazendo sugestões personalizadas”, diz Darren Palmer, diretor global de Veículos Elétricos da Ford. “Ele pode sugerir ir para a academia se aprender que segunda-feira é dia de treinar ou ligar para casa se você fizer isso todos os dias depois do trabalho. É um assistente conectado na nuvem, com interface intuitiva, bonita e pronta para o futuro graças às atualizações rápidas sem fio.”

Assim como o SYNC de nova geração, o Mach-E é capaz de receber atualizações sem fio para melhorar o desempenho do veículo ou mesmo adicionar recursos totalmente novos.

Uma nova maneira de ver o Mustang

Usando a nova arquitetura elétrica da Ford, com baterias instaladas na parte inferior do veículo, os engenheiros e designers da Ford criaram um SUV que não só é fiel ao Mustang como otimiza o espaço para cinco passageiros e bagagem.

“Graças aos avanços na tecnologia de baterias, o Mustang Mach-E é o tipo de carro que empolga as pessoas ao dirigir, com uma silhueta esportiva e incrível, raramente vista em SUVs”, diz Ron Heiser, engenheiro-chefe do programa.

O Mach-E é instantaneamente reconhecido como um Mustang, graças a elementos de assinatura como o capô longo e poderoso, o design da traseira, os faróis agressivos e as lanternas traseiras de três barras. O design inteligente cria um espaço surpreendente no banco traseiro e no porta-malas.

Junto com o novo sistema de propulsão, o Mach-E traz outra surpresa sob o capô: um compartimento de carga com dreno. Com 136 litros, ele oferece espaço suficiente para acomodar uma mala de mão. E, por ter um dreno, pode-se usá-lo para transportar gelo e manter as bebidas favoritas geladas – perfeito para um passeio na praia.

Por dentro do Mach-E

Para realmente aproveitar o espaço extra liberado pela eletrificação, os designers da Ford trabalharam extensivamente com os clientes para entender como eles preferem usar o interior do veículo. O SUV foi projetado para acomodar confortavelmente cinco adultos, com muito espaço para os amigos, crianças e bagagem.

O porta-malas traseiro do Mach-E tem 821 litros, que com o banco traseiro rebaixado chegam a 1.687 litros – espaço mais que suficiente para acomodar bagagem, equipamentos de camping e outros tipos de carga.

Em toda a cabine, o design do Mach-E faz uma fusão de modernidade e elegância com funcionalidade inteligente. Os alto-falantes premium da Bang & Olufsen, opcionais, são perfeitamente integrados ao painel, flutuando sobre as saídas de ar como uma barra de som. O apoio de braço flutuante e articulado abriga também um compartimento para bolsa ou carteira. Elementos de design tradicionais do Mustang, como o painel de duplo domo, também estão presentes no interior.

Até o teto solar panorâmico de vidro fixo, opcional, tem um segredo: um revestimento especial no vidro com proteção contra raios infravermelhos ajuda a manter o interior mais fresco no verão e mais quente no inverno. Uma camada interna no vidro também ajuda a proteger contra raios UV.

Entrar e dar partida no veículo também é fácil com a tecnologia “Phone as a Key” (“Telefone como Chave”) que estreia na linha Ford com o Mustang Mach-E. Por meio do Bluetooth, o veículo detecta o smartphone do motorista quando ele se aproxima e destrava o Mach-E, permitindo que ele comece a dirigir sem precisar tirar o celular do bolso ou usar a chave. Há também um código de segurança que pode ser inserido na tela do veículo se a bateria do telefone acabar.

Soluções simples de recarga

O Mustang Mach-E será oferecido com a opção de duas avançadas baterias de íons de lítio: com autonomia padrão (bateria de 75,7 kWh de 288 células) ou autonomia estendida (bateria de 98,8 kWh de 376 células), esta última com capacidade de pelo menos 480 km no padrão EPA, com tração traseira.

A bateria do Mach-E foi projetada para facilitar a fabricação e fica instalada no piso entre os dois eixos do veículo. Testada em temperaturas extremas de 40°C negativos, ela fica alojada em um compartimento à prova d’água e protegido para absorção de impactos. Conta também com um sistema de arrefecimento por líquido para otimizar o desempenho em condições climáticas extremas e melhorar os tempos de recarga.

Os usuários típicos de veículos elétricos realizam 80% da recarga em casa. A Ford oferece uma estação de recarga, a Ford Connected Charging, que adiciona em média 51 km de autonomia por hora de carregamento em uma tomada de 240 V, usando uma bateria de alcance estendido e tração traseira. O carregador móvel Ford, incluído no veículo, adiciona em média 35 km de autonomia por hora de carregamento em uma tomada de 240 V. A Ford fez uma parceria com a Amazon Home para facilitar a instalação da estação na casa do cliente, com eletricistas licenciados.

O sistema de navegação do veículo permite localizar estações públicas de recarga em viagens e indica os pontos mais convenientes para que o motorista não precise se preocupar com a autonomia.

A Ford também facilita a recarga do veículo em trânsito, dando aos clientes acesso à maior rede pública de carregamento dos EUA, a FordPass Charging Network, com mais de 12.000 estações (e mais de 35.000 plugues).

Usando uma estação de carga rápida em corrente contínua de 150 kW, o Mustang Mach-E com bateria de autonomia estendida e tração traseira pode ganhar uma autonomia de cerca de 75 km em 10 minutos. O Mustang Mach-E com autonomia padrão pode atingir até 80% da carga em cerca de 38 minutos usando uma estação de carga rápida.

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Preço ainda limita venda de carros elétricos

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Nos últimos meses houve no Brasil uma sequência de lançamentos de veículos elétricos e híbridos e de instalação de postos de recarga de energia, movimento visto como aviso das fabricantes de que o País não ficará de fora da onda de eletrificação que ocorre mundo afora. Os preços dos modelos, porém, ainda limitam as vendas e a participação desse segmento no mercado deve seguir restrita por um bom tempo.

Em setembro chegou às lojas o Corolla híbrido flex fabricado em Indaiatuba (SP) – primeiro modelo no mundo que pode usar etanol para gerar a energia da bateria elétrica – e a JAC Motors anunciou a importação de cinco veículos elétricos da China, dos quais apenas um já está à venda, o iEV 40, por R$ 153,9 mil. Os demais chegarão a partir de janeiro.

No mês seguinte, a Volkswagen e a companhia de energia EDP anunciaram a instalação de 30 postos de recarga rápida que, somados a outros pontos já existentes, vão cobrir 2,5 mil quilômetros de rodovias que interligam as capitais São Paulo, Rio, Vitória, Curitiba e Florianópolis. A Honda, por sua vez, confirmou que trará o Accord híbrido para o mercado brasileiro, provavelmente no próximo ano.

No início deste mês foi a vez de a General Motors iniciar a pré-venda do elétrico Bolt, importado dos EUA, a R$ 175 mil, com entregas para o começo de 2020. Na sequência, a Volkswagen apresentou o Golf GTE híbrido plug in (que pode ser carregado na tomada), já à venda por R$ 200 mil.

Na última quarta-feira, 13, a Volvo informou que, em parceria com várias empresas, vai instalar quase 300 pontos de recarga ao longo dos próximos anos. Eles se somarão aos 81 que a marca já espalhou por vários Estados desde o fim do ano passado. Calcula-se que atualmente existam cerca de 250 a 270 postos no País, e há outros anúncios de abertura de novas unidades.

Nicho

Apesar do esforço por parte das montadoras e das companhias energéticas, o presidente da Bright Consulting, Paulo Cardamone, ressalta que os preços dos modelos 100% elétricos à venda no País (entre R$ 154 mil e R$ 450 mil), correspondem a uma faixa de consumo de no máximo 10% do mercado total de veículos.

“Não acredito que todos os compradores de diferentes tipos de veículos a combustão nessa faixa de preço irão migrar para elétricos e híbridos no curto prazo”, afirma Cardamone. Para ele, modelos com essa tecnologia continuarão sendo um nicho restrito de mercado e seguirão sendo importados, pois não há previsão de se chegar a uma escala de vendas que justifique a produção local.

Já os modelos híbridos, com um motor a combustão e outro elétrico, tendem a ter melhor performance no mercado brasileiro, principalmente aqueles que custam entre R$ 125 mil e R$ 180 mil. Entre eles, o Corolla nacional, que já tem fila de espera entre 30 e 90 dias, dependendo da versão. O preço parte de R$ 125 mil.

Pesquisa anual do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) identificou que, em 2018, havia 11 mil carros elétricos e híbridos rodando pelo País, o que representava apenas 0,025% do total da frota brasileira. Neste ano, até outubro, foram vendidos 7,43 mil modelos com essas tecnologias, ante 3,97 mil em todo o ano passado, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Pelos cálculos da Bright, em 2025 a participação dos modelos eletrificados no Brasil será de 4,4% e, em 2030, de 9,3%. Cardamone lembra que, em outros países, como EUA e Alemanha, incentivos para a compra de elétricos chegam a US$ 7,5 mil (cerca de R$ 31 mil). No Brasil, os benefícios são isenção de Imposto de Importação, redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e, em alguns municípios, como São Paulo, isenção de IPVA e de rodízio.

O consultor também ressalta que “os benefícios em termos de emissão de gás carbônico de um veículo elétrico no Brasil, quando comparado a um híbrido a etanol, é muito menor que nos mercados desenvolvidos”, quando se leva em conta as emissões geradas desde a produção da energia (muitas vezes de fontes não renováveis) até o que sai do escapamento do carro.

Ofensiva

“Estamos começando a introduzir modelos eletrificados no Brasil com o Golf GTE, mas temos uma ofensiva grande para os próximos anos”, diz Antonio Megale, diretor de assuntos governamentais da Volkswagen do Brasil. Nos próximos cinco anos chegarão ao País seis modelos 100% elétricos. Empresas do grupo alemão, a Porsche trará ao País seu primeiro elétrico, o Taycan 4S no próximo ano, e a Audi trará o e-tron até maio.

Com oferta de veículos híbridos desde 2014, a BMW vendeu no mercado brasileiro 300 modelos com essa tecnologia até 2018 e, neste ano, vai ultrapassar esse volume acumulado. “A tendência para 2020 é crescer ainda mais”, diz Gleide Souza, diretora da empresa no País.

A montadora alemã já instalou 150 pontos de abastecimento em parceria com a EDP e outras empresas, incluindo os seis nos dois lados da Via Dutra, que liga São Paulo ao Rio. Gleide reconhece que o Brasil não tem condições de oferecer incentivos financeiros para a compra desses modelos. Acredita, contudo, que o consumidor precisa de mais motivação para migrar para as novas tecnologias e sugere, por exemplo, a isenção de pedágios. Os modelos híbridos do grupo à venda atualmente – i3, i8, Série 5, Série 7 e Countryman custam entre R$ 206 mil (i3 BEV) e R$ 711 mil (i8 Roadster). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



Preo elevado ainda limita venda de carros eltricos no Brasil

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Preo elevado ainda limita venda de carros eltricos no Brasil


Cleide Silva
Nos últimos meses houve no Brasil uma sequência de lançamentos de veículos elétricos e híbridos e de instalação de postos de recarga de energia, movimento visto como aviso das fabricantes de que o País não ficará de fora da onda de eletrificação que ocorre mundo afora. Os preços dos modelos, porém, ainda limitam as vendas e a participação desse segmento no mercado deve seguir restrita por um bom tempo.

Em setembro chegou às lojas o Corolla híbrido flex fabricado em Indaiatuba (SP) – primeiro modelo no mundo que pode usar etanol para gerar a energia da bateria elétrica – e a JAC Motors anunciou a importação de cinco veículos elétricos da China, dos quais apenas um já está à venda, o iEV 40, por R$ 153,9 mil. Os demais chegarão a partir de janeiro.

No mês seguinte, a Volkswagen e a companhia de energia EDP anunciaram a instalação de 30 postos de recarga rápida que, somados a outros pontos já existentes, vão cobrir 2,5 mil quilômetros de rodovias que interligam as capitais São Paulo, Rio, Vitória, Curitiba e Florianópolis. A Honda, por sua vez, confirmou que trará o Accord híbrido para o mercado brasileiro, provavelmente no próximo ano.

No início deste mês foi a vez de a General Motors iniciar a pré-venda do elétrico Bolt, importado dos EUA, a R$ 175 mil, com entregas para o começo de 2020. Na sequência, a Volkswagen apresentou o Golf GTE híbrido plug in (que pode ser carregado na tomada), já à venda por R$ 200 mil.

Na última quarta-feira, 13, a Volvo informou que, em parceria com várias empresas, vai instalar quase 300 pontos de recarga ao longo dos próximos anos. Eles se somarão aos 81 que a marca já espalhou por vários Estados desde o fim do ano passado. Calcula-se que atualmente existam cerca de 250 a 270 postos no País, e há outros anúncios de abertura de novas unidades.

Nicho

Apesar do esforço por parte das montadoras e das companhias energéticas, o presidente da Bright Consulting, Paulo Cardamone, ressalta que os preços dos modelos 100% elétricos à venda no País (entre R$ 154 mil e R$ 450 mil), correspondem a uma faixa de consumo de no máximo 10% do mercado total de veículos.

“Não acredito que todos os compradores de diferentes tipos de veículos a combustão nessa faixa de preço irão migrar para elétricos e híbridos no curto prazo”, afirma Cardamone. Para ele, modelos com essa tecnologia continuarão sendo um nicho restrito de mercado e seguirão sendo importados, pois não há previsão de se chegar a uma escala de vendas que justifique a produção local.

Já os modelos híbridos, com um motor a combustão e outro elétrico, tendem a ter melhor performance no mercado brasileiro, principalmente aqueles que custam entre R$ 125 mil e R$ 180 mil. Entre eles, o Corolla nacional, que já tem fila de espera entre 30 e 90 dias, dependendo da versão. O preço parte de R$ 125 mil

Pesquisa anual do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) identificou que, em 2018, havia 11 mil carros elétricos e híbridos rodando pelo País, o que representava apenas 0,025% do total da frota brasileira. Neste ano, até outubro, foram vendidos 7,43 mil modelos com essas tecnologias, ante 3,97 mil em todo o ano passado, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Pelos cálculos da Bright, em 2025 a participação dos modelos eletrificados no Brasil será de 4,4% e, em 2030, de 9,3%. Cardamone lembra que, em outros países, como EUA e Alemanha, incentivos para a compra de elétricos chegam a US$ 7,5 mil (cerca de R$ 31 mil). No Brasil, os benefícios são isenção de Imposto de Importação, redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e, em alguns municípios, como São Paulo, isenção de IPVA e de rodízio.

O consultor também ressalta que “os benefícios em termos de emissão de gás carbônico de um veículo elétrico no Brasil, quando comparado a um híbrido a etanol, é muito menor que nos mercados desenvolvidos”, quando se leva em conta as emissões geradas desde a produção da energia (muitas vezes de fontes não renováveis) até o que sai do escapamento do carro.

Ofensiva

“Estamos começando a introduzir modelos eletrificados no Brasil com o Golf GTE, mas temos uma ofensiva grande para os próximos anos”, diz Antonio Megale, diretor de assuntos governamentais da Volkswagen do Brasil. Nos próximos cinco anos chegarão ao País seis modelos 100% elétricos. Empresas do grupo alemão, a Porsche trará ao País seu primeiro elétrico, o Taycan 4S no próximo ano, e a Audi trará o e-tron até maio.

Com oferta de veículos híbridos desde 2014, a BMW vendeu no mercado brasileiro 300 modelos com essa tecnologia até 2018 e, neste ano, vai ultrapassar esse volume acumulado. “A tendência para 2020 é crescer ainda mais”, diz Gleide Souza, diretora da empresa no País.

A montadora alemã já instalou 150 pontos de abastecimento em parceria com a EDP e outras empresas, incluindo os seis nos dois lados da Via Dutra, que liga São Paulo ao Rio. Gleide reconhece que o Brasil não tem condições de oferecer incentivos financeiros para a compra desses modelos. Acredita, contudo, que o consumidor precisa de mais motivação para migrar para as novas tecnologias e sugere, por exemplo, a isenção de pedágios. Os modelos híbridos do grupo à venda atualmente – i3, i8, Série 5, Série 7 e Countryman custam entre R$ 206 mil (i3 BEV) e R$ 711 mil (i8 Roadster).



BMW i4: Novo veículo elétrico terá bateria com capacidade de 80kWh

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BMW i4: Novo veículo elétrico terá bateria com capacidade de 80kWh


Antes do seu lançamento oficial em algum momento de 2010, a fabricante alemã BMW divulgou novos detalhes e imagens do seu novo carro elétrico – a BMW i4. O novo veículo terá bateria com capacidade de 80kWh e autonomia de aproximadamente 600km.

Notícia

Montadora quer que seu novo modelo ajude a dar um caráter esportivo para carros elétricos

A bateria pesa cerca de 550kg e foi projetada para uma capacidade de carregamento de até 150 kW. Isto permite que a bateria de alta tensão do BMW i4 seja carregada para cerca de 80% do seu conteúdo energético total em cerca de 35 minutos, resultando em um tempo de carregamento de cerca de seis minutos para um intervalo de 100 quilômetros.

BMW i4: Novo veículo elétrico terá bateria com capacidade de 80kWh

Sobre o motor de 390kW, a BMW afirma que ele pode acelerar de 0 a 96km/h em cerca de quatro segundos 199km/h. Isto faz dele o equivalente elétrico de um dos motores de combustão V8 da empresa. No papel, a BMW i4 se sai melhor do que a concorrência. O modelo concorrente mais similar é o Tesla Model 3 mais recente – que oferece autonomia de 518,209km (322 milhas) e velocidade máxima de 233,355km/h (145 milhas por hora).

Sobre o design, a BMW i4 combina as proporções de um coupé com 4 portas com as linhas de design típicas da série BMW i. Linhas dinamicamente esticadas e um projeto de superfície preciso oferecem características exteriores aerodinamicamente otimizadas. O interior do veículo oferece conforto para os passageiros e é adequado para viagens de curta e longa distância. Por causa disso, a BMW i4 pode ser claramente identificada como uma BMW Gran Coupé.

BMW i4: Novo veículo elétrico terá bateria com capacidade de 80kWh

Uma coisa sobre as comparações é que a BMW ainda não lançou a BMW i4 e por isso certos detalhes do veículo podem ser diferentes das especificações divulgadas agora. Vale a pena notar também que, em uso no mundo real, a bateria do i4 provavelmente não vai entregar a autonomia prometida na maioria das circunstâncias – assim como a bateria do Modelo 3.

Incluindo a i4, a BMW planeja lançar 25 veículos totalmente elétricos e híbridos antes do final de 2023. Em uma entrevista recente com a Auto Express, o chefe da divisão EV da empresa, Robert Irlinger, disse que a BMW também está trabalhando em um compacto elétrico inspirado na Série 1.

Sobre lançamento da BMW i4, a empresa prometeu um “lançamento global” e por isso é bem possível que ele seja vendido nos Estados Unidos.

Fonte: Engadget



Ford confirma: Brasil está no radar de Escape híbrido e Mustang Mach-E

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Ford confirma: Brasil está no radar de Escape híbrido e Mustang Mach-E


Primeiros SUVs eletrificados dependem, basicamente, de disponibilidade para serem vendidos no país

Versão híbrida plug-in do Escape só será lançada nos Estados Unidos no segundo trimestre de 2020

Versão híbrida plug-in do Escape só será lançada nos Estados Unidos no segundo trimestre de 2020 (Divulgação/Ford)

Os planos da Ford para reforçar sua presença entre os SUVs seguem fortes.

Durante encontro com jornalistas, o presidente da Ford para a América do Sul, Lyle Waters, reforçou o lançamento do Territory no Brasil em 2020 e deu esperanças sobre o início da eletrificação dos SUVs da marca.

De acordo com Waters, a chance do Brasil receber o novo Escape Plug-in Hybrid é bem grande. Já o recém-apresentado Mustang Mach-E também está nos planos, mas será preciso esperar a demanda inicial pelo SUV elétrico passar.

O Territory chega em meados de 2020 com motor 1.5 flex

O Territory chega em meados de 2020 com motor 1.5 flex (Divulgação/Ford)

O Mustang Mach-E foi revelado no último domingo, mas só começará a chegar às ruas dos Estados Unidos e Europa no final de 2020.

Contudo, algumas das versões que já podem ser encomendadas agora mediante um sinal de 500 dólares só serão entregues no final de 2021.

A situação do Escape Plug-in é diferente. A versão sequer foi apresentada nos Estados Unidos, o que está previsto para acontecer no segundo trimestre de 2020.

Lançamento do Mach-E no Brasil vai depender de como a Ford lidará com a demanda nos EUA e na Europa

Lançamento do Mach-E no Brasil vai depender de como a Ford lidará com a demanda nos EUA e na Europa (Divulgação/Ford)

Por enquanto, a linha 2020 do Escape inclui apenas a versão híbrida convencional. Esta usa dois motores elétricos para auxiliar o motor 2.5 de ciclo Atkinson a gasolina, resultando em potência máxima de 202 cv. Cabe ao próprio carro recarregar a pequena bateria de lítio de 1,1 kWh, seja usando o motor a gasolina ou as frenagens.

O híbrido plug-in terá bateria maior, de 14,4 kWh, que também poderá ser recarregada em tomadas. Além disso, o Escape Plug-in será capaz de percorrer até 48 km em modo elétrico. Isso justifica o incremento na potência do motor elétrico, que eleva a potência combinada aos 212 cv.

O novo Escape é baseado na plataforma do Focus europeu

O novo Escape é baseado na plataforma do Focus europeu (Divulgação/Ford)

Ele ainda conta com um seletor de modo de uso, que permite ao motorista escolher por rodar apenas no modo elétrico, apenas no modo à combustão ou no modo automático, deixando para o sistema avaliar qual a melhor opção em razão da disponibilidade de energia.

O que é o Ford Escape?

QUATRO RODAS esteve na apresentação da quarta geração do Escape, em março. Hoje o SUV médio é baseado no mesmo projeto do novo Focus vendido na Europa – quem também serviu de inspiração para o design.

 (Divulgação/Ford)

Comprimento (4,58 m) e entre-eixos (2,71 m) são exatamente os mesmos do Ford Territory, mas a mecânica híbrida e a própria origem (é fabricado nos Estado Unidos) farão com que o Escape preencha a lacuna entre o chinês Territory e o canadense Edge.

Mais do que isso, ele se poderia muito bem atuar como “substituto” do Fusio Hybrid, visto que o futuro do sedã ainda é nebuloso.

Há outras duas outras opções de motor turbo a gasolina: 1.5 (183 cv) e 2.0 (253 cv), ambos da família EcoBoost.

Entre os equipamentos estão um sistema de assistência a manobras evasivas, que ajuda o motorista a desviar de um obstáculo aumentando a força aplicada ao volante, estacionamento autônomo, ar-condicionado dual-zone, teto solar e sistema de som hi-end da marca Bang&Olufsen.

o carro elétrico com 530 cv e 600 km de autonomia

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BMW i4: o carro elétrico com 530 cv e 600 km de autonomia para atacar o Tesla Model 3


O mundo da mobilidade elétrica está ao rubro e a BMW não pretende ficar para trás. Depois do i3, a jornada da marca da Baviera nos carros elétricos vai continuar! Um dos modelos futuros será o BMW i4, para rivalizar com o Tesla Model 3. Assim, terá 530 cv de potência e 600 km de autonomia.

A BMW revelou mais pormenores sobre este veículo, que continua em desenvolvimento. Chegará ao mercado em 2021 e promete ser uma das referências no segmento dos sedan elétricos!

BMW i4: o carro elétrico com 530 cv e 600 km de autonomia para atacar o Tesla Model 3

A BMW foi das primeira fabricantes a investir nos carros elétricos. O i3 foi bastante inovador no seu conceito e ainda hoje é reconhecido como um dos veículos elétricos com dinâmica mais apurada para uma vertente desportiva.

Assim sendo, a fabricante da Baviera continuará o desenvolvimento de novos modelos… E inseridos em novos segmentos! É o caso do BMW i4, cujas especificações foram parcialmente desvendadas pela marca.

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O novo modelo estabelece-se como um sedan elétrico com foco no prazer de condução. Este é um segmento muito importante para a BMW, em que no mercado de veículos com motor de combustão interna tem o série 3 e série 4 a conseguirem ser uma das referências junto dos condutores.

O i4 será contemplado com a quinta geração da tecnologia eDrive que também constará noutros veículos elétricos. Esta unidade motriz tem vários destaques, mas sem dúvida que um dos mais importantes é a autonomia a rondar os 600 km segundo o ciclo WLTP.

Para conseguir estes valores, naturalmente foi preciso investir em tecnologias de armazenamento de energia. As baterias de alta densidade e alta voltagem de 80 kWh são cruciais na autonomia do BMW i4. Para além disso, a fabricante afirma que todos os outros componentes foram otimizados e completamente redesenhados.

Com efeito, o i4 consegue um máximo de potência de 530 cv que é um valor extremamente alto para um carro deste segmento! Assim sendo, são esperadas prestações convincentes, especialmente em arranque… Conseguirá competir com o Tesla Model 3 neste quesito?

Segundo a fabricante, o carregamento de 80% da carga é feito em cerca de 35 minutos. Em apenas 6 minutos é possível carregar energia suficiente para viajar durante 100 km!

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De momento, a BMW não disponibilizou mais informações sobre o seu futuro sedan elétrico. Inserido num segmento importante e competitivo, será interessante ver como se comportará comparativamente ao Tesla Model 3 e à restante concorrência. A empresa de Elon Musk, nitidamente líder no mundo dos carros elétricos, começa a ganhar concorrência de cada vez mais fabricantes.

A BMW adiantou ainda – mostrando o seu compromisso com a mobilidade elétrica – que em 2023 terá 25 modelos eletrificados, quer sejam híbridos ou totalmente elétricos, na sua gama de veículos.

Para além dos carros elétricos, a BMW está a investir no hidrogénio…



BMW i3 surpreende no uso diário, mas ainda é caro

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BMW i3 surpreende no uso diário, mas ainda é caro


Muito se fala sobre os carros elétricos e seu futuro, mas os automóveis movidos por essa energia limpa ainda são grandes desconhecidos. Mesmo para quem conhece os princípios de funcionamento de um carro elétrico, rodar com um deles por uma semana pode ser uma grata surpresa.

O BMW i3 é compacto e muito fácil de manobrar.

O BMW i3 é compacto e muito fácil de manobrar.

Foto: Gabriel Marazzi / Guia do Carro

Foi o que fizemos com este BMW i3. Lançado em 2013, ele é comercializado no Brasil desde 2016, mas o modelo ainda é uma raridade em nossas ruas. Além da falta de conhecimento sobre o assunto e da notória dificuldade de recarregar as baterias no uso corriqueiro, o alto preço que os veículos elétricos ainda têm é um dos motivos para a pequena popularidade.

A curiosidade em torno desses carros, no entanto, é grande. Entre os modelos totalmente elétricos já disponíveis, o BMW i3 talvez seja o mais icônico, justamente devido à sua aparência peculiar.

Na cor vermelha com teto preto, o i3 ficou ainda mais exótico.

Na cor vermelha com teto preto, o i3 ficou ainda mais exótico.

Foto: Gabriel Marazzi / Guia do Carro

Antes de experimentar as reações elétricas do BMW i3 em sua nova versão 120 Ah, seu visual e seu habitáculo já causam uma excelente primeira impressão. Parece um carro pequeno – e é –, mas o acesso ao interior é muito fácil e o espaço para os ocupantes dianteiros é muito generoso. Para quem vai atrás, as duas portas traseiras do tipo suicida (abrem para trás) são providenciais. E o porta-malas de 260 litros não é tão pequeno assim, para um veículo alternativo. O acabamento é simples, mas bem cuidado.

Na hora de rodar com o BMW i3, basta apertar um botãozinho para todo o sistema elétrico ser ativado. Não há barulho, exceto um moderado sibilar na hora em que pisamos no acelerador e o carro inicia seu movimento. O seletor de marchas é interessante, um grande comutador acionado pela mão direita, com quatro posições: Drive, Neutro, Ré e Parking.

BMW i3 BEV FULL 120 Ah
Item Conceito

Nota

(0 a 5)

Desempenho bom 3
Consumo ótimo 5
Segurança muito bom 4
Conectividade muito bom 4
Conforto muito bom 4
Pacote de Série muito bom 4
Usabilidade bom 3
Veredicto muito bom 3.8

O motor elétrico situado na traseira tem potência de 170 cv, com o excelente torque de 250 Nm desde as suas primeiras rotações. É essa diferença em relação aos motores de combustão interna, que começam a ter força a partir de uma determinada rotação, que dá a sensação de que esse motor é muito mais potente do que os números indicam.

O volante é relativamente grande e a tela multimídia fica elevada.

O volante é relativamente grande e a tela multimídia fica elevada.

Foto: Gabriel Marazzi / Guia do Carro

O BMW i3 tem muitas particularidades, que vão se descortinando à medida em que nos acostumamos com ele, mas uma das mais interessantes é a função de regeneração de energia pelos freios, que fazem o carro parar sem precisar apertar o pedal; basta tirar o pé do acelerador. Se a velocidade for compatível com a via, não é preciso frear para parar completamente em um semáforo, em terreno plano.

O acesso à traseira é ótimo, graças à porta do tipo suicida.

O acesso à traseira é ótimo, graças à porta do tipo suicida.

Foto: Gabriel Marazzi / Guia do Carro

A parte mais complicada do i3, assim como de todos os modelos 100% elétricos, é o recarregamento das baterias. O BMW vem com um carregador no compartimento dianteiro, igual ao de um celular, só que, logicamente, mais robusto, Com tomada comum no padrão brasileiro, de três pinos, as baterias podem ser recarregadas completamente em uma tomada que tenha aterramento.

Durante o uso, existem alguns pontos de recarga rápida, em postos de combustível ou shopping center, só que, mesmo assim, é necessário esperar bastante para sair novamente.

O BMW i3 pode ser conectado em qualquer tomada com fio terra.

O BMW i3 pode ser conectado em qualquer tomada com fio terra.

Foto: Gabriel Marazzi / Guia do Carro

Ainda será preciso algum tempo para que esse processo de recarregar seja fácil, a exemplo de quem mora em condomínios e não tem uma tomada ao lado de sua vaga de estacionamento para uma carga lenta noturna.

O i3 120Ah tem um motor elétrico BMW eDrive capaz de desenvolver 125 kW (170 cv) e baterias de alta voltagem de íons de lítio, com maior capacidade de armazenamento de energia – 120 Ah, equivalentes a 42,2 kWh. Nesta configuração, o i3 BEV Full alcança 335 km e atinge velocidade máxima de 150 km/h.

Na frente, o espaço para o passageiro é bastante generoso.

Na frente, o espaço para o passageiro é bastante generoso.

Foto: Gabriel Marazzi / Guia do Carro

O BMW i3 está disponível em quatro versões. Essa das fotos, que foi lançada há pouco, com autonomia estendida e que custa R$ 237.950, duas outras versões totalmente elétricas, que custam R$ 205.950 e R$ 229.950, e uma versão com um motor auxiliar a combustão interna (de motocicleta), que funciona sempre que a bateria precisa de recarga. Não se trata de um veículo híbrido, uma vez que esse motor não aciona as rodas, mas sim de uma garantia de que o carro não vai parar na estrada por falta de oportunidade de recarga da bateria. Essa versão do BMW i3 custa R$ 257.950.

O que é novo

  • A nova versão 120 Ah BEV Full tem baterias de maior capacidade, aumentando a sua autonomia para 335 km. 

O porta-malas é pequeno, pois abriga apenas 260 litros.

O porta-malas é pequeno, pois abriga apenas 260 litros.

Foto: Gabriel Marazzi / Guia do Carro

O que nós gostamos

  • Aceleração limpa e instantânea.
  • Frenagem regenerativa automática.
  • Espaço interno e posição de dirigir.
  • Dirigibilidade.
  • Tração traseira.

O que pode melhorar

  • Autonomia (sempre pode melhorar).
  • Preço (mais difícil de melhorar a curto prazo).

O i3 trabalha com um motor elétrico de 170 cv de potência.

O i3 trabalha com um motor elétrico de 170 cv de potência.

Foto: Gabriel Marazzi / Guia do Carro

Os números

  • Preço: R$ 237.950
  • Motor: elétrico eDrive
  • Potência: 170 cv
  • Torque: 250 Nm
  • Câmbio: 1 marcha CVT
  • Comprimento: 4,010 m
  • Largura: 1,770 m
  • Altura: 1,433 m
  • Entre-eixos: 2,570 m
  • Peso: 1.440 kg 
  • Pneus:155/60 R19 (d) e 175/50 R19 (t)
  • Porta-malas: 260 litros
  • 0-100 km/h: 7s3
  • Velocidade máxima: 150 km/h
  • Emissão de CO2: 0 g/km

Guia do Carro

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