A Tesla vem desenvolvendo atualizações em seu sistema de piloto automático, visando ser mais seguro do que qualquer humano mais habilidoso na direção. O projeto parece estar dando muito certo, segundo informações de ganhos do terceiro trimestre de 2019, quando a companhia revelou que o seu sistema se tornou cerca de nove vezes mais seguro do que uma condução mediana.
Existem algumas ressalvas a serem consideradas em favor da Tesla, no entanto. Os sistemas de piloto automático, por exemplo, são bastante usados em rodovias, onde acontecem menos acidentes devido à simplicidade na hora da direção. Além disso, veículos da Tesla são novos e contam com recursos modernos de segurança, algo que não é encontrado em carros antigos.
A última atualização do piloto automático da Tesla inclui dados de acidentes com Teslas com o piloto automático ligado e com ele desligado, mas com recursos de segurança ativados, e também desligados sem nenhum recurso de segurança ativo. Essas informações foram contrastadas com a média de acidentes gerais nos Estados Unidos, que podem chegar a uma colisão a cada 800 quilômetros percorridos, aproximadamente.
Na Tesla, segundo o documento do último trimestre, os veículos da companhia se envolveram menos em acidentes em comparação com os dados gerais: um acidente para cada sete milhões de quilômetros percorridos, em média, com o piloto automático ligado. Em comparação com dados dos anos anteriores, a direção autônoma dos veículos da Tesla vem se aprimorando com o tempo.
Em evento em que carros elétricos são a principal atração, a Nissan anunciou na quarta-feira, em Tóquio, no Japão, que um projeto iniciado no Brasil pode ser uma nova alternativa global para o futuro dos chamados carros verdes. O uso do etanol de segunda geração para produzir a energia de veículos movidos a célula de combustível já é visto como “comercialmente viável” pelo presidente da Nissan do Brasil, Marco Silva, embora ainda sejam necessários vários testes para confirmar sua viabilidade.
Em parceria com universidades brasileiras e engenheiros da empresa no Brasil, Estados Unidos, China e Japão, a Nissan descobriu que pode usar o etanol extraído de cana geneticamente modificada para gerar o hidrogênio da célula de combustível. “Com isso, podemos reduzir o tamanho da bateria e aumentar sua eficiência, dispensar o reformador (equipamento que provoca a reação química necessária para gerar eletricidade) e, assim, reduzir custos”, diz.
A empresa iniciou em 2016 os estudos no Brasil para usar o etanol nas células de combustível, tecnologia que praticamente elimina toda a emissão de poluentes. Agora, em sua segunda fase de testes em conjunto com a Universidade de Campinas (Unicamp) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), ligado à USP, o projeto começa a se mostrar viável comercialmente e, segundo Silva, poderá ser adotado de forma global. “Não é um projeto só do Brasil.”
Os testes até agora foram feitos em uma van da Nissan, a NV200, e o próximo passo será em automóveis, informa Motohisa Kanijo, engenheiro que lidera o projeto. “Acredito que esta seria a melhor solução econômica (para o carro a célula de combustível).” Segundo ele, serão necessários mais cinco anos de estudos para chegar ao ponto de teste da tecnologia em automóveis.
A solução, além de mais barata, dispensaria a necessidade de infraestrutura de abastecimento de hidrogênio em postos, pois todo o processo de geração de energia ocorreria dentro da célula de combustível. Como os projetos da indústria automobilística para reduzir emissões de poluentes envolvem diferentes tipos de tecnologias, a Nissan apresenta no Salão do Automóvel de Tóquio o protótipo Ariya, o primeiro utilitário esportivo (SUV) elétrico da marca que em breve chegará ao mercado.
A Honda também mostra seu primeiro automóvel 100% elétrico, o Honda-e, que será produzido no Japão a partir de 2020, assim como scooters também movidas a eletricidade. Economia Outra novidade da Honda é a nova geração do Fit, que chega ao Japão em versões híbrida e a gasolina. O Fit é o único modelo da mostra que virá para o Brasil, em data ainda não revelada. “Isso ocorrerá no momento certo”, limita-se a dizer o presidente mundial do grupo, Takahiro Hachigo. As apostas são de que o novo modelo chegue ao País em 2021, na versão flex.
O executivo afirma ser “uma preocupação” para o grupo o fato de a economia brasileira não estar crescendo. Por outro lado, ele espera que a melhora nas vendas de automóveis “continue por um longo tempo”. Tradicionalmente um evento para mostrar tecnologias futuristas, o salão de Tóquio deste ano está mais voltado às tecnologias de combustíveis limpos e a maioria dos expositores apresentam produtos nessa linha, seja carro elétrico, híbrido e a célula de combustível. Veículos autônomos, vedetes do salão anterior, em 2017, estão nos estandes mas sem o mesmo destaque dos elétricos. “Os autônomos começarão a chegar para usos específicos, mas ainda estão longe do dia a dia do consumidor, enquanto os elétricos já são uma realidade”, justifica Silva.
Carro que deixa os passageiros e vai estacionar sozinho, buggy híbrido movido a gás, automóvel que transforma ozônio em oxigênio e até carro-casa: se tem algo que os salões do automóvel gostam de mostrar são as infinitas possibilidades que se pode fazer com um carro além de dirigir. Confira a seguir os principais conceitos do Salão de Tóquio que irão equipar os próximos modelos em um futuro não tão distante.
Mitsubishi MI-TECH Concept
Este buggy turbinado foi construído para ser um veículo pequeno, híbrido, plug-in, mas com um gerador a gás que aciona quatro motores elétricos. Para dar tração integral, os motores se dividem: dois na dianteira e dois na traseira.
No interior, o painel é simples e deixa a atenção para a realidade aumentada, projetada no para-brisa. O recurso fornece assistência ao motorista em tempo real e indica informações das vias e estabelecimentos. O estilo off-road traz placas de derrapagem em alumínio, rodas maiores e mais largas. Curiosamente na parte da trás, as turbinas são as saídas do gerador a gás. A ideia da Mitsubishi para o protótipo é ser uma prévia para um futuro modelo plug-in híbrido compacto.
Mitsubishi Engelberg Tourer
Não é a primeira vez que o conceito aparece em salões, a revelação deste SUV médio foi em Genebra, em março deste ano. Ele servirá como base do próximo Outlander, caso não tenha notado os traços parecidos. Os planos da Mitsubishi pretendem tornar híbridos seus principais SUVs.
Apesar do estreante dessa nova gama ser o Outlander PHEV, a novidade do Engelberg Tourer é a tração nas quatro rodas por dois motores elétricos dianteiros e traseiros. Já o propulsor a combustão é de 2,4 litros com quatro cilindros. Segundo a montadora, o modelo roda até 70 km usando somente os motores elétricos. Com a bateria carregada e o tanque de combustível cheio, a autonomia deve chegar aos 700 km.
Toyota LQ
A inteligência artificial descreve o protótipo. Autônomo e elétrico, o hatch foi apresentado em 2017 como “Concept-i” e agora ganhou nome. A montadora garante que ele está preparado para enfrentar as situações adversas do trânsito sem nenhuma interferência humana, graças ao sistema de inteligência artificial Yiu. Este recurso pode ser controlado por comandos de voz. Por meio de um jogo de luzes, o Yiu aponta para qual passageiro ele está se comunicando.
Para trazer conforto dos quatro ocupantes, os bancos são equipados com refrigeração e têm funções de massagem, além de liberarem fragrâncias, caso perceba que os ocupantes estão cansados ou estressados. Perfumaria pouca é bobagem.
Como um chofer, o carro ainda tem uma função de estacionamento automático que permite deixar os passageiros em um local indicado e procurar um lugar para estacionar. Este artifício foi desenvolvido em parceria com a Panasonic.
Um sistema inédito de purificação e ventilação consegue transformar o ozônio, gás presente na superfície do solo causado pela poluição, em oxigênio. A Toyota pretende reduzir as emissões desse ar por meio do recurso.
Toyota E-Palette
As Olimpíadas de Tóquio serão ano que vem. De praxe, o Japão é o maior exemplo mundial no setor de mobilidade e não iria fazer feito nesse evento mundial. Para isso, a Toyota desenvolveu um ônibus (ou serviço de mobilidade, nas palavras da marca) elétrico e autônomo responsável pelo transporte dos turistas às competições. Chamado de Palette (palete é um tipo de container de carga) poderá rodar sozinho no complexo atlético, mas sem passar dos 19 km/h, graças ao auxílio dos seus cinco radares.
Os jogos olímpicos servirão como um teste para o veículo. Se ele se sair bem na prova, poderá ir para a linha de produção. Apesar de autônomo, é necessário um operador caso alguma situação emergencial apareça. Aliás, o único comando humano poderá ser feito através de um joystick de computador. O E-Palette tem autonomia de 150 km, mas a potência da bateria nem o tempo de recarga não forma divulgados. Confira mais do modelo por aqui.
Lexus LF-30 Eletrified
Com esse novo conceito, a Lexus antecipa como será seu primeiro carro totalmente elétrico, a ser revelado no próximo mês, no Salão de Los Angeles. O modelo tem 543 cv de potência, 71,3 kgfm de torque, vai de zero a 100 km/h em 3,8 segundos e não passa dos 200 km/h para não exaurir a carga das baterias. A autonomia não é chocante e chega aos 500 km.
As linhas características da Lexus foram elevadas ao máximo nesse protótipo. Os faróis têm forma de asas e a imensa grade se confunde com um telão de led. O vidro se estende da frente a traseira do veículo e muda de acordo com a luminosidade, enquanto as portas têm formato de asas de gaivota e tem detalhes feitos por fibras de metal reciclado.
O interior consegue prender a atenção. Como a maioria dos conceitos, o cockpit é digital e sensível ao toque, o volante se retrai quando o modo autônomo é ativado e as funções são controladas por gestos, e isso só para começar.
O sistema também consegue distinguir as vozes dos passageiros e as telas de vidro no teto permitem, por meio da realidade aumentada, que os passageiros interajam com o veículo ou somente contemplem um céu estrelado.
Nissan Ariya
As linhas fazem o modelo parecer maior do que é: são 4,60 metros de comprimento e 1,92 m de largura. A carroceria segue a tendência dos SUVs Cupês e há dois motores elétricos. Como cada um fica em um dos eixos, eles garantem tração integral.
O conceito antecipa o futuro crossover da Nissan que deve chegar nos próximos dois anos e vai ser construído sobre uma plataforma específica para veículos elétricos. A grade convencional deu lugar a uma peça 3D, com finos faróis de LED e logotipo luminoso da Nissan. Na traseira, a novidade são as lanternas unidas em um filete de ponta a ponta, semelhante ao Porsche Cayenne Coupe.
Como é de se esperar, o SUV conta com um novo pacote de tecnologias semiautônomas. A marca afirma que nas rodovias será possível uma condução 100% autônoma. No entanto, não há data para versão final começar a ser produzida. Confira mais sobre o modelo aqui.
Nissan IMk
Os “kei cars” são uma espécie de veículo compacto, quadrado, equipado com motores simples e de grande sucesso no Japão. Eles têm vantagens tributárias o que acaba barateando esse tipo de minicarro. O IMk tem esse apelo de popular, mas com tecnologia de ponta e condução autônoma.
Com apenas 3,49 m de comprimento (20 cm a menos que um VW up!) e 1,51 m de largura o conceito elétrico traz câmeras acopladas em vez de retrovisores, assim como no Audi e-tron e além de filetes de led em toda grade dianteira.
O Nissan está no nível 4 de autonomia, ou seja, um autônomo que ainda exige a interferência do motorista (conheça os níveis de autonomia). Se necessário, o motorista pode assumir o controle do carro através de poucos comandos, como o botão de partida, dois pedais e o volante.
No interior do kei car, o painel chama a atenção: ele é inteiramente digital e sensível ao toque. O teto é feito de vidro para permitir uma maior luminosidade dentro da cabine.
A Nissan não divulgou dados do motor mas afirmou que o IMk ditará como serão os futuros carros urbanos japoneses.
Suzuki Hanare
Hanare é um termo na língua japonesa que significa “casa isolada”. É com essa ideia que o conceito foi desenvolvido para ser algo a mais do que somente um veículo. Com um estilo mais retrô, o conceito autônomo ora lembra um trailer, ora uma Kombi. Sem maiores explicações sobre o modelo, o Hanare parece contar com um projetor e dois sofás que poderiam facilmente tornarem sofás-camas.
Montadora de carros britnica anunciou que seu novo modelo ser comercializado apenas como parte do jogo Gran Turismo Sport
A Jaguar anunciou nesta sexta-feira que seu novo carro eltrico foi feito com exclusividade para o jogo Gran Turismo. O Jaguar Vision Gran Turismo Coup um hipercarro com 750kW de potncia (equivalente a mil cavalos de fora). O veculo estar disponvel em novembro, no Gran Turismo Sport, jogo para PlayStation 4.
Enquanto a montadora diz que o veculo foi feito com base em seus modelos histricos, ele tambm se assemelha a um Aston Martin (rebaixado). Por dentro, o Jaguar Vision Gran Turismo Coup abriga um design radical, porm simples. Atrs do volante, apenas um display transparente em forma de bumerangue. Alm disso, informaes em realidade aumentada podem ser projetadas nas janelas. H ainda um display hologrfico, para reproduzir infromaes sobre o carro, navegao e at uma inteligncia artificial. Afinal, por se tratar de um carro virtual, no existe limite tecnolgico.
Por mais que o carro no exista no mundo real, os detalhes so imprescindveis. No ano de 2013, como parte da celebrao do aniversrio de 15 anos da franquia Gran Turismo, a Sony fez um chamado a todos os fabricantes de carros para desenhar veculos futuristas com design chocante, sem as restries que aparecem quando se cria algo real.
No entanto, algumas das montadoras realmente trouxeram esses veculos para o mundo. o caso do Toyota FT-1, lanado no ano seguinte, e do Audi E-Tron Vision Gran Turismo, que chegou ao mercado no ano passado. Portanto, o foco nos detalhes do Jaguar nunca demais.
Nada garante que os britnicos da Jaguar tentaro construir o Vision Gran Turismo Coup na vida real. mais provvel que eles se atenham a algumas das caractersticas do hipercarro para seus prximos veculos eltricos. Mesmo assim, curioso ver at onde a imaginao dos designers de carros chega quando podem atuar sem restries.
DesignSonyPlayStationCarro eltricoVideogamecarrogameplaystation 4grand turismo 6videogamesjogosToyotadesign thinkingaston martinhipercarPlaystation 5audiSUVcarrosplaystation 4 pro
O Chevrolet Bolt está prometido para o mês de novembro no Brasil por R$ 175 mil. Enquanto ele ainda não é uma realidade no mercado nacional, nos EUA, mesmo com greve da UAW, o monovolume elétrico da marca americana ganha um importante impulso na linha 2020.
O Bolt agora tem autonomia ampliada em 34 km, passando de 383 para 417 km, de acordo com a norma da EPA, agência ambiental dos EUA. Ela é quem homologa o consumo dos carros e é tida como bem realistas nos resultados, diferente do teste europeu NDEC, que era feito em laboratório.
Tim Grewe, diretor da Global Battery Cell Engineering and Strategy, diz: “O Bolt EV estabeleceu o padrão de referência para veículos elétricos acessíveis e de longo alcance, e estamos entusiasmados em elevar a fasquia oferecendo quase 10% mais alcance estimado pela EPA para o ano modelo 2020”.
De acordo com a GM, o aumento de autonomia do Chevrolet Bolt 2020 vai permitir que seus clientes possam fazer viagens mais longas sem se preocupar tanto com a recarga das baterias. Steve Majoros, diretor de marketing da marca para carros de passeio e crossovers, disse o seguinte:
“Grande variedade – agora ainda mais – é a base do sucesso do Bolt EV e, quando combinado com recursos como a condução com um pedal, o Regen on Demand e o torque instantâneo do motor EV, o veículo oferece uma experiência de condução excepcional. A Chevrolet também está ajudando a incentivar a adoção do VE, fornecendo aos clientes as ferramentas e serviços necessários para tornar a propriedade do VE mais conveniente. ”
Com preços a partir de US$ 37.495, incluindo todos os impostos e taxas, o Chevrolet Bolt 2020 adiciona ainda duas novas cores: Cayenne Orange Metallic (opção de custo adicional) e Oasis Blue. Com 203 cavalos, o monovolume da GM agora dispõe de baterias de 66 kWk (antes eram 60 kWh) e tem garantia de 8 anos para bateria e motor elétrico.
Chevrolet Bolt 2020 tem autonomia ampliada para 417 km
Zero emissões, zero combustível, baixo custo de manutenção. As vantagens de adquirir um carro elétrico têm estimulado as vendas no setor, mas até que ponto os proprietários arriscam perder o entusiasmo quando precisarem de comprar uma nova bateria para os seus veículos?
A pergunta surge a propósito do caso de Paulo Ribeiro, motorista da Uber, a quem foram pedidos quase 30 mil euros para trocar a bateria do seu Nissan Leaf (um carro comprado há dois anos). A resposta mais rápida é “talvez”.
“A nós acontece-nos com alguma frequência sermos contactados por clientes que precisam de baterias novas e, quando procuramos as marcas, facilmente nos são pedidos 9 mil ou 14 mil euros, sem nos garantirem sequer prazos de entrega”, explica Nelson Graça, da EVolution, uma rede de centros especializados em intervenções em carros elétricos e híbridos, aberta há cerca de três anos.
A boa notícia, continua Nelson Graça, é que nem sempre os carros precisam mesmo de baterias novas. “A experiência diz-nos que as marcas preferem retirar as velhas, para reciclar ou para deitar ao lixo – não sabemos as orientações de cada marca –, por não trabalharem a alta tensão”. Nos centros EVolution, pelo contrário, as baterias são abertas e o problema é avaliado: “Às vezes tem solução”.
Não sendo esse o caso, também há outros caminhos. Nelson Graça lembra que já há centros de abate que recebem carros elétricos acidentados, sendo possível adquirir as baterias desses carros – “estão muitas vezes como novas”. Depois basta instalá-las nos veículos que delas precisam. “Pode custar menos de um terço do preço original e, se a bateria provém de um carro mais novo, de mais nova geração”, a solução traz até melhorias, ao potenciar o desempenho e autonomia do elétrico.
Único senão: “ao colocarmos a bateria de um carro noutro diferente, nunca sabemos se a centralina [dispositivo eletrónico utilizado no controlo de uma grande variedade de dispositivos mecânicos e elétricos/eletrónicos de um automóvel] o aceita”, reconhece Nelson Graça.
Prevenir, para fazer durar
Vale a pena ver o problema sob outro prisma. Num artigo dedicado aos carros elétricos, o Automóvel Clube de Portugal (ACP) lembra que uma bateria dura, “em média”, 8 a 10 anos. Em média, neste caso, não é força de expressão, já que essa longevidade depende muito da forma como o carro for utilizado, isto é, do tipo de condução e do tipo de carregamentos a que se sujeitarem as baterias.
Resumindo, prevenir é verbo que os proprietários dos elétricos devem aprender a conjugar. “As altas temperaturas são o calcanhar de Aquiles destas baterias”, começa por sublinhar Marco António, jornalista da revista “Turbo”, para colocar a tónica no risco de recorrer a cargas rápidas constantes. “Esse é, por exemplo, o problema de um carro ao serviço da Uber, quando todos os dias são feitos carregamentos sucessivos de 50 quilowatts”, desgastando as baterias a um ritmo muito mais rápido, afirma Marco António.
Privilegiar as cargas lentas é, por isso, o primeiro conselho a dar a um condutor de um veículo elétrico, uma vez que os carregamentos menos potentes preservam mais a integridade das células das baterias. Mas, atenção: ao optar por carregamentos lentos, geralmente os domésticos, o automóvel nunca deve ficar ligado à tomada menos do que uma hora.
Não carregar ou descarregar as baterias totalmente é outro cuidado recomendado no artigo do ACP. Fixe o intervalo de 20% a 80% como referência: não deixar descer dos 20%, nem manter a bateria acima dos 80%. Reduz a autonomia? Sim, mas a opção prolonga a vida útil da bateria, garantem os especialistas.
Outros cuidados passam por evitar carregar o veículo de imediato se acabou de o conduzir sujeitando-o a temperaturas elevadas e estacionar sempre que possível num local fresco, mas de preferência numa garagem se por fresco estivermos a falar do típico frio do inverno.
“Fatores externos” influenciam o preço
Para contrariar a má-vontade contra os elétricos que inspire saber que uma bateria pode custar o preço de um carro novo, Marco António lembra que é um facto que o valor das baterias de lítio tem tendência a baixar. “Há menos de oito anos o valor era de 800 euros por quilowatt/hora, ao passo que agora ronda os 200 euros”, devendo continuar a descer, afirma. No caso da Nissan, o jornalista acredita que o preço pedido pode ser justificado por outros fatores, nomeadamente o facto de poder ser mais difícil arranjar as baterias do modelo do veículo em causa; a própria marca ter mudado de produtor ou a instalação das baterias de nova geração obrigarem a determinados ‘ajustes’.
Ao Expresso, a Nissan não explicou. A empresa limitou-se a remeter para a nota de esclarecimento que se prepara para emitir (não precisou quando), pelo que, sobre o caso do Leaf de Paulo Ribeiro, ficam apenas as declarações prestadas à SIC por Rui Costa, diretor do serviço pós-venda da Nissan Portugal.
A justificação apresentada foi a de que o preço das baterias depende de fatores internos e externos que a marca não pode controlar, e que afetam o preço a pagar pelos componentes. Como nos últimos meses houve um agravamento dos fatores externos, o preço da bateria aumentou, havendo a garantia, segundo o responsável da Nissan, de que esses valores vão ser revistos “para valores mais em conta”, em breve – não se sabe quanto, nem quando.
Como acautelar, no momento da compra, uma desagradável surpresa deste género? É difícil responder, porque Paulo Ribeiro procurou saber a que preços ficaria uma bateria nova e, na altura, foi-lhe referido o valor de 5000 euros.
Há, no entanto, pelo menos no caso da Renault, a possibilidade de o cliente optar por comprar o carro com aluguer (e não aquisição) das baterias, o que pode ser mais vantajoso, “por oferecer um conjunto maior de garantias”, como refere Marco António, da Turbo. A marca, aliás, só começou a fazer a venda ‘integral’ a partir de 2016.
No caso da nova gama Zoe, os preços recentemente apresentados pela marca para as versões da terceira geração do veículo totalmente elétrico começam nos 23.690 euros (com o aluguer de baterias) e vão até aos 35.790 euros na versão mais potente, com compra do tipo de bateria incluída neste modelo específico. Em caso de aluguer, os custos mensais são calculados a partir de uma tabela com duas opções, consoante se considere o limite de 7500 quilómetros por ano ou uma utilização ilimitada, ficando a mensalidade respetivamente a 74 euros/mês ou por 124 euros/ mês.
O Nissan Ariya Concept surge no Salão de Tóquio como a promessa de ser o primeiro SUV de porte médio e totalmente elétrica da marca japonesa. A proposta aparece com propulsão nas quatro rodas com dois motores e apresenta também boa autonomia.
Alfonso Alvisa, diretor executivo responsável pelo design global, diz: “A Nissan está redefinindo sua linguagem de design para uma nova era na qual as pessoas estão cada vez mais interessadas em tecnologias avançadas de assistência ao motorista e veículos elétricos, e a maneira como as pessoas se deslocam está mudando.”
“Simples, poderoso e moderno. Em termos de expressão, eu gostaria de refletir o “Futurismo japonês atemporal”, que é o DNA do Japão, no design e colocar o valor da “Nissan Intelligent Mobility” em todos os modelos. Carro, mas será o primeiro carro a incorporar nossa nova visão”.
Com 4,600 m de comprimento, 1,920 m de largura e 1,630 m de altura, o Nissan Ariya Concept chama atenção para um visual sofisticado e jovial, buscando clientes que querem um diferencial não só estético, mas uma proposta de integração homem-máquina ampliada.
Nesse caso, ao acessar o carro, o Nissan Ariya Concept já abre a tela do navegador com o destino que o motorista colocou anteriormente no smartphone, inclusive calculando a distância total, mesmo tendo que andar a pé no começo e no final da viagem. Com conceito de ID pessoal, o crossover salva as preferências do condutor, ajustando tudo a bordo.
Assim, preferência de estilo do cluster, iluminação ambiente, ajustes de assento e direção, entretenimento, navegação e climatização, são previamente ajustados ao entrar no veículo, assim como o estilo de condução. O Nissan Ariya Concept tem ambiente requintado com bancos em couro perfurado e materiais de alta qualidade.
Além disso, vem com cluster digital de 12,3 polegadas configurável e tela de entretenimento ampla. O crossover elétrico tem dois motores, mas a marca não divulgou a autonomia. Esta, provavelmente, será boa, devido ao fato da marca ter evoluído bastante nos últimos anos.
O Nissan Ariya, como foi chamado, se conecta ao smartphone dos usurios para que o veculo seja configurado de acordo com suas preferncias
Durante a Tokyo Motor Show de 2019, a Nissanlanou um novo carro conceito, o destaque da novidade que ele apresenta um motor eltrico. O modelo causou estranheza por diversas razes, seja pelo seu design – que lembra muito o de carros futuristas sados de filmes como Blade Runner – ou por apresentar uma carpa como assistente virtual.
A Nissanno revelou muitos detalhes do Ariya, como o veculo foi batizado, mas disse que ele foi projetado para ser alimentado por quatro motores que permitem trao nas quatro rodas. Quanto sua aparncia, o Ariya se assemelha a um SUV, com um visual moderno de dois tons e faris finos.
O interior do veculo relativamente simples, com uma tela horizontal de 12,3 polegadas que se estende de trs do volante at o centro do painel do carro. A Nissanse orgulha de no possuir quase nenhum boto fsico na composio do veculo, exceto por um boto que pode ser utilizado para realizar as configuraes iniciais da tela do carro.
Para o controle da temperatura, h cones sensveis ao toque, localizados na parte inferior do painel, que vibram enquanto so acionados.
O carro vai reconhecer o smartphone do motorista e ajustar automaticamente as configuraes ao gosto do usurio. Alm disso, o Ariya est equipado com a verso mais avanada do seu sistema de piloto automtico, o ProPilot.
Como se trata de um veculo conceito, pode ser que ele no chegue s lojas, mas todos os seus componentes e design podem ser usados com inspirao em futuros projetos da empresa.
Zero emissões, zero combustível, baixo custo de manutenção. As vantagens de adquirir um carro elétrico têm estimulado as vendas no setor, mas até que ponto os proprietários arriscam perder o entusiasmo quando precisarem de comprar uma nova bateria para os seus veículos?
A pergunta surge a propósito do caso de Paulo Ribeiro, motorista da Uber, a quem foram pedidos quase 30 mil euros para trocar a bateria do seu Nissan Leaf (um carro comprado há dois anos). A resposta mais rápida é “talvez”.
“A nós acontece-nos com alguma frequência sermos contactados por clientes que precisam de baterias novas e, quando procuramos as marcas, facilmente nos são pedidos 9 mil ou 14 mil euros, sem nos garantirem sequer prazos de entrega”, explica Nelson Graça, da EVolution, uma rede de centros especializados em intervenções em carros elétricos e híbridos, aberta há cerca de três anos.
A boa notícia, continua Nelson Graça, é que nem sempre os carros precisam mesmo de baterias novas. “A experiência diz-nos que as marcas preferem retirar as velhas, para reciclar ou para deitar ao lixo – não sabemos as orientações de cada marca –, por não trabalharem a alta tensão”. Nos centros EVolution, pelo contrário, as baterias são abertas e o problema é avaliado: “Às vezes tem solução”.
Não sendo esse o caso, também há outros caminhos. Nelson Graça lembra que já há centros de abate que recebem carros elétricos acidentados, sendo possível adquirir as baterias desses carros – “estão muitas vezes como novas”. Depois basta instalá-las nos veículos que delas precisam. “Pode custar menos de um terço do preço original e, se a bateria provém de um carro mais novo, de mais nova geração”, a solução traz até melhorias, ao potenciar o desempenho e autonomia do elétrico.
Único senão: “ao colocarmos a bateria de um carro noutro diferente, nunca sabemos se a centralina [dispositivo eletrónico utilizado no controlo de uma grande variedade de dispositivos mecânicos e elétricos/eletrónicos de um automóvel] o aceita”, reconhece Nelson Graça.
Prevenir, para fazer durar
Vale a pena ver o problema sob outro prisma. Num artigo dedicado aos carros elétricos, o Automóvel Clube de Portugal (ACP) lembra que uma bateria dura, “em média”, 8 a 10 anos. Em média, neste caso, não é força de expressão, já que essa longevidade depende muito da forma como o carro for utilizado, isto é, do tipo de condução e do tipo de carregamentos a que se sujeitarem as baterias.
Resumindo, prevenir é verbo que os proprietários dos elétricos devem aprender a conjugar. “As altas temperaturas são o calcanhar de Aquiles destas baterias”, começa por sublinhar Marco António, jornalista da revista “Turbo”, para colocar a tónica no risco de recorrer a cargas rápidas constantes. “Esse é, por exemplo, o problema de um carro ao serviço da Uber, quando todos os dias são feitos carregamentos sucessivos de 50 quilowatts”, desgastando as baterias a um ritmo muito mais rápido, afirma Marco António.
Privilegiar as cargas lentas é, por isso, o primeiro conselho a dar a um condutor de um veículo elétrico, uma vez que os carregamentos menos potentes preservam mais a integridade das células das baterias. Mas, atenção: ao optar por carregamentos lentos, geralmente os domésticos, o automóvel nunca deve ficar ligado à tomada menos do que uma hora.
Não carregar ou descarregar as baterias totalmente é outro cuidado recomendado no artigo do ACP. Fixe o intervalo de 20% a 80% como referência: não deixar descer dos 20%, nem manter a bateria acima dos 80%. Reduz a autonomia? Sim, mas a opção prolonga a vida útil da bateria, garantem os especialistas.
Outros cuidados passam por evitar carregar o veículo de imediato se acabou de o conduzir sujeitando-o a temperaturas elevadas e estacionar sempre que possível num local fresco, mas de preferência numa garagem se por fresco estivermos a falar do típico frio do inverno.
“Fatores externos” influenciam o preço
Para contrariar a má-vontade contra os elétricos que inspire saber que uma bateria pode custar o preço de um carro novo, Marco António lembra que é um facto que o valor das baterias de lítio tem tendência a baixar. “Há menos de oito anos o valor era de 800 euros por quilowatt/hora, ao passo que agora ronda os 200 euros”, devendo continuar a descer, afirma. No caso da Nissan, o jornalista acredita que o preço pedido pode ser justificado por outros fatores, nomeadamente o facto de poder ser mais difícil arranjar as baterias do modelo do veículo em causa; a própria marca ter mudado de produtor ou a instalação das baterias de nova geração obrigarem a determinados ‘ajustes’.
Ao Expresso, a Nissan não explicou. A empresa limitou-se a remeter para a nota de esclarecimento que se prepara para emitir (não precisou quando), pelo que, sobre o caso do Leaf de Paulo Ribeiro, ficam apenas as declarações prestadas à SIC por Rui Costa, diretor do serviço pós-venda da Nissan Portugal.
A justificação apresentada foi a de que o preço das baterias depende de fatores internos e externos que a marca não pode controlar, e que afetam o preço a pagar pelos componentes. Como nos últimos meses houve um agravamento dos fatores externos, o preço da bateria aumentou, havendo a garantia, segundo o responsável da Nissan, de que esses valores vão ser revistos “para valores mais em conta”, em breve – não se sabe quanto, nem quando.
Como acautelar, no momento da compra, uma desagradável surpresa deste género? É difícil responder, porque Paulo Ribeiro procurou saber a que preços ficaria uma bateria nova e, na altura, foi-lhe referido o valor de 5000 euros.
Há, no entanto, pelo menos no caso da Renault, a possibilidade de o cliente optar por comprar o carro com aluguer (e não aquisição) das baterias, o que pode ser mais vantajoso, “por oferecer um conjunto maior de garantias”, como refere Marco António, da Turbo. A marca, aliás, só começou a fazer a venda ‘integral’ a partir de 2016.
No caso da nova gama Zoe, os preços recentemente apresentados pela marca para as versões da terceira geração do veículo totalmente elétrico começam nos 23.690 euros (com o aluguer de baterias) e vão até aos 35.790 euros na versão mais potente, com compra do tipo de bateria incluída neste modelo específico. Em caso de aluguer, os custos mensais são calculados a partir de uma tabela com duas opções, consoante se considere o limite de 7500 quilómetros por ano ou uma utilização ilimitada, ficando a mensalidade respetivamente a 74 euros/mês ou por 124 euros/ mês.
Para além dos carros elétricos, híbridos e autônomos, a Hyundai já mira, literalmente, mais alto. Isso porque a montadora anunciou a contratação do engenheiro veterano Jaiwon Shin, ex-NASA, para comandar sua nova divisão de carros voadores.
Shin é um engenheiro que liderou, recentemente, a Diretoria de Missão de Pesquisa Aeronáutica da NASA. Com seus mais de 11 anos nessa posição, ele supervisionou a pesquisa de novas tecnologias de aviação na agência espacial, informou um comunicado da Hyundai. Durante seu mandato, Shin supervisionou, também, projetos como um X-Plane supersônico experimental, eletrificação de aeronaves e controle avançado de tráfego aéreo, de acordo com a montadora sul-coreana (mesma nacionalidade do especialista).
“A nova equipe da Hyundai desenvolverá as principais tecnologias que estabelecerão a empresa como força motriz da mobilidade aérea urbana, um setor que deve crescer em um mercado de US$ 1,5 trilhão nos próximos 20 anos”, afirmou Shin, em comunicado.
A Hyundai não forneceu outros detalhes sobre como a sua divisão de mobilidade aérea funcionará. Não é a primeira vez, porém, que a montadora se interessa por veículos diferentes. Na CES 2019, por exemplo, a empresa apresentou um carro ambulante chamado Elevate que, como o próprio nome sugere, seria capaz de levantar e andar com quatro pernas. Segundo a Hyundai, ele poderia ajudar socorristas a ultrapassarem terrenos acidentados. Mas este protótipo foi pensado mais para chamar a atenção no evento do que para o uso no mundo real. O projeto de táxi voador, no entanto, parece ser um esforço mais sério e que devemos ver, de fato, no mercado.