Em setembro, as vendas de carros híbridos e elétricos ultrapassaram pela primeira vez a marca de mil unidades em um mês. O responsável pelo feito é o recém-lançado Toyota Corolla Hybrid.
O resultado fez a participação de mercado desses automóveis passar de 0,2% para 0,6% no Brasil, segundo a Anfavea (associação que representa as montadoras).
O Corolla movido a etanol, gasolina e eletricidade tem fila de espera de quatro meses, o que deve fazer a Toyota readequar a produção. A principal razão do sucesso não é o apelo ecológico, mas, sim, o bolso.
Carros híbridos registram consumo mais baixo em relação aos automóveis movidos apenas por motores a combustão. A diferença é maior no ambiente urbano.
Em sua primeira avaliação, o Corolla Altis Hybrid registrou média de 16 km/l com etanol na cidade, número exibido no computador de bordo do carro. Segundo o Instituto Mauá de Tecnologia, o compacto Renault Kwid 1.0, reconhecido pelo baixo consumo, alcança a média de 12 km/l na mesma condição.
O Corolla Altis Hybrid custa os mesmos R$ 125 mil que a opção equivalente equipada com motor 2.0 flex. Além de gastar menos combustível, é beneficiado pela redução no valor do IPVA em alguns estados. Esses fatores fazem a compra do híbrido ser mais interessante.
A Honda deve entrar nesse segmento em 2020, com o sedã Accord atualizado. O carro produzido nos Estados Unidos consegue rodar por pequenos trechos usando apenas eletricidade.
A Volkswagen lança na próxima semana o Golf GTE. O hatch pode ser recarregado na tomada, o que confere autonomia para cerca de 40 quilômetros sem queimar gasolina. É o mesmo princípio das versões T8 de modelos Volvo à venda no Brasil.
O Salão de Tóquio chega a sua 46º edição salvo pelas montadoras japonesas. Nada de Volkswagen e do grupo que inclui a Porsche e Audi, por exemplo. Muito menos BMW, Volvo, Jaguar, Land Rover.
De lá, do Velho Continente, está a Mercedes-Benz e a Renault com presença acanhada e motivada pela aliança com a prima Nissan. Nem pensar ou imaginar Chevrolet e Ford. O cenário construído no Tokyo Big Sight não é mais o mesmo. A realidade é outra.
O luxo da Lexus de um lado, perto da Mercedes e do novo Classe A sedan 35 AMG. Em frente à Mazda para exibir o conceito 100% elétrico LF30 que aposta comunicação do homem e da máquina. O crossover radicaliza no design e vai dividir opiniões se for inspirar o futuro da fabricante.
Discreta, a Mercedes mostrou a linha AMG do Classe A Sedan
E quanto a Toyota? Em um pavilhão de convenções distante a montadora leva o fã para fazer o percurso que vai complicar a vida do visitante. É preciso sair do prédio principal e enfrentar uma fila gigante, dependendo da hora, encarar o sol para acessar os ônibus que levará o entusiasta ao espaço da marca. Você pode ir a pé? Sim, mas vai custar uns 20 minutos de caminhada com uma subida de ponte no trajeto e de bônus acredito apenas na vista parcial da cidade.
Tudo muito cansativo e chegando por lá não espere encontrar carros futuristas que servem de inspiração para projetos de gaveta (aqueles que desaparecem e ninguém lembra mais). Em resumo, nenhuma montadora viajou na maionese. Sem essa de torrar dinheiro com as experiências que só divertem ou empolgam pelo exagero visual. O negócio é tecnologia e, em alguns casos, nostalgia para fortalecer a história. Mas isso conto mais adiante.
Toyota mostrou o exótico LQ
A Toyota foca no presente, na mobilidade e nos jogos olímpicos de 2020 quando vai lançar projetos autônomos de quarta geração e sensoriais também, como o carro que expressa sentimentos, o exótico LQ. Os japoneses são incríveis nesse sentido. Conseguem apenas pelo olhar extrair de você o ohhh! Que fofo! E de forma mais clara, o meio de transporte da Vila Olímpica, aqui anunciado, será 100% AI. De inteligência artificial. Sem motorista a bordo.
Toyota focou na mobilidade com Inteligência Artificial
Vamos ver o carro voar? Ainda não, mas penso que não será tarefa tão difícil para futuras experiências. Os japoneses apostam no amanhã como se fosse hoje. Exemplo de automóveis feitos para o público que está amadurecendo, chegando a boa idade e precisando de mobilidade em formato compacto, como o BEV.
O mundo por aqui é elétrico ou híbrido e disso já falo há muito tempo. Mas tem a fase do meio ambiente limpo. Do carro 100% amigo da natureza. Esse é o projeto do Mirai concept, modelo a hidrogênio, que dá continuidade a primeira geração desse veículo de design anterior nada agradável.
Mirai Concept
A proposta agora é entregar eficiência com arquitetura moderna para que os mercados aceitem e planejem uma ampliação da rede de postos para abastecer o tanque de hidrogênio. O foco do Mirai continuará sendo os EUA, a Europa e o Japão.
Por aqui ainda deu para visitar uma estação no prédio que abriga o projeto mega web, que fica o ano inteiro, onde a Toyota mantém a proposta de mostrar o futuro e nele reúne os astros sobre rodas que estarão nos jogos do ano que vem. Lá o barato é encontrar o ultracompacto BEV e o sorridente LQ.
A Nissan que tem o automóvel mais vendido do mercado japonês, o Note, também resumiu sua vida em Tóquio para dois futuristas que representam o alinhamento da marca. O quadrado IMK e o estiloso crossover Ariya. Não tire da memória essa segunda opção porque podermos falar mais dele no futuro.
Nissan IMK
Bem objetiva, a empresa poupa projeções do amanhã e aposta no que vai ser o presente. Ela completa o estande com a grife Nismo e reforça o conceito do 100% elétrico Leaf como seu representante global mais importante.
Para os brasileiros ainda sobrou a entrevista com o presidente da montadora, Marcos Silva, que confirmou a nova geração do Versa convivendo com a atual, a partir de abril no Brasil. Modelo será importado do México.
Novo Nissan Versa
E a dona do evento? Pela importância do lançamento é ela, a Honda. Quem apostou no Fit como carro do salão acertou. O monovolume ficou melhor, mais esperto, tem opção híbrida e versões que inclui a que remetem ao estilo aventureiro urbano, tendência no mercado europeu.
O Fit não estreia no Brasil nem tão cedo mas as chances de chegar em 2021 são boas. A mesma Honda gasta pouco tempo para exibir os outros membros da família como Accord, Cr-V híbrido, o lendário NSX e o jato Honda Jet que ganha display interativo e exclusivo.
Novo Honda Fit
Lembra quando escrevi há pouco sobre nostalgia. Vamos lá, nesse estande você mergulha nos 60 anos de história da marca nas competições, como Fórmula 1 e motovelocidade, se emociona ao tocar (olhe que não pode) no McLaren MP4, do invencível Ayrton Senna aos dias atuais da montadora nas corridas. Ah! Tem mais porque um corredor vai levar o visitante à apaixonante recordação da linha CB. Duas rodas neles!
Só isso? Não. Suzuki, Mitsubishi e Daihatsu estão no jogo. A MIT mais ousada lançou a reestilização do ASX e dessa vez com 100% de acerto. O modelo recebeu a frente do Eclipse Cross. Nada de reforma visual nas lanternas do Pajero Sport por aqui.
As outras duas marcas mostram conhecimento e criatividade no mundo dos carros compactos. Yamaha e Kawazaki marcam presença, a nova Ninja está no evento que precisa ser reinventado na próxima edição em 2021.
A Scania mostrou nesta terça-feira (24) o AXL, seu novo caminhão autônomo e sem cabine projetado para operar em minas e construções. O veículo foi montado especialmente para funcionar com trabalho pesado em ambientes de circulação controlada com menores riscos de acidente.
A empresa publicou um vídeo demonstrando o gigante em ação. A partir de uma sala especial, um único funcionário é capaz de “dirigir” até três desses monstros ao mesmo tempo:
De acordo com a companhia, o AXL usa combustível renovável — embora não haja detalhes sobre quais — e a atualização de sistemas de logística inteligentes podem otimizar sua aplicação. A estreia acontece ao vivo no dia 2 de outubro, em Södertälje, na Suécia.
Vale destacar que o setor de utilitários autônomos está aquecido e deve ficar ainda mais com a chegada do 5G e do aprimoramento da Internet das Coisas — especialmente na Indústria 4.0. Tesla, Waymo, TuSimple, Starsky Robotic e Otto são apenas alguns dos fortes competidores nessa seara. A Volvo, concorrente direta da Scania, já conta com um modelo sem cabine para transportar contêineres.
A Tesla vem desenvolvendo atualizações em seu sistema de piloto automático, visando ser mais seguro do que qualquer humano mais habilidoso na direção. O projeto parece estar dando muito certo, segundo informações de ganhos do terceiro trimestre de 2019, quando a companhia revelou que o seu sistema se tornou cerca de nove vezes mais seguro do que uma condução mediana.
Existem algumas ressalvas a serem consideradas em favor da Tesla, no entanto. Os sistemas de piloto automático, por exemplo, são bastante usados em rodovias, onde acontecem menos acidentes devido à simplicidade na hora da direção. Além disso, veículos da Tesla são novos e contam com recursos modernos de segurança, algo que não é encontrado em carros antigos.
A última atualização do piloto automático da Tesla inclui dados de acidentes com Teslas com o piloto automático ligado e com ele desligado, mas com recursos de segurança ativados, e também desligados sem nenhum recurso de segurança ativo. Essas informações foram contrastadas com a média de acidentes gerais nos Estados Unidos, que podem chegar a uma colisão a cada 800 quilômetros percorridos, aproximadamente.
Na Tesla, segundo o documento do último trimestre, os veículos da companhia se envolveram menos em acidentes em comparação com os dados gerais: um acidente para cada sete milhões de quilômetros percorridos, em média, com o piloto automático ligado. Em comparação com dados dos anos anteriores, a direção autônoma dos veículos da Tesla vem se aprimorando com o tempo.
Em evento em que carros elétricos são a principal atração, a Nissan anunciou na quarta-feira, em Tóquio, no Japão, que um projeto iniciado no Brasil pode ser uma nova alternativa global para o futuro dos chamados carros verdes. O uso do etanol de segunda geração para produzir a energia de veículos movidos a célula de combustível já é visto como “comercialmente viável” pelo presidente da Nissan do Brasil, Marco Silva, embora ainda sejam necessários vários testes para confirmar sua viabilidade.
Em parceria com universidades brasileiras e engenheiros da empresa no Brasil, Estados Unidos, China e Japão, a Nissan descobriu que pode usar o etanol extraído de cana geneticamente modificada para gerar o hidrogênio da célula de combustível. “Com isso, podemos reduzir o tamanho da bateria e aumentar sua eficiência, dispensar o reformador (equipamento que provoca a reação química necessária para gerar eletricidade) e, assim, reduzir custos”, diz.
A empresa iniciou em 2016 os estudos no Brasil para usar o etanol nas células de combustível, tecnologia que praticamente elimina toda a emissão de poluentes. Agora, em sua segunda fase de testes em conjunto com a Universidade de Campinas (Unicamp) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), ligado à USP, o projeto começa a se mostrar viável comercialmente e, segundo Silva, poderá ser adotado de forma global. “Não é um projeto só do Brasil.”
Os testes até agora foram feitos em uma van da Nissan, a NV200, e o próximo passo será em automóveis, informa Motohisa Kanijo, engenheiro que lidera o projeto. “Acredito que esta seria a melhor solução econômica (para o carro a célula de combustível).” Segundo ele, serão necessários mais cinco anos de estudos para chegar ao ponto de teste da tecnologia em automóveis.
A solução, além de mais barata, dispensaria a necessidade de infraestrutura de abastecimento de hidrogênio em postos, pois todo o processo de geração de energia ocorreria dentro da célula de combustível. Como os projetos da indústria automobilística para reduzir emissões de poluentes envolvem diferentes tipos de tecnologias, a Nissan apresenta no Salão do Automóvel de Tóquio o protótipo Ariya, o primeiro utilitário esportivo (SUV) elétrico da marca que em breve chegará ao mercado.
A Honda também mostra seu primeiro automóvel 100% elétrico, o Honda-e, que será produzido no Japão a partir de 2020, assim como scooters também movidas a eletricidade. Economia Outra novidade da Honda é a nova geração do Fit, que chega ao Japão em versões híbrida e a gasolina. O Fit é o único modelo da mostra que virá para o Brasil, em data ainda não revelada. “Isso ocorrerá no momento certo”, limita-se a dizer o presidente mundial do grupo, Takahiro Hachigo. As apostas são de que o novo modelo chegue ao País em 2021, na versão flex.
O executivo afirma ser “uma preocupação” para o grupo o fato de a economia brasileira não estar crescendo. Por outro lado, ele espera que a melhora nas vendas de automóveis “continue por um longo tempo”. Tradicionalmente um evento para mostrar tecnologias futuristas, o salão de Tóquio deste ano está mais voltado às tecnologias de combustíveis limpos e a maioria dos expositores apresentam produtos nessa linha, seja carro elétrico, híbrido e a célula de combustível. Veículos autônomos, vedetes do salão anterior, em 2017, estão nos estandes mas sem o mesmo destaque dos elétricos. “Os autônomos começarão a chegar para usos específicos, mas ainda estão longe do dia a dia do consumidor, enquanto os elétricos já são uma realidade”, justifica Silva.
Carro que deixa os passageiros e vai estacionar sozinho, buggy híbrido movido a gás, automóvel que transforma ozônio em oxigênio e até carro-casa: se tem algo que os salões do automóvel gostam de mostrar são as infinitas possibilidades que se pode fazer com um carro além de dirigir. Confira a seguir os principais conceitos do Salão de Tóquio que irão equipar os próximos modelos em um futuro não tão distante.
Mitsubishi MI-TECH Concept
Este buggy turbinado foi construído para ser um veículo pequeno, híbrido, plug-in, mas com um gerador a gás que aciona quatro motores elétricos. Para dar tração integral, os motores se dividem: dois na dianteira e dois na traseira.
No interior, o painel é simples e deixa a atenção para a realidade aumentada, projetada no para-brisa. O recurso fornece assistência ao motorista em tempo real e indica informações das vias e estabelecimentos. O estilo off-road traz placas de derrapagem em alumínio, rodas maiores e mais largas. Curiosamente na parte da trás, as turbinas são as saídas do gerador a gás. A ideia da Mitsubishi para o protótipo é ser uma prévia para um futuro modelo plug-in híbrido compacto.
Mitsubishi Engelberg Tourer
Não é a primeira vez que o conceito aparece em salões, a revelação deste SUV médio foi em Genebra, em março deste ano. Ele servirá como base do próximo Outlander, caso não tenha notado os traços parecidos. Os planos da Mitsubishi pretendem tornar híbridos seus principais SUVs.
Apesar do estreante dessa nova gama ser o Outlander PHEV, a novidade do Engelberg Tourer é a tração nas quatro rodas por dois motores elétricos dianteiros e traseiros. Já o propulsor a combustão é de 2,4 litros com quatro cilindros. Segundo a montadora, o modelo roda até 70 km usando somente os motores elétricos. Com a bateria carregada e o tanque de combustível cheio, a autonomia deve chegar aos 700 km.
Toyota LQ
A inteligência artificial descreve o protótipo. Autônomo e elétrico, o hatch foi apresentado em 2017 como “Concept-i” e agora ganhou nome. A montadora garante que ele está preparado para enfrentar as situações adversas do trânsito sem nenhuma interferência humana, graças ao sistema de inteligência artificial Yiu. Este recurso pode ser controlado por comandos de voz. Por meio de um jogo de luzes, o Yiu aponta para qual passageiro ele está se comunicando.
Para trazer conforto dos quatro ocupantes, os bancos são equipados com refrigeração e têm funções de massagem, além de liberarem fragrâncias, caso perceba que os ocupantes estão cansados ou estressados. Perfumaria pouca é bobagem.
Como um chofer, o carro ainda tem uma função de estacionamento automático que permite deixar os passageiros em um local indicado e procurar um lugar para estacionar. Este artifício foi desenvolvido em parceria com a Panasonic.
Um sistema inédito de purificação e ventilação consegue transformar o ozônio, gás presente na superfície do solo causado pela poluição, em oxigênio. A Toyota pretende reduzir as emissões desse ar por meio do recurso.
Toyota E-Palette
As Olimpíadas de Tóquio serão ano que vem. De praxe, o Japão é o maior exemplo mundial no setor de mobilidade e não iria fazer feito nesse evento mundial. Para isso, a Toyota desenvolveu um ônibus (ou serviço de mobilidade, nas palavras da marca) elétrico e autônomo responsável pelo transporte dos turistas às competições. Chamado de Palette (palete é um tipo de container de carga) poderá rodar sozinho no complexo atlético, mas sem passar dos 19 km/h, graças ao auxílio dos seus cinco radares.
Os jogos olímpicos servirão como um teste para o veículo. Se ele se sair bem na prova, poderá ir para a linha de produção. Apesar de autônomo, é necessário um operador caso alguma situação emergencial apareça. Aliás, o único comando humano poderá ser feito através de um joystick de computador. O E-Palette tem autonomia de 150 km, mas a potência da bateria nem o tempo de recarga não forma divulgados. Confira mais do modelo por aqui.
Lexus LF-30 Eletrified
Com esse novo conceito, a Lexus antecipa como será seu primeiro carro totalmente elétrico, a ser revelado no próximo mês, no Salão de Los Angeles. O modelo tem 543 cv de potência, 71,3 kgfm de torque, vai de zero a 100 km/h em 3,8 segundos e não passa dos 200 km/h para não exaurir a carga das baterias. A autonomia não é chocante e chega aos 500 km.
As linhas características da Lexus foram elevadas ao máximo nesse protótipo. Os faróis têm forma de asas e a imensa grade se confunde com um telão de led. O vidro se estende da frente a traseira do veículo e muda de acordo com a luminosidade, enquanto as portas têm formato de asas de gaivota e tem detalhes feitos por fibras de metal reciclado.
O interior consegue prender a atenção. Como a maioria dos conceitos, o cockpit é digital e sensível ao toque, o volante se retrai quando o modo autônomo é ativado e as funções são controladas por gestos, e isso só para começar.
O sistema também consegue distinguir as vozes dos passageiros e as telas de vidro no teto permitem, por meio da realidade aumentada, que os passageiros interajam com o veículo ou somente contemplem um céu estrelado.
Nissan Ariya
As linhas fazem o modelo parecer maior do que é: são 4,60 metros de comprimento e 1,92 m de largura. A carroceria segue a tendência dos SUVs Cupês e há dois motores elétricos. Como cada um fica em um dos eixos, eles garantem tração integral.
O conceito antecipa o futuro crossover da Nissan que deve chegar nos próximos dois anos e vai ser construído sobre uma plataforma específica para veículos elétricos. A grade convencional deu lugar a uma peça 3D, com finos faróis de LED e logotipo luminoso da Nissan. Na traseira, a novidade são as lanternas unidas em um filete de ponta a ponta, semelhante ao Porsche Cayenne Coupe.
Como é de se esperar, o SUV conta com um novo pacote de tecnologias semiautônomas. A marca afirma que nas rodovias será possível uma condução 100% autônoma. No entanto, não há data para versão final começar a ser produzida. Confira mais sobre o modelo aqui.
Nissan IMk
Os “kei cars” são uma espécie de veículo compacto, quadrado, equipado com motores simples e de grande sucesso no Japão. Eles têm vantagens tributárias o que acaba barateando esse tipo de minicarro. O IMk tem esse apelo de popular, mas com tecnologia de ponta e condução autônoma.
Com apenas 3,49 m de comprimento (20 cm a menos que um VW up!) e 1,51 m de largura o conceito elétrico traz câmeras acopladas em vez de retrovisores, assim como no Audi e-tron e além de filetes de led em toda grade dianteira.
O Nissan está no nível 4 de autonomia, ou seja, um autônomo que ainda exige a interferência do motorista (conheça os níveis de autonomia). Se necessário, o motorista pode assumir o controle do carro através de poucos comandos, como o botão de partida, dois pedais e o volante.
No interior do kei car, o painel chama a atenção: ele é inteiramente digital e sensível ao toque. O teto é feito de vidro para permitir uma maior luminosidade dentro da cabine.
A Nissan não divulgou dados do motor mas afirmou que o IMk ditará como serão os futuros carros urbanos japoneses.
Suzuki Hanare
Hanare é um termo na língua japonesa que significa “casa isolada”. É com essa ideia que o conceito foi desenvolvido para ser algo a mais do que somente um veículo. Com um estilo mais retrô, o conceito autônomo ora lembra um trailer, ora uma Kombi. Sem maiores explicações sobre o modelo, o Hanare parece contar com um projetor e dois sofás que poderiam facilmente tornarem sofás-camas.
Montadora de carros britnica anunciou que seu novo modelo ser comercializado apenas como parte do jogo Gran Turismo Sport
A Jaguar anunciou nesta sexta-feira que seu novo carro eltrico foi feito com exclusividade para o jogo Gran Turismo. O Jaguar Vision Gran Turismo Coup um hipercarro com 750kW de potncia (equivalente a mil cavalos de fora). O veculo estar disponvel em novembro, no Gran Turismo Sport, jogo para PlayStation 4.
Enquanto a montadora diz que o veculo foi feito com base em seus modelos histricos, ele tambm se assemelha a um Aston Martin (rebaixado). Por dentro, o Jaguar Vision Gran Turismo Coup abriga um design radical, porm simples. Atrs do volante, apenas um display transparente em forma de bumerangue. Alm disso, informaes em realidade aumentada podem ser projetadas nas janelas. H ainda um display hologrfico, para reproduzir infromaes sobre o carro, navegao e at uma inteligncia artificial. Afinal, por se tratar de um carro virtual, no existe limite tecnolgico.
Por mais que o carro no exista no mundo real, os detalhes so imprescindveis. No ano de 2013, como parte da celebrao do aniversrio de 15 anos da franquia Gran Turismo, a Sony fez um chamado a todos os fabricantes de carros para desenhar veculos futuristas com design chocante, sem as restries que aparecem quando se cria algo real.
No entanto, algumas das montadoras realmente trouxeram esses veculos para o mundo. o caso do Toyota FT-1, lanado no ano seguinte, e do Audi E-Tron Vision Gran Turismo, que chegou ao mercado no ano passado. Portanto, o foco nos detalhes do Jaguar nunca demais.
Nada garante que os britnicos da Jaguar tentaro construir o Vision Gran Turismo Coup na vida real. mais provvel que eles se atenham a algumas das caractersticas do hipercarro para seus prximos veculos eltricos. Mesmo assim, curioso ver at onde a imaginao dos designers de carros chega quando podem atuar sem restries.
DesignSonyPlayStationCarro eltricoVideogamecarrogameplaystation 4grand turismo 6videogamesjogosToyotadesign thinkingaston martinhipercarPlaystation 5audiSUVcarrosplaystation 4 pro
O Chevrolet Bolt está prometido para o mês de novembro no Brasil por R$ 175 mil. Enquanto ele ainda não é uma realidade no mercado nacional, nos EUA, mesmo com greve da UAW, o monovolume elétrico da marca americana ganha um importante impulso na linha 2020.
O Bolt agora tem autonomia ampliada em 34 km, passando de 383 para 417 km, de acordo com a norma da EPA, agência ambiental dos EUA. Ela é quem homologa o consumo dos carros e é tida como bem realistas nos resultados, diferente do teste europeu NDEC, que era feito em laboratório.
Tim Grewe, diretor da Global Battery Cell Engineering and Strategy, diz: “O Bolt EV estabeleceu o padrão de referência para veículos elétricos acessíveis e de longo alcance, e estamos entusiasmados em elevar a fasquia oferecendo quase 10% mais alcance estimado pela EPA para o ano modelo 2020”.
De acordo com a GM, o aumento de autonomia do Chevrolet Bolt 2020 vai permitir que seus clientes possam fazer viagens mais longas sem se preocupar tanto com a recarga das baterias. Steve Majoros, diretor de marketing da marca para carros de passeio e crossovers, disse o seguinte:
“Grande variedade – agora ainda mais – é a base do sucesso do Bolt EV e, quando combinado com recursos como a condução com um pedal, o Regen on Demand e o torque instantâneo do motor EV, o veículo oferece uma experiência de condução excepcional. A Chevrolet também está ajudando a incentivar a adoção do VE, fornecendo aos clientes as ferramentas e serviços necessários para tornar a propriedade do VE mais conveniente. ”
Com preços a partir de US$ 37.495, incluindo todos os impostos e taxas, o Chevrolet Bolt 2020 adiciona ainda duas novas cores: Cayenne Orange Metallic (opção de custo adicional) e Oasis Blue. Com 203 cavalos, o monovolume da GM agora dispõe de baterias de 66 kWk (antes eram 60 kWh) e tem garantia de 8 anos para bateria e motor elétrico.
Chevrolet Bolt 2020 tem autonomia ampliada para 417 km
Zero emissões, zero combustível, baixo custo de manutenção. As vantagens de adquirir um carro elétrico têm estimulado as vendas no setor, mas até que ponto os proprietários arriscam perder o entusiasmo quando precisarem de comprar uma nova bateria para os seus veículos?
A pergunta surge a propósito do caso de Paulo Ribeiro, motorista da Uber, a quem foram pedidos quase 30 mil euros para trocar a bateria do seu Nissan Leaf (um carro comprado há dois anos). A resposta mais rápida é “talvez”.
“A nós acontece-nos com alguma frequência sermos contactados por clientes que precisam de baterias novas e, quando procuramos as marcas, facilmente nos são pedidos 9 mil ou 14 mil euros, sem nos garantirem sequer prazos de entrega”, explica Nelson Graça, da EVolution, uma rede de centros especializados em intervenções em carros elétricos e híbridos, aberta há cerca de três anos.
A boa notícia, continua Nelson Graça, é que nem sempre os carros precisam mesmo de baterias novas. “A experiência diz-nos que as marcas preferem retirar as velhas, para reciclar ou para deitar ao lixo – não sabemos as orientações de cada marca –, por não trabalharem a alta tensão”. Nos centros EVolution, pelo contrário, as baterias são abertas e o problema é avaliado: “Às vezes tem solução”.
Não sendo esse o caso, também há outros caminhos. Nelson Graça lembra que já há centros de abate que recebem carros elétricos acidentados, sendo possível adquirir as baterias desses carros – “estão muitas vezes como novas”. Depois basta instalá-las nos veículos que delas precisam. “Pode custar menos de um terço do preço original e, se a bateria provém de um carro mais novo, de mais nova geração”, a solução traz até melhorias, ao potenciar o desempenho e autonomia do elétrico.
Único senão: “ao colocarmos a bateria de um carro noutro diferente, nunca sabemos se a centralina [dispositivo eletrónico utilizado no controlo de uma grande variedade de dispositivos mecânicos e elétricos/eletrónicos de um automóvel] o aceita”, reconhece Nelson Graça.
Prevenir, para fazer durar
Vale a pena ver o problema sob outro prisma. Num artigo dedicado aos carros elétricos, o Automóvel Clube de Portugal (ACP) lembra que uma bateria dura, “em média”, 8 a 10 anos. Em média, neste caso, não é força de expressão, já que essa longevidade depende muito da forma como o carro for utilizado, isto é, do tipo de condução e do tipo de carregamentos a que se sujeitarem as baterias.
Resumindo, prevenir é verbo que os proprietários dos elétricos devem aprender a conjugar. “As altas temperaturas são o calcanhar de Aquiles destas baterias”, começa por sublinhar Marco António, jornalista da revista “Turbo”, para colocar a tónica no risco de recorrer a cargas rápidas constantes. “Esse é, por exemplo, o problema de um carro ao serviço da Uber, quando todos os dias são feitos carregamentos sucessivos de 50 quilowatts”, desgastando as baterias a um ritmo muito mais rápido, afirma Marco António.
Privilegiar as cargas lentas é, por isso, o primeiro conselho a dar a um condutor de um veículo elétrico, uma vez que os carregamentos menos potentes preservam mais a integridade das células das baterias. Mas, atenção: ao optar por carregamentos lentos, geralmente os domésticos, o automóvel nunca deve ficar ligado à tomada menos do que uma hora.
Não carregar ou descarregar as baterias totalmente é outro cuidado recomendado no artigo do ACP. Fixe o intervalo de 20% a 80% como referência: não deixar descer dos 20%, nem manter a bateria acima dos 80%. Reduz a autonomia? Sim, mas a opção prolonga a vida útil da bateria, garantem os especialistas.
Outros cuidados passam por evitar carregar o veículo de imediato se acabou de o conduzir sujeitando-o a temperaturas elevadas e estacionar sempre que possível num local fresco, mas de preferência numa garagem se por fresco estivermos a falar do típico frio do inverno.
“Fatores externos” influenciam o preço
Para contrariar a má-vontade contra os elétricos que inspire saber que uma bateria pode custar o preço de um carro novo, Marco António lembra que é um facto que o valor das baterias de lítio tem tendência a baixar. “Há menos de oito anos o valor era de 800 euros por quilowatt/hora, ao passo que agora ronda os 200 euros”, devendo continuar a descer, afirma. No caso da Nissan, o jornalista acredita que o preço pedido pode ser justificado por outros fatores, nomeadamente o facto de poder ser mais difícil arranjar as baterias do modelo do veículo em causa; a própria marca ter mudado de produtor ou a instalação das baterias de nova geração obrigarem a determinados ‘ajustes’.
Ao Expresso, a Nissan não explicou. A empresa limitou-se a remeter para a nota de esclarecimento que se prepara para emitir (não precisou quando), pelo que, sobre o caso do Leaf de Paulo Ribeiro, ficam apenas as declarações prestadas à SIC por Rui Costa, diretor do serviço pós-venda da Nissan Portugal.
A justificação apresentada foi a de que o preço das baterias depende de fatores internos e externos que a marca não pode controlar, e que afetam o preço a pagar pelos componentes. Como nos últimos meses houve um agravamento dos fatores externos, o preço da bateria aumentou, havendo a garantia, segundo o responsável da Nissan, de que esses valores vão ser revistos “para valores mais em conta”, em breve – não se sabe quanto, nem quando.
Como acautelar, no momento da compra, uma desagradável surpresa deste género? É difícil responder, porque Paulo Ribeiro procurou saber a que preços ficaria uma bateria nova e, na altura, foi-lhe referido o valor de 5000 euros.
Há, no entanto, pelo menos no caso da Renault, a possibilidade de o cliente optar por comprar o carro com aluguer (e não aquisição) das baterias, o que pode ser mais vantajoso, “por oferecer um conjunto maior de garantias”, como refere Marco António, da Turbo. A marca, aliás, só começou a fazer a venda ‘integral’ a partir de 2016.
No caso da nova gama Zoe, os preços recentemente apresentados pela marca para as versões da terceira geração do veículo totalmente elétrico começam nos 23.690 euros (com o aluguer de baterias) e vão até aos 35.790 euros na versão mais potente, com compra do tipo de bateria incluída neste modelo específico. Em caso de aluguer, os custos mensais são calculados a partir de uma tabela com duas opções, consoante se considere o limite de 7500 quilómetros por ano ou uma utilização ilimitada, ficando a mensalidade respetivamente a 74 euros/mês ou por 124 euros/ mês.
O Nissan Ariya Concept surge no Salão de Tóquio como a promessa de ser o primeiro SUV de porte médio e totalmente elétrica da marca japonesa. A proposta aparece com propulsão nas quatro rodas com dois motores e apresenta também boa autonomia.
Alfonso Alvisa, diretor executivo responsável pelo design global, diz: “A Nissan está redefinindo sua linguagem de design para uma nova era na qual as pessoas estão cada vez mais interessadas em tecnologias avançadas de assistência ao motorista e veículos elétricos, e a maneira como as pessoas se deslocam está mudando.”
“Simples, poderoso e moderno. Em termos de expressão, eu gostaria de refletir o “Futurismo japonês atemporal”, que é o DNA do Japão, no design e colocar o valor da “Nissan Intelligent Mobility” em todos os modelos. Carro, mas será o primeiro carro a incorporar nossa nova visão”.
Com 4,600 m de comprimento, 1,920 m de largura e 1,630 m de altura, o Nissan Ariya Concept chama atenção para um visual sofisticado e jovial, buscando clientes que querem um diferencial não só estético, mas uma proposta de integração homem-máquina ampliada.
Nesse caso, ao acessar o carro, o Nissan Ariya Concept já abre a tela do navegador com o destino que o motorista colocou anteriormente no smartphone, inclusive calculando a distância total, mesmo tendo que andar a pé no começo e no final da viagem. Com conceito de ID pessoal, o crossover salva as preferências do condutor, ajustando tudo a bordo.
Assim, preferência de estilo do cluster, iluminação ambiente, ajustes de assento e direção, entretenimento, navegação e climatização, são previamente ajustados ao entrar no veículo, assim como o estilo de condução. O Nissan Ariya Concept tem ambiente requintado com bancos em couro perfurado e materiais de alta qualidade.
Além disso, vem com cluster digital de 12,3 polegadas configurável e tela de entretenimento ampla. O crossover elétrico tem dois motores, mas a marca não divulgou a autonomia. Esta, provavelmente, será boa, devido ao fato da marca ter evoluído bastante nos últimos anos.