Nova versão tem três motores, sendo que dois impulsionam o carro e um só gera energia elétrica
Por Leonardo Félix, de Tóquio (Japão)
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25 out 2019, 11h25 – Publicado em 25 out 2019, 11h18
Sedã híbrido está confirmado para o Brasil, mas ainda não tem data para chegar
Sedã híbrido está confirmado para o Brasil, mas ainda não tem data para chegar (Divulgação/Honda)
A Honda está se preparando para dar o primeiro passo rumo à eletrificação no Brasil. Em Tóquio, a fabricante japonesa anunciou que o Accord será seu primeiro carro híbrido no Brasil.
Desta forma, o sedã topo de linha será o primeiro de três híbridos que serão lançados pela Honda no Brasil até 2023.
Versão híbrida tem três motores e o mais potente é elétrico
Versão híbrida tem três motores e o mais potente é elétrico (Divulgação/Honda)
A Honda se esquiva de falar sobre datas, mas garante que o sedã híbrido chegará na mesma configuração oferecida nos Estados Unidos – de onde a nova geração chega desde o final de 2018 com motor 2.0 turbo de 256 cv.
Neste caso o motor 2.0 a gasolina trabalha em ciclo Atkinson (mais eficiente que o Otto) para gerar 145 cv e 17,8 mkgf de torque. Ele trabalha aliado a dois motores elétricos, cada um com tarefas bem específicas.
Conjunto híbrido é relativamente complexo, mas eficiente
Conjunto híbrido é relativamente complexo, mas eficiente (Divulgação/Honda)
O primeiro é um gerador, que não se conecta diretamente às rodas. Sua função é captar a energia vinda do 2.0 e enviá-la diretamente para o potente motor elétrico, mas também pode recarregar a pequena bateria de íons de lítio com 1,3 kWh de capacidade.
Já o segundo está ligado ao diferencial e faz a transmissão direta da força às rodas. Ele pode ser alimentado pelo motor a combustão ou pela bateria, sempre via gerador, mas também pode funcionar como gerador nas desacelerações. Não é à toa que é o motor mais potente de todos: são 184 cv e 32,1 mkgf.
O quatro-cilindros, por sua vez, envia energia ao gerador, mais ou menos conforme acontece com o sistema e-Power da Nissan. Mas ele também pode transmitir força às rodas sem intermediários, através de uma embreagem multidisco com relação única de marchas. Isso só acontece em velocidade de cruzeiro, quando o motor a gasolina passa a funcionar sozinho.
Ou seja: o Honda Accord Hybrid não tem caixa de câmbio. Além disso, não existe ação combinada entre motores a combustão e elétrico, diferentemente do que acontece com o Toyota Corolla Altis Hybrid.
Interior da versão híbrida é praticamente igual ao da versão convencional
Interior da versão híbrida é praticamente igual ao da versão convencional (Divulgação/Honda)
Ele aproveita o melhor de cada motor. A disponibilidade imediata de força e a capacidade de regeneração do motor elétrico e o motor a gasolina funcionando como gerador ou em velocidade de cruzeiro, regimes de menor consumo – principalmente para motores Atkinson. O consumo médio divulgado pela Honda supera os 20 km/l.
Só não espere preços muito competitivos. Hoje o Honda Accord Touring custa R$ 204.900. A lista de itens de série é recheada, com ajustes elétricos e ventilação nos bancos dianteiros, teto solar e o pacote Honda Sensing, que inclui controle de velocidades adaptativo, assistente de permanência em faixa e frenagem automática de emergência. A fabricante também não diz se a versão convencional continuará à venda após a chegada do híbrido.
O presidente da Honda América do Sul, Issao Mizoguchi, revelou nesta sexta-feira que a montadora venderá o modelo Accord na versão híbrida no Brasil. O executivo não revelou quando será o lançamento do carro, que será importado dos Estados Unidos.
O mundo está a mudar, e os hábitos de consumo são reflexo disso. Hoje em dia os serviços de subscrição estão em voga e a Canoo – fundada pela Faraday Future – anunciou um carro elétrico que estará unicamente disponível através de subscrição.
Este veículo destaca-se do restante mercado pela metodologia de aquisição, mas também pela sua carroçaria que remete para um pequeno autocarro.
A Canoo, startup norte-americana fundada pela Faraday Future e dedicada ao desenvolvimento de carros elétricos, decidiu seguir uma clara tendência de mercado. Ou seja, a fabricante criou o seu veículo, igualmente denominado Canoo, que apenas estará disponível através de subscrição.
Até hoje o mercado não tinha visto algo idêntico, sendo que esta startup tem uma abordagem diferente ainda no que toca ao próprio carro em si. Ao analisar a silhueta da carroçaria do veículo, é simples concluir que este não é feito para proporcionar um desempenho de excelência. A própria Canoo ressalva isso no seu website, afirmando que o seu automóvel é desenhado para a vida real: espaçoso e desenvolvido para um estilo de vida e mobilidade urbana.
Esta monovolume que remete para um pequeno autocarro está disponível através de uma mensalidade que incluirá todos os encargos do carro, incluindo os carregamentos e o seguro. Contudo, a empresa não falou nos preços que irá praticar por este serviço.
O design da Canoo é bastante particular e distinto do que vemos nas estradas. Apesar de ter linhas minimalistas, não muito agressivas ou desportivas, apresenta elementos – como os faróis e farolins – que lhe dão um ar moderno e futurista. As semelhanças na carroçaria são automaticamente associadas com a Volkswagen Microbus.
A Canno afirma que o seu carro elétrico tem uma autonomia que ronda os 400 km com a bateria de 80 kWh que carrega 80% em 25 minutos, mesmo tendo um potente motor de 300 cv montado no eixo traseiro.
Não obstante, os preços praticados pela subscrição ainda são uma incógnita. Para além disso, o lançamento para o mercado deve ser feito apenas em 2021 e em mercados muitos específicos como os EUA ou a China.
A Ford mostrou o segundo teaser de seu primeiro SUV elétrico. O modelo terá visual inspirado no Mustang e poderá se chamar Mach 1, em homenagem às versões mais poderosas do esportivo no passado. O carro será uma das estrelas da marca no Salão de Los Angeles que ocorre em novembro.
O teaser revela as linhas da carroceria do novo modelo, que de fato têm conexão com o Mustang. Há uma forte linha que sobe do capô e percorre toda a lateral. A frente em cunha, aliás, se assemelha à do esportivo, bem como as linhas dos faróis.
Por enquanto, poucos detalhes técnicos foram revelados. A Ford divulgou apenas que a autonomia deve superar os 600 quilômetros. O modelo também é o primeiro Ford a ser desenhado desde o início para ser elétrico. O SUV terá uma plataforma nova e será vendido em configurações com tração integral ou apenas traseira.
Mach-E
O modelo deve começar a ser vendido no fim de 2020 e rumores indicam que ele possa se chamar também Mach-E. Os primeiros compradores também terão dois anos de recargas gratuitas nos Estados Unidos. Espera-se que o modelo a ser mostrado no Salão de Los Angeles ainda seja um conceito, mas próximo do carro de produção. A versão final deve ser mostrada apenas depois.
Quando o líder do mundo automóvel, que vende 10 milhões de carros por ano, diz que leva a sério um concorrente que vende “apenas” um milhão de viaturas por ano, isso é apenas uma simpática troca de galhardetes entre gestores milionários ou uma declaração para ler nas entrelinhas? Não faltam sinais de um “bromance” entre o todo-poderoso líder da Volkswagen (VW), Herbert Diess, e o polémico chefe da Tesla, Elon Musk. Nos últimos meses, houve elogios cruzados, o mais recente surgiu na quinta à noite, do lado alemão, durante a apresentação do novo Golf 8, que foi revelado ao mundo nas últimas horas.
Questionado por jornalistas, o CEO do maior fabricante mundial de carros declarou que “a Tesla não é de nicho”, reservando elogios para a empresa que esta semana anunciou lucros trimestrais que surpreenderam o mercado bolsista. “O Model 3 é um modelo de sucesso e [a Tesla] é um dos maiores fabricantes de carros eléctricos. Temos muito respeito pela Telsa. É um concorrente para levar muito a sério”, disse o gestor alemão, citado pela Bloomberg, em Wolfsburgo, cidade-sede do grupo Volkswagen.
Foi ali que o líder mundial revelou ao mercado a oitava geração do Golf. E depois de mostrar como a VW está a tentar incorporar a mobilidade eléctrica no modelo de maior sucesso, Diess voltou a exaltar a qualidade do trabalho da Tesla, tal como já tinha feito em Setembro. Nessa altura, aproveitou o Salão de Frankfurt para dizer que admirava aquela empresa mas desmentia que a VW estivesse interessada em comprá-la. Dias depois, Elon Musk retribuiu o galhardete.
Vinte e quatro horas após o início do julgamento na Alemanha do escândalo dieselgate, que senta a VW no banco dos réus devido à manipulação dos testes de emissões poluentes em motores diesel, Musk foi ao Twitter dizer que “Diess está a fazer pelo eléctrico mais do que qualquer outro grande construtor. (…) Vale o que vale, mas ele tem o meu apoio”, escreveu o empresário que esta semana até dispensava qualquer ajuda.
O mercado esperava prejuízos, mas depois da divulgação dos resultados, a cotação das acções da Tesla saltou 20%, registando o melhor dia desde 2013, na bolsa de Nova Iorque. Apesar dos números positivos, e dos elogios de grandes concorrentes, há analistas de mercado que continuam a suscitar dúvidas sobre a sustentabilidade da gestão da Tesla.
Seja como for, a Tesla ultrapassou a General Motors (GM) como fabricante mais valioso dos EUA. No fecho da bolsa na quinta-feira, as acções da Tesla fecharam com uma subida de 17% (para 298 dólares), mesmo assim, longe dos 390 dólares por acção que chegou a valer em 2018.
Apesar disso, a Tesla tem agora uma capitalização bolsista de 53,7 mil milhões de dólares, contra os 51,1 mil milhões de dólares atribuíveis à GM.
Golf 8: um ícone com prazo de validade?
Quanto ao novo Golf 8, a produção começará em Dezembro, na Alemanha. Resumidamente, a VW manteve um visual reconhecível, mas deu ao Golf uma nova configuração mais aerodinâmica. Algo que é acentuado visualmente pelas mudanças na dianteira, onde a grelha superior é mais pequena, fazendo parecer que o carro está mais baixo, e as ópticas dão a ilusão de maior largura – o que até contraria a realidade, porque o carro está 10 milímetros mais estreito do que a geração anterior.
No interior, é notório que a tecnologia ganha muito espaço no habitáculo, ao passo que nas motorizações haverá cinco opções híbridas: três com um sistema híbrido de 48 volts (potências entre 81 cavalos a 148 cavalos); e dois híbridos plug-in, com baterias de 13 kWh que debitam até 201 ou 241 cavalos de potência.
Há ainda dois motores a gasolina (1.0 e 1.5), com quatro configurações possíveis, e uma opção a gasóleo (motor 2.0) com duas versões (114cv e 148cv). A Volkswagen tenciona investir 50 mil milhões de euros.
Os executivos da VW, que andam a responder em tribunal por terem enganado todo o mundo com as emissões poluentes reais mais elevadas do que aquelas que eram anunciadas, garantem que este ícone do mundo automóvel está mais limpo do que nunca. E acessível – na Alemanha, o preço de entrada ficará abaixo dos 20 mil euros, segundo disseram em Wolfsburgo.
Porém, o motor eléctrico e, sobretudo, a mudança de hábitos dos consumidores, parece colocar o Golf com um prazo de validade. A popularidade dos SUV está a roubar clientes ao segmento dos compactos. E internamente a VW concebeu o modelo ID.3 como carro eléctrico do futuro no segmento em que hoje domina e reina o Golf. Será que este sucesso de vendas caminha para o fim da vida? Ralf Brandstätter, líder de operações da marca Volkswagen, diz estar optimista: “Eu acredito que depois do Golf 8 ainda vai haver mais um novo.”
Numa época em que a maioria das fabricantes e marcas de automóveis desvendam os seus planos de eletrificação e apresentam ‘concepts’ das suas visões para o futuro, a Jaguar parece não estar preocupada em atender a este movimento do mercado. Ainda assim, a Jaguar decidiu partilhar algo especial.
Esta visão materializa-se sob forma do Jaguar Vision Gran Turismo, um ‘concept’ de carro elétrico da icónica marca britânica criado em exclusivo para os fãs do jogo de corridas.
“Este projeto foi completamente liderado pelos novos designers jovens e representa a oportunidade de uma vida para eles criar um veículo mergulhado na nossa incrível herança mas que impulsiona as fronteiras do design do futuro. A equipa fez um trabalho incrível em criar algo que é claramente identificado como um Jaguar, inspirado – mas não limitado – pelo nosso passado icónico”, pode ler-se no comunicador do diretor de design da Jaguar, Julian Thompson.
Este Jaguar Vision Gran Turismo tem 1.006 cavalos de potência e é capaz de ir dos 0 aos 100km/h em apenas dois segundos. Os jogadores de ‘Gran Turismo Sport’ poderão experimentar o Jaguar Vision Gran Turismo no final de novembro.
A fabricante alemã Lilium confirmou nesta semana a realização de cerca de 100 testes com o Lilium Jet, seu novo carro voador. Segundo a fabricante, o modelo mais recente de transporte aéreo da marca, que pode carregar até cinco pessoas e voa a 100km/h, deve ser lançado oficialmente em 2025. Para atender aos serviços no lançamento do Lilium Jet, a empresa confirmou que expandiu sua linha de produção, que fica sediada em Munique.
A iniciativa da empresa alemã segue uma tendência no mercado de mobilidade, que já tem diversas empresas desenvolvendo soluções com alternativa ao transporte convencional. A seguir, o TechTudo apresenta mais informações do carro voador alemão The Jet.
The Jet é o carro voador da fabricante alemã Lilium que deve chegar oficialmente em 2025. — Foto: Divulgação/ Lilium.
O veículo voador alemão é capaz de transportar até cinco passageiros e atinge velocidade máxima de 100 km/h. Com a capacidade de decolar e pousar verticalmente, o The Jet da Lilium é pilotado remotamente a partir do solo. O carro voador possui duas asas paralelas, equipadas com 36 motores elétricos que se inclinam ao solo para realizar a decolagem e depois se posicionam de acordo com a orientação de propulsão necessária.
A ideia da Lilium é que após o lançamento, os consumidores possam solicitar o carro voador como uma espécie de Uber, que também têm uma iniciativa similar em desenvolvimento. Ainda de acordo com a fabricante, uma estimativa de preço de viagens do Lilium Jet aponta que será possível levar interessados de Nova Iorque em Manhattan até o aeroporto JFK em seis minutos, por valores próximos aos US$ 70 (R$ 280,74 em conversão direta).
Aeronave conta com 36 motores elétricos que prometem autonomia de 300 km. — Foto: Divulgação/Lilium
Os carros voadores parecem ser a nova tendência na mobilidade urbana de grandes metrópoles, o que faz com que diversas empresas já estejam desenvolvendo suas soluções para atender esse mercado. A Uber, por exemplo, está desenvolvendo o UberAIR: carro voador para quatro passageiros mais piloto, que deve ter seus testes iniciados em 2020 para um lançamento oficial estimado para 2023.
Outra empresa que promete lançar um carro voador nos próximos anos é a startup americana Next Future Mobility (NFT), que pretende comercializar seu modelo de carro voador Aska a partir de 2025. O Aska é uma espécie de hibrido entre automóvel e aeronave, sendo possível utilizar o carro também em estradas convencionais. O modelo da NFT tem preço estimado de US$ 200.000 (R$ 802.000 em conversão direta) e também deve ter seus primeiros testes iniciados em 2020.
Bell Nexus: carro voador deve funcionar com UberAIR — Foto: Luciana Maline/TechTudo
O novo veículo pensado na população idosa tem algumas características especiais para atender a este público. Ele deverá ser comercializado em 2020, primeiramente no Japão.
As principais novidades do mercado automotivo estarão presentes no Salão do Automóvel de Tóquio, que será aberto ao público na próxima sexta-feira, 25. Um dos principais lançamentos é o Ultra-Compact BEV da Toyota. O carro elétrico foi projetado pensando na mobilidade da populaçãoidosa.
Afinal de contas, a Toyota já se consolidou como uma marca preocupada com a mobilidade urbana e a redução da emissão de gases poluentes.
Sendo assim, o novo veículo tem algumas características especiais para atender a este público. Ele deverá ser comercializado em 2020, primeiramente no Japão, para coincidir com os Jogos Olímpicos que, no próximo ano, serão sediados no Japão.
Confira algumas das particularidades do novo Ultra-Compact BEV:
Tem somente dois assentos;
Atinge até 60 km/h;
Autonomia elétrica de até 100 km;
Vendas a partir do final do primeiro semestre de 2020 no Japão.
Carro foi pensado para atender o aumento da população idosa.
Portanto, o carro elétrico da Toyota foi pensado para não ocupar muito espaço nas movimentadas ruas do Japão e ainda atender à população idosa. Isso porque a taxa de pessoas com mais de 65 anos é considerada alta no país. Para se ter uma ideia, 28,4% da população residente no Japão tem 65 anos ou mais.
Enquanto isso, no Brasil, esse mesmo público representava 10,5% da população em 2018, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
No Brasil não há idade máxima para dirigir. Pessoas acima de 65 anos devem apenas atender à exigência de renovação periódica de três em três anos da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por meio de exames médicos.
Foi justamente pensando no conforto dos idosos na direção que a Toyota projetou o Ultra-Compact BEV. Isso porque com a tendência de envelhecimento da população nos países, é possível intuir que eles continuarão fazendo parte da classe trabalhadora, ativos e com potencial de consumo no mercado de trabalho.
Apesar de haver mercado também no Brasil, a Toyota ainda não anunciou se fará a venda do Ultra-Compact BEV em terras brasileiras.
Outro detalhe que deixa muitos consumidores curiosos é o preço do novo lançamento da Toyota. Entretanto, a multinacional não anunciou o valor do novo veículo.
Carros elétricos são tendência no Salão do Automóvel de Tóquio
Por isso, os apaixonados por carros devem ficar atentos aos anúncios do Salão do Automóvel de Tóquio. O evento será aberto nesta quarta-feira, 23, e quinta-feira, 24, para a imprensa internacional.
Logo mais, na sexta-feira, 25, o evento automotivo será lançado ao público em geral. O Salão do Automóvel de Tóquio será encerrado apenas no dia 4 de novembro.
Outras marcas também trarão lançamentos seguindo a linha de veículos elétricos. Eles são movidos a motores elétricos em vez de combustível fóssil, que tem alta concentração de carbono, aumentando assim os índices de poluição.
Portanto, os veículos elétricos são classificados como ecológicos, pois não emitem gases poluentes e ainda são mais silenciosos que os motores movidos a combustíveis fósseis.
Apesar de todas as vantagens, os veículos elétricos ainda não são populares devido à baixa escala de produção, preço e dificuldade de recarga.
A própria Toyota, que viu nos veículos elétricos um forte nicho de mercado num futuro próximo, está projetando estações de recarga para atender a seus consumidores que queiram migrar para esta tecnologia.
Toyota é uma das líderes mundiais de vendas de veículos
Aliás, a Toyota revolucionou o mercado automotivo com o próprio sistema Toyota de produção, com eliminação de perdas, e com os lançamentos frequentes.
A sede da empresa fica em Toyota, na província de Aichi, no Japão, e hoje é considerada a líder mundial na venda de veículos elétricos e híbridos.
Fundada em 1937, a multinacional bateu o recorde de 9 milhões de veículos vendidos em 2016 em todo o mundo. No Brasil, a Toyota tem fábricas instaladas em São Bernardo do Campo-SP, Idaiatuba-SP e em Sorocaba-SP.
A Toyota relutou por anos em investir na produção de carros 100% elétricos, mas agora começa a rever sua estratégia. A montadora japonesa aproveita o Salão do Automóvel de Tóquio para mostrar suas propostas nessa área.
Um dos projetos é o microcarro Ultra Compact BEV, que a empresa pretende lançar no Japão na linha 2021. O veículo tem dois lugares e autonomia limitada a cerca de 100 quilômetros.
Os motivos de rodar pouco são as propostas de uso e de precificação. As baterias representam o maior custo de um carro elétrico, é preciso reduzi-las para se obter um valor melhor para venda. A fabricante pretende posicionar o BEV como um veículo popular.
Por ser um automóvel voltado para percursos urbanos curtos, a Toyota acredita que os donos do seu futuro microcarro não terão problemas com falta de energia.
O carro é direcionado para jovens recém-habilitados e idosos. Terá baixa potência e velocidade máxima limitada a 60 km/h para se enquadrar nas faixa mais baixa de tributação no Japão.
Por ser curto e estreito, o Ultra Compact vai facilitar manobras de estacionamento e poderá acessar espaços restritos a veículos convencionais.
O motor fica no eixo traseiro e há ar-condicionado, aquecimento dos bancos e sistema de frenagem automática para evitar colisões e atropelamentos.
O Salão do Automóvel de Tóquio estará aberto ao público entre os dias 24 de outubro e 4 de novembro.
Primeiro SUV elétrico da Audi e-tron é confirmado para o Brasil; pré-venda se inicia em novembro
A Audi confirmou nesta semana que o e-tron, o primeiro SUV 100% elétrico da marca, começa a ser vendido no Brasil no primeiro semestre do ano que vem, provavelmente a partir de maio. No entanto, a pré-venda do modelo será aberta em novembro. O preço do utilitário de luxo não foi antecipado, mas deve superar a casa dos R$ 500 mil.
As soluções tecnológicas incorporadas no e-tron fazem dele um dos veículos mais avançados da atualidade. Há dois motores elétricos. O dianteiro tem uma potência equivalente a 168 cv, enquanto o de trás tem 188 cv – a potência combinada é de 355 cv e 57,1 kgfm, ou 402 cv e 67,7 kgfm no modo boost. O conjunto permite um 0 a 100 km/h em apenas 6,6 segundos, ou 5,7 segundos com o modo boost.
Boa autonomia
De acordo com a Audi, a autonomia é de 400 km, mas, com tanta “ferocidade”, é praticamente impossível conseguir dosar o peso do pé no acelerador, o que aumenta o consumo de energia. Mesmo sem diferenciais clássicos, o e-tron pode perfeitamente encarar trajetos off-road.
Isso porque, graças à gestão eletrônica da entrega de torque de cada motor elétrico, o funcionamento se percebe tal como seria num veículo com tração integral, de forma que, na menor indicação de deslizamento, entram em ação as rodas com melhor tração para seguir o caminho.
Por dentro, a experiência a bordo é impecável. A linguagem de desenho é a mesma que se vê no mais recente A8 e também no novo Q8. Isso é, traços retos e um painel dominado por telas grandes e sensíveis ao toque que permitem controlar praticamente todas as funções do veículo.
A tela de cima é responsável pelo controle de navegador, áudio, telefone e configurações do carro, enquanto a de baixo é destinada ao climatizador e aos modos de condução.
Cadê os espelhos?
Outro detalhe bastante curioso é a substituição dos espelhos laterais por câmeras de alta resolução. Os dispositivos exibem as imagens em telas localizadas na parte superior da porta.
Utilizar o lado direito é bem natural, mas o lado esquerdo necessita de certo tempo para se acostumar, já que é necessário olhar mais para baixo do que o habitual dos espelhos retrovisores tradicionais. O Audi e-tron já é vendido nos Estados Unidos com preço partindo dos US$ 74,8 mil (cerca de R$ 287 mil em conversão direta.