A Europcar quer pôr as empresas a alugar carros ao mês e a partilhá-los com os funcionários. Arrancou esta terça-feira o serviço Ubeeqo Business, uma aplicação móvel para as empresas gerirem a frota com os funcionários de forma autónoma e reduzindo os custos com os veículos. Esta solução é diferente das outras plataformas de carros partilhados, que habitualmente servem para particulares e empresas.
Na primeira fase, a Ubeeqo vai ter dois modelos disponíveis: o Toyota Yaris híbrido e o Nissan Leaf. Como se trata de um carro elétrico, a Europcar tem uma parceria com uma empresa que pode instalar um carregador dentro das instalações.
“O aluguer dos veículos inclui 3000 quilómetros por mês, seguro e manutenção”, assinala Nuno Barjona, responsável pela área da nova mobilidade da Europcar em Portugal. “A empresa pode escolher os trabalhadores que dividem o carro, através da aplicação”, acrescenta o mesmo responsável. Há ainda um cartão de combustível.
A aplicação móvel também serve para abrir e trancar os carros, como nas plataformas concorrentes. Se não houver rede de telemóvel, o carro pode ser aberto com o cartão da empresa.
Esta solução pode ser prática, por exemplo, para as reuniões fora do escritório. “Em vez de a empresa ter de ceder dois carros da frota para os trabalhadores, precisa apenas de um e não tem quaisquer problemas de burocracia.”
A Ubeeqo foi fundada em 2008 e foi comprada pela unidade de soluções de mobilidade partilhada da Europcar em 2015. Noutros países, esta empresa tem o negócio de partilha de carros que permite o aluguer de carros, por aplicação móvel, por dias ou horas. Espanha, Itália, Alemanha, Bélgica, Reino Unido e Dinamarca são os outros mercados explorados pela plataforma
Não se deixem enganar pela imagem no topo deste artigo — não é o novo Toyota Yaris GRMN. A qualidade da imagem também não é a melhor, mas trata-se da primeira imagem oficial do Yaris com acessórios da Gazoo Racing.
O aparato visual adicional providenciado pelos itens da Gazoo Racing deixa-nos em modo ansioso: haverá um sucessor para o “old-school” Toyota Yaris GRMN?
Longe de ser perfeito, o Yaris GRMN foi uma lufada de ar fresco, um recordar dos tempos em que o analógico reinava — nós ficámos fãs e só lamentámos o seu preço e a sua produção limitada (apenas 400 unidades).
Conhecemos a semana passada uma nova geração do Yaris, assente sobre uma nova plataforma (GA-B) a prometer melhor posição de condução, menor centro de gravidade, e dinâmica mais apurada; certamente um melhor ponto de partida para uma versão vitaminada GRMN?
Ainda não existe confirmação oficial de que haverá um novo Toyota Yaris GRMN, mas tudo aponta que sim, considerando as declarações de Matt Harrison, Vice-presidente executivo da Toyota Motor Europe, à Autocar:
“Esta é a estratégia da Gazoo Racing — não apenas desportivos, como o Supra, mas também versões de performance. Nós temos algumas ideias sobre oportunidades aspiracionais para o carro, mas saberão mais dentro de alguns meses. Está mais relacionado com o nosso desejo de ligar o Yaris ao nosso sucesso no desporto motorizado (WRC).”
Que caminho seguir?
O Toyota Yaris GRMN recorria a um 1.8 sobrealimentado via um compressor, com mais de 200 cv e acoplado a uma caixa manual. Poderá o sucessor seguir-lhe os passos?
O contexto atual é um de grande pressão devido ao cumprimento das médias de emissões de CO2 para 2021. A Toyota é dos construtores que melhor está preparado para os cumprir graças à elevada quota dos seus híbridos no mix de vendas, pelo que o futuro Yaris de altas prestações não tem propriamente de seguir a via híbrida, mantendo-se fiel ao motor de combustão, novamente tendo em conta as declarações de Matt Harrison.
“Por causa da força dos nossos híbridos no mix de vendas, permite-nos a flexibilidade e alcance para ter versões de performance de baixo volume como o Supra.”
No entanto, a participação da Toyota no WRC com o Yaris poderá significar uma mudança de rumo. Como já reportámos anteriormente, o WRC também irá render-se à eletrificação a partir de 2022, com a via híbrida a ser a escolhida — oportunidade para um pequeno monstro híbrido 4WD a refletir o carro de competição?
Em 2025, toda a gama europeia da Honda será eletrificada. E com três soluções diferentes. De um lado, a tecnologia de emissão zero do “e”, o pequeno compacto a bateria que nasce em uma plataforma dedicada. De outro lado, o plug-in, que está para chegar. No meio, o híbrido (i-MMD) completo: já adotado pelo recente CR-V (leia aqui a avaliação), será a ponta de lança do novo Jazz, que estreia no Salão de Tóquio, em outubro.
O esquema da marca japonesa inclui um motor a 1.5 gasolina ciclo Atkinson (o Toyota Corolla Hybrid usa um 1.8 com o mesmo ciclo). Mas aqui a filosofia é um diferente: ele é ligado a um alternador que, de acordo com a situação, fornece energia à bateria de íon de lítio ou ao motor elétrico, fisicamente conectado às rodas.
A ligação mecânica entre a unidade a combustão e o eixo motor se dá por meio do acoplamento de uma embreagem programada: só neste caso o motor a gasolina transfere diretamente a potência para as rodas. Assim concebido, o sistema permitiu que os projetistas tirassem a caixa de câmbio, substituída por uma caixa de redução de relação fixa. E, acima de tudo, usar o motor a gasolina principalmente para gerar eletricidade, em vez de atuar como uma unidade de tração convencional – com efeitos ainda mais benéficos no consumo.
Essa é a lógica de operação no modo de condução Híbrido, um dos três disponíveis no novo Fit (os outros dois permitem explorar o motor térmico ou o elétrico separadamente, mas ainda não temos detalhes). E claro que o novo Fit também estará disponível com os tradicionais motores 1.5 – e deve adotar aqui no Brasil, como fará na Europa, um novo 3 cilindros 1.0 turbo (que também é usado no Civic por lá; o diesel acaba, mesmo na Europa; a marca não terá mais nenhum motor com este combustível em 2021).
No design, os faróis crescem e ficam posicionados mais no alto. O amplo pára-brisa permanece, quase como continuação do capô e ladeado por painéis de vidro maiores nas laterais, que não são mais integrados à porta. A fórmula da minivan urbana aprimora ainda mais o espaço interno. As soluções modulares de espaço, famosa qualidade, melhoram: haverá bancos traseiros que desaparecem no assoalho. Já o painel terá estilo high-tech: a instrumentação se destaca, composta por uma generosa tela multifuncional que aposenta, finalmente, os indicadores analógicos. Ao centro, o tablet do sistema multimídia.
O AUTOMAIS já está em Tóquio para a partir de amanhã acompanhar o maior certame japonês e um dos maiores a nível mundial, mostrando o relevante para os Europeus.
O Salão de Tóquio é dominado pelas marcas japonesas, sem que os europeus, americanos ou os coreanos tentem, sequer, intrometer-se. A não ser que tenham realmente algo de novo e importante para o mercado asiático para mostrar. O Salão de Tóquio vai abrir portas no dia 24 de outubro e destacará, sem surpresas, a eletrificação com a maioria dos modelos de produção e os protótipos que vão aparecer em Tóquio a serem eletrificados. Seja com versões híbridas ou totalmente eletrificadas. Aqui ficam alguns dos carros que vão estar no Salão de Tóquio.
Honda Jazz
O novo Jazz será revelado como Fit, a versão japonesa, mas destacará a versão híbrida que será a única à venda na Europa. A unidade híbrida utilizará o sistema i-MMD do CR-V. O carro estará à venda em 2020.
Lexus Electric
O protótipo que a marca de luxo da Toyota vai apresentar marca a entrada da Lexus na mobilidade elétrica. O carro será um citadino com uma generosa altura e muito espaço interior. Será apenas um protótipo que não terá versão de produção, mas mostrará muita coisa nova que a Lexus vai introduzir em termos de estilo, de arrumação interior e de info entretenimento, com o protótipo a mostrar um interior com dois ecrãs de generosas dimensões de cada lado do volante.
Mazda Electric
O Salão de Tóquio será o palco para a revelação do primeiro modelo elétrico da Mazda, com a particularidade de oferecer uma versão com extensor de autonomia com a utilização de um motor Wankel. O carro será um SUV, terá uma bateria de 35,5 kWh e a tal opção de extensor de autonomia.
Mitsubishi Plug In Concept
A casa japonesa parte da Aliança Renault Nissan Mitsubishi, vai apresentar um protótipo daquilo que será o próximo sistema híbrido Plug In da Mitsubishi. Mais leve, mais pequeno e eficaz que o atual sistema, não há mais nenhuma informação. O protótipo não terá produção em série, o sistema híbrido Plug In vai estar à venda nos próximos anos.
Nissan
Serão 14 os modelos que a Nissan terá em exposição, com destaque para o IMk, modelo que abordamos em peça separada. O espaço da casa japonesa mostrará este protótipo, um novo modelo zero emissões, o Nissan Leaf e+, o Skyline com a segunda geração do ProPilot e, também, o Serena e-Power.
O Serena é um pequeno comercial que além de adotar o sistema ProPilot de condução autónoma, utiliza o sistema e-Power, mecânica que ganhou o título de “Technology od the Year 2019” para o Automotive Researchers and Journalists Conference of Japan (RJC). O Skyline tem sido montra tecnológica para a Nissan, pelo que no Salão de Tóquio, o novo Skyline Hybrid vai estrear a segunda geração do sistema ProPilot, o primeiro sistema de ajuda à condução que combina sistema de navegação e capacidade de condução sem assistência do condutor. O ProPilot 2.0 está desenhado para funcionar com o sistema de navegação, mantendo o carro dentro da rota pré-definida. O sistema funciona sem ajuda do condutor, mas requer a presença do mesmo e a sua constante vigilância.
O Nissan Leaf e+ não é novidade, pois foi lançado no início do ano, com capacidade da bateria reforçada oferecendo mais 40% de autonomia, até 458 km. Já o Nissan GT-R vai aparecer na versão 50º Aniversário e a variante Nismo. A primeira tem atualizações em termos de exterior e um interior exclusivo, o segundo tem mais mudanças. Os turbos são novos (iguais aos usados no carro de competição GT3 de 2018), é utilizada fibra de carbono em peças exteriores, como os guarda lamas dianteiros, capô e tejadilho mais os novos bancos Recaro mais leves, permitiram que o peso descesse 30 kgs. Novas suspensões, mudanças na transmissão e mais alguns detalhes, tornam o GT-R Nismo um carro muito interessante. A Nissan vai montar uma loja de “merchandising” para comercializar produtos exclusivos do 50º aniversário do GT-R e do Nissan Z.
Toyota GT 86
Apesar de não ser um segmento onde se ganhe dinheiro, a verdade é que a Toyota conseguiu encontrar forma de fazer a segunda geração do GT86. A cooperação entre a Toyota e a Subaru vai continuar, os dois carros serão diferentes e espera-se que o motor ganhe mais potência e pode receber um turbo.
Toyota Mirai
A nova geração do modelo equipado com célula de combustível será desvendada no Salão de Tóquio, através de um protótipo que mostra um carro totalmente diferente.
Segundo a Toyota, este Mirai Concept está no estádio final de desenvolvimento, prometendo a marca uma evolução sensível da tecnologia de célula de combustível. Reclama, por isso, um incremento de 30% na autonomia face ao atual modelo. Que oferece, já, 480 km. A Toyota também diz que o Mirai oferecerá uma experiência de condução mais envolvente.
Aproveitando, também ele, a nova plataforma TNGA, o Mirai viu o estilo evoluir muito, correspondendo à promessa do CEO da Toyota, Akyo Toyoda, de deixar de fazer carros aborrecidos. O carro é bem diferente e a casa japonesa reclama maior rigidez, um centro de gravidade mais baixo e dimensões majoradas: 4935 mm de comprimento, 1885 mm de largura e uma distância entre eixos de 2920 mm. Está sentado em jantes de 20 polegadas e manter-se-á como uma berlina de quatro portas como o modelo original.
O interior não escapou às mudanças e está muito mais próximo de modelos como o Toyota Camry ou os modelos das Lexus. Destaque para um ecrã central de 12,3 polegadas, para o painel de instrumentos digital e concentração dos diversos comandos na consola central. O interior, graças às maiores dimensões, ganhou cinco lugares (o carro lançado em 2014 tinha apenas 4) graças ao trabalho desenvolvido na célula de combustível. Cujos pormenores a Toyota ainda não divulgou ou qualquer cifra sobre o mesmo. Sabe-se que tudo foi redesenhado e melhorado.
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A sueca Volvo apresentou nesta quarta (16) o novo XC40 Recharge — o seu primeiro veículo totalmente elétrico. Não só isso, a montadora oficializou a identificação de seus modelos elétricos, que recebem sobrenome de Recharge. A montadora também reforçou seu plano ambicioso de investir nesse segmento nos próximos anos.
O XC40 eletrificado é lançado com a adição de um trem de força totalmente elétrico e tração nas quatro rodas. A fabricante confirma que o elétrico entrega 413 cv de potência e torque de 67 kgfm de torque, e mais de 400 km de autonomia. Já o de 0 a 100 km/h é feito em 4,9 segundos. A empresa diz que a bateria do Recharge chega a 80% em 40 minutos, com carregamento rápido.
Internamente, o XC40 dispõe de interface com informações importantes para o dono de um elétrico, como a carga da bateria. Ainda há detalhes que seguem as linhas do carro. A Volvo quis deixar claro a questão da sustentabilidade. Por isso, até mesmo os tapetes são feitos de materiais reciclados.
Como adiantamos aqui no NA, a Volvo se uniu ao Google para a criação de uma central multimídia exclusiva para o carro. Tecnologias das duas empresas foram embutidas no carro. O sistema possui integração do Android Automotive OS. Assim, o condutor pode baixar aplicativos adicionais e personalizados para carros. A central também é integrada com o Google Assistente, Google Maps e Google Play Store.
Em personalização, o modelo será vendido com oito opções de cores e a nova opção Sage Green (metálica), propiciando que o próprio dono personalize o automóvel. Duas opções de rodas estão à disposição: de 19 e 20 polegadas.
Exclusiva para elétricos, a plataforma é na arquitetura modular compacta (CMA) e a bateria ficou integrada ao piso sem afetar o espaço interior. A Volvo explica que os engenheiros da empresa tiveram que reprojetar e reforçar a estrutura frontal para lidar com a ausência de um motor. Com isso, manter a segurança de seus ocupantes como em outros modelos.
A cada ano, até 2025, a Volvo vai lançar um carro totalmente elétrico (globalmente). E, assim, concentrar 50% de suas vendas em elétricos. No Brasil, o lançamento da versão Plug-in Hybrid (híbrido) deve acontecer no primeiro trimestre de 2020. Já a versão elétrica deve chegar em 2021 (por aproximadamente R$ 210 mil).
Fonte: Volvo
XC40 Recharge: conheça o primeiro Volvo 100% elétrico
A Toyota assumiu de vez a intenção de virar uma empresa prestadora de serviços de mobilidade. Este planejamento ficou muito claro durante a apresentação das atrações da empresa para o Salão de Tóquio.
A empresa planeja lançar uma linha completa de veículos elétricos, já pensando no processo de envelhecimento da população.
Na prática, a empresa estima que a necessidade das pessoas muda conforme a idade.
É por isso que a montadora oferece cinco veículos: um automóvel subcompacto, um triciclo, um patinete, um carrinho para pessoas com dificuldade de locomoção (como os que já são utilizados em alguns estabelecimentos comerciais) e um patinete que pode ser acoplado a uma cadeira de rodas.
Elétrico, enfim
O primeiro lançamento será pequeno BEV, que estreia no Japão no final do primeiro semestre de 2020.
A data não foi escolhida por acaso, já que o país sediará os Jogos Olímpicos no mesmo período. A Toyota é uma das patrocinadoras oficiais do evento.
Parecido com um Smart Fortwo, ele é movido exclusivamente a eletricidade, algo surpreendente para uma marca que até então relutava em apostar nessa tecnologia, nitidamente preterida pela propulsão híbrida e até por veículos movidos a célula de combustível à base de hidrogênio.
A autonomia é estimada em até 100 km e o veículo vai até 60 km/h. Sistema de frenagem autônoma de emergência equipa o carro.
Dois adultos podem viajar no veículo de 2,49 metros de comprimento e 1,29 metro de largura. Suas dimensões ultracompactas melhoram muito sua manobrabilidade, já que o raio de giro é de 3,9 metros.
Casa sobre rodas
Haverá também um veículo comercial movido a eletricidade provisoriamente chamado de Ultra BEV.
Além de ser um carro para transportar cargas ele oferece interior modular que pode ser configurado para virar um pequeno escritório ou uma sala de estar.
Outros meios de locomoção
O triciclo i-Road também deve ganhar as ruas, pouco depois de um patinete. Este último estreia no mercado japonês juntamente com o BEV, já no ano que vem.
Feito para locomoção em centros urbanos, ele atinge a velocidade máxima de 10 km/h e tem autonomia de até 1 km. Por ora, testes experimentais estão sendo realizados em aeroportos e em regiões controladas.
Para pessoas mais idosas ou com dificuldades de locomoção, a Toyota oferece duas propostas: um carrinho elétrico similar aos que já são utilizados em centros comerciais e um outro tipo de patinete que traz apenas um guidão para ser acoplado a uma cadeira de rodas.
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Os carros antigos em exposição no pavilhão 4 do Salão do Automóvel de Frankfurt, que abre ao público nesta quarta-feira (12), são o contraponto ao que acontece em todos os outros espaços da mostra. Quase tudo está dominado por carros elétricos e híbridos.
Estandes antes recheados de automóveis a combustão agora estão vazios: não há tantos carros “verdes” disponíveis para ocupá-los.
“O formato das tradicionais feiras e do negócio deve ser repensado e reformatado constantemente, focando cada vez mais na sociedade atual e nos principais questionamentos que ela enfrenta”, diz o comunicado assinado por Bettina Fetzer, responsável pelo marketing da Mercedes-Benz Cars.
Quem passeia pelo evento de Frankfurt, que fica aberto até o dia 22, tem a sensação de que o mundo automotivo já completou a transição da gasolina para a eletrificação. Chega a parecer anacrônico o protesto feito pelo Greenpeace diante do portão principal do evento, acusando as montadoras de não fazerem o suficiente para reduzir as emissões de poluentes e gás carbônico.
Contudo, a “e-mobility” esbarra na realidade do mercado. Segundo Bernhard Mattes, presidente da VDA (associação alemã das montadoras), as fabricantes e seus fornecedores investirão € 40 bilhões em mobilidade elétrica nos próximos três anos. O número de modelos movidos a energia será quintuplicado até 2023.
Isso ocorre mais por força da legislação ambiental do que pelo interesse do público. Embora a venda de veículos considerados limpos esteja crescendo, tais carros representam apenas 2% das vendas atuais no mercado europeu.
As expectativas são ambiciosas, mas se nota tensão nas palavras dos representantes da indústria. Um executivo da Volkswagen afirma que o principal lançamento da marca em Frankfurt, o elétrico ID3, deverá ter 100 mil unidades vendidas em 2020. Para 2025, quando a família de modelos estará completa, espera-se que o número de emplacamentos na Europa chegue a 1 milhão. Se não for assim, a conta não fecha.
Em seu discurso de apresentação do Salão de Frankfurt, Mattes lembrou que a economia global está esfriando, o que afeta o setor automotivo. “As vendas recentes de automóveis de passageiros ficaram aquém das expectativas e algumas empresas tiveram que ajustar suas previsões de ganhos. Dos três maiores mercados [Europa, EUA, China], não há expectativa de crescimento no momento, embora continuem apresentando um nível alto no longo prazo.”
Pelos cálculos da VDA, 81 milhões de automóveis de passeio deverão ser vendidos globalmente em 2019, o que representa uma redução de 4% na comparação com 2018. Entretanto, o presidente da entidade alemã destaca que, em 2009, 55,3 milhões de veículos foram comercializados.
Ou seja: embora haja queda, o cenário global ainda é interessante para a indústria automotiva enquanto negócio. O problema atual está na necessidade de se investir alto sem ter a certeza de que o público irá aderir em massa aos novos produtos, principalmente diante das alternativas de mobilidade que surgem quase que diariamente enquanto as novidades têm preço elevado. Carro elétrico custa caro.
As fabricantes se preocupam também com os pontos e os custos de recarga, algo relacionado ao setor público e a empresas de energia. É a dificuldade de encher as baterias que mais afasta os possíveis consumidores dos automóveis elétricos.
Diante de tantos investimentos cercados de incertezas, fica mais fácil entender a ausência de tantas montadoras relevantes no principal salão do automóvel do mundo.
Por estarem com os investimentos voltados para veículos elétricos e também autônomos, as empresas não dispõem de capital para armar grandes espetáculos em feiras do setor. Tornam-se mais seletivas e priorizam os eventos em que efetivamente têm uma tecnologia ou um produto novos para serem exibidos. Sem isso, deixam vazios seus espaços.
A Volvo lançou, nesta quarta-feira (16), o XC40 Recharge, carro totalmente elétrico da marca. Esse é o primeiro modelo da linha Recharge, que no futuro receberá outros veículos com a mesma tecnologia.
O design do XC40 Recharge é semelhante ao modelo convencional de mesmo nome. O veículo atinge uma velocidade máxima de 180 km por hora e pode alcançar mais de 400 quilômetros com uma única carga. A Volto garante que a bateria carrega até 80% de sua capacidade em 40 minutos, com um sistema de carregamento rápido.
O interior do XC40 Recharge é equipado com um painel digital e uma central de multimídia desenvolvida em parceria com o Google. Os motoristas terão acesso a diversos recursos da empresa, como Google Maps, Assistente e aplicativos da Google Play Store. O preço do novo veículo não foi divulgado, mas a expectativa é de que ele chegue ao mercado em 2020 por cerca de US$ 50 mil.
Interior do XC40 Recharge
Segundo Håkan Samuelsson, CEO da montadora, o lançamento do XC40 Recharge ajudará a empresa a eliminar gradativamente a produção de veículos movidos à gasolina a partir de agora.
A companhia busca tornar os carros totalmente elétricos 50% de suas vendas globais até 2025. Para isso, se comprometeu a lançar um modelo a cada ano. “Já dissemos isso várias vezes antes: para a Volvo, o futuro é elétrico”, disse Håkan Samuelsson, diretor executivo da empresa, em um comunicado. “Hoje, demos um novo passo importante nessa direção com o lançamento de nossa linha de carros XC40 totalmente elétrica e de recarga”.
A Volvo apresentou oficialmente o novo XC40 Recharge, o seu primeiro veículo 100% elétrico. O SUV possui conjunto mecânico formado por duplos motores elétricos frontais e traseiros, que desenvolvem até 408 cv de potência e 600 Nm de torque, com aceleração de 0-100 km/h em apenas 4,9 segundos.
A bateria de 78 kWh pode ter autonomia de mais de 400 km, com carregamento rápido de 10 até 80% em cerca de 40 minutos (estação de carregamento de 150 kW). Em caso de carregamento doméstico, a Volvo recomenda o carregador de parede Wallbox da Volvo Cars (instalação de 11 kW e 32A), capaz de recarregar a bateria de 0 a 80% em aproximadamente 5,5 horas ou conceder uma autonomia de 60 km por hora.
Com a proposta de contribuir com a diminuição de emissões de poluentes ao meio ambiente, o novo XC40 Recharged, além de ter um perfil de condução muito silencioso, não emite partículas de dióxido de carbono na atmosfera nem de óxidos de azoto, comuns em veículos movidos à combustão.
Além do motor ambientalmente amigável, o SUV adota materiais sustentáveis no acabamento interno. O revestimento do piso interior, por exemplo, é composto inteiramente de plástico reciclado. Até 2025, a Volvo pretende que 25% de todo o plástico existente em seus carros seja produzido a partir de materiais reciclados e que, no final do ciclo de vida do automóvel, a bateria e 95% do veículo completo possam ser reciclados, assegurando melhor reutilização dos recursos limitados.
O novo XC40 Recharge também foi projetado para ter diversas soluções de arrumação inteligentes, com facilidades como carregamento do telefone sem fios, diversos porta-cartões, recipiente de lixo e um gancho dobrável para acomodação de carga. Debaixo do capô há um bom compartimento no lugar do motor à combustão, com espaço suficiente para manter os cabos de carregamento acessíveis e protegidos.
O modelo possui ainda a função Car Sharing, que permite compartilhar o SUV com outras pessoas por um determinado tempo e através do recurso On Call, os clientes poderão, entre outras coisas, abrir o automóvel com o smartphone e seguir viagem. A conectividade foi ampliada com a incorporação de serviços Google como Google Maps, Play Store e Google Assistant (controles por voz).
Entre os recursos semi-autônomos de condução, o novo XC40 Recharge conta com o Pilot Assist, tecnologia responsável em manter uma velocidade e distância pré-definidas relativamente aos veículos à frente, enquanto controla a direção para o manter o carro no centro de sua faixa de rodagem. Há também o sistema Blis (Blind Spot Information System), que alerta o motorista a voltar suavemente à sua faixa de rodagem em caso de tentativa de mudança de faixa em ponto cego.
A Volvo ainda não divulgou os preços do XC40 Recharge 100% elétrico. No Brasil, ainda não há data definida para a chegada do modelo, que deverá estrear primeiro na versão híbrida Plug-in e posteriormente na configuração 100% elétrica.
Marca sueca pretende concentrar 50% das suas vendas nesse tipo de veículo até 2025
Anunciado no ano passado, o primeiro carro 100% elétrico da Volvo finalmente foi lançado. O modelo escolhido foi o SUV compacto XC40, que ganhou o sobrenome Recharge. Esse é o primeiro passo do plano de eletrificação da empresa, que pretende concentrar 50% das suas vendas nesse tipo de veículo até 2025.
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Visualmente falando, o XC40 Recharge é praticamente idêntico aos convencionais. A principal diferença é para a grade dianteira, além de rodas com desenho exclusivo. Apesar disso, a plataforma é a mesma das demais versões e as únicas alterações nas medidas estão na altura do solo, que reduziu de 211 milímetros para 175 mm, além do porta-malas, que caiu de 460 litros para 413 litros.
Aproveitando o espaço liberado sob o capô, a Volvo criou um curioso bagageiro frontal com capacidade de 31 litros. No entanto, o peso subiu consideravelmente bem, saltando de 1.497 kg para 2.150 kg na versão elétrica.
No interior, destaque para o novo painel de instrumentos. Além de uma nova central multimídia desenvolvida em parceria com a Google. A partir de agora, será possível usar o Google Assistente para controlar algumas funções do veículo, como o ar-condicionado.
Outra novidade é a atualização do cruzeiro adaptativo, que agora usa software da Zenuity, um ajoin-venture da Volvo com a Veoneer para desenvolver sistemas autônomos.
O Volvo XC40 Recharge usa dois motores elétricos com 413 cv e 67,3 kgfm de torque. A autonomia é de 400 km. Segundo a marca, o 0 a 100 km/h é feito em 4,9 segundos, enquanto a velocidade máxima é de 180 km/h. Com o carregador rápido, os suecos prometem recarregar 80% da capacidade da bateria em 40 minutos com o carregador rápido. O modelo está confirmado para o Brasil em 2021.