Há três meses, o último VW Fusca saía da fábrica de Puebla (México). A princípio, ficaria no museu da montadora, que fica junto ao complexo mexicano. Entretanto, a fabricante decidiu entregá-lo para arrecadar fundos ao Instituto Erlanger Neuroscience, com especialistas em neurologia à serviço de pacientes de todas as idades que sofrem de distúrbios diversos, que usam avanços na tecnologia de imagem para diagnosticar e elaborar os tratamentos.
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Segundo Scott Keogh, CEO da Volkswagen: “Estamos muito satisfeitos em ajudar a angariar fundos para uma instituição de assistência tão significativa. A nossa marca continua a procurar oportunidades de ajudar, e o último VW Fusca não poderia ter feito melhor”.
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Lançado em 1998, era um modelo mais despojado com a plataforma e a mecânica do Golf. Foi montado na Alemanha até 1999, quando passou a ser produzido somente no México, inclusive após mudar de geração em 2011, quando ganhou a 2ª geração do conjunto mecânico 2.0 TSi e DSG da VW. Embora tenha vendido 1,2 milhão de unidades entre 1998 e 2010, o cupê começou a perder expressividade nos anos seguintes.
O Beetle Final Edition, o último Fusca em questão, foi oferecido em dois estilos de carroceria, cupê e conversível, e em vários níveis de acabamento. O veículo inspirou-se no Fusca, mas traz as últimas tecnologias da marca, com 174 cv e 25 kgfm e câmbio de seis marchas.
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Página virada
Com a vaga que o VW Fusca deixou aberta na linha de produção, o SUV médio Tarek — que também será vendido no Brasil, abaixo do Tiguan, e também será feito na Argentina em 2021 — ocupará o espaço. E outro que está com os dias contados em Puebla é o VW Golf , mudando-se para Wolfsburg (Alemanha). Isso é decorrente principalmente pela baixa na procura pelos hatches médios em diversos mercados, que no caso do Brasil, acumula apenas 0,48% de participação nas vendas de 2019.