Durante uma perseguio de alta velocidade, um policial alertou seus colegas de que seu carro estava com menos de 9 quilmetros de bateria disponvel
Um policial de Fremont, na Califrnia, foi obrigado a abandonar uma perseguio a um suspeito depois que o seu carro Tesla Model S ficou praticamente sem bateria.
Tanto o suspeito quanto o policial estavam acelerando a mais de 190 km/h quando, de repente, o policial teve de avisar seus colegas pelo rdio que teria de abandonar a perseguio.
Em um udio obtido pelo site The Mercury News, Hartman pode ser ouvido dizendo: “Estou com 9 quilmetros de bateria no Tesla; posso perd-lo em um segundo”. Oua o udio de pedido de ajuda no vdeo abaixo (em ingls).
A perseguio acabou sendo cancelada devido a preocupaes com a segurana pblica, j que o suspeito estava dirigindo em alta velocidade pelo acostamento. Com isso, Hartman foi liberado para encontrar uma estao de carregamento para conseguir voltar cidade.
De acordo com Geneva Bosques, porta-voz do departamento de polcia de Fremont, o Teslano havia sido carregado aps o turno anterior ao de Hartman; ou seja, o nvel de bateria estava mais baixo do que o normal.
Ao final de cada turno, o Teslausado peloa polcia local possui entre 40% e 50% de bateria restante. O capito da polcia de Fremont, Sean Washington, observou em uma entrevista no comeo do ano que: “Podemos facilmente enfrentar um turno de 11 horas com a energia da bateria disponvel.”
Mesmo com a bateria acabando, a situao no teve influncia no resultado da perseguio – o veculo do criminoso foi encontrado em San Jose, no muito longe de onde a perseguio foi abandonada. No entanto, a histria serve como um lembrete importante de que qualquer veculo pode ficar sem alimentao nos momentos mais inoportunos.
Ter um carro da Ferrari ou da McLaren na garagem parece impossível. Mas tem um jeito de ter modelos dessas marcas dentro de casa – e por um preço bem mais acessível. Os carrinhos de controle remoto evoluíram: ficaram maiores e dão às crianças o gostinho de como é dirigir um carro de verdade.
Movidos a bateria de 12 volts, os brinquedos imitam modelos reais de diversas marcas. Os detalhes são fiéis à cópia dos grandes automóveis: tem portas que abrem de verdade, buzina, luzes de LED e até pedal para acelerar e frear.
O sistema de som também não passa despercebido. Os carros elétricos para crianças contam com entrada USB e MP3, além de cartão de memória. Alguns têm até música infantil que pode ser acionada através de botões no painel.
O controle dos carrinhos fica ou por conta da criança através do acelerador, ou por conta dos pais por meio de controle remoto a pilha. A bateria pode ser recarregada em tomada doméstica de 110 volts.
Com a chegada do Dia das Crianças, Autoesporte listou os modelos mais legais que foram transformados em elétricos para os pequenos. Confira:
Volkswagen Amarok
Ficha técnica
Potência: 12 volts
Alcance do controle remoto: 20 metros
Suporta até 35 kg
Altura: 55 centímetros
Largura: 75 centímetros
Comprimento: 1,3 metro
Itens de série: faróis de LED, botão liga/desliga, painel digital, banco de couro, pneu de borracha, buzina, volante com botão para acionar música, caçamba com espaço para objetos, tampa de caçamba, tela multimídia e entrada USB, MP3 e cartão de memória.
Preço médio: R$ 3.700
Porsche 918 Spyder
Ficha técnica
Potência: 12 volts
Alcance mínimo do controle remoto: 5 metros
Suporta até 35 kg
Altura: 51 centímetros
Largura: 63 centímetros
Comprimento: 1,28 metro
Itens de série: painel com luzes, buzina, sons, botão para acionamento de música e ajuste de volume, entrada para cabo MP3 e rádio.
Preço médio: R$ 2.400
Ferrari Laferrari
Ficha técnica
Potência: 12 volts
Alcance do controle remoto: de 20 a 30 metros
Suporta até 25 kg
Altura: 51,3 centímetros
Largura: 60,4 centímetros
Comprimento: 1,2 metro
Itens de série: faróis de LED, botão de partida com som, botão de acionamento de setas e controle de volume, painel de instrumentos com luz, banco de couro sintético, entrada para MP3.
Preço médio: R$ 3.400
Audi TT RS
Ficha técnica
Potência: 12 volts
Alcance do controle remoto: 20 a 30 metros
Suporta até 30 kg
Altura: 30 cm
Largura: 50 cm
Comprimento: 1 metro
Itens de série: painel digital, buzina, botão liga/desliga, entrada MP3, USB e cartão de memória
Preço médio: R$ 1.500
McLaren 720S
Ficha técnica
Potência: 12 volts
Alcance do controle remoto: 20 metros
Suporta até 25 kg
Altura: 49 centímetros
Largura: 75 centímetros
Comprimento: 1,3 metro
Itens de série: luzes de LED, painel com visor, assento almofadado, entrada USB, MP3 e cartão de memória, Bluetooth compatível com smartphone
Preço médio: R$ 3.300
Ford Ranger
Ficha técnica
Potência: 12 volts
Alcance do controle remoto: 50 metros
Suporta até 50 kg
Altura: 78 centímetros
Largura: 80 centímetros
Comprimento: 1,4 metro
Itens de série: painel com tela de LCD, bancos de couro, pneus de borracha, Bluetooth compatível com smartphone
Preço médio: R$ 3.100
Porsche Cayenne
Ficha técnica
Potência: 12 volts
Alcance do controle remoto: 5 a 7 metros
Suporta até 11 kg
Altura: 44 centímetros
Largura: 55 centímetros
Comprimento: 85 centímetros
Itens de série: amortecedor nas rodas dianteiras e traseiras, sons e luzes
O Taycan, primeiro carro elétrico da Porsche, acaba de ganhar uma nova versão “mais acessível”, que chegará ao Brasil no primeiro semestre de 2020. O modelo pode ter um desconto de até US$ 80 mil em relação ao top de linha e apesar disso oferece uma autonomia de bateria maior.
Contando com a mesma mecânica das versões Turbo e Turbo S, o Taycan 4S traz dois motores elétricos, sendo um em cada eixo, usando um inversor de 300V na dianteira e outro de 600V na traseira. São duas opções de bateria de íon-lítio: uma de 79 kWh, com 552 cavalos de potência, e outra de 93 kWh, cujo desempenho chega a 563 cavalos.
Independente do conjunto escolhido, a versão de entrada do Porsche Taycan pode chegar a 250 km/h de velocidade máxima e gasta apenas quatro segundos para acelerar de 0 a 100 km/h. Com relação à autonomia, o carro elétrico pode trafegar por até 407 quilômetros sem recarregar, com o conjunto menor de baterias, e por até 463 quilômetros na versão de 93 kWh (o modelo Turbo tem autonomia de 450 quilômetros).
De acordo com a montadora alemã, o esportivo elétrico é capaz de recarregar até 80% da bateria em 22,5 minutos, desde que conectado a um carregador rápido de 800V.
Preços e itens do Porsche Taycan 4S
Mantendo o luxo das versões mais caras, o 4S traz central multimídia com tela de 10,9 polegadas, ajuste elétrico para os bancos, faróis de LED, rodas aro 19 otimizadas aerodinamicamente e pinças de freio vermelhas, entre outros itens de série.
Os preços partem de US$ 103 mil na versão de 79 kWh e de US$ 110 mil no modelo de 93 kWh. Já o Taycan Turbo S pode chegar a custar até US$ 187 mil.
O Taycan faz exatamente o que você quer. Seja uma conversão rápida, um ganho de velocidade estonteante para uma ultrapassagem ou um show particular de arrancadas. Com o uso do launch control, a Porsche fala em 2,8 segundos no zero a 100 km/h para o Turbo S, versão topo de linha.
A eletrificação está chegando para todos. Essa afirmativa poderia ser facilmente aplicada a todos os segmentos de carros novos, afinal, até mesmo picapes e grandes SUVs já estão começando a surgir com motores elétricos e baterias de lítio apenas. Porém, um mercado paralelo vem se formando de forma discreta nos bastidores do setor automotivo.
Antes conversões caseiras, feitas por entusiastas, agora a eletrificação de carros antigos e clássicos vem tomando nova dimensão. A empresa britânica Swindon Powertrain está lançando no mercado um kit de propulsão completo para carros atuais, antigos e clássicos.
Diferente de outras propostas, esta inclui todo o conjunto motriz, não sendo apenas o motor elétrico nesse caso. Além dele, um sistema de transmissão com redução para apenas uma marcha e o diferencial transversal para acionamento dos semieixos das rodas estão embutidos.
Pelo menos para carros de tração dianteira, a solução cai como uma luva, pois é compacto e pesa apenas 70 kg ao todo. Para clássicos de tração traseira, que não tenham motorização traseira, a solução é buscar apenas um motor que se encaixe na transmissão antiga. Nos VW a ar, por exemplo, a Swindon parece ter esse sistema que serve também.
A companhia inglesa não revelou o preço do kit de propulsão, que não inclui baterias e nem o sistema de gerenciamento eletrônico, mas que entrega bons 110 cavalos, suficientes para um bom desempenho em qualquer carro compacto. Essa empresa estaria envolvida ainda na conversão do clássico Mini Morris/Austin em elétrico no Reino Unido.
Esse movimento para eletrificação de carros antigos e clássicos também chamou a atenção de fabricantes como a Volkswagen, que iniciou um projeto de conversão do Fusca e, mais adiante, de outros modelos a ar em elétricos. Embora o custo seja ainda alto, para quem não for purista, a solução pode ser uma boa saída.
Visual foi desenvolvido por ex-designer da Alfa Romeo
Visual foi desenvolvido por ex-designer da Alfa Romeo (Divulgação/JAC)
O JAC J5 já morreu no Brasil e, desde então, a marca até mudou completamente de rumos por aqui – e focará em elétricos. Só que o sedã ressurgiu na China (e está bem melhor).
Tudo bem que o modelo ficou maior que antes. Se a mira estava apontada para Honda Civic e Toyota Corolla, agora subiu um degrau: o entre-eixos tem excelentes 2,76 m.
Modelo foi mostrado no Salão de Chengdu, na China
Modelo foi mostrado no Salão de Chengdu, na China (Divulgação/JAC)
Por fora há influências de alguns lançamentos recentes – e até de concorrentes –, como a grade dianteira que remete aos Kia ou a coluna traseira semelhante à de alguns Nissan.
Na cabine, uma tela vertical sensível ao toque reúne informações da central multimídia e também os comandos do ar-condicionado. Há ainda quadro de instrumentos digital.
Pelo que indicam as fotos, o J5 terá revestimento macio no painel
Pelo que indicam as fotos, o J5 terá revestimento macio no painel (Divulgação/JAC)
Em relação à construção, o J5 (chamado A5 por lá) recebeu suspensão traseira do tipo multilink, além de motor 1.5 turbo associado a um sistema híbrido parcial com 48 V.
Só que esse modelo representa bem mais que apenas refinamento e estilo. E olha que há assinatura do italiano Daniele Gaglione, ex-Alfa Romeo, no desenho da carroceria.
Central multimídia tem tela vertical que também reúne comandos de ventilação
Central multimídia tem tela vertical que também reúne comandos de ventilação (Divulgação/JAC)
Esse é o primeiro produto desenvolvido desde que o fabricante chinês firmou parceria com a Volkswagen. Ou seja: os próximos produtos da JAC devem seguir esse caminho.
Procurado, o grupo SHC, responsável pela importação dos carros da marca chinesa no Brasil, informou que por enquanto não existe a intenção de o novo J5 desembarcar por aqui.
Nesse aspecto, a vantagem do Civic Touring é grande. É verdade que o motor 1.5 turbo com injeção direta só bebe gasolina, mas a performance empolga: são 173 cv de potência e 22,4 kgfm de torque, entregues a partir de 1.700 rpm.
Ou seja, tem força de sobra também em rotações mais baixas.
A posição mais baixa de dirigir, a direção elétrica progressiva mais direta e o bom ajuste de suspensões, dotado de buchas hidráulicas, combina controle e conforto. Filtra buracos e outras irregularidades do piso até melhor que o Corolla.
Já o Corolla híbrido combina motor 1.8 flex com dois motores elétricos para focar a economia de combustível e não o desempenho. Tem potência combinada em torno de 120 cv e 16,6 cv de torque praticamente instantâneos, graças ao auxílio da tração elétrica. Não é fraco, mas não foi feito para empolgar.
Na versão 2.0 flex, o Corolla Altis traz até mais potência que o Touring (177 cv), mas entrega menos torque (21,4 kgfm) e mais tarde, a 4.400 rotações.
Independentemente da motorização, o Toyota ficou mais gostoso de dirigir que seu antecessor, graças à nova plataforma TNGA, que viabilizou suspensões traseiras independentes como no Honda, chassi mais rígido e posição de dirigir mais baixa.
Ainda assim, o Civic tem comportamento dinâmico melhor.
Manaus foi palco para o lançamento do primeiro carro híbrido flex do mundo. Desenvolvido exclusivamente para o Brasil, o carro com transmissão híbrida foi planejado por uma equipe de engenheiros brasileiros e japoneses para proporcionar melhor performance para o público.
Como principais novidades, o sedã estreia a inédita configuração híbrida flex e sistemas de segurança ativa, também pela primeira vez no segmento. Nessa configuração, o carro funciona com gasolina ou etanol, junto a dois motores elétricos. O modelo híbrido flex vem na versão topo de linha, Altis, e sai pelo mesmo valor do modelo com motor à combustão 2.0.
Tecnologia, inovação e sustentabilidade. Essas são as principais marcas da 12ª geração do Corolla e primeiro carro híbrido flex do mundo que chegou a Manaus na Toyolex Toyota (Av. Constantino Nery, 2075 – São Geraldo). O evento de lançamento contou com a presença de convidados em geral e imprensa.
Conceitos
O desafio da Toyota era manter o DNA do Corolla e adicionar novas capacidades que pudessem perpetuar sua liderança no mercado. Além dos atributos pré-existentes de qualidade, durabilidade e confiabilidade, o novo carro também foi criado com base em cinco pilares: design, dirigibilidade, segurança, performance e conectividade.
Design
Desenvolvido com foco mais sofisticado, dinâmico e esportivo.
Dirigibilidade
Baseado na plataforma TNGA e no novo conjunto de motor e transmissão, atingiu um menor centro de gravidade que o modelo atual, fazendo com que a sensação de rolagem da carroceria diminua. Ao mesmo tempo, aumentou em 60% a resistência do chassi, melhorando a condução e o conforto.
Segurança
Traz como diferencial o Toyota Safety Sense, composto por alerta de pré-colisão, frenagem automática, controle de cruzeiro adaptativo, assistente de permanência na faixa e farol alto automático. Esse conjunto introduz um novo patamar de segurança ativa no segmento e ajuda a prevenir acidentes e reduz danos. Todos os equipamentos da geração anterior, como 7 airbags, controles de tração e estabilidade & Isofix para as crianças permanecem.
Performance
Tem dois novos conjuntos de motores: “2.0L Dynamic Force” e “Sistema Híbrido Flex”. O primeiro, considerado o motor mais avançado já produzido, conta com 177 cavalos e transmissão Direct Shift de 10 marchas para melhorar as saídas do veículo. Ele faz 13,9 quilômetros por litro com gasolina na estrada. Já o inovador sistema híbrido Flex com a transmissão híbrida, primeiro do mundo, desenvolve até 20 quilômetros por litro com gasolina na cidade.
Conectividade
Utiliza o automático e ajuste de altura, central multimídia com conectividade Android Auto e Apple CarPlay em toda sua gama, isto é, será compatível com todos os sistemas operacionais. O diferencial neste segmento desde que foi lançado no Brasil é o Teto Solar opcional.
Versões
Baseado na ideia de manter um line up simples e claro, estão sendo mantidas as três versões: GLI, XEI e ALTIS. Desde a versão de entrada GLi, o Corolla é equipado com direção elétrica, 7 airbags (frontais, laterais, de cortina e um de joelho para o motorista), sistema Isofix de fixação de cadeirinhas infantis, controles eletrônicos de estabilidade e tração e assistente de partida em rampas.
Há também faróis com acendimento e câmera de ré, direção elétrica, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, faróis com luzes diurnas de LED e tela TFT de 4,2 polegadas colorida no quadro de instrumentos. As rodas têm 16 polegadas.
A versão intermediária XEi acrescenta faróis de neblina em LED, chave presencial para entrada no veículo e partida do motor, aletas para troca de marchas atrás do volante, modo de condução Sport, retrovisor interno eletrocrômico, piloto automático, ar-condicionado automático, acabamento com partes de couro preto e rodas de 17 polegadas.
A topo de linha Altis 2.0 adiciona lanternas e faróis de LED e o pacote Toyota Safety Sense, com piloto automático adaptativo, faróis com facho alto automático, assistente de pré-colisão com alerta sonoro e visual e frenagem automática, e alerta para mudança involuntária de faixa. Há ainda um pacote premium de série com ar-condicionado de duas zonas, banco do motorista com regulagens elétricas, retrovisores externos com rebatimento elétrico, teto solar elétrico e sensor de chuva.
O Corolla está disponível em 7 cores diferentes: branco sólido, branco perolizado, preto, prata, vermelho, marrom e cinza.
Garantias
Com todas essas facilidades, a nova geração do campeão de vendas, que é o primeiro TNGA produzido localmente, terá a vantagem de 5 (cinco) anos de garantia. Além disso, oferece garantia de 8 (oito) anos nos componentes híbridos para deixar os clientes seguros e tranquilo quanto a essa nova tecnologia.
Para personalizar o veículo, também estarão disponíveis mais de 30 acessórios genuínos desde o lançamento, que permanecem seguindo os mesmos conceitos com itens de elegância, esportividade e conveniência para os usuários. Além disso, todos os itens terão a garantia de 3 (três) anos quando adquiridos e instalados na rede autorizada.
Outra vantagem é o custo de propriedade para revisões, onde híbrido e 2.0 Dynamic Force, poderão contar com o pacote de 5 (cinco) manutenções, do programa ‘Revisão na Medida’, por apenas R$ 2.990.
Fabricação
O Corolla é produzido em Indaiatuba (SP). A unidade teve um investimento de R$ 1 bilhão para ser modernizada e receber a nova geração do modelo. A Toyota prevê produção mensal de 3,5 mil carros com motor 2.0 e de mil híbridos.
A fábrica de motores de Porto Feliz (SP) teve investimento de R$ 600 mil e também vai produzir o motor híbrido, mas com a maior parte dos componentes vinda do exterior, já que os fornecedores locais ainda não dispõem dessa tecnologia.
Os potenciais do uso do etanol misturado gasolina para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) vai ser tema de destaque no estande da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) na feira WETEX (Water, Energy, Technology and Environment Exhibition), que acontece em Dubai entre os dias 21 e 23 de outubro.
De acordo com a Unica, o espaço do Brasil na feira terá também a presença Ministério do Meio Ambiente, numa parceria com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB). A participação da Unica faz parte do projeto setorial com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
O evento é organizado pela Autoridade de Água e Eletricidade de Dubai (Dubai Electricity and Water Authority – DEWA) e tornou-se referência mundial ao trazer inovações e apontar caminhos para ampliar a sustentabilidade em diferentes frentes, inclusive mobilidade.
De acordo com Eduardo Leão de Sousa, diretor executivo da Unica, o Brasil é um exemplo de sucesso no uso de energia limpa. “Nenhum outro país tem a participação 46% de combustível renovável na matriz de transportes leves, que é o caso do nosso etanol hidratado e o anidro adicionado em 27% à gasolina”, explica o diretor executivo da Unica.
Tecnologia flex evitou emissão de 535 milhões de t de CO2
Desde 2003, ano de lançamento da tecnologia flex, até hoje, o uso do etanol evitou que 535 milhões de t de CO2eq fossem lançadas na atmosfera. Para atingir a mesma redução, seria necessário plantar 4 bilhões de árvores. Isso porque o etanol de cana-de-açúcar diminui em 90% a emissão da GEE em comparação à gasolina, tornando-o um dos biocombustíveis com menor pegada de carbono do mundo.
Rubens Hannun, presidente da CCAB, afirma que a WETEX é uma grande oportunidade para promover, no cenário global, as conquistas do Brasil na frente da sustentabilidade ambiental como um dos principais players nos segmentos de energia renovável, com 45% de participação na matriz.
“O evento também fornecerá aos participantes uma plataforma interativa para mostrar seus produtos, serviços e tecnologias inovadoras e como elas podem contribuir para o movimento de sustentabilidade da região do Golfo”, diz Hannun.
A participação do Brasil na WETEX ocorre em um momento em que o país aumenta continuamente seus esforços de sustentabilidade ambiental, em consonância com o compromisso assumido na Conferência do Clima da ONU (COP21).
Como ação concreta de descarbonização, o Brasil criou uma política pública para ampliar a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes, o RenovaBio, que proporcionará uma redução de 11% de emissões de GEE até 2029, de acordo com a Unica.
Além disso, a experiência brasileira é um exemplo de que o etanol pode ser incorporado aos combustíveis fósseis, sem grandes investimentos para modificar infraestrutura existente, mas com efeitos positivos na qualidade do ar das grandes cidades.
“Se adiciono 27% de etanol de cana-de-açúcar à gasolina, consigo reduzir em 20% as emissões de CO2eq por quilômetro rodado em comparação com a gasolina pura. Se uso esse combustível em um carro híbrido, consigo reduzir em 51% as emissões. Ou seja, uma redução muito significativa e factível”, complementa Leão.
Mais etanol no exterior
A Apex-Brasil e a Unica publicaram, em fevereiro de 2008, estratégia para promover a imagem dos produtos sucroenergéticos no exterior, em especial do etanol brasileiro como uma energia limpa e renovável. As duas entidades assinaram um convênio que prevê investimentos compartilhados.
O projeto pretende influenciar o processo de construção de imagem do etanol e demais derivados da cana junto aos principais formadores de opinião mundiais, bem como empresas de trading, potenciais investidores e importadores, ONGs e consumidores.