Para muitos entusiastas da Mercedes-Benz e AMG, a notícia não é nada boa. A Daimler confirmou à revista alemã Auto Motor und Sport o fim do desenvolvimento de motores a combustão. Ou seja, daqui para a frente não haverá mais propulsores a gasolina e diesel de projetos novos.
A informação partiu de Markus Schaefer, chefe de desenvolvimento da Daimler, que enfatizou a importância de se transferir os fundos necessários para o desenvolvimento de carros elétricos, com motores mais possantes e baterias com capacidade ampliada. O passo dado pela Mercedes-Benz não é estranho, visto que Volkswagen e Volvo já o fizeram.
Tanto na rival alemã quanto no fabricante sueco, o desenvolvimento de novos motores a gasolina e diesel parou, sendo os investimentos direcionados para eletrificação. Schaefer revelou também que uma atualização foi feita recentemente nos motores usados atualmente e que o orçamento para pesquisa e desenvolvimento continuará no mesmo nível daqui para frente.
Schaefer diz que não existem planos para novos motores de ciclos Otto e Diesel, mas não exclui a possibilidade de um dia a Daimler voltar a desenvolver algum propulsor do tipo. Bom, pelo menos isso deverá se manter na linha de veículos comerciais pesados, onde o diesel será mandatório por muito mais tempo que nos automóveis.
O último projeto da Daimler é o novo motor de seis cilindros em linha 3.0 M256, que já foi projetado para ser eletrificado, trabalho com propulsor de energia auxiliar para reduzir emissão e consumo, ganhando até em performance. Ao contrário da Volkswagen, a Mercedes-Benz não datou sua atuação com motores convencionais.
A produção seguirá normalmente nos próximos anos, mas é evidente que o volume deverá ser gradualmente reduzido até converter-se completamente em elétrico. Na VW, a produção deverá se encerrar completamente em 2040, sendo que a última plataforma MQB/MLB deve surgir em 2026. Ou seja, a partir daí, apenas bases de propulsão elétrica serão desenvolvidas.
Na Volvo, os modelos “D3/4/5” saem do portfólio da marca sueca em 2023, ficando apenas o motor Drive-E a gasolina por mais alguns anos, quando também sairá de cena. A partir daí, só elétricos. Na Alemanha, a resistência vem da BMW, que acredita que os motores diesel terão vida de pelo menos 20 anos, enquanto os com gasolina sobreviverão nos próximos 30 anos.
A BMW confirmou que continuará o desenvolvimento de motores comuns enquanto inicia seu processo de eletrificação, que está bem mais lento que o das rivais VW e Daimler.
[Fonte: Auto Motor und Sport]