quarta-feira, novembro 13, 2024
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Caoa Chery apresenta o Arrizo 5e, sedã 100% elétrico

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Jornal de Uberaba


O segmento de carros elétricos no Brasil vai ganhar mais um concorrente. Trata-se do Chery Arrizo 5e, que estará disponível para locadoras e frotistas de São Paulo no próximo mês. No início de 2020, o modelo estará disponível ao público também em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre e Brasília. O sedã tem motor elétrico com potência de 122cv, autonomia de 322 quilômetros e custo por quilômetro rodado de R$ 0,09. 

O Chery Arrizo 5 já é produzido e comercializado no Brasil, porém com motor a combustão flex, um 1.5 turbo de 150cv (abastecido com etanol) e câmbio CVT. Agora, a versão elétrica chega da China com motor que desenvolve 122cv e 28,1kgfm de torque. A Caoa Chery declara velocidade máxima de 152km/h e aceleração até 50km/h em 4,8. As baterias de íons de lítio ficam todas sob o assoalho do carro. São 98 células e 24 módulos, formando um conjunto de 390 quilos. São baterias de alta voltagem, com 357V e 150A, totalmente reparáveis. A recarga das baterias poderá ser feita em eletropostos em apenas uma hora. Já no wallbox instalado em casa, a recarga é feita em oito horas. Mas as baterias podem ser recarregadas também em tomadas domésticas convencionais, mas em 20 horas. 

O modelo conta com um seletor de modos de condução: o Eco privilegia a economia do consumo de energia; o Sport otimiza o desempenho; e o Eco+ é a reserva de energia para emergência, para aqueles momentos em que há dificuldade para encontrar um lugar para recarregar. O carro ainda conta com diferentes tipos de regeneração de energia, como desaceleração e frenagem, que recuperam carga para as baterias.

O seletor de modos de condução fica no painel, abaixo da tela tátil do sistema multimídia, que exibe todas as funções do carro, incluindo dados de autonomia e regeneração de energia, áudio, ar-condicionado, configurações do veículo e conectividade (Easy Link). Essas informações podem ser vistas também no painel digital em frente ao motorista. 

O Arrizo 5e é um sedã médio, com 4,54 metros de comprimento, 1.81m de largura, 1,48m de altura e 2,65m de distância entre-eixos. O carro pesa 1.520 quilos e o porta-malas tem capacidade de 430 litros. Como as baterias foram instaladas sob o assoalho, o sedã ficou mais baixo, raspando facilmente em lombadas mais altas. Outra consequência das baterias sob o assoalho é o comprometimento do espaço interno. O banco traseiro ficou com o assento muito baixo, e não apoia bem as pernas.

No conturbado trânsito de São Paulo, o Chery Arrizo 5e se mostra uma experiência agradável. Muito silencioso, no modo Eco, o sedã trafega de maneira suave, com respostas mais lentas às acelerações. Mas se o motorista faz a opção pelo modo Sport, as reações são imediatas. Basta pisar no acelerador para despejar todo o torque imediatamente, proporcionando uma condução empolgante. Mas é nesse momento que se percebe a autonomia diminuindo significativamente. As suspensões são um pouco mais duras e transferem as irregularidades do solo pra dentro do carro.

O modelo elétrico tem conjunto óptico com LEDs, rodas em liga leve de 16 polegadas, acendimento automático dos faróis, painel digital, teto solar elétrico, freio de estacionamento elétrico, controles de tração e estabilidade e aviso sonoro para pedestres. A Caoa Chery garante que já tem 98% das peças do modelo para reposição, e oferece oito anos de garantia para baterias e motor e três anos para o carro.

 

Carro elétrico influencia novas construções em São Paulo

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Especial para o Estado  

Ainda que com baixa representatividade no Brasil, o mercado dos carros elétricos e híbridos crescem como alternativa aos veículos movidos a combustíveis fósseis e puxam mudanças em outros setores. Em São Paulo, construtoras e incorporadoras se preparam para um volume cada vez maior desses veículos nas ruas e lançam empreendimentos principalmente de alto padrão com vagas específicas para o carregamento deles, caso de Mitre, Benx, Nortis, Eztec, Vitacon, Cyrela e Tegra.

O volume de vendas de elétricos e híbridos no Brasil de janeiro a agosto deste ano foi de apenas 0,2% das vendas totais de automóveis no período. Apesar da baixa participação no mercado, o volume vem crescendo – até agosto, foram 4.172 veículos desses tipos, ante 3.970 unidades em 2018.

A demanda é puxada por um público de classe alta, já que o carro elétrico mais barato no Brasil custa em torno de R$ 120 mil, três vezes o preço de um carro popular. Por isso, bairros como Jardins, Itaim Bibi, Pinheiros e Perdizes, na zona oeste da capital paulista, concentram a maior parte dos lançamentos.

Ainda assim, a aposta da Mitre é tão grande que todos os empreendimentos lançados desde o ano passado já contêm tomadas para carros híbridos e elétricos, independentemente do público-alvo, com metros quadrados que vão de R$ 6,7 mil (Vila Guilhermina, zona leste) a R$ 12 mil (Vila Mariana, zona sul).

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Projeção digital de garagem do prédio Siga, da Nortis, em Moema. Foto: Projeção digital

A linha Haus Mitre já conta com três empreendimentos em fase de construção – Butantã, Brooklin e Vila Mariana – e outros dois que ainda serão lançados em novembro – Pinheiros e Alto Butantã.

A quantidade de lançamentos com esse serviço reflete uma tendência sustentável, na opinião da diretora de produto e licenciamento da Mitre, Juliana Monteiro Gamba. “A ideia é lançar empreendimentos para atender um público cada vez mais consciente do seu papel na sociedade e busca alternativas sustentáveis. Independentemente do perfil do consumidor, entendemos que em um futuro próximo essa tecnologia estará mais acessível.”

O fundador e CEO da Vitacon, Alexandre Frankel, concorda com a necessidade de atualização do mercado. “Entendemos que é um dever nosso antecipar as tendências e deixar os prédios mais preparados para novos hábitos de consumo.”

Na Vitacon, o primeiro empreendimento lançado com vagas para carros elétricos foi o Affinity, ainda em 2010. Desde 2012, prédios com esse serviço começaram a ser mais frequentes na construtora, com pelo menos um lançamento por ano. Em 2018, foram nove, e a expectativa é que todos os próximos lançamentos já trarão o serviço, focado no público de alto padrão. Cinco seguem em construção: dois em Pinheiros, dois nos Jardins e um na Consolação.

Na Nortis, o segmento voltado para o público de alto padrão com arquitetura autoral se desenvolve há um ano e meio. Até agora, são quatro empreendimentos com tomada para carro elétrico, em bairros como Moema e Vila Madalena.

Quem paga a conta da energia?

Para quem já tem um carro elétrico ou híbrido e para quem ainda pensa em comprar, as tomadas nos prédios são um grande atrativo. Mas uma dúvida é como o condomínio dividirá o custo da energia, já que os moradores sem carros do tipo podem se sentir lesados ao pagar por algo que não usaram.

A opção mais comum é o rateio do consumo de forma igualitária por meio da taxa de condomínio, como será feito nos prédios da Vitacon e da Mitre. Frankel, da Vitacon, reconhece que essa forma de cobrança pode gerar incômodo, mas acredita que o serviço deve ser encarado como mais uma área comum do prédio.

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Projeção digital de lançamento residencial da Tegra. Foto: Projeção digital

“Da mesma forma que há moradores que usam muito a piscina ou a academia, também há outros que nunca vão utilizar. Mas isso é temporário (nos prédios da Vitacon). Futuramente, será possível direcionar a tarifa para cada usuário”, diz ele.

Já a Benx antecipou esse problema e vai lançar os empreendimentos com um tipo de tecnologia que distribui o custo do consumo apenas entre os usuários. De acordo com o diretor-geral da incorporadora, Luciano Amaral, a divisão será feita por meio de cartões distribuídos para cada morador. Ao passar o cartão por um dispositivo, a energia é liberada e o custo é debitado na taxa de condomínio daquele usuário.

Dos oito empreendimentos lançados neste ano pela Benx, dois são de alto padrão e possuem tomadas para carros híbridos e elétricos. O Simmetria, em construção no Campo Belo, zona sul, terá uma vaga desse tipo para uso comum de todos os moradores. Já no The Frame, que será lançado em novembro, a projeção é que das quatro vagas para cada apartamento, uma tenha tomada.



Ibaneis anuncia iseno de IPVA por 5 anos para quem comprar carro eltrico

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Ibaneis anuncia iseno de IPVA por 5 anos para quem comprar carro eltrico


O GDF recebeu 12 dos 16 carros el
O GDF recebeu 12 dos 16 carros eltricos que vo compor a frota pblica do DF (foto: Bruna Lima/CB/D.A.Press)

Para estimular o uso de transportes com uso de energia eltrica, o governador Ibaneis Rocha quer isentar o pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veculos Automotores (IPVA) por cinco anos a quem adquirir um carro eltrico. O incentivo foi anunciado durante a cerimnia de lanamento do programa Vem DF, que tem como foco a introduo de veculos para eletromobilidade na frota pblica.

 

” uma modernidade que est chegando, diminui a questo da poluio e uma tentativa que ns vamos fazer para incentivar as pessoas a usarem os carros eltricos”, disse Ibaneis, que ainda afirmou estudar a iseno para donos de veculos hbridos. “Quero fazer de Braslia uma cidade realmente sustentvel.”

 

Para tornar a medida efetiva, o governo deve elaborar um Projeto de Lei a ser encaminhado para deliberao na Cmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O GDF no estabeleceu data para o envio.

 

A inteno do governador possibilitar a iseno do imposto at completar o quinto ano do automvel a partir da aprovao da lei para aqueles que j adquiriram carros eltricos ou hbridos. 

 

Vem DF

 

O Governo do Distrito Federal (GDF) lanou, na manh desta segunda-feira (7/10) o programa Vem DF. Durante a cerimnia , que ocorreu no Palcio do Buriti, foram entregues 12 dos 16 carros previstos para este ano. A iniciativa uma parceria entre o governo local, a Agncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Parque Tecnolgico de Itaipu (PTI).

 

Este o primeiro projeto de compartilhamento de veculos eltricos voltado para o transporte de servidores pblicos no Brasil. “Temos conseguido avanar e muito em to pouco tempo. Vamos transformar Braslia na capital nacional de tecnologia e recursos renovveis”, afirmou Ibaneis.

 

At o fim do ano, chegaro mais quatro carros e sero instalados 35 pontos de carga por todo o DF. Os chamados eletropostos sero gratuitos e de uso coletivo, ou seja, podero ser utilizados por qualquer carro eltrico, de qualquer montadora.

 

O investimento de R$ 2,1 milhes, todo com recursos da ABDI. “Os carros eltricos esto em um avano contnuo tecnolgico. O que ns estamos propondo desenvolver essa cadeia produtiva, incentivando empresas a praticar os projetos tecnolgicos no Brasil para que sejam mais escalaveis e com custos menores”, explicou o presidente da ABDI, Igor Calvet. 

 

Neste perodo de testes, a rota ser restrita Esplanada dos Ministrios e sedes dos rgos da administrao do DF. Os veculos eltricos tm autonomia de at 100 Km e velocidade de at 80 Km/h. 

 

O compartilhamento dos carros ser viabilizado por um software (Mobi-e), desenvolvido pelo PTI. O sistema permite reservar e acompanhar a localizao dos automveis. O aplicativo faz o rastreamento, monitora a velocidade, a carga de bateria e as rotas percorridas. Os carros sero desbloqueados com cartes dos funcionrios cadastrados.  

 

 

Avaliação] Honda Civic Touring: o esportivo com jeito de sedã – Prisma

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Avaliação] Honda Civic Touring: o esportivo com jeito de sedã - Prisma


Uma das principais atrações do Honda Civic é o design arrojado da atual geração, de inspiração esportiva. Porém muito além do que uma lanterna em boomerang e a traseira com estilo cupê, o carro tem motor 1.5 turbo na versão Touring e ótima dirigibilidade. No Brasil, é o segundo mais vendido de seu segmento, atrás apenas do Corolla.

O R7 levou para as ruas a versão Touring e no quesito esportividade e diversão a nota é 10. Se por um lado os 173cv são atingidos só aos 5.500rpm o torque de 22,4kgfm está disponível sempre entre 1.700 a 5.500rpm. Ao entrar no carro os passageiros ficam confortáveis, até mesmo no banco traseiro, e o motorista tem uma boa posição de guiar. Não são os mesmos assentos do Si mas entregam conforto.

A Honda ainda se preocupou com o refinamento do Civic. Por fora, mantém o estilo marcante da décima geração, já na parte interna, a montadora abusa no capricho no acabamento, na ergonomia e no espaço. Tem freio de mão eletrônico por botão com Auto Hold, que mantém as rodas travadas em paradas no trânsito, item que seus principais concorrentes, Cruze e Corolla, ainda não possuem.

O ponto negativo é que um carro dessa classe ainda não traga o pacote Sensing de direção semiautonoma que é oferecido em outros países nos carros com esse motor e que seu principal concorrente, Corolla, já tem. O pacote Touring traz itens como controle de cruzeiro adaptativo, assistência de permanência de faixa e frenagem automática de emergência. Esse seria um diferencial para o três volumes da Honda.

Como diferencial está disponível o LaneWatch, que projeta a imagem da parte lateral direita no multimídia. Isso os concorrentes não têm.

Como anda

O R7 testou o Honda Civic em trajetos urbanos e rodoviários e marcamos boas médias de consumo de combustível com gasolina. Rodando dentro de São Paulo a média foi de 10,4km/l. Já no percurso rodoviário, conseguimos alcançar a média de 14,9km/l. É importante lembrar que as versões da Honda que são equipadas com motor turbo bebem apenas gasolina.

Como já citamos, o conforto é um ponto positivo do carro. Muito disso se deve a suspensão traseira Multi-Link com coxins hidráulicos, que ajuda a absorver impacto dos buracos, lombadas ou imperfeições do solo. A suspensão também auxilia (e muito) nas curvas e deixa o carro impecável, diríamos até imbatível em retas.
O câmbio CVT que simula sete velocidades é preciso e auxilia na esportividade do carro. Alguns entusiastas podem preferir o câmbio manual, mas infelizmente esse item não existe mais na versão 2020.

Conclusão

Pensando em mercado, é importante que em termos de esportividade o Civic Touring é único na proposta mas concorre com Toyota Corolla, Chevrolet Cruze e Volkswagen Jetta (os dois últimos com motor turbo). Nas versões mais caras como s Touring, o líder de mercado, Corolla, chegou recentemente equipado com motor híbrido e preços a partir de R$ 124,9 mil, já o Chevrolet Cruze apresenta itens de comodidade como o Wi-fi a bordo, inovando no segmento. Apesar do bom conjunto faltam itens que os concorrentes já oferecem por menos.
Mas o Civic ainda tem seus méritos que são muitos. A confiança da marca é um ponto positivo, baixa desvalorização e o design atualizado faz fãs e compradores fiéis.

A motorização turbo 1.5 parece a fórmula ideal tanto para o HR-V quanto para o Civic, no entanto por ser importada fica ainda mais cara o que se reflete no custo do carro.

Um aniversário sustentável – Economia

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Indústria automobilística: a confiança voltou - Economia


O carro movido a álcool – hoje o popular etanol – completou 40 anos no último dia 19 de setembro, tendo surgido depois da criação do Proálcool pelo governo federal em 1975, como consequência mais visível do explosivo aumento dos preços do petróleo determinado pelos produtores do Oriente Médio. 

Uma causa secundária do Proálcool foi a enorme superprodução de cana-de-açúcar, sobretudo no Sudeste e no Centro-Sul, resultante de uma política de governo anterior a 1964 que financiou a expansão dos canaviais sem cumprir a promessa de ajudar a aumentar a capacidade de moagem do setor industrial. 

O desastre dos excedentes da gramínea que não tinha onde ser processada foi trágico. Em agricultura, excedentes grandes são muito mais prejudicais do que a escassez, porque essa se resolve em uma única safra, enquanto aquela pode durar muitos anos até ser absorvida pelo mercado, durante os quais os preços despencam produzindo grande quebradeira no setor privado.

O Proálcool é uma história exitosa, eminentemente brasileira, solução que causou admiração mundo a fora: fomos o único país a encontrar uma alternativa criativa e sustentável para a crise do petróleo.

O carro a álcool foi fruto de um acordo entre a indústria automobilística e o governo. Nos primeiros anos (1976/77) a mistura levava 10% do etanol e hoje, desde 2015, é de 27%. E foi o pai do carro flex, adotado em março de 2003, que admite o uso de qualquer porcentagem mistura de gasolina e etanol hidratado. 

Resultados macroeconômicos

Desde a sua criação já foram vendidos mais de 32 milhões de veículos flex, a maior frota desse modelo em todo o mundo. E com resultados socioeconômicos extraordinários para o País.

Por exemplo: desde a criação do carro a etanol até o ano passado, deixamos de importar mais de 3 bilhões de barris de gasolina, o que equivaleria, segundo a consultoria Datagro, a uma economia de US$ 506 bilhões ao preço constante de dezembro de 2018!

A expansão dos canaviais e da indústria sucroalcooleira criou mais de 1 milhão de empregos diretos e indiretos, sem contar os das fábricas de automóveis. Mais recentemente essa grande força de trabalho teve expressivo aumento de massa salarial, com a mecanização do segmento (que reduziu o número de trabalhadores rurais sem qualificação e aumentou o de qualificados) e com a adoção de práticas de gestão modernas e mais eficientes.

Há um efeito adicional muito importante do ponto de vista da saúde pública. O etanol emite apenas 11% do CO2 emitido pela gasolina, o que traz uma significativa melhoria na atmosfera respirada nos grandes centros urbanos. Isso fez que a cidade de São Paulo, por exemplo, tenha reduzido a poluição do ar e as doenças pulmonares.

Mas houve incrível reação negativa ao Proálcool no seu lançamento: uma gritaria de que todo mundo plantaria cana e faltaria comida. Tínhamos naquele ano então menos de 4 milhões de hectares com cana. Hoje temos mais de 9 milhões de hectares de canaviais e, dos anos 1970 para cá, deixamos de ser importadores de alimentos para sermos dos maiores exportadores do mundo. Houve na verdade uma sinergia entre a agricultura de alimentos e a energética, ditada por inovações tecnológicas.

Ações de alguns governos foram trágicas para o setor, como recentemente, quando houve controle artificial do preço da gasolina para segurar a inflação, destruindo simultaneamente o valor de mercado da Petrobrás e grande parte da indústria sucroenergética.

Uma nova fase

Mas estamos agora diante de uma crescente indústria de etanol de milho, de biodiesel, aumentando a parcela renovável de nossa matriz energética, já muito maior que a do resto do mundo. E estamos diante da implementação do RenovaBio, um programa governamental que dará previsibilidade ao setor, acabando com intervenções nefastas de governo como a referida.

Com isso ganhará o País. Mesmo o carro elétrico, tão propagandeado globalmente, encontrará nos nossos biocombustíveis um excelente elemento de composição: o carro híbrido movido a etanol/eletricidade está sendo lançado pela Toyota no Brasil. Eis uma ótima maneira de se comemorar 40 anos de idade.

EX-MINISTRO DA AGRICULTURA E COORDENADOR DO CENTRO DE AGRONEGÓCIOS DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS



Vdeo: Testamos o carro eltrico que ser usado pelos servidores do DF

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Vdeo: Testamos o carro eltrico que ser usado pelos servidores do DF


Clayton Sousa, apresentador da TV Bras
Clayton Sousa, apresentador da TV Braslia, deu uma volta com o Twizy (foto: Reproduo)

Velocidade limitada, bancos exticos e sensao de estar no futuro. Essas foram algumas das avaliaes do editor e apresentador do Vrum — programa automobilstico da TV Braslia —, Clayton Sousa, que teve a oportunidade de testar um dos carros eltricos que sero usados pelo Governo do Distrito Federal (GDF). O modelo Twizy, da marca francesa Renault, foi aprovado pelo reprter. “Gostei demais dessa voltinha.”

De acordo com a experincia dele, a sensao de dirigir o Twizy de estar anos frente. “Esqueam os filmes de fico, porque o futuro nunca esteve to perto”, destaca. “O carro chama muita ateno, as pessoas ficam curiosas”, completa.

O carrinho pequeno e de aparncia diferente 100% eltrico e tem capacidade para rodar at 100 quilmetros (km) sem precisar ‘reabastecer’. “A recarga demora aproximadamente trs horas em uma tomada comum, de casa. S a velocidade que limitada a 80 km/hora, o que eu acho mais do que suficiente”, explica Clayton.

O interior do carro se destaca. “Os bancos so meio exticos”, opina. Alm disso, o barulho do motor um pouco mais alto do que o comum. “Outra curiosidade que as portas abrem para cima. Parece aqueles carres superesportivos. S tem um detalhe: no h vidros”, descreve.

Ficou animado? De acordo com Clayton, se o Twizy fosse vendido nas concessionrias sairia pelo valor aproximado de R$ 90 mil. Mas, por enquanto, no possvel compr-lo. Apenas empresas e governos podem t-lo.

De acordo com o governo, cerca de 200 servidores j esto cadastrados para usar os carros para atividades internas.

 

 

Servidores públicos de Brasília utilizarão frota de carros movidos à eletricidade

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Servidores públicos de Brasília utilizarão frota de carros movidos à eletricidade


Transporte sustentável é uma realidade longínqua e de poucas vendas efetuadas até agora, significando que, mesmo sendo ambientalmente correto, não é fácil de se ver por aí.

Entretanto, o governo do Distrito Federal quer mudar um pouco essa lógica desfavorável e investiu na ideia de carros menos poluidores e com uso de combustível que não prejudique a Natureza.

Contando com a parceria estabelecida com a ABDI (Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial) e com a PTI (Projeto Tecnológico Itaipu), Brasília tem agora uma frota de 16 carros movidos por energia elétrica.

Apesar de pioneiro, o projeto contempla o deslocamento de veículos em pequenos trechos e eles, os carros, só poderão ser usados pelos servidores públicos na modalidade de carsharing, ou seja, o modo compartilhado de utilização do Twizy, modelo fabricado pela indústria francesa Renault.

Ficha corrida

Batizou-se esse projeto como VEM DF (Veículo para Eletromobilidade), e, nesta fase inicial, serão disponibilizados 16 Twizy, cuja performance pode ser descrita assim: a velocidade máxima de um carro desse tipo é de 80 km/h e sua autonomia de percurso é estimada em 100 km com uma carga de bateria.

A rota para deslocamento envolve somente idas e vindas entre órgãos públicos. O estacionamento de origem desses carros será a Esplanada dos Ministérios.

Uma das partes mais curiosas do VEM DF está no software que gerencia os Twizy; coube ao PTI o seu desenvolvimento. Com o nome de MoVE, o programa mostra quais são os veículos disponíveis para reserva e oferece outros dados em tempo real como, por exemplo, a localização, o nível da carga de bateria, a velocidade e a quantidade de CO2 economizada, ajudando assim, na conservação e limpeza da atmosfera.

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Natureza
Tecnologia

Por meio de um cartão distribuído aos funcionários públicos cadastrados previamente em um sistema, pode-se destravar o carro e dirigi-lo.

Quanto a uma possível “pane seca”, o VEM DF prevê a instalação de 35 eletropostos (o equivalente ao posto de gasolina tradicional), a qual ficará por conta de uma indústria do setor elétrico, dando assim, mais um incentivo à adoção desse tipo alternativo de transporte. No futuro, os eletropostos terão utilização coletiva e abrangerão carros fabricados por outras marcas automotivas.

Por que lá?

A cidade de Brasília possui algumas vantagens na aplicação dessa Tecnologia: a primeira é por estar fundada em um relevo plano, o que contribui para o consumo menor da bateria; ela apresenta boa temperatura e a tensão utilizada na capital federal, de 220 volts, não requer adaptação para se implantar os eletropostos.

No intuito de disseminar e apoiar o transporte mais sustentável, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, formula um projeto de isenção de IPVA por um período de cinco anos para os proprietários que venham adquirir veículos elétricos.

O investimento total foi de R$ 3,1 milhões divididos desta forma: R$ 2,1 vieram da ABDI para bancar a frota e os eletropostos; o restante, R$ 1 milhão, veio do PTI e direcionado ao desenvolvimento do software.

Para bom uso desta tecnologia, os servidores receberam algumas orientações: entre elas, estão o carregamento da bateria sempre que o veículo estiver parado e não usar o Twizzy para reuniões demoradas em lugares que não existam área de compartilhamento.

Mesmo modelo

A Renault tem espalhado esse tipo de mobilidade em outros países do mundo. Na Espanha e na França, o carsharing de frota elétrica foi implantado de forma igual ao de Brasília. Em Portugal, eles foram um pouco mais além, já que o carro também pode funcionar com energia eólica ou solar.

No Brasil, o carro elétrico é uma realidade na Ilha de Fernando de Noronha (PE), pois a administração do local usa apenas carros movidos à eletricidade. A frota de lá é composta por 6 veículos. Entusiasmado com a ideia, o governador pernambucano, Paulo Câmara, assinou um decreto que valerá a partir de 2022, permitindo apenas a entrada de veículos elétricos na ilha.

Embora numa escala bem menor, há iniciativas semelhantes que circulam em Belo Horizonte e em São Paulo, com a adoção do carsharing e reserva por aplicativo.

Scooter elétrica surge como nova alternativa – CONSUMIDOR MODERNO

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mobilidade


mobilidadeCrédito: Victor Marçon

Cidades inteligentes e mobilidade urbana são temas crescentes nos debates cotidianos de empresas, consumidores e até do Poder Público. Carros compartilhados, patinetes, bicicletas, carros elétricos se tornaram alternativas ao transporte tradicional e cada vez mais utilizados nas grandes cidades.

Além disso, cresce por parte dos consumidores a consciência de adquirir produtos mais sustentáveis e a procura por empresas que estejam alinhadas a esse segmento. Um exemplo são os brinquedinhos que ilustram essa reportagem. Eles são oferecidos pela distribuidora de veículos elétricos Scooter&Cia.

Criada em outubro de 2018, a empresa atende exclusivamente esse novo segmento de solução de transporte leve em São Paulo, mas com uma diferença: os pequenos veículos são bem mais luxuosos. Com loja em Osasco, na região metropolitana, a organização comercializa, além das scooters, patinetes e bicicletas elétricas.

Ao longo do período de funcionamento, mais de R$700 mil foram investidos na compra e parceria da empresa com marcas no exterior, em especial da Holanda, segundo Décio Alves Junior, um dos sócios da empresa. Para o ano de 2020, o empresário planeja o mesmo investimento.

“Vale a pena utilizar a scooter em relação a distância, tempo, principalmente em questão de tempo e facilidade. A scooter também consegue ser transportada, recarregada em diversos locais”, comenta.

Entre as vantagens da scooter, Décio destaca o conforto, independência, liberdade de ir e vir, portabilidade e economia, além dos benefícios oferecidos ao meio ambiente. O veículo funciona através de uma bateria recarregável, consegue percorrer até 40km com uma única carga e pode ser até 12 vezes mais econômica e menos poluente que uma motocicleta. Já em relação a um carro, a diminuição de poluição e gasto de energia chega a 50%.

Por outro lado, os empresários também perceberam a importância da preservação do planeta e buscam cada vez mais oferecer produtos sustentáveis, alinhados a essa demanda. Isso serve para diversos setores, como de vestuário, alimentício e de cosméticos, por exemplo.

Valores

A marca trabalha com três categorias de produtos: os patinetes, as scooters e as bicicletas elétricas. Os patinetes se dividem em cinco modalidades, do mais potente, que chega a velocidade igual a de uma scooter, aos mais simples, que abrangem a categoria dos patinetes infantis.

Em relação a valores para compra, o empresário comenta que as scooters custam entre R$4.900 e podem chegar até R$13.500, R$14.000 com potência de 1000w até 2500w, com modelos de duas e três rodas. Todos os equipamentos são vendidos com capacetes da própria marca para garantir a segurança do usuário.

Para tornar o veículo mais acessível para a população em geral, Décio comenta que negocia modelos de financiamento para compra, principalmente das scooters elétricas, que acredita poder se popularizar cada dia mais.

A circulação de scooters elétricas ainda não possui nenhuma regulamentação específica estabelecida pelo Poder Público, mas o empresário acredita que o aumento da aderência ao serviço estimule as autoridades, como em outros países. “Os veículos elétricos vêm para ficar, é uma tendência, e não tem volta!”, ressalta Décio.

Aderência a veículos elétricos

Em relação ao uso de veículos elétricos e o desejo do consumidor, uma pesquisa da Webmotors constatou que 87% dos brasileiros consideram a possibilidade de comprar um carro elétrico. Cerca de 49% deles acreditam no potencial desses veículos e de que eles serão mais comuns que os outros tipos de automóveis no futuro.

Alexander Vieira Roca Ortega, CFO da Webmotors, afirma que problemas de abastecimento de energia e ausência de postos dificulta o crescimento do interesse dos compradores por esse tipo de transporte.

“Ainda existem algumas barreiras que separam a intenção da consolidação da compra dos carros elétricos no Brasil, principalmente o preço e a falta de infraestrutura para o abastecimento de energia”, comenta o executivo.

Um outro modelo de veículo em favor da mobilidade sustentável e que surge como alternativa para pequenos deslocamentos em grandes cidades é o patinete elétrico.

Em São Paulo, esses simpáticos veículos sobre duas rodas já fazem parte da paisagem dos principais eixos financeiros da cidade. E o plano de ocupação da capital paulistana é bem ousado. Em fevereiro deste ano, um documento assinado pelas empresas Grin, Uber e outras nove startups e entregue à prefeitura mostra que a ideia é operar uma frota de mais 100 mil patinetes na capital paulista. De fato, elas se tornaram uma espécie de um transporte público voltado para a micromobilidade.

Em meio à euforia sobre esses Grin, Yellow e outros, cresce também o interesse do consumidor pela compra do próprio patinete ou veículos elétricos similares – o que pode aumentar ainda a frota desses pequenos veículos nos centros urbanos. Até mesmo famosos pegaram carona na brincadeira, caso do ex-jogador da Inter de Milão Adriano, mais conhecido como o imperador.

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