Toyota, criadora do primeiro carro híbrido de produção em massa e, agora, do primeiro veículo híbrido flex, acredita na sustentabilidade socioambiental
Apesar de maiores e mais pesados que os veículos compactos, os carros híbridos são os que têm os menores consumo de combustível e emissão de poluentes. A tecnologia é muito mais eficiente do que um motor a combustão, mesmo se for um 1.0. Assim, os híbridos também contribuem mais com o meio ambiente.
Entre os fatores que contribuem para a eficiência dos híbridos é o recurso da frenagem regenerativa, que recarrega a bateria. Os veículos da categoria são equipados com esse sistema, colocando em uso a energia despendida pelo atrito dos freios que, em carros a combustão, seria desperdiçada.
Além disso, os carros híbridos podem andar, por algum tempo, consumindo apenas eletricidade. Ou, caso contrário, estão combinando a energia do motor a combustão com a eletricidade. No primeiro caso, não emitem nenhum poluente. No segundo, vão reduzir significativamente a quantidade de químicos expelidos.
Um exemplo é o Toyota Prius, o modelo híbrido mais vendido do mundo, e também o primeiro a chegar, em massa, ao mercado. Ele é equipado com um motor elétrico de 72 cavalos de potência e 16,6 kgfm de torque, e outro a gasolina 1.8 16V, com potência de 98 cv e torque 14,2 kgfm. A potência combinada é de 123 cv.
Segundo testes do Inmetro, o consumo de combustível do modelo, na cidade, é de 18,9 km/l. Já na estrada esse valor diminui, o que também é característico dos carros híbridos: 17 km/l. Em comparação, o carro 1.0 com menor consumo de gasolina na cidade é o Renault Kwid, que roda 14,9 km/l.
Assim, vemos que os carros híbridos, como o Prius, contribuem mais com o meio ambiente. Neste sentido, a Toyota é uma fabricante que sempre se destacou. O Prius foi o primeiro carro híbrido produzido em larga escala, em 1997, no Japão. Desde então, o modelo chegou a dezenas de outros países e, hoje, é o híbrido mais vendido do mundo.
Mais recentemente, a Toyota também se destacou por criar o primeiro motor híbrido flex do planeta. A fabricante está desenvolvendo dois modelos com a nova tecnologia, um Prius e um Corolla. Este último será o primeiro a ser lançado, no fim de 2019.
O primeiro motor híbrido flex do mundo foi concebido pela Toyota do Brasil e, além de contribuir para o meio ambiente e evolução da tecnologia, também traz distinção para o país.
“Este é um trabalho que […] destaca o Brasil no cenário mundial das alternativas para a eletromobilidade, como produtor de um dos automóveis mais limpos do mundo, em consonância com o Programa Rota 2030”, declarou Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil, durante a cerimônia de apresentação do Prius híbrido flex, em Brasília (DF).
Carros híbridos refletem preocupação da Toyota com o meio ambiente
Ao investir no desenvolvimento de carros híbridos e de tecnologia que os tornem um bem prático e adaptado à realidade brasileira, a Toyota está honrando um compromisso que fez com a sociedade e o meio ambiente. Em 2015, a fabricante japonesa criou o Desafio Toyota 2050, um conjunto de metas que visam a sustentabilidade da cadeia produtiva.
Os objetivos definidos pela marca devem ser alcançados até o ano de 2050, e envolvem o lançamento de novos veículos e fábricas com zero emissão de gás carbônico (CO2); otimização do uso da água na produção; adoção de sistemas baseados em reciclagem; e o investimento de uma sociedade em harmonia com a natureza.
Estes itens, contudo, não são apenas palavras ao vento. A empresa vem tomando diversas atitudes no sentido de alcançar suas metas. Além do desenvolvimento de novos modelos e tecnologias de carros híbridos, a Toyota implementou a coleta de água da chuva em duas de suas fábricas; reduziu o consumo de água e produção de resíduos com a fabricação de carros; a reciclagem de toneladas de baterias; e a coleta de milhares de pneus no Brasil para destinação correta.
Além disso, desde 2009, a companhia mantém a Fundação Toyota do Brasil, organização que patrocina programas de preservação ambiental e formação de cidadãos. A fundação também a coordena, hoje, programas ecológicos que a companhia já mantinha no país desde a década de 1980.
Entre os projetos da Fundação Toyota do Brasil, está uma parceria com a Organização Não Governamental (ONG) SOS Mata Atlântica, que tem o objetivo de preservar o bioma mais ameaçado do país. A empresa também colabora com o Instituto Arara Azul, que luta pela preservação desta e outras aves do Pantanal; e com o SOS Pantanal, outra ONG dedicada é conservação da região do Pantanal.
Fundação Toyota do Brasil também investe em ações sociais
Além de desenvolver carros híbridos, tecnologias de zero emissões, e investir na preservação do meio ambiente, a Toyota também coordena programas sociais. Através da Fundação Toyota do Brasil, a companhia mantém diversos projetos nas cidades onde possui fábricas.
Assim, as ações beneficiam comunidades de Guaíba (RS), Indaiatuba (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Sorocaba (SP). Os projetos englobam as áreas como a educação, meio ambiente e cultura, e incluem a participação de funcionários como voluntários.
Em Guaíba, a Toyota criou a Vitrine Cultural a partir da restauração de um imóvel histórico conhecido como “Casa do Juiz”. O novo espaço, aberto ao público, passou a servir como área de exposições de arte, lançamentos de livro, oficinas e palestras, com o objetivo de promover o desenvolvimento turístico e cultural da cidade.
Já em São Bernardo do Campo, a Fundação Toyota do Brasil está realizando a ampliação e modernização da Biblioteca Pública Municipal Monteiro Lobato. Um investimento de R$ 4,5 milhões foi feito na reforma do edifício, a praça e locais em seu entorno.
A nova biblioteca contará com espaço infantil, sala temática e plataforma elevatória para pessoas com mobilidade reduzida, além de uma sala multiuso com assentos para 120 pessoas.
Além disso, desde 2009, em Indaiatuba e Sorocaba, a Toyota realiza um evento público no Dia das Crianças. A programação inclui atividades voltadas para a conscientização ambiental relacionadas aos projetos ambientais da empresa, como o Arara Azul.
O Dia das Crianças da Toyota também inclui teatro de fantoches, jogo de xadrez humano, um contador de histórias, oficinas ecológicas, atividades circenses e apresentações do circo Vox.
“Uma coisa é certa: os valores desses híbridos não são nenhuma pechincha. Apenas um deles tem o valor equiparado com alguns sedãs nacionais”
Os carros mais econômicos do Brasil são os híbridos. Veja qual é o mais barato e qual roda mais, com menos combustível, no nosso mercado.
[TRANSCRIÇÃO]
Os carros de menor consumo no trânsito urbano são os híbridos. Isso, porque eles andam uma parte do tempo com a energia elétrica que eles mesmos geraram. E, claro, uma outra parte consumindo combustível. E entre os diversos que já existem à venda no Brasil, o de menor consumo é o Volvo S90: 21,3 km/l – mas custa a bagatela de R$ 365 mil.
Porém, se meu caro leitor tem saldo bancário a vontade, o híbrido mais caro disponível é o Porsche Panamera, que faz 18 quilômetros por litro e custa 565 mil reais. Bem, vamos resumir essa história e ir direto ao mais barato de todos, que é o Toyota Prius, que faz 19 quilômetros por litro na cidade, e custa 125 mil reais. Nenhuma pechincha, mas equiparado com alguns sedãs nacionais.
Os novos carros híbridos da BMW desligarão seus motores de combustão automaticamente em áreas muito poluídas e usarão o modo de direção elétrica como forma de reduzir as emissões de poluentes, disse a montadora nesta terça-feira (25).
Os esforços da BMW para otimizar o impacto ambiental de carros híbridos com funções de parada do motor ocorrem em um momento em que a indústria automotiva luta para vender veículos totalmente elétricos, o que representou apenas 1,5% do total de vendas globais de automóveis no ano passado.
As pessoas têm evitado comprar carros elétricos por causa da falta de estações de recarga e porque eles têm um alcance limitado e tempos de recarga mais longos do que os com motor à combustão.
Aumentar a adoção de carros elétricos tem se mostrado difícil porque as cidades estão tendo dificuldades para fazer caros investimentos em infraestrutura elétrica para garantir que novas estações de recarga consigam carregar as baterias de veículos em larga escala.
Os veículos híbridos têm a capacidade de recarregar a bateria elétrica enquanto operam no modo de motor a combustão, uma função que ameniza a hesitação do cliente sobre o alcance de operação limitado e reduz a pressão sobre as cidades para expansão de infraestrutura de carregamento.
Os novos híbridos da BMW terão a função de parada do motor a partir de 2020 e as cidades, incluindo Roterdã, na Holanda, dizem que a função se provou ser uma maneira eficaz de reduzir a poluição.
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Realizado a cada dois anos, o Tóquio Motor Show abre as portas ao público apenas em 24 de outubro. Algumas das novidades que serão vistas no evento japonês, que vai até 4 de novembro, já são divulgadas pelas marcas “locais”. Certamente outras serão exibidas só por ocasião da 46ª edição da feira.
A Nissan promete levar 14 modelos, entre eles o IMk, um novo carro-conceito zero emissão. Trata-se de um compacto urbano, construído sobre uma nova plataforma de veículos elétricos e dando pistas para o futuro do design da Nissan. Equipado com tecnologias avançadas ProPilot de assistência à condução e recursos que permitem conectividade ininterrupta.
O sedã esportivo Nissan Skyline Hybrid passa a ser equipado com o ProPilot 2.0, primeiro sistema de assistência ao motorista do mundo que combina condução assistida por navegação em via expressa com condução sem as mãos (hands-off). O sistema leva o carro a partir de uma rota predefinida, nas faixas de rodagem permitidas e desde que o motorista esteja pronto para assumir a direção quando necessário.
Vale ressaltar que o recurso hands-off não estará disponível em estradas com trânsito nos dois sentidos, túneis, estradas sinuosas, áreas de pedágio, faixas de convergência, ou áreas com um número decrescente de faixas e em áreas onde o controle manual seja uma exigência. Ao entrar em uma área da estrada onde o recurso hands-off não está disponível, o sistema emitirá um alerta antecipadamente, para que o motorista possa assumir o controle manual da direção do veículo.
Outro ainda mais esportivo, o GT-R será exibido na edição especial de aniversário de 50 anos do modelo, o Nissan GT-R 50th Anniversary, bem como o GT-R Nismo 2020. O primeiro contará com itens exclusivos no interior e exterior, além de combinações de cores em dois tons que fazem alusão às tradicionais carrocerias da marca. O Nismo, por sua vez, recebe novos turbocompressores, os mesmos utilizados no carro de competição GT3 2018, além de freios de fibra de carbono e cerâmica e novos componentes externos de fibra de carbono no teto, capô do motor e para-lamas frontais.
Honda
A Honda também prepara surpresas, entre carros e motos, como as estreias das novas gerações do Fit e do Accord. O novo compacto será mostrado pela primeira vez no mundo e, segundo a marca, passou por uma mudança completa nesta quarta geração, mantendo a cabine espaçosa. O modelo apresentará o sistema híbrido de dois motores. Já o sedã é novidade no Japão, porque já está à venda em outros mercados, como o norte-americano. Por lá estreia a versão híbrida.
A Honda atualizou o design do Freed, modelo vendido no mercado japonês, que apresenta um chassi compacto de fácil condução, cabine espaçosa, além de agregar a versão Crosstar, que, como seu nome sugere, tem design de estilo crossover.
Entre as motos, haverá a estreia mundial do CT125, um modelo-conceito desenvolvido com base na série Super Cub, a trail de baixa cilindrada CT 125. Voltada para o uso off-road, possui para-choque dianteiro e silenciador dianteiro em aço (acima do motor), um suporte traseiro amplo e grande, duto de entrada de ar de alta montagem e purificadores de ar laterais. Outras estreias mundiais são as elétricas Benly e: (scooter comercial) e Gyro e: (scooter de três rodas).
Mitsubishi
A Mitsubishi fará a estreia mundial do protótipo de SUV compacto híbrido plug-in que reúne as tecnologias de eletrificação com o controle de tração nas quatro rodas. O Mi-Tech apresenta sistema de transmissão híbrido de veículo elétrico (PHEV) mais leve e um sistema elétrico de quatro motores com tração nas quatro rodas e assistência avançada ao motorista com sistemas de segurança ativos.
Outra estreia mundial será da nova geração do SUV Super Height K-Wagon Concept, de amplo espaço interno e dotado com o sistema MI-Pilot, de sistemas avançados de segurança.
Suzuki e Toyota
A Suzuki, que comemora seu 100º aniversário em 2020, apresentará iniciativas no desenvolvimento de produtos e tecnologias para abrir um “grande futuro” para os próximos 100 anos. Entre as novidades estarão dois conceitos, daqueles que nada têm a ver com o gosto do brasileiro. O Waku SPO é um compacto híbrido plug-in. O Hanare é considerado uma sala móvel de condução autônoma, onde todos podem usar o tempo de transporte e o espaço confortável de maneira eficaz. Esse protótipo é baseado em robótica avançada e inteligência artificial.
Da Toyota, o que se espera é que a marca apresente um SUV compacto que servirá de inspiração para o modelo a ser produzido na fábrica de Sorocaba (SUV). Recentemente foi anunciado um investimento de R$ 1 bilhão para essa planta, que vai fabricar um novo modelo no Brasil.
A Toyota aposta há alguns anos no hidrogênio como alternativa para uma mobilidade menos poluente. A oferta e a venda de veículos movidos a célula de combustível, porém, ainda é baixa e quase restrita ao Japão.
A fabricante aproveitará os próximos Jogos Olímpicos, que acontecem ano que vem em Tóquio, para exibir a tecnologia como viável e projeta um crescimento na demanda. UOL Carros foi até lá para conferir como funcionam os veículos movidos a hidrogênio.
“Risco de explosão? As pessoas deviam perguntar isso sobre veículos a combustão. O veículo a hidrogênio é mais seguro que os veículos convencionais”, afirma Ron Haigh, gerente de projeto da Toyota.
Segundo o Haigh, o tanque onde o hidrogênio fica armazenado em alta pressão, na parte traseira, é de carbono reforçado e resiste a um tiro de arma de fogo. “Já fizemos crash-tests onde o carro foi completamente destruído e o tanque ficou intacto”, diz.
Em caso de vazamentos, o que, garante o executivo, seria bastante improvável, a parte baixa do veículo é projetada de modo a dissipar rapidamente o hidrogênio.
Pilha gigante, água no escape
A “mágica” acontece na célula de combustível. É nela que ocorre uma reação química entre o oxigênio e o hidrogênio para gerar a eletricidade que movimenta o carro. É como uma pilha gigante e não poluente. O subproduto desta reação é apenas água. Ao invés de CO2, a traseira do carro apenas despeja um pouco de água ou vapor d’água.
Um carro que “urina” água no lugar de soltar os gases do aquecimento global pode ser perfeito para o momento em que vivemos. No entanto, assim como o elétrico, os custos são a grande barreira. A tecnologia ainda é cara, são necessários postos especiais de abastecimento e hoje o preço do hidrogênio ainda é 20% superior ao da gasolina.
“A célula de combustível costumava ser do tamanho de uma geladeira. O tamanho e o custo reduziram e vão reduzir ainda mais, para novos modelos de carros e maior volume de produção”, promete Haigh. Hoje a Toyota vende apenas o Mirai, um sedã a hidrogênio, mas aposta no crescimento da produção em massa a partir do ano que vem.
Duas razões. A primeira, a montadora terá carros e ônibus transportando visitantes e atletas durante a Olimpíada de Tóquio. A segunda, o Japão deve se tornar auto-suficiente em hidrogênio, hoje importado do Oriente Médio e da Austrália.
Testamos o Mirai
UOL Carros testou uma unidade do Mirai em um pequeno circuito fechado em uma espécie de “cidade da Toyota” que a fabricante mantém em Tóquio. O Toyota Megaweb integra museu, show room e áreas interativas, onde clientes e futuros clientes podem conhecer as novidades e a história da empresa.
Quem já conduziu elétricos não sente diferenças: silêncio e suavidade, com a diversão do torque instantâneo. Apesar dos 1.850 kg de peso para a potência mediana de 154 cv, os 34,2 kgfm constantes entregam uma resposta quase sempre espevitada — especialmente em “power mode”.
Algumas voltas depois, apertamos um botão no painel, e uma saída na traseira despeja uma pequena cachoeira por alguns segundos. É a única diferença externa que entrega não se tratar de um carro com propulsão convencional, uma vez que o desenho não difere muito de outros Toyota recentes.
Outra vantagem do hidrogênio é o abastecimento mais rápido que o de muitos elétricos. Segundo a marca, bastam de 3 a 5 minutos para encher o tanque e o Mirai pode rodar até 550 km.
É um recurso típico do Japão, país que enfrenta desastres naturais com resiliência e eficiência, a célula de combustível do Mirai pode ser convertida em fonte de energia em situações de emergência. Ela pode abastecer uma casa por até três dias mesmo que o carro esteja danificado.
Nova geração vem aí
As vendas, porém, ainda são baixas. Desde o lançamento, em 2015, foram vendidas pouco mais de 3000 unidades. A Toyota tem a meta ambiciosa de passar a 30 mil por ano em 2020, dentro do plano que passa pela auto-suficiência e a vitrine olímpica.
Além do Japão, seu maior mercado, o Mirai está disponível em Califórnia (EUA), Alemanha, Reino Unido, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Suécia e Noruega.
O Mirai custa o equivalente 70 mil dólares (cerca de R$ 290 mil), mas no Japão há incentivos. O governo federal paga 20 mil e, se for em Tóquio, a prefeitura entra com outros 10 mil, reduzindo preço para 40 mil dólares (R$ 165 mil).
UOL Carros apurou que a Toyota também exibirá o protótipo da nova geração do Mirai no Salão de Tóquio, no próximo mês, dentro deste plano de turbinar as vendas do modelo. A marca também promete que os pontos de abastecimento de hidrogênio devem passar dos atuais 100 para 900.
Ron Haigh destaca, contudo, que globalmente o hidrogênio é parte complementar de uma estratégia que prevê igualmente espaço para veículos elétricos e híbridos com baterias de íon de lítio. O Prius, que acaba de chegar à nova geração, é atualmente o híbrido mais vendido do mundo.
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A Toyota anunciou nesta quinta-feira (13) que vai ser a primeira montadora de veículos a produzir no Brasil um modelo híbrido, que além do motor elétrico é equipado com outro a combustão.
A companhia afirmou que o modelo, um “híbrido flex” em que o motor a combustão funciona com gasolina e álcool, será produzido no Brasil a partir do fim de 2019. A empresa não informou qual será o modelo a ser produzido com essa motorização e nem onde a montagem do veículos será feita.
O projeto tem parceria com a principal entidade representante do setor sucroalcooleiro no Brasil, a Unica, e está inserido em programa de apoio a universidades como USP e UnB, “permitindo a combinação de um motor elétrico e outro à combustão utilizando etanol brasileiro”, afirmou a Toyota.
O anúncio ocorreu após meses de testes, que culminaram em março com a ida de um modelo Prius com motorização híbrida flex de São Paulo para Brasília.
Atualmente o Prius é o veículo híbrido mais vendido no Brasil. O modelo, que é importado, custa cerca de 127 mil reais e teve vendas de cerca de 2 mil unidades em 2017.
Segundo a Toyota, a decisão de produção de um carro híbrido flex no Brasil ocorreu com a sanção nesta semana do programa de incentivo automotivo Rota 2030, “que oferece previsibilidade para as empresas investirem no longo prazo no país e estabelece, dentre outras medidas, novas políticas de estímulo a veículos mais eficientes”.
Selecionamos sete modelos que combinam combustão e eletricidade… Mas nenhum deles custa menos do que R$ 120 mil
Os híbridos ganham força no Brasil, diferentes marcas preparam lançamentos de versões que combinam motores a combustão e elétricos e até o Rota 2030, o programa de incentivos do Governo Federal para o setor apresentado em 2018, acena com impostos mais leves para carros mais eficientes. Contudo, isso ainda não representou a democratização, de fato, da tecnologia no país.
Selecionamos os sete híbridos mais baratos do mercado. Baratos, como força de expressão, já que nenhum deles figura abaixo dos R$ 120 mil. Em compensação, tem-se economia de combustível, nível de equipamentos e conforto condizentes e desempenho que não deixa a desejar a muito carro puramente a combustão por aí.
7º Lexus ES 300h
Preço
R$ 239.990
Motor a combustão
2.5 16V de 178 cv e torque de 22,5 kgfm
Motor elétrico
118 cv e 20,2 kgfm
Potência combinada
218 cv
Câmbio
CVT
Consumo PBEV
N/D
Garantia da bateria
8 anos
A Lexus domina e fecha a lista de híbridos do Brasil com este sedã que oferece um dos desempenhos mais interessantes desta relação. Conforto ao rodar, espaço interno e isolamento acústico são os destaques do modelo, que oferece quatro modos de condução. Entre os equipamentos, chamam a atenção os airbags laterais traseiros e o carregador sem fio de celular.
Aquele papo de demanda reprimida nunca ficou tão evidente como com os híbridos e elétricos. Bastou o governo anunciar o Rota 2030 com incentivos para tecnologias de eficiência energética para as marcas anunciarem novos modelos para o mercado.
Mas você sabe quanto custa manter um híbrido? Quanto tempo leva para carregar aquele elétrico? Quanto consegue rodar com uma carga e quanto tempo leva essa carga?
QUATRO RODAS elaborou um guia com os principais veículos, digamos, ecologicamente corretos disponíveis no país com essas e outras informações.
Sentiu falta dos novíssimos Chevrolet Bolt, Nissan Leaf e Renault Zoe? Veja o teste completo do trio elétrico. Na lista não entraram dois Kia, o Optima Hybrid e o Soul EV, que só estão à venda sob encomenda e não tiveram o preço divulgado pela marca.
AUDI
Revisões até 60.000 km: n/d Garantia: 2 anos Garantia da bateria: n/d Número de concessionárias habilitadas: 48
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– (Divulgação/Audi)
A6
A Audi o classifica como MHEV (Mild Hybrid), conhecido como híbrido parcial. Isso porque o motorzinho elétrico de 48 V só entra em ação em duas situações: nas retomadas e para alimentar o motor de arranque da função do start-stop – o fabricante diz que o carro é capaz de trafegar com o motor desligado entre 55 e 160 km/h por até 40 s.
Quem manda mesmo na relação são as duas opções de propulsores turbinados FSI: o 2.0 quatro cilindros de 245 cv e o V6 3.0 de 340 cv, sempre com câmbio de dupla embreagem e tração integral Quattro.
Ficha técnica
Preço: a partir de R$ 420.000 Tipo: híbrido parcial Motores no 2.0: dianteiro, a gasolina, 2.0 16V, turbo, 245 cv e 37,7 mkgf Motores no V6: dianteiro, a gasolina, 3.0 24V, V6, turbo, 340 cv e 50,1 mkgf; elétrico de 48 V Câmbio: dupla embreagem, 7 marchas, tração integral Dimensões: comprimento, 493 cm; largura, 211 cm; altura, 138 cm; entre-eixos, 292 cm Peso: 1.595 kg (2.0) / 1.790 kg (V6) Porta-malas: 530 litros Desempenho: 0 a 100 km/h em 6,8 s (2.0) e 5,1 s (V6) e máxima de 250 km/h Consumo: n/d O que tem de legal: desempenho, conforto, estabilidade e espaço interno Fique atento: revisões sem preço fixo
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– (Divulgação/Audi)
A7 Sportback
O belo modelo da marca alemã utiliza o mesmo conceito de híbrido parcial do A6, mas com o apelo do design de cupê quatro portas. Aqui, só há a opção do motor V6 3.0 FSI de 340 cv, com desempenho que sobra, principalmente na estrada.
As retomadas são o destaque, com motor cheio já em 1.300 rpm e a versão vem bem recheada de equipamentos, como controle de cruzeiro adaptativo, sensor de ponto cego, monitoramento e assistente de permanência na faixa, câmera com visão 360º e controle de largada.
Ficha técnica
Preço: R$ 449.000 Tipo: híbrido parcial Motores: dianteiro, a gasolina, 3.0 24V, V6, turbo, 340 cv e 50,1 mkgf; elétrico de 48 V Câmbio: automatizado de dupla embreagem e sete marchas, tração integral Dimensões: comprimento, 496 cm; largura, 211 cm; altura, 138 cm; entre-eixos, 292 cm Peso: 1.810 kg Porta-malas: 535 litros Desempenho: 0 a 100 km/h em 5,3 s e máxima de 250 km/h Consumo: n/d O que tem de legal: desempenho, design, nível de equipamentos e comportamento dinâmico Fique atento: revisões sem preço fixo e acerto duro da suspensão
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– (Divulgação/Audi)
Q8
A lógica do híbrido leve se replica no maior SUV da Audi. O motor a combustão é o mesmo V6 do A6 topo de linha e do A7, mas aqui trabalha com a transmissão automática Tiptronic, de oito marchas. Só que a posição de dirigir do grandalhão lembra a de um cupê, com bancos dianteiros baixos, além da direção elétrica direta e firme.
Destaque para a suspensão pneumática com três regulagens de altura, que é opcional. Outro diferencial são as rodas traseiras que esterçam 5º para dar agilidade e facilitar a vida do motorista na hora de manobrar.
Ficha técnica
Preço: R$ 509.000 Tipo: híbrido parcial Motores: dianteiro, a gasolina, 3.0 24V, V6, turbo, 340 cv e 50,1 mkgf; elétrico de 48 V Câmbio: automático de oito marchas, tração integral Dimensões: comprimento, 498 cm; largura, 199 cm; altura, 170 cm; entre-eixos, 299 cm Peso: 2.145 kg Porta-malas: 605 litros Desempenho: n/d Consumo: n/d O que tem de legal: dirigibilidade, espaço interno, robustez e equipamentos Fique atento: opcionais caros e revisões sem preço fixo
BMW
Rev. até 60.000 km: R$ 10.981 (i3) / R$ 10.797 (i8) / n/d (530e) Garantia: 2 anos Garantia da bateria: 8 anos ou 100.000 km Número de concessionárias habilitadas: 9
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– (Christian Castanho/Quatro Rodas)
i3
O hatch elétrico foi reestilizado em 2018 e ganhou nova bateria, que elevou a autonomia de 130 km para 180 km. Traz o sistema REX, pequeno motor a combustão dois cilindros de 39 cv que faz as vezes de gerador. Não traciona as rodas, mas dá uma carga extra à bateria e faz a autonomia crescer mais 150 km.
Só não se espante com o acabamento mais simples para o padrão da marca: é todo feito de material reciclado. Os pneus finos (155/60 e 175/60 R 20) também afetam o conforto a bordo e o carro é para quatro ocupantes.
Ficha técnica
Preços: R$ 199.950 a R$ 239.950 Tipo: elétrico Motor: traseiro, 170 cv e 25,5 mkgf Câmbio: automático de uma marcha, tração traseira Dimensões: comprimento, 399 cm; largura, 177 cm; altura, 157 cm; entre-eixos, 257 cm Peso: 1.340 kg Porta-malas: 260 litros Desempenho: 0 a 100 km/h em 8,1 s e máxima de 150 km/h Autonomia: 235 km / 385 km (com REX) Tempo de recarga: 1h30 (rápida), 3h30 ou 9 horas O que tem de legal: desempenho, comportamento dinâmico, conectividade e multimídia Fique atento: espaço só para quatro e porta-malas pequeno
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– (Marco De Bari/Quatro Rodas)
i8
O híbrido entrega esportividade com seu estilo arrojado de cupê e portas que se abrem para o alto. Se reafirma mesmo é com o 1.5 de três cilindros (sobre o eixo traseiro), com turbo, injeção direta, comandos variáveis e 231 cv. O motor até ruge grave como um V8, mas é fake: caixas de som simulam o ronco.
Na frente vai o elétrico de 131 cv, somando 362 cv e 58,1 mkgf. Em nossos testes, marcou 24,2 km/l na cidade e 31,7 km/l na estrada. O estilo cobra seu preço: há pouco espaço para pernas atrás, o acesso é ruim, o porta-malas é decorativo e a suspensão não filtra bem os buracos.
Ficha técnica
Preço: R$ 799.950 Tipo: híbrido plug-in Motores: traseiro a gasolina, 1.5 12V, turbo, 231 cv e 32,6 mkgf; dianteiro elétrico, 131 cv e 25,5 mkgf; potência combinada de 362 cv Câmbio: automático de oito marchas, tração integral Dimensões: comprimento, 468 cm; largura, 194 cm; altura, 129 cm; entre-eixos, 280 cm Peso: 1.485 kg Porta-malas: 154 litros Desempenho: 0 a 100 km/h em 4,4 s e máxima de 250 km/h Consumo: n/d Tempo de recarga: 2 horas O que tem de legal: desempenho, comportamento dinâmico, posição de dirigir Fique atento: porta-malas pequeno, espaço traseiro apertado e acerto da suspensão duro
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– (Divulgação/BMW)
530e M Sport
A versão híbrida do Série 5 apimenta a relação no confortável sedã. As respostas ao acelerador são instantâneas e as mudanças da caixa automática de oito marchas são suaves e rápidas ao mesmo tempo. O responsável é o motor 2.0 turbo de 184 cv aliado ao elétrico de 113 cv, posicionado sobre a transmissão.
Em modo 100% elétrico, a autonomia prometida é de 46 km. O modelo carrega o bom recheio da linha, com modos de condução semiautônoma e detalhes visuais da linha M, como o volante revestido de couro e as rodas de liga leve.
Ficha técnica
Preço: R$ 328.950 Tipo: híbrido plug-in Motores: dianteiro a gasolina, 2.0 16V, turbo, 184 cv e 29,6 mkgf; dianteiro elétrico, 113 cv e 25,5 mkgf; potência combinada de 252 cv Câmbio: automático de oito marchas, tração traseira Dimensões: comprimento, 493 cm; largura, 186 cm; altura, 148 cm; entre-eixos, 297 cm Peso: 1.770 kg Porta-malas: 410 litros Desempenho: 0 a 100 km/h em 6,2 s e máxima de 235 km/h Consumo: n/d Tempo de recarga: 2 horas O que tem de legal: conforto, desempenho, equipamentos e estabilidade Fique atento: revisão sem preço fixo
FORD
Revisões até 60.000 km: R$ 3.688 Garantia: 3 anos Garantia da bateria: 8 anos ou 60.000 km Número de concessionárias habilitadas: 347
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– (Divulgação/Ford)
Fusion Titanium Hybrid
Um dos primeiros a ter versão híbrida no país, lá em 2010, o sedã se vale do tamanho para oferecer boa dose de conforto, tanto no espaço na cabine como no rodar – pena que as baterias prejudicam o porta-malas, que cai de 514 para 392 litros.
O motor elétrico pode trabalhar até 100 km/h se o motorista for moderado com o pé direito, o que também significará economia: nos nossos testes, foram 19,2 km/l em ciclo urbano.
Ficha técnica
Preço: R$ 164.900 Tipo: híbrido Motores: dianteiro, a gasolina, 2.0 16V, 143 cv e 17,8 mkgf; elétrico, 120 cv e 18 mkgf; potência combinada de 190 cv Câmbio: automático do tipo CVT, tração dianteira Dimensões: comprimento, 487 cm; largura, 185 cm; altura, 148 cm; entre-eixos, 285 cm Peso: 1.670 kg Porta-malas: 392 litros Desempenho: 0 a 100 km/h em 10,2 s*; máxima n/d Consumo: 16,8 km/l (urbano) e 15,1 km/l (rodoviário) O que tem de legal: espaço interno, nível de conforto, rede de concessionárias e dirigibilidade Fique atento: porta-malas e acabamento
MINI
Revisões até 60.000 km: n/d Garantia: 2 anos Garantia da bateria: 8 anos ou 100.000 km Número de concessionárias habilitadas: 9
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– (Divulgação/Mini)
Cooper S e Countyman All4
O primeiro híbrido plug-in da Mini estreia com a promessa de manter a pegada esportiva como em um kart com eficiência energética. Para tal, se vale de motor elétrico de 88 cv que traciona a traseira, enquanto o 1.5 biturbo 136 cv traciona a dianteira.
O modo de condução é selecionado através de um botão na cabine. A lista de equipamentos é interessante, o Countryman tem mais espaço que os demais Mini, porém a suspensão das versões puramente a combustão sofrem em pisos irregulares.
Ficha técnica
Preço: R$ 199.990 Tipo: híbrido plug-in Motores: dianteiro a gasolina, 1.5 12V, turbo, 136 cv e 22,4 mkgf; traseiro elétrico, 88 cv e 16,4 mkgf; potência combinada de 224 cv Câmbio: automático de seis marchas, tração integral Dimensões: comprimento, 429 cm; largura, 182 cm; altura, 155 cm; entre-eixos, 267 cm Peso: 1.685 kg Porta-malas: 405 litros Desempenho: 0 a 100 km/h em 6,8 s e máxima de 198 km/h Consumo: n/d Autonomia: 40 km Tempo de recarga: 2 horas O que tem de legal: dirigibilidade, comportamento dinâmico, ergonomia e acabamento Fique atento: acerto da suspensão duro
MERCEDES-BENZ
Revisões até 60.000 km: n/d Garantia: 2 anos Garantia da bateria: 10 anos Número de concessionárias habilitadas: 55
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– (Divulgação/Mercedes-Benz)
C 200 EQ Boost
Esse carrega o título de primeiro híbrido feito no Brasil, mas usa sistema parecido com o da Audi. Ou seja, o Classe C se vale do motor elétrico para ajudar a unidade a combustão em situações de maior esforço. Em resumo, um alternador transforma a energia das frenagens em elétrica e transfere isso ao conjunto nas acelerações ou em velocidades de cruzeiro.
São até 14 cv adicionais aos 183 cv do motor a gasolina turbinado e economia que pode chegar a 10% no consumo. Esse conceito é classificado como híbrido parcial e, para tal, o sedã usa bateria suplementar de 48V para o sistema elétrico.
Ficha técnica
Preço: R$ 228.900 Tipo: híbrido parcial Motores: dianteiro, a gasolina, 1.5 16V, turbo, injeção direta, 183 cv e 28,5 mkgf; dianteiro, elétrico, 13,3 cv e 16,3 mkgf; potência combinada de 197 cv Câmbio: automático de nove marchas, tração traseira Dimensões: comprimento, 468 cm; largura, 202 cm; altura, 144 cm; entre-eixos, 284 cm Peso: 1.430 kg Porta-malas: 435 litros Desempenho: 0 a 100 km/h em 7,7 s e máxima de 239 km/h Consumo: 10,2 km/l (urbano) e 13,6 km/l (rodoviário) O que tem de legal: conforto, dirigibilidade, comportamento dinâmico e acerto da suspensão Fique atento: custo de manutenção e consumo altos
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– (Divulgação/Mercedes-Benz)
AMG CLS 53 4MATIC+
O primeiro híbrido AMG pode ter desagradado aos puristas de plantão, mas já é uma realidade. O arrojado cupê quatro portas agrega motor de partida e alternador (como no C200 EQ Boost), com 21 cv adicionais, usados nas acelerações.
Há outro propulsor elétrico posicionado entre o cofre e a transmissão, que serve para ativar o compressor mecânico que atua com o motor turbo a gasolina, de seis cilindros e 435 cv.
Ficha técnica
Preço: R$ 599.900 Tipo: híbrido Motores: dianteiro, a gasolina, 3.0 24V, biturbo, compressor mecânico, 435 cv e 53 mkgf; dianteiro, elétrico, 22 cv e 25,5 mkgf; potência combinada de 457 cv Câmbio: automático de nove marchas, tração integral Dimensões: comprimento, 500 cm; largura, 206 cm; altura, 142 cm; entre-eixos, 294 cm Peso: 1.905 kg Porta-malas: 490 litros Desempenho: 0 a 100 km/h em 4,5 s e máxima de 250 km/h Consumo: 6,5 km/l (urbano) e 9,6 km/l (rodoviário) O que tem de legal: desempenho, comportamento dinâmico e nível de equipamentos Fique atento: custo de manutenção e consumo altos
LEXUS
Revisões até 60.000 km: R$ 5.471 (CT 200h), R$ 7.206 (NX 300h), R$ 6.813 (ES 300h), n/d LS 500h Garantia: 4 anos Garantia da bateria: 8 anos Número de concessionárias habilitadas: 13
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– (Divulgação/Lexus)
CT 200h
O hatch é o híbrido mais barato da marca de luxo da Toyota. Ostenta acabamento caprichado, com padrão sóbrio e meio vintage ao mesmo tempo. O conjunto reúne o motor 1.8 a gasolina com um elétrico que resultam em potência combinada de 136 cv. Assim como no Prius, são quatro modos de condução, mas só a opção Sport deixa o carro levemente mais esperto.
No Normal, se encontra o mesmo equilíbrio no rodar e a busca constante por melhor eficiência do irmão da Toyota. Consegue ser mais ligeiro que o Prius, porém mais beberrão.
Ficha técnica
Preços: R$ 135.750 (Eco) e R$ 153.300 (Luxury) Tipo: híbrido Motores: dianteiro, a gasolina, 1.8 16V, 99 cv e 14,5 mkgf; dianteiro, elétrico, 82 cv e 21 mkgf; potência combinada de 136 cv Câmbio: automático do tipo CVT, tração dianteira Dimensões: comprimento, 435 cm; largura, 176 cm; altura, 149 cm; entre-eixos, 260 cm Peso: 1.465 kg Porta-malas: 375 litros Desempenho: 0 a 100 km/h em 10,3 s e máxima de 180 km/h Consumo: 15,7 km/l (urbano) e 14,2 km/l (rodoviário) O que tem de legal: dirigibilidade, nível de equipamentos, garantia e comportamento dinâmico Fique atento: rede de concessionárias pequena e espaço apertado no banco traseiro
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– (Christian Castanho/Quatro Rodas)
NX 300h
O desenho do SUV sugere robustez, ainda mais com o conjunto híbrido com três motores. Aliado ao 2.5 a gasolina de 155 cv há dois propulsores elétricos, um para cada eixo. Porém, a potência combinada fica em 194 cv, e seus mais de 1.800 kg e o câmbio CVT atrapalham o desempenho em baixo giro.
Por outro lado, o NX entrega em conforto e acabamento correto. Pode oferecer sensor que permite abertura automática da tampa do porta-malas só com o movimento dos pés, rebatimento elétrico dos encostos traseiros e controle automático da suspensão.
Ficha técnica
Preços: R$ 219.990 a R$ 249.990 (F Sport) Tipo: híbrido Motores: dianteiro, a gasolina, 2.5 16V, 155 cv e 21,4 mkgf; traseiro, elétrico, 67 cv e 27,5 mkgf; dianteiro, elétrico, 143 cv e 27,5 mkgf; potência combinada de 194 cv Câmbio: automático do tipo CVT; tração integral Dimensões: compr., 4,64 m; larg., 1,84 m; alt., 1,64 m; entre-eixos, 2,66 m Peso: 1.850 kg Porta-malas: 475 litros Desempenho: n/d Consumo: 12,6 km/l (urbano) e 11,1 km/l (rodoviário) O que tem de legal: acabamento, conforto e posição de dirigir Fique atento: desempenho regular e isolamento acústico fraco
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– (Divulgação/Lexus)
ES 300 h
O sedã tem desenho arrojado e alia o motor a gasolina quatro cilindros com um elétrico que entregam potência combinada de 217,5 cv e quatro modos de condução. O conforto ao rodar e a bordo são os destaques. Os cinco passageiros desfrutam de bom espaço para pernas, silêncio na cabine e boa leva de equipamentos.
Tem airbags laterais para os ocupantes de trás, carregador de celular sem fio e bancos dianteiros com ajustes elétricos, memória, ventilação e aquecimento. Pelo preço, contudo, deve em itens de condução semiautônoma.
Ficha técnica
Preço: R$ 239.990 Tipo: híbrido Motores: dianteiro, a gasolina, 2.5 16V,178 cv e 22,5 mkgf; dianteiro, elétrico, 118 cv e 20,2 mkgf; potência combinada de 218 cv Câmbio: automático do tipo CVT, tração dianteira Dimensões: comprimento, 497 cm; largura, 186 cm; altura, 144 cm; entre-eixos, 2,87 m Peso: 1.680 kg Porta-malas: 473 litros Desempenho: n/d Consumo: 16,2 km/l (urbano) e 15,4 km/l (rodoviário) O que tem de legal: conforto, espaço interno e isolamento acústico Fique atento: ausência de itens de condução semiautônoma
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– (Divulgação/Lexus)
LS 500h
O enorme sedã está num patamar acima (bem acima) dos irmãos da marca. Principalmente pelo preço e nível de conforto. O patrão que for no banco de trás desfruta de telas individuais de 12 polegadas e outra sensível ao toque embutida no descanso de braço central para ele regular o ar-condicionado.
Quem for dirigir pode estranhar a economia e o desempenho. O V6 a gasolina de 299 cv em conjunto com o elétrico de 179 cv sugerem esportividade, mas trata-se de um carro pesado (2,2 toneladas) e as respostas são lentas.
Ficha técnica
Preço: R$ 760.000 Tipo: híbrido Motores: dianteiro, a gasolina, 5.5 24V, V6, 299 cv e 37,5 mkgf; dianteiro, elétrico, 179 cv e 30,6 mkgf; potência combinada de 359 cv Câmbio: automático do tipo CVT com 10 marchas simuladas, tração traseira Dimensões: comprimento, 523 cm; largura, 190 cm; altura, 145 cm; entre-eixos, 312 cm Peso: 2.200 kg Porta-malas: 430 litros Desempenho: n/d Consumo: 10,1 km/l (urbano) e 11,5 km/l (rodoviário) O que tem de legal: nível de equipamentos, conforto, espaço interno e dirigibilidade Fique atento: ergonomia razoável e revisões sem preço fixo
PORSCHE
Revisões até 60.000 km: R$ 24.000 (4 E-Hybrid) e R$ 25.602 (S E-Hybrid e Turbo S) Garantia: 2 anos Garantia da bateria: 5 anos ou 120.000 km Número de concessionárias habilitadas: 10
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– (Divulgação/Porsche)
Panamera 4 E-Hybrid
Que os puristas nos perdoem, mas a Porsche manteve sua essência esportiva com a tec-nologia híbrida. O motor elétrico de 136 cv funciona já nas primeiras (e rápidas) a acelerações e pode rodar até 50 km só nesse modo. Ele atua em conjunto com o V6 2.9 biturbo a gasolina de 330 cv – só o ronco não é tão grave como nas versões “civis” do Panamera.
O comportamento dinâmico exemplar e a direção firme e direta estão lá. Nos testes da QUATRO RODAS, obteve excelente média urbana de 28,6 km/l – e 11,6 km/l na estrada.
Ficha técnica
Preço: R$ 528.768 Tipo: híbrido plug-in Motores: dianteiro, a gasolina, 2.9 24V, V6, biturbo, 330 cv e 45,9 mkgf; elétrico, 136 cv e 40,8 mkgf; potência combinada de 462 cv Câmbio: automatizado de dupla embreagem e oito marchas, tração integral Dimensões: comprimento, 504 cm; largura, 193 cm; altura, 142 cm; entre-eixos, 295 cm Peso: 2.170 kg Porta-malas: 405 litros Desempenho: 0 a 100 km/h em 4,6 s e máxima de 278 km/h Consumo: 17,8 km/l (urbano) e 25,7 km/l (rodoviário) Autonomia: 50 km Tempo de recarga: 8 horas ou 4 horas O que tem de legal: desempenho, comportamento dinâmico, acerto da suspensão e dirigibilidade Fique atento: garantia do sistema de baterias de apenas 5 anos
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– (Divulgação/Porsche)
Panamera Turbo S E-Hybrid
Ironia do destino: o Panamera turbo de mais de R$ 1,2 milhão é o mais potente de todos os tempos e é… híbrido. Aqui o V8 de 550 cv trabalha com o elétrico de 136 cv resultando em colossais 680 cv e 86,7 mkgf distribuídos pelas quatro rodas. O 0-100 km/h é feito em 3,4 s.
Para segurar esse bicho, diversos dispositivos entram no Turbo S. Estão lá discos de freio de cerâmica, controle dinâmico de chassi e sistema de vetorização de torque.
Ficha técnica
Preço: R$ 1.233.016 Tipo: híbrido plug-in Motores: dianteiro, a gasolina, 4.0 32V, V8, biturbo, 550 cv e 78,5 mkgf; elétrico, 136 cv e 40,8 mkgf; potência combinada de 680 cv Câmbio: automatizado de dupla embreagem e oito marchas, tração integral Dimensões: comprimento, 504 cm; largura, 193 cm; altura, 142 cm; entre-eixos, 295 cm Peso: 2.310 kg Porta-malas: 405 litros Desempenho: 0 a 100 km/h em 3,4 s e máxima de 310 km/h Consumo: 16,5 km/l (urbano) e 22,3 km/l (rodoviário) Autonomia: 50 km Tempo de recarga: 8 horas ou 4 horas O que tem de legal: desempenho, comportamento dinâmico, acerto da suspensão e dirigibilidade Fique atento: garantia do sistema de baterias de apenas 5 anos
Toyota
Revisões até 60.000 km: R$ 3.875 Garantia: 3 anos Garantia da bateria: 8 anos Número de concessionárias habilitadas: 256
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– (Divulgação/Toyota)
Prius
Talvez o mais famoso híbrido do mundo, a quarta geração do Prius traz um motor elétrico que garante as manobras e acelerações até 50 km/h. Já o motor 1.8 a gasolina entra em ação de modo muito discreto. O desempenho é gradual, com nível de rotações constante, cadenciado pelo câmbio CVT.
E são quatro modos de condução: Normal, Eco (que prioriza a eletricidade), Power (otimiza a combustão) e EV (para manobras). O resultado é um consumo de 23,8 km/l na cidade nos testes feitos por QUATRO RODAS.
Ficha técnica
Preço: R$ 125.450 Tipo: híbrido Motores: dianteiro, a gasolina, 1.8 16V, 98 cv e 14,2 mkgf; dianteiro, elétrico, 72 cv e 16,6 mkgf; potência combinada de 123 cv Câmbio: automático do tipo CVT, tração dianteira Dimensões: comprimento, 454 cm; largura, 176 cm; altura, 149 cm; entre-eixos, 270 cm Peso: 1.400 kg Porta-malas: 412 litros Desempenho: 0 a 100 km/h em 12,1 s* e máxima de 165 km/h Consumo: 18,9 km/l (urbano) e 17,0 km/l (rodoviário) O que tem de legal: custo de manutenção, espaço interno, recuperação de energia e dirigibilidade Fique atento: frente baixa e freio de estacionamento por pedal
VOLVO
Revisões até 60.000 km: R$ 10.994 (XC60 e S90), R$ 10.544 (XC90) Garantia: 2 anos Garantia da bateria: 5 anos Número de concessionárias habilitadas: 35
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– (Divulgação/Volvo)
XC60 T8 R-Design
O conjunto deste XC60 R-Design é o mesmo do XC90, com o motor turbo de 320 cv na dianteira e o elétrico de 87 cv na traseira. Ele também oferece os cinco modos de condução do SUV maior: Hybrid, Pure, AWD, Individual e Power. O irmão menor chama a atenção pelo isolamento acústico primoroso e comportamento dinâmico mais acertado.
Entre os detalhes da versão, alavanca de câmbio feita de cristal Orrefors, a central que lembra um tablet com tela de 12,3 polegadas e som Harman-Kardon.
Ficha técnica
Preço: R$ 299.950 Tipo: híbrido plug-in Motores: dianteiro, a gasolina, 2.0 16V, turbo, compressor, 320 cv e torque de 40,8 mkgf; traseiro, elétrico, 87 cv e 24,5 mkgf; potência combinada de 407 cv Câmbio: automático de oito marchas, tração integral Dimensões: comprimento, 4,68 m; largura, 190 cm; altura, 165 cm; entre-eixos, 286 cm Peso: 2.174 kg Porta-malas: 505 litros Desempenho: 0 a 100 km/h em 5,3 s e máxima de 230 km/h Consumo: 19,0 km/l (urbano) e 20,0 km/l (rodoviário) no modo Hybrid Autonomia: 40 km no modo Pure Tempo de recarga: 6 horas em tomada convencional 220 V e 2h30 na recarga rápida O que tem de legal: desempenho, isolamento acústico, comportamento dinâmico Fique atento: custo das revisões elevado
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– (Divulgação/Volvo)
Volvo XC90 T8
A Volvo banca a adaptação de um carregador rápido na casa do dono do XC90, o que faz a recarga cair das 7 horas em uma tomada comum de 220V, para 3 horas. Isso garante o funcionamento do motor elétrico de 87 cv, que atua em conjunto com o 2.0 a gasolina de 320 cv.
Porém, o que mais salta aos olhos, além do requinte a bordo, do comportamento de sedã e da central multimídia que remete a um tablet, é o consumo. Em nossos testes, ele fez 34,5 km/l na cidade e 25 km/l, na estrada. E isso no modo de condução Power.
Ficha técnica
Preços: R$ 454.950 (Intense) e R$ 509.950 (Excellence) Tipo: híbrido plug-in Motores: dianteiro, a gasolina, 2.0 16V, turbo, compressor, 320 cv e 40,8 mkgf; traseiro, elétrico, 87 cv e 24,5 mkgf; potência combinada de 407 cv Câmbio: automático de oito marchas, tração integral Dimensões: comprimento, 495 cm; largura, 200 cm; altura, 177 cm; entre-eixos, 298 cm Peso: 2.354 kg Porta-malas: 751 litros Desempenho: 0 a 100 km/h em 5,6 s e máxima de 230 km/h Consumo: 21,3 km/l (urbano) e 25,6 km/l (rodoviário) no modo Hybrid Autonomia: 40 km no modo Pure Tempo de recarga: 8 horas em tomada convencional 220 V e 3 horas em estação especial de recarga rápida O que tem de legal: desempenho, conforto, sofisticação e consumo Fique atento: custo das revisões elevado
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– (Divulgação/Volvo)
S90 T8 Inscription
O grande três-volumes da Volvo carrega as mesmas características técnicas de seus companheiros híbridos de vitrine, mas com algumas doses superlativas. Motorista fica muito à vontade, os 2,94 m de entre-eixos garantem espaço de sobra para os passageiros de trás e o porta-malas comporta 500 litros.
Aliado a isso, está o acabamento primoroso e refinado do sedã executivo. O painel é sem exageros e a cabine traz detalhes no acabamento de madeira e aço escovado. A lista de equipamentos é generosa e a central multimídia (sim, aquela que lembra o tablet) agrega som Bowers & Wilkins.
Ficha técnica
Preço: R$ 365.950 Tipo: híbrido plug-in Motores: dianteiro, a gasolina, 2.0 16V, turbo, compressor, potência de 320 cv e torque de 40,8 mkgf; traseiro, elétrico, 87 cv e 24,5 mkgf; potência combinada de 407 cv Câmbio: automático de oito marchas, tração integral Dimensões: comprimento, 496 cm; largura, 188 cm; altura, 144 cm; entre-eixos, 294 cm Peso: 2.031 kg Porta-malas: 500 litros Desempenho: 0 a 100 km/h em 4,9 s e máxima de 250 km/h Consumo: 21,3 km/l (urbano) e 25,6 km/l (rodoviário) no modo Hybrid Autonomia: 40 km no modo Pure Tempo de recarga: 7 horas em tomada convencional 220V e 3 horas em estação especial de recarga rápida O que tem de legal: conforto, acabamento, dirigibilidade e consumo Fique atento: custo de manutenção elevado
Manutenção mais simples e menor risco de roubo explicam cotações. Apesar disso, seguradoras ainda carecem de política mais clara para os eletrificados
Por Thais Villaça
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4 fev 2019, 09h00
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– (Maurício Planel/Quatro Rodas)
Quem pensa em comprar um carro elétrico ou híbrido em breve precisa considerar diversos aspectos, como locais de recarga, autonomia, manutenção… Mas como fica o seguro? O que muda em relação a um carro a combustão?
No Brasil, esse mercado ainda é incerto. Não há volume suficiente para que as seguradoras possam definir uma diferença clara entre cotações.
A dúvida é maior quando se fala de elétricos. Modelos recém-chegados, como Renault Zoe, ou que desembarcam aqui em breve, como Chevrolet Bolt e Nissan Leaf, ainda não têm preço de apólice definido no país. “Por enquanto, não há motivos para sobretaxar um carro apenas por ser elétrico”, afirma Luiz Padial, diretor de automóvel da Tokio Marine.
Mesmo os especialistas divergem sobre o que o futuro reserva para os elétricos no Brasil. “Apesar de serem carros de valores altos, os elétricos têm manutenção mais simples. E em caso de acidente, a chance de dano à bateria é baixa. Se isso ganhar escala, o custo de reparo será menor, reduzindo também o preço do seguro”, explica Rogério Hashimoto, gerente de automóvel da Mapfre Seguros.
Mercado brasileiro ainda é imaturo para os eletrificados
Mercado brasileiro ainda é imaturo para os eletrificados (Divulgação/Toyota)
O fato de as montadoras oferecerem garantias amplas à bateria – peça que chega a representar 50% do valor do veículo – também tranquiliza as seguradoras em caso de defeito.
Mas há quem pense o contrário. Saint’Clair Pereira Lima, diretor técnico da Bradesco Auto, diz que ainda é cedo para dimensionar o impacto da garantia estendida. “É preciso checarpontos que encarecem o seguro, como peças e mão de obra especializada. A tecnologia embarcada deve aumentar o custo de reparo do elétrico se comparado a um similar a combustão.”
Nos EUA, mercado mais maduro nessa questão, versões elétricas de carros a combustão, como Volkswagen Golf ou Fiat 500, pagam, em média, 21% a mais no seguro. Na Inglaterra, a diferença chega a 60%.
Com os híbridos, já dá para ter uma ideia de como o mercado brasileiro funciona. O preço do seguro do Ford Fusion Hybrid, de R$ 164.900, por exemplo, é praticamente o mesmo da versão SEL 2.0 EcoBoost, que custa R$ 159.900.
Comparando Toyota Prius (R$ 125.450) e Corolla Altis (R$ 118.990), a diferença de mais de R$ 2.000 se explica pelo fato de o veterano ser mais visado em roubo. O BMW 320i M (R$ 197.950), apesar de custar quase o mesmo que o elétrico i3 (R$ 199.950), tem mecânica sofisticada e preço de peças mais alto, o que explica o custo de seguro maior (leia abaixo).
Seguro de carro a combustão vs. híbrido:
Ford Fusion SEL 2.0 EcoBoost • R$ 4.470 X Ford Fusion Hybrid 2.0 • R$ 4.554
Toyota Corolla 2.0 Altis • R$ 6.865 X Toyota Prius 1.8 • R$ 4.641
BMW 320i M Sport Plus • R$ 13.256 X BMW i3 REX • R$ 9.306
A Toyota vai lançar o primeiro carro híbrido com motor flex no Brasil no último trimestre deste ano. A confirmação foi feita pelo presidente-executivo da montadora na América Latina, Steve St. Angelo, nesta terça-feira (12), em São Paulo.
O executivo não confirmou qual modelo será o responsável por estrear a tecnologia. O favoritíssimo ao posto é o sedã Corolla, cuja nova geração chega também neste ano.
Desde o início do ano passado a fabricante japonesa testa um Prius com a tecnologia que usa um motor elétrico e outro a combustão, que pode ser abastecido com gasolina ou etanol.
Toyota Prius híbrido começa testes no Brasil — Foto: Rafael Miotto/G1
Todos os indícios apontam para o Corolla pelo simples fato de já ter sido apresentada no exterior a versão híbrida desta nova geração do sedã. Ela traz o mesmo conjunto mecânico do Prius, um motor 1.8 a combustão e outro elétrico. Somados, eles entregam 122 cavalos.
Segundo o presidente da montadora no Brasil, Rafael Chang, esta fábrica e a unidade de Sorocaba (SP), onde são produzidos Yaris e Etios, podem fazer híbridos.
Ou seja, futuramente, a montadora deverá ter outros modelos com a tecnologia, além do novo Corolla e do Prius, que é importado.
Além disso, a fábrica de motores de Porto Feliz (SP) também vai produzir o motor híbrido, mas com a maior parte dos componentes vinda do exterior, já que os fornecedores locais ainda não dispõem dessa tecnologia.
Toyota RAV4 vendido no Brasil está uma geração atrás do modelo americano — Foto: Divulgação
Mas a Toyota diz ainda estudar possibilidades para a entrada no segmento de SUVs menores do que o RAV4, o segmento mais disputado dos últimos anos. É uma das poucas marcas entre as que mais vendem no Brasil que está fora dele.
A montadora é muito cobrada por clientes e concessionários para entrar nessa categoria. “Estamos brigando (para ter o SUV)”, afirmou Chang. “Eu brinco com o Steve que eu não saio daqui enquanto o Brasil não tiver.”
Steve St. Angelo diz que seu “sonho” é ter SUVs derivados dos atuais produtos da marca, como Etios, Yaris e Corolla.
Segundo ele, atualmente, a empresa não tem capacidade produtiva para implantar novos produtos nacionais. “Estamos com a produção no limite”, explicou. Sorocaba e Porto Feliz já operam em 3 turnos e seria necessário um novo investimento para expandi-las.
A importação continua sendo uma possibilidade.
‘Podíamos ser número 1’
CEO para América Latina e Caribe, Steve St. Angelo anuncia produção do Yaris no Brasil — Foto: Divulgação
Recentemente, a montadora tem brigado para se firmar entre as 4 maiores do país em vendas. Em 2018, os japoneses ocuparam a sétima colocação, cerca de 25 mil automóveis e comerciais leves (picapes e furgões) abaixo da Ford, a quarta colocada. A General Motors continua líder, com a Chevrolet.
“Podíamos ser o número 1 agora porque eu sei jogar esse jogo”, disse St. Angelo.
“Mas nosso carros têm um valor de revenda fantástico. Nós gerenciamos nosso preço, nos preocupamos com um crescimento sustentável e que os nossos concessionários ganhem dinheiro”, explicou.
“Na crise, não demitimos uma só pessoa. Nós também tivemos que fechar (temporariamente) fábricas, mas aproveitamos esse tempo para treinar os funcionários. A qualidade não caiu.”
Para o executivo, o crescimento deve ser sustentável: “Se você cresce rápido demais, cai rápido demais também.”
Questionado sobre se a operação da Toyota no Brasil é lucrativa, Rafael Chang disse “que poderia ser melhor”.
“Estamos fazendo um monte de dinheiro? Não. Estamos pagando nossas contas? Sim”, respondeu St. Angelo. “Se não vissem potencial, não me deixariam investir cerca de R$ 3 bilhões aqui.”