quinta-feira, novembro 14, 2024
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Carros do futuro terão bateria ou serão híbridos? Nenhum dos dois!

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Carros do futuro terão bateria ou serão híbridos? Nenhum dos dois!


Como serão os carros do futuro ainda é uma discussão que agita o mundo, pois vai além da tecnologia específica dos veículos e envolve o próprio conceito de mobilidade.

Já existe uma sinalização aceita consensualmente de que:

  • Mais dia menos dia o carro será acionado por energia elétrica;
  • Vai se reduzir a interferência do ser humano em sua condução.

Mas ainda se discute como será gerada a eletricidade, que pode se originar dos ventos (eólica), rios (hidráulica), solar, térmica (combustível fóssil ou carvão), química (fuel-cell) ou nuclear. Além disso, o ritmo em que o motorista será substituído pelo computador não depende só da tecnologia do automóvel, mas da infraestrutura de cada país.

Vai se tornando claro também que  não haverá uma solução global para os carros do futuro, mas diversas regionais. Cada país (ou região) desenvolve uma tecnologia mais adequada aos seus recursos naturais. Países produtores de petróleo serão provavelmente os últimos a adotar integralmente o carro elétrico, mas deverão eletrificar um razoável percentual de sua frota para se ajustar ao rigor cada vez maior da legislação que limita as emissões de dióxido de carbono.

A presença do carro autônomo será também gradual nos países, em função das condições de infraestrutura para recebê-los. A KPMG, empresa internacional de consultoria e auditoria, pesquisou recentemente a adequação de um país para implantar a autonomia veicular e o Brasil ficou mal na foto.

A mudança do automóvel convencional, com motor a combustão, para um novo padrão nos carros do futuro, também está sendo questionada. Vai diretamente para o elétrico ou por uma transição com o híbrido, provocada pelos problemas das baterias?

E no caso do elétrico, de onde virá sua energia? De um pacote de baterias ou da célula a combustível (fuel-cell)? E para complicar mais um pouco: no caso da fuel-cell, o carro será abastecido com hidrogênio ou com outro combustível líquido (como um álcool, por exemplo) do qual se extrairá o H2?

Carros do futuro: hidrogênio extraído do álcool

Na minha opinião, solução do tipo “sopa no mel” para os carros do futuro no Brasil seria o carro elétrico movido por fuel-cell com o H2 extraído do etanol. A Nissan já levou um veículo que funciona exatamente assim para ser desenvolvido pela Unicamp. Vantagens?

  • Solução superamigável com o ambiente, pois o carro é acionado por motores elétricos e expele água pura pelo escapamento;
  • É um carro elétrico, mas sem o pesado e caro pacote de baterias: apenas duas ou três para o funcionamento de equipamentos e uma reserva para momentos em que os motores exigem uma dose maior de energia elétrica;
  • Nenhum problema de abastecimento nem demora na recarga, pois já existe uma completa rede de postos em todo o país com bombas de etanol;
  • Custo de manutenção tão reduzido como o elétrico com baterias pois também dispensam a parafernália exigida pelo motor a combustão: escapamento, injeção, polias, correias, alternador, catalisador, filtros, óleos, fluidos, velas e outras;
  • Não tem, como o elétrico, a autonomia limitada. Neste aspecto, ele se comporta exatamente como um carro com motor a combustão.

O automóvel elétrico com célula a combustível  (H2) já existe e é produzido pela Toyota (Mirai), Honda (Clarity) e Hyundai (Nexo). Só não alçou voo pela dificuldade da obtenção, armazenamento e distribuição do hidrogênio.

Por outro lado, o “calcanhar de Aquiles” do elétrico a fuel-cell abastecido com etanol é o reformador, equipamento que extrai o H2 do álcool. Grande, pesado e caro, inviabiliza sua presença no automóvel. Mas o reformador poderia ser instalado no posto e neste caso, receberia etanol da bomba de um lado e entregaria hidrogênio – do outro – no tanque do automóvel.

O reformador é pesado, caro e grande, alegam os que se opõem à ideia. Porém, mais leve, barato e menor que o compressor necessário em qualquer posto que tenha bomba de GNV!

Toyota confirma que Corolla será 1º carro com motor híbrido flex | Carros Elétricos e Híbridos

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Toyota confirma que Corolla será 1º carro com motor híbrido flex | Carros Elétricos e Híbridos


A Toyota confirmou nesta quarta-feira (17) que o Corolla será o primeiro carro do mundo a ter motor híbrido flex: um motor elétrico combinado com outro a combustão que aceita etanol ou gasolina. Até então, os híbridos à venda no Brasil usam somente gasolina, caso do Prius, que é da montadora japonesa.

A motorização inédita estará em uma versão da nova geração do sedã, que chega às lojas em outubro e passa a ser exportada nos primeiros meses de 2020.

Os preços não foram divulgados e o presidente da Toyota no Brasil, Rafael Chang, não deu pistas sobre o posicionamento do modelo em relação ao Prius.

Atualmente, o Corolla tem versões que vão de R$ 79.990 (GLi Tecido com motor 1.8) a R$ 118.990 (Altis com motor 2.0), enquanto o Prius, importado, é vendido em versão única por R$ 125.450.

A montadora japonesa afirma que o Corolla híbrido flex será “o automóvel movido a etanol mais eficiente do Brasil e o híbrido mais limpo do mundo”, mas ainda não divulgou dados de emissão e de consumo, nem outras especificações.

Toyota anunciou versão híbrida do Corolla com motor elétrico e flex — Foto: Guilherme Fontana/G1Toyota anunciou versão híbrida do Corolla com motor elétrico e flex — Foto: Guilherme Fontana/G1

Toyota anunciou versão híbrida do Corolla com motor elétrico e flex — Foto: Guilherme Fontana/G1

A 12ª geração do modelo foi apresentada em novembro passado, na China, com visuais diferentes para Europa e Estados Unidos.

Na época, antes da confirmação para o mercado brasileiro, a versão híbrida foi anunciada para 90 países com motor 1.8 de 122 cavalos. Também na ocasião foram divulgadas as versões com motor 1.6 de 132 cv, com opções de câmbio manual ou CVT, e outras com motor 2.0.

A Toyota diz que realizou diversos testes em escala de laboratório desde 2015 até chegar à formatação do primeiro protótipo. O projeto teve a participação de equipes de engenharia do Japão e do Brasil.

Toyota Prius híbrido flex foi testado no Brasil — Foto: Rafael Miotto/G1Toyota Prius híbrido flex foi testado no Brasil — Foto: Rafael Miotto/G1

Toyota Prius híbrido flex foi testado no Brasil — Foto: Rafael Miotto/G1

A intenção de desenvolver um híbrido flex para o Brasil foi anunciada ainda em 2017, durante o Salão de Tóquio. Desde o início do ano passado, a montadora começou a testar um Prius com a tecnologia. Em março, o veículo percorreu 1.000 km entre São Paulo e Brasília.

“Essa tecnologia foi desenvolvida por brasileiros e para brasileiros”, disse Rafael Chang durante o anúncio.

Toyota Corolla sedã da 12ª geração — Foto: Toyota/DivulgaçãoToyota Corolla sedã da 12ª geração — Foto: Toyota/Divulgação

Toyota Corolla sedã da 12ª geração — Foto: Toyota/Divulgação

Para receber a nova geração do Corolla, a fábrica da Toyota em Indaiatuba (SP) obteve o investimento de R$ 1 bilhão para ser modernizada. Pela primeira vez no país será usada a nova plataforma TNGA (Toyota New Global Architecture), que já serve a modelos como Prius, o SUV compacto C-HR (não vendido no Brasil) e o sedã Camry.

A fábrica de motores de Porto Feliz (SP) teve investimento de R$ 600 mil e também vai produzir o motor híbrido, mas com a maior parte dos componentes vinda do exterior, já que os fornecedores locais ainda não dispõem dessa tecnologia, disse o presidente da montadora no Brasil, Rafael Chang, em fevereiro, quando a Toyota confirmou que a tecnologia seria lançada ainda neste ano.

Entenda o que são carros híbridos

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Corolla será o primeiro híbrido flex feito no Brasil

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Toyota lança carro híbrido

Toyota lança carro híbridoFoto: Divulgação

O primeiro carro do mundo equipado com um motor híbrido flex será fabricado no Brasil. A Toyota anunciou na última semana que o novo Corolla brasileiro será equipado com o motor deste tipo, onde o modelo terá o mesmo conjunto mecânico do Prius, mas com a vantagem de ser flex.

O novo Corolla poderá ser abastecido com gasolina ou etanol, além de ter um motor elétrico que permite rodar em trechos urbanos sem a queima de combustível, e deve chegar às concessionárias brasileiras no último trimestre de 2019.

Além de ser comercializado no Brasil, o novo sedã deverá ainda chegar aos mercados latino-americanos, como na Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Peru e Colômbia, onde a Toyota estuda a comercialização a partir do primeiro semestre de 2020.

O maior apelo do novo sedã é o baixo consumo e, por consequência, o menor nível de emissões de poluentes e gás carbônico. De acordo com o teste Folha-Mauá, o Prius Hybrid, que serve de modelo para o Corolla, é capaz de rodar 22,8 quilômetros na cidade com um litro de gasolina, e tem uma potência combinada de 122 cavalos, com um motor 1.8 a gasolina associado ao elétrico.

Leia também:
Intervenção no preço do combustível afasta investimentos, diz especialista

Além de ter a versão híbrida, o sedã médio terá também uma opção com o novo motor 2.0 flex da Toyota, onde a potência deverá se aproximar de 180 cv. Ainda não existe uma previsão de preços para a nova geração, mas hoje, o Corolla custa entre R$ 80 mil e R$ 119 mil.

O anúncio foi feito em um evento no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo, e contou com a presença do governador de São Paulo, João Dória, do presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang, e de outros integrantes do governo e da montadora.

A montadora realizou estudos envolvendo a tecnologia híbrida flex da Toyota que foram anunciadas em março do ano passado, e no final do ano, em dezembro a fabricante confirmou a produção. A atuação da marca nesse segmento sustentável esta alinhada com o Programa Rota 2030, que tem entre os seus objetivos estimular a produção de automóveis mais eficientes.

O novo Corolla será montado sobre a plataforma TNGA (Toyota New Global Architecture, ou a Nova Arquitetura Global da Toyota, traduzindo para o português). A mesma plataforma já equipa veículos como o Prius, C-HR, e o Camry. Além da referência que o Corolla já carrega, o modelo deverá ter um aumento na qualidade, conforto, dirigibilidade e estabilidade, além de ter novos equipamentos de acordo com a montadora.

De acordo com o presidente da Toyota no Brasil, Rafael Chang, o novo Corolla deve ser visto com um novo olhar de um carro moderno, e o lançamento do modelo no Brasil é um marco para a montadora. “Com essa nova geração, queremos que ele seja reconhecido também como símbolo de modernidade e, acima de tudo, como uma nova forma de mobilidade. Somos entusiastas de motores eletrificados e precursores da disseminação em massa dessa tecnologia. Agora, estamos mais uma vez fazendo história, trazendo a propulsão híbrida flex para um dos maiores ícones da indústria automotiva”, disse.

Um dos fatores que pesaram para que o sedã médio fosse lançado nesse formato, foi o lançamento da versão híbrida do modelo na Europa, com a mesma plataforma e o mesmo conjunto mecânico do Prius. O modelo europeu do Corolla serviu de inspiração para a nova geração brasileira do sedã, que foi produzida na fábrica da Toyota de Indaiatuba, em São Paulo. A planta da montadora foi modernizada, e recebeu um investimento de R$ 1 bilhão no ano passado, no mesmo ano em que a Toyota confirmou o desenvolvimento e a produção local do híbrido flex.



Rival do Toyota Prius, híbrido Hyundai Ioniq é flagrado no Brasil

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Rival do Toyota Prius, híbrido Hyundai Ioniq é flagrado no Brasil


Híbrido tem motor 1.6 16V e elétrico que somam potência maior que a do Toyota, mas protótipo flagrado já está com visual defasado

Híbrido combina motor 1.6 com um elétrico

Híbrido combina motor 1.6 com um elétrico (Ton Kneip/Quatro Rodas)

O Hyundai Ioniq não é inédito no Brasil. A Hyundai Motor Brasil (HMB) trouxe a versão 100% elétrica do modelo para o Salão do Automóvel de São Paulo do ano passado, mas “como demonstração do portfólio global da marca para alternativas ambientalmente amigáveis”.

A possibilidade de vendê-lo por aqui foi negada.

Agora o modelo ecológico da Hyundai apareceu em testes no Brasil. O leitor Ton Kneip fotografou o modelo circulando em testes por Resende (RJ). A diferença é que desta vez se trata de um Ioniq híbrido.

Modelo é semelhante ao Prius até no design: repare na janelinha traseira abaixo do aerofólio

Modelo é semelhante ao Prius até no design: repare na janelinha traseira abaixo do aerofólio (Ton Kneip/Quatro Rodas)

Esta versão tem o motor a gasolina 1.6 16v Kappa (mesma família do 1.0 tricilíndrico, diferente do 1.6 do HB20, que é Gamma), trabalhando em ciclo Atkinson, que gera 105 cv e 15 mkgf.

Ele é combinado ao motor elétrico de 43,5 cv (32 kW) e 17,3 mkgf e juntos podem levar até 141 cv às rodas dianteiras. O Toyota Prius tem, no máximo, 128 cv. 

Potência combinada é de 141 cv

Potência combinada é de 141 cv (Ton Kneip/Quatro Rodas)

A principal diferença em relação ao Prius, que seria seu principal concorrente no Brasil, está no câmbio: enquanto o japonês usa CVT, o sul-coreano tem um automatizado de dupla embreagem e seis marchas.

Na versão elétrica, o motor gera até 120 cv (88 kW) e 29,8 mkgf, mas mantêm o câmbio de seis marchas. Suas baterias de 28kWh garantem autonomia de até 280 km em ciclo NEDC. 

 (Ton Kneip/Quatro Rodas)

Quanto a isso, já houve uma melhora. A versão reestilizada do Ioniq foi apresentada em janeiro com baterias de 38,3 kWh, que rende 294 km em ciclo WLTP, mais exigente que o NEDC. Isso, além da dianteira redesenhada e das novas lanternas traseiras. 

Lançado em 2016, Ioniq ganhou nova grade na linha 2019

Lançado em 2016, Ioniq ganhou nova grade na linha 2019 (Divulgação/Hyundai)

Em nota, a HMB negou disse ser responsável apenas pelos modelos HB20 e Creta. Confira na íntegra:

“A Hyundai Motor Brasil é responsável apenas pelos modelos HB20 e Creta. Outros modelos da marca podem estar em teste em diversos países, incluindo o Brasil, buscando o desenvolvimento técnico em condições climáticas e topográficas específicas, sem indicar entretanto qualquer intenção ou previsão de comercialização.”

Como a placa é de São Bernardo do Campo, mesma cidade onde estão registradas as placas dos protótipos dos SUVs Santa Fe e Palisade, tudo indica que este veículo está sendo usado para testes pela Caoa, responsável pela importação de veículos da Hyundai no país.

A cidade no ABC paulista, aliás, tem sido a base para os serviços de desenvolvimento do grupo nos últimos tempos.

 (Divulgação/Hyundai)

QUATRO RODAS está tentando contato com a Caoa para obter mais informações a respeito do flagra e atualizará a reportagem assim que tiver um retorno.

Brasil pode produzir tecnologia para carros híbridos nos próximos anos, dizem autopeças | Carros Elétricos e Híbridos

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Brasil pode produzir tecnologia para carros híbridos nos próximos anos, dizem autopeças | Carros Elétricos e Híbridos


Um consenso na indústria automotiva é que o Brasil está atrasado na produção local de tecnologias. O país não produz sequer transmissões automáticas.

No entanto, o aumento na demanda por veículos mais eficientes iniciou um movimento de nacionalização de tecnologias.

A americana BorgWarner, que produz turbocompressores para veículos de passeio, afirma que planeja fazer também sistemas híbridos no Brasil. “Acreditamos que daqui 3 ou 5 anos, se houver demanda, seja possível produzir um sistema híbrido no Brasil”, disse Vitor Maiellaro, gerente-geral da empresa no país.

No exterior, a BorgWarner já fornece sistemas híbridos completos para fabricantes como Audi, Porsche e Volvo. Especificamente para o Brasil, a empresa aposta em um conjunto que pode ser adaptado em motores a combustão já existentes, exigindo apenas pequenas adaptações.

Outra fornecedora da indústria a automotiva, a SEG Automotive, produz no exterior o sistema de recuperação de energia para os chamados “híbridos leves”. Chamado de BRM, ele substitui o alternador, além de trabalhar como motor elétrico, fazendo o veículo rodar a até 15 km/h com energia elétrica.

Atualmente, a SEG fornece o sistema para o Mercedes-Benz Classe C 200 EQ Boost produzido em Iracemápolis (SP). No entanto, o componente chega importado.

De acordo com o diretor de vendas e marketing da SEG, Humberto Gavinelli, não há uma visão clara de quando o BRM poderia ser feito no Brasil. “Normalmente, iniciamos a produção em outros países, e depois, trazemos via CKD. Conforme a produção aumenta, iniciamos a produção local”.

Ou seja, mesmo fornecendo para a Mercedes, ainda não há volume que justifique a produção no Brasil. Mas Gavinelli acredita que o isso pode mudar em um horizonte de 5 anos. “Nesse caso do BRM, enxergamos como grande potencial para atender novas fases do Rota 2030. Mas depende muito da tecnologia que cada montadora vai utilizar”, completa.

Start-stop já é nacional

Outro componente que visa a melhoria no consumo de combustível, o start-stop, já alcançou este patamar para a produção nacional.

A SEG, cuja divisão de alternadores e motores de partida pertencia à Bosch, já fabrica no Brasil o sistema responsável por desligar o motor em semáforos e congestionamentos.

Sistema start-stop usado na Fiat — Foto: DivulgaçãoSistema start-stop usado na Fiat — Foto: Divulgação

Sistema start-stop usado na Fiat — Foto: Divulgação

Desde 2014 eles equipam os carros da FCA. E a partir do fim deste ano, também serão usados em modelos de uma outra fabricante, ainda mantida em sigilo.

A BorgWarner também anunciou que irá produzir seu sistema de start-stop no Brasil a partir do final de 2020, para um modelo que começa a ser feito no país em 2021. A empresa não informou qual é a cliente.

Futuro nos híbridos e elétricos

O mercado de híbridos ficará mais movimentado nos próximos anos. Um dos mais importantes lançamentos acontecerá ainda em 2019, já com produção nacional.

É a próxima geração do Toyota Corolla, com previsão de lançamento no segundo semestre deste ano. Caberá ao sedã a façanha de ser o primeiro híbrido com motor flex do mundo.

Toyota anuncia Corolla com motor híbrido e flex — Foto: Guilherme Fontana/G1Toyota anuncia Corolla com motor híbrido e flex — Foto: Guilherme Fontana/G1

Toyota anuncia Corolla com motor híbrido e flex — Foto: Guilherme Fontana/G1

A Toyota, inclusive, promete que ele será o híbrido mais limpo do mundo, já que o índice de emissões de veículos movidos a etanol é consideravelmente mais baixo do que nos similares que utilizam gasolina.

Mas há um detalhe. Apesar de o sedã ser feito em Indaiatuba (SP), a Toyota irá importar o conjunto híbrido, fabricado pela própria empresa. E, enquanto o volume não for alto, os japoneses também não cogitam iniciar uma produção local.

Outra fabricante japonesa, a Nissan, anunciou em abril passado uma parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para desenvolver o uso do bioetanol em veículos elétricos no Brasil.

De acordo com a Nissan, o uso do bioetanol não tornará o carro elétrico um conjunto híbrido. A utilização do combustível é estritamente para criar uma nova forma de geração de energia e recarregar as baterias do veículo.

A ideia é colocar o etanol em uma Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC, na sigla em inglês) para que ocorra uma geração química e existam outras opções para carregar o modelo, além de plugá-lo na tomada.

Os carros híbridos mais econômicos do Brasil em 2019

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Com o preço dos combustíveis em alta e com tendência de subir ainda mais, ter um carro econômico é mais importante do que nunca. Nesta lista vamos falar quais são os mais econômicos tomando por base o consumo urbano com gasolina registrado pelas montadoras para os carros inscritos no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). Por esse tipo de rankeamento, os carros que ficaram no topo da lista são todos híbridos.

Mas eles são muito caros. Quais são os carros “normais” mais econômicos?

Como você verá abaixo, entre os 10 carros mais econômicos do Brasil 2019, todos são híbridos, o que deixa o preço menos acessível, uma vez que o mais barato da lista é o Toyota Prius, que custa R$ 125.450. Assim, fizemos mais uma lista apenas com carros exclusivamente à combustão. Lá você verá nomes mais em conta, como Renault Kwid, Ford Ka e até mesmo Peugeot 208.

Veja a lista dos carros “convencionais” mais econômicos do Brasil em 2019

E os carros automáticos mais econômicos?

Entre os tipos de carros automáticos à venda no Brasil, os equipados com câmbio CVT, de relações continuamente variáveis, costumam ser os mais econômicos, seguidos pelos que têm câmbio de dupla embreagem e, por último, os automáticos convencionais. Isso, claro, sem contar com o auxílio de sistema elétrico como os híbridos desta lista.

Só que nenhum carro automático registrado no PBEV conseguiu ser mais econômico que os modelos da lista com transmissão manual ou automatizada, hoje só oferecida pela Fiat. Assim, temos uma lista específica apenas para os carros convencionais automáticos mais econômicos.

Confira quais são os carros automáticos mais econômicos do Brasil em 2019

Mas não tem nenhum SUV entre os mais econômicos?

Sim. Se você está querendo um SUV e ainda tem em mente que quer um consumo excelente de combustível também é bom ter em mente que nenhum utilitário esportivo oferecido no Brasil consegue sequer chegar perto do Top 10 entre os carros mais econômicos sem auxílio híbrido.

Os SUV são maiores, mais pesados e não têm uma aerodinâmica otimizada. Tudo isso contribui para que não haja nenhum SUV entre os mais econômicos veículos convencionais. Mas isso não significa que existam os SUVs mais econômicos ou menos econômicos entre eles. Também faremos uma lista apenas para os SUVs mais econômicos.

Veja quais são os SUVs mais econômicos do Brasil em 2019

Os 10 carros mais econômicos do Brasil em 2019 até agora

1) Volvo S90
Veja ofertas
Motor: 2.0 16V turbo híbrido
Câmbio: automático de 8 marchas
Consumo urbano gasolina: 21,3 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 25,6 km/l

2) BMW 530E
Veja ofertas
Motor: 2.0 16V turbo híbrido
Câmbio: automático de 8 marchas
Consumo urbano gasolina: 20,9 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 21,9 km/l

3) Volvo XC60
Veja ofertas
Motor: 2.0 16V turbo híbrido
Câmbio: automático de 8 marchas
Consumo urbano gasolina: 19,2 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 20 km/l

4) Toyota Prius
Veja ofertas
Motor: 1.8 16V aspirado híbrido
Câmbio: automático CVT
Consumo urbano gasolina: 18,9 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 17 km/l

5) Porsche Panamera V6 e-Hybrid
Veja ofertas
Motor: 2.9 V6 24V turbo híbrido
Câmbio: dupla embreagem de 8 marchas
Consumo urbano gasolina: 17,8 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 25,7 km/l

6) Ford Fusion Hybrid
Veja ofertas
Motor: 2.0 16V turbo híbrido
Câmbio: automático CVT
Consumo urbano gasolina: 16,8 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 15,1 km/l

7) Volvo XC90
Veja ofertas
Motor: 2.0 16V turbo híbrido
Câmbio: automático de 8 marchas
Consumo urbano gasolina: 16,4 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 16,9 km/l

8) Porsche Panamera V8 e-Hybrid
Veja ofertas
Motor: 4.0 32V turbo híbrido
Câmbio: dupla embreagem de 8 marchas
Consumo urbano gasolina: 16,4 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 22,3 km/l

9) Lexus ES 300h
Veja ofertas
Motor: 2.5 16V aspirado híbrido
Câmbio: automático CVT
Consumo urbano gasolina: 16,3 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 15,5 km/l

10) Lexus CT 200h
Veja ofertas
Motor: 1.8 16V aspirado híbrido
Câmbio: automático CVT
Consumo urbano gasolina: 15,7 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 14,2 km/l
 

 

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Novo Toyota RAV4 chega ao Brasil híbrido de série a partir de R$ 165.990 | Carros Elétricos e Híbridos

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Novo Toyota RAV4 chega ao Brasil híbrido de série a partir de R$ 165.990 | Carros Elétricos e Híbridos


A Toyota anunciou nesta quinta-feira (23) a chegada da nova geração do RAV4 ao Brasil. Agora equipado de série com motorização híbrida, o SUV estará disponível nas lojas brasileiras em junho a partir de R$ 165.990.

Feito sobre a plataforma de conceito TNGA, o mesmo aplicado em Prius e no novo Corolla, serão duas versões importadas do Japão: a S Hybrid (R$ 165.990) e a SX Hybrid (R$ 179.990). Ambas combinam um motor 2.5 a gasolina, de 178 cavalos, a três elétricos, de 120 cavalos.

Apesar de ter os princípios encontrados nos sedãs menores, a plataforma do RAV4 é, na verdade, baseada na G4K, que é e mesma do Camry.

Toyota RAV4 foi apresentado nesta quinta-feira (23), na Argentina — Foto: Guilherme Fontana/G1Toyota RAV4 foi apresentado nesta quinta-feira (23), na Argentina — Foto: Guilherme Fontana/G1

Toyota RAV4 foi apresentado nesta quinta-feira (23), na Argentina — Foto: Guilherme Fontana/G1

Juntos, os motores entregam 222 cavalos de potência e prometem até 1.000 km de autonomia com apenas um tanque – segundo a marca, o consumo é de 14,3 km/l na cidade e 12,8 km/l na estrada. A recarga da bateria é feita com a energia gerada pelo motor a combustão e/ou por frenagens e desacelerações.

Toyota RAV4 híbrido — Foto: Toyota/DivulgaçãoToyota RAV4 híbrido — Foto: Toyota/Divulgação

Toyota RAV4 híbrido — Foto: Toyota/Divulgação

A transmissão é sempre automática do tipo CVT, mas acionada por engrenagens planetárias (ao redor da engrenagem central), que de acordo com a Toyota, oferece acelerações mais lineares e maior economia de combustível.

Em determinadas situações, o sistema de tração nas quatro rodas envia força para as rodas traseiras através de um dos motores elétricos, exclusivo para a parte de trás, sem a necessidade de cardã.

Há também os 4 modos diferentes de condução: normal, ECO, EV (100% elétrico) e Sport. Só a versão mais cara, SX, terá aletas no volante para trocas de marcha.

A expectativa da montadora é vender 5 mil unidades por ano do RAV4, com a maior parte delas, 70%, da versão S Hybrid. O restante, 30%, fica com a top de linha SX Hybrid.

S Hybrid: de série, a configuração de entrada tem faróis de led com ajuste e acendimento automáticos e luzes diurnas, bancos com revestimento parcial de couro com ventilação, banco do motorista com ajustes elétricos e memórias, chave presencial com partida do motor por botão, ar-condicionado digital de duas zonas com saídas traseiras, central multimídia, quadro de instrumentos com tela TFT de 7 polegadas personalizável e rodas aro 18.

Entre os itens de segurança, há controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, controle de reboque, freio de estacionamento eletrônico, câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, monitoramento de pressão dos pneus e 7 airbags.

SX Hybrid: a versão mais cara adiciona aos itens anteriores o teto solar panorâmico com abertura elétrica, carregador de celular por indução e porta-malas com acionamento elétrico e por movimento (passando o pé debaixo do para-choque).

Há também o pacote Safety Sense, com alertas e frenagem automática caso o veículo detecte o risco de colisão dianteira, alerta para mudança involuntária de faixa, faróis altos automáticos e piloto automático adaptativo.

A 5ª geração do RAV4 está 0,5 cm mais curta, 1 cm mais baixa, 1 cm mais larga, 1,5 cm mais alto em relação ao solo e 3 cm maior na distância entre-eixos. Ou seja, o comprimento agora é de 4,6 metros, o entre-eixos é de 2,69 m, a altura é de 1,68 m e a largura de 1,85 m. O porta-malas tem 580 litros.

As dimensões são maiores em relação ao rival conterrâneo, o Honda CR-V, que custa R$ 194.900 com motor 1.5 turbo de 190 cavalos. O Toyota é 1 cm maior no comprimento, 3 cm no entre-eixos e 2 cm na altura. O porta-malas também é menor, com 522 litros. A largura é a mesma.

Toyota RAV4 híbrido — Foto: Toyota/DivulgaçãoToyota RAV4 híbrido — Foto: Toyota/Divulgação

Toyota RAV4 híbrido — Foto: Toyota/Divulgação

Nota máxima no Latin NCAP

Os resultados do Latin NCAP divulgados nesta quinta-feira mostram que o novo RAV4 conquistou 5 estrelas, nota máxima, na proteção de adultos e crianças em testes frontais, laterais e de poste. Na prova do controle de estabilidade, o SUV recebeu a classificação de nível “satisfatório”.

Ferrari lança carro híbrido que pode ser carregado na tomada

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Logo StartSe Principal com texto azul


Ter uma Ferrari infelizmente não é um sonho alcançável para todos, mas aqueles que puderem terão a chance de carregar o veículo na tomada. A montadora anunciou, nesta quarta-feira (29), seu primeiro carro esportivo híbrido “plug-in”.

Chamado de SF90 Stradale, o veículo alcançará a velocidade máxima de 340 km/h. A expectativa é que ele alcance 100 km/h em 2,5 segundos – um tempo ameaçador para os concorrentes. Dentre as opções esportivas elétricas, o Model S, da Tesla, chega em 100 km/h em 2,4 segundos.

A Ferrari SF90 Stradale possui 1.000 cavalos de potência, mas a maior parte de sua força vem do motor à gasolina. O modelo V8 4.0 possui 780 cavalos e é complementado com 220 cavalos de três motores elétricos. No modo totalmente elétrico, chamado de “eDrive”, a empresa afirma que o carro possui a autonomia de 25 km.

É possível rodar com o veículo em quatro modalidades: eDrive, híbrido (em que o V8 pode ser desligado), Performance (com todos os motores ligados) e Qualify (em que todos os motores funcionam em máxima potência).

A empresa não afirmou qual será o preço do veículo, que deve chegar ao mercado no ano que vem. A montadora anunciou que lançará uma versão esportiva do SF90 Stradale com amortecedores de corrida, pneus Michelin customizados e 30 kg mais leve.

Veja o carro:

Novo Corolla será híbrido. E mais verde

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Novo Corolla será híbrido. E mais verde


Lançado em 1966, o Corolla já teve mais de 40 milhões de unidades vendidas no mundo. Esse número é suficiente para dar mais de cinco voltas ao redor do planeta. A história do veículo da japonesa Toyota, que costuma ocupar a primeira posição entre os mais vendidos do mundo, ganhará um novo capítulo neste ano. A montadora vai lançar no Brasil o primeiro carro híbrido flex.

Os veículos que usam uma combinação de motores elétricos com a combustão não são novidade. O Prius, da própria Toyota, e o Fusion, da americana Ford, estão à venda há anos. Mas o detalhe é que eles funcionam somente com gasolina. O etanol, biocombustível menos poluente e mais abundante no Brasil, nunca foi usado em um carro comercial híbrido. Derivado da cana-de-açúcar, o etanol move veículos no Brasil desde a década de 70, e as montadoras adaptaram os veículos para ser flex nos combustíveis nos anos 2000. Agora, a Toyota puxa uma tendência que deve ser boa para o ambiente, para o mercado de carros, para os motoristas e até para a economia brasileira.

O Corolla flex híbrido deve ser feito na plataforma do Prius, modelo híbrido pioneiro da marca, cuja primeira edição data de 1997. Feitas as devidas adaptações, o motor elétrico do sedã passará a aceitar a injeção de etanol, gasolina ou a mistura de ambos. Com isso, um dos principais benefícios deve ser a melhora no consumo. Com gasolina, o veículo chega a rodar mais de 20 quilômetros com 1 litro. Com etanol, menos eficiente do que a gasolina, a média deve ser menor. Ainda assim, será superior à do Corolla com motor puramente a combustão, chegando a 15 quilômetros por litro, segundo apurado por EXAME.

De acordo com o InMetro, o Corolla 2019 flex, sem motor híbrido, faz 7,7 quilômetros por litro na cidade e 8,8 quilômetros por litro na estrada. O preço do automóvel, porém, deverá subir — analistas de mercado estimam que ficará em torno de 130.000 reais, valor não confirmado pela montadora. A Toyota ainda busca obter isenção de taxas para a importação de componentes. Com o tempo, pretende nacionalizar parte da produção do veículo e deixá-lo menos sujeito a variações do dólar.

Ricardo Bastos, diretor de assuntos governamentais da Toyota no Brasil, diz que o projeto da motorização elétrica com etanol era um desejo da montadora desde 2011, quando começaram as negociações para trazer o Prius ao Brasil. “Nós sempre nos perguntamos: por que não ter um híbrido flex? Ele une os benefícios para o meio ambiente oferecidos pelo etanol, feito com cana-de-açúcar, que absorve muito CO2, e a vantagem da eficiência do carro híbrido”, diz Bastos. A tecnologia foi desenvolvida por engenheiros brasileiros e japoneses e teve origem no Centro de Pesquisa Avançada da Toyota, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

Um dos pontos que reforçam o cenário positivo para os carros híbridos é que, apesar de elétricos e com baterias, não precisam ser recarregados em pontos de energia. É o motor a etanol (ou a gasolina) que gera a energia para o motor elétrico. “A combinação de motor a etanol com elétrico é a tecnologia certa para o Brasil. Ela se une à prática já conhecida pelo brasileiro de usar o etanol”, afirma. O investimento nesse tipo de motorização não é sem razão. De acordo com a consultoria Allied Market, o faturamento do mercado de híbridos ou com combustíveis alternativos deverá chegar a 614 bilhões de dólares em 2022, um crescimento de quase 13% ao ano.

Os carros híbridos, mais eficientes e menos poluentes do que os movidos apenas por motor a combustão, deverão ganhar parcela significativa do mercado nos próximos anos. As montadoras já se preparam para diminuir a quantidade de opções de automóveis tradicionais postos à venda. A própria Toyota conta com o Lexus CT 200h, sob sua marca de luxo, e já anunciou uma versão híbrida de seu utilitário esportivo chamado RAV4, quinto melhor em consumo de combustível na categoria, segundo dados da consultoria KBB. Dentro de pouco tempo, os carros híbridos ganharão protagonismo no Brasil e no mundo.

De acordo com a previsão do banco JP Morgan, eles passarão de apenas 1% de mercado, em 2015, para 20%, em 2025. Nos cinco anos seguintes, esses veículos deverão estar ainda mais presentes nas cidades, quase dobrando sua parcela de mercado em 2030, para 39%. Para Alisson Lopes, pesquisador na Universidade de Coventry, no Reino Unido, há uma grande oportunidade para os carros híbridos no Brasil nos próximos 25 anos. “Hoje, a participação dos híbridos no mercado brasileiro ainda é muito pequena. Mas, com perspectiva otimista, este é o momento certo para o uso dessa tecnologia nos automóveis com o suporte do etanol”, diz Lopes.

Híbrido versus elétrico

A produção de etanol no Brasil foi recorde na safra 2018/2019, atingindo 33 bilhões de litros, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento. Globalmente, o país fica atrás apenas dos Estados Unidos, que produziram quase 61 bilhões de litros na mesma safra. Para Evandro Gussi, presidente da Unica, associação que reúne indústrias do setor de açúcar e álcool, os carros movidos a etanol e motor elétrico são a melhor solução para países que querem reduzir a poluição. “De que adianta ter um veículo elétrico se a energia que o abastece vier de uma termelétrica que queima carvão? O carro elétrico pode não emitir CO2, mas a geração de energia é altamente poluente”, afirma Gussi.

De acordo com cálculos da Unica, um carro a gasolina, sem mistura com etanol, emite 147 gramas de CO2 por quilômetro rodado. Com a mistura de 27% de etanol adotada no Brasil, isso cai para 78 gramas. A redução já é positiva hoje, mas será ainda maior. O carro híbrido movido a etanol emite 28 gramas de CO2 por quilômetro rodado. Ou seja, a redução poderá chegar a 81%. E mais: a própria cana-de-açúcar usada para produzir etanol absorve essa quantidade de CO2.

Na tomada: os carros elétricos demoram para ser recarregados | GETTY IMAGES

A oferta de carros puramente elétricos — que não usam nem etanol nem gasolina — também é pequena no Brasil. Porém, ainda em 2019, chegarão os 100% elétricos da GM, da JAC, da Nissan e da Renault. O desafio para a adoção em massa é a pouca oferta de pontos de recarga nas estradas e a demora no reabastecimento. Uma carga completa em um veículo elétrico pode levar quase 10 horas — ainda que tecnologias de recarga rápida ajudem a diminuir esse tempo. Mesmo os carros elétricos da montadora americana Tesla, os mais conhecidos da categoria (ainda sem presença oficial no Brasil), têm longo tempo de recarga. Apesar da fama, a parcela dos veículos da Tesla nas vendas nos Estados Unidos ainda é pouco superior a 2%.

Diante desse cenário, as montadoras buscam soluções alternativas para tornar viáveis carros mais eficientes. Um exemplo é a japonesa Nissan, que faz isso no Brasil. A empresa firmou uma parceria com a Unicamp para realizar pesquisas com motorização elétrica e abastecimento de etanol. Nesse caso, não há combustão envolvida. O etanol é usado para a geração de hidrogênio, por meio de uma reação química que acontece no veículo. Em conjunto com o motor e as baterias que ficam dentro do carro, a tecnologia pode permitir uma autonomia de 600 quilômetros. A pesquisa com o bioetanol está em curso e pretende culminar no desenvolvimento de carros mais eficientes e menos poluentes. A Nissan usará o etanol em seus automóveis, no futuro, não só no Brasil como também no mundo todo.

Os carros a combustão vão continuar a existir, mas o banco JP Morgan estima que haverá uma queda drástica de participação de mercado: de 98%, em 2015, para 41%, em 2030. A busca por veículos mais eficientes e menos poluentes já está acontecendo. E, graças ao etanol, o Brasil poderá tomar a frente nessa corrida.

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