quarta-feira, novembro 13, 2024
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O quanto roda, onde recarregar, custo… como é o dia a dia com carros elétricos | Carros Elétricos e Híbridos

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O quanto roda, onde recarregar, custo... como é o dia a dia com carros elétricos | Carros Elétricos e Híbridos


No Brasil, terra do etanol, a “onda” elétrica começa com uma década de atraso. Agora as empresas têm alguma pressa para se colocarem nesse nicho no país, e este ano será marcado pelo lançamento de 4 modelos abaixo de R$ 200 mil: Renault Zoe, Nissan Leaf, já em algumas lojas, e Chevrolet Bolt e Jac iEV40, que estão em pré-venda.

Além deles, no segmento de luxo existem o BMW i3, custando entre R$ 206 mil e R$ 238 mil, e o recém-lançado Jaguar I-Pace, que sai por R$ 450 mil e é o maior do tipo.

Na prática, a oferta é ainda é pequena e os carros, todos importados, são caros, se comparados a equivalentes a combustão. Mas como é rodar com eles na “vida real”? O G1 passou 5 dias com o Leaf e o Bolt, semelhantes no tamanho e, com algum esforço, no preço.

Durante esse período, os veículos foram usados para tarefas triviais, como deslocamento entre casa e trabalho, além de uma viagem curta. E não foi tudo fácil.

Nissan Leaf e Chevrolet Bolt — Foto: Celso Tavares/G1Nissan Leaf e Chevrolet Bolt — Foto: Celso Tavares/G1

Nissan Leaf e Chevrolet Bolt — Foto: Celso Tavares/G1

Leaf e Bolt são dois dos hatches médios disponíveis no Brasil. O Chevrolet é oferecido em pré-venda por R$ 175 mil, com entregas a partir de outubro.

Já o Nissan esteve em pré-venda até o último dia 18 de julho por R$ 178,4 mil. Com a chegada às concessionárias, o preço subiu para R$ 195 mil. A fabricante diz que o aumento é motivado pelo aumento do dólar, bem como a inclusão do carregador caseiro (“wallbox”) e sua instalação (veja mais abaixo).

Ficha técnica de Nissan Leaf e Chevrolet Bolt — Foto: Foto: Celso Tavares/G1; Arte: Diana Yukari/G1 Ficha técnica de Nissan Leaf e Chevrolet Bolt — Foto: Foto: Celso Tavares/G1; Arte: Diana Yukari/G1

Ficha técnica de Nissan Leaf e Chevrolet Bolt — Foto: Foto: Celso Tavares/G1; Arte: Diana Yukari/G1

Autonomia é uma palavra-chave quando se fala do carro elétrico. É equivalente ao consumo no carro tradicional. Ela indica quantos quilômetros o veículo elétrico é capaz de percorrer até esgotar a bateria, que é a fonte de energia. Igual ao celular.

Mas, mesmo com essas referências de medições oficiais, a autonomia na vida real pode variar bastante. Assim como acontece com os dados de consumo de carros a combustível.

Nissan Leaf — Foto: Celso Tavares/G1Nissan Leaf — Foto: Celso Tavares/G1

Nissan Leaf — Foto: Celso Tavares/G1

Chevrolet e Nissan informam a autonomia usando dois padrões diferentes de medição. Segundo o ciclo europeu (NEDC), onde a parte urbana predomina, o Leaf é capaz de percorrer 389 km, enquanto o Bolt alcança 520 km.

Já no padrão americano, chamado de EPA, onde a estrada predomina, a autonomia é mais baixa: 241 km para o Nissan, contra 383 km no Chevrolet.

Chevrolet Bolt — Foto: Celso Tavares/G1Chevrolet Bolt — Foto: Celso Tavares/G1

Chevrolet Bolt — Foto: Celso Tavares/G1

Parâmetros como temperatura, uso do ar-condicionado e topografia podem fazer com que o motorista consiga rodar mais ou menos. O “peso” do pé do motorista também é outro fator que deve ser levado em consideração.

Ainda assim, na cidade, é possível rodar tranquilamente e “esquecer” o número no quadro de instrumentos que indica quantos quilômetros restam.

Considerando que o brasileiro roda, em média, de 32 km a 41 km por dia, isso significa que a autonomia é suficiente para usar o carro durante praticamente uma semana sem se preocupar.

Nissan Leaf e Chevrolet Bolt usam diferentes padrões de plugue — Foto: Celso Tavares/G1Nissan Leaf e Chevrolet Bolt usam diferentes padrões de plugue — Foto: Celso Tavares/G1

Nissan Leaf e Chevrolet Bolt usam diferentes padrões de plugue — Foto: Celso Tavares/G1

A resposta é: depende do destino. E, ainda assim, a viagem ainda vai exigir certa dose de planejamento. Em tese, é possível, por exemplo, percorrer os 430 km entre São Paulo e Rio de Janeiro com apenas uma parada para recarregar as baterias.

Mas isso só pode acontecer porque há pontos de recarga espalhados pela Rodovia Presidente Dutra. Se o viajante quiser escolher outra estrada, poderá ter problemas.

Chevrolet Bolt consegue, em teoria, fazer o trajeto de ida e volta entre São Paulo e Campinas 2 vezes sem precisar de recarga — Foto: Celso Tavares/G1Chevrolet Bolt consegue, em teoria, fazer o trajeto de ida e volta entre São Paulo e Campinas 2 vezes sem precisar de recarga — Foto: Celso Tavares/G1

Chevrolet Bolt consegue, em teoria, fazer o trajeto de ida e volta entre São Paulo e Campinas 2 vezes sem precisar de recarga — Foto: Celso Tavares/G1

O G1 foi e voltou de São Paulo a Campinas, no interior do estado. O percurso total, de 200 km, não deve trazer dores de cabeça para o motorista.

Ainda mais porque, neste trecho, tanto a Rodovia dos Bandeirantes, como a Anhanguera, possuem postos de recarga rápida.

O Leaf saiu de São Paulo com 259 km de autonomia e chegou a Campinas com 191 km restantes. Ou seja, no percurso de 86 km, foram “consumidos” 68 km da autonomia.

Dependendo de como o condutor guia o veículo, uma parada pode ser necessária para chegar ao destino com segurança. Com uma pausa de 40 minutos, a autonomia voltou a ser suficiente para seguir viagem sem preocupação.

Autonomia do Nissan Leaf é suficiente para ida e volta entre São Paulo e Campinas — Foto: Celso Tavares/G1Autonomia do Nissan Leaf é suficiente para ida e volta entre São Paulo e Campinas — Foto: Celso Tavares/G1

Autonomia do Nissan Leaf é suficiente para ida e volta entre São Paulo e Campinas — Foto: Celso Tavares/G1

O Bolt fez o roteiro de forma mais tranquila. Ainda que tenha sido carregado em um posto no caminho de volta, sua autonomia garantiria um retorno sem sustos.

Em roteiros mais longos, o veículo a combustão ainda é a opção mais segura para não correr o risco de ficar sem energia. Não que a autonomia dele seja maior: é que há mais postos de combustível do que locais para carregar o carro elétrico.

Viagem entre São Paulo e Campinas com carros elétricos — Foto: Diana Yukari/G1Viagem entre São Paulo e Campinas com carros elétricos — Foto: Diana Yukari/G1

Viagem entre São Paulo e Campinas com carros elétricos — Foto: Diana Yukari/G1

Dentro de grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, até existem mais opções de carregadores, em sua maioria, espalhados em supermercados, shoppings e postos de combustível.

De acordo com o site PlugShare, usado para catalogar pontos de recarga de carros elétricos, São Paulo possui cerca de 60 locais com essa finalidade. A maioria está concentrada na Zona Oeste da cidade (veja no mapa abaixo). No Rio, há bem menos pontos.

Pontos de recarga de veículos elétricos em São Paulo — Foto: Reprodução/PlugsharePontos de recarga de veículos elétricos em São Paulo — Foto: Reprodução/Plugshare

Pontos de recarga de veículos elétricos em São Paulo — Foto: Reprodução/Plugshare

Pontos de recarga para veículos elétricos no Rio — Foto: Reprodução/PlugsharePontos de recarga para veículos elétricos no Rio — Foto: Reprodução/Plugshare

Pontos de recarga para veículos elétricos no Rio — Foto: Reprodução/Plugshare

Porém, nem todos os postos de recarga estão disponíveis para o público ou são acessíveis 24 horas. Muitos são localizados em concessionárias de veículos ou escritórios particulares. Outros, em shoppings, até fornecem a energia grátis, mas o estacionamento acaba sendo cobrado.

A cor laranja nos mapas dos pontos de recarga acima mostra os raros locais onde existe mais de um tipo de plugue.

As fabricantes utilizam diferentes padrões e, como em alguns casos, a marca é quem banca a instalação do ponto, nem sempre ela opta por fornecer a entrada compatível com veículos da concorrência.

O Chevrolet Bolt utiliza o chamado Type 2, o mesmo dos híbridos da BMW e da Volvo e do Jaguar I-Pace. É o padrão mais comuns dos carregadores brasileiros. O Leaf tem um tipo diferente, chamado Chademo. Segundo a Nissan, há apenas 3 pontos de recarga deste tipo em São Paulo.

Para contornar o incômodo, todos os veículos serão entregues com um adaptador do Chademo para o Type 1. No entanto, ele não permite que o veículo seja recarregado em postos rápidos que só possuam o Type 2.

(Correção: O G1 errou ao informar que o adaptador fornecido pela Nissan para o Leaf é do padrão Chademo para o Tipo 2, conforme a fabricante havia confirmado no evento de lançamento do Leaf. Nesta quinta-feira, 15, a fabricante afirmou que o adaptador, na verdade, é do padrão Chademo para o Tipo 1, de recarga mais lenta. A informação foi corrigida às 17h48.)

A unidade avaliada pelo G1 não trazia a peça. Por isso, foi preciso planejar melhor o percurso, para conseguir carregar o veículo.

Padrão de carregador do Chevrolet Bolt — Foto: Celso Tavares/G1Padrão de carregador do Chevrolet Bolt — Foto: Celso Tavares/G1

Padrão de carregador do Chevrolet Bolt — Foto: Celso Tavares/G1

Padrão de carregador do Nissan Leaf — Foto: André Paixão/G1Padrão de carregador do Nissan Leaf — Foto: André Paixão/G1

Padrão de carregador do Nissan Leaf — Foto: André Paixão/G1

Além dos pontos de recarga rápida, também é possível utilizar tomadas convencionais de 110V ou 220V. No entanto, no caso do Leaf, a instalação deve ser aterrada. E, ainda assim, a carga é bem mais demorada.

Outra alternativa é instalar um ponto de recarga na própria casa e perder a chance de poder recarregar o veículo de forma gratuita nos postos de locais públicos.

Os R$ 195 mil pedidos pela Nissan também incluem a instalação completa do carregador caseiro. A Chevrolet ainda não definiu se irá comercializar o chamado “wallbox”.

Tempo de recarga dos veículos elétricos — Foto: Arte: Diana Yukari/G1Tempo de recarga dos veículos elétricos — Foto: Arte: Diana Yukari/G1

Tempo de recarga dos veículos elétricos — Foto: Arte: Diana Yukari/G1

O valor de uma carga completa varia.

A Nissan diz que, para o Leaf, custa R$ 30. No caso do Bolt, a Chevrolet afirma são R$ 39.

Como comparação, encher o tanque de um Volkswagen Golf 1.4, de porte semelhante aos elétricos aqui citados, custa R$ 221 com gasolina e R$ 141 com etanol, de acordo o levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) do último dia 19 de julho.

Com o tanque cheio, e segundo o Inmetro, um Golf 1.4 tem autonomia, em média, de 431 km com álcool e 642 km com gasolina, considerando um ciclo 50% urbano e 50% rodoviário.

Custo de recarga dos veículos elétricos — Foto: Diana Yukari/G1Custo de recarga dos veículos elétricos — Foto: Diana Yukari/G1

Custo de recarga dos veículos elétricos — Foto: Diana Yukari/G1

Se o preço de compra é bem mais alto do que nos similares a combustão, com a manutenção ocorre o contrário.

Isso porque não há partes móveis no motor, câmbio para dar problemas ou óleo para trocar. São cerca de 50 peças, contra 350 em um propulsor “convencional”.

Além disso, os freios duram mais, já que são menos exigidos, graças ao sistema de recuperação de energia.

O G1 perguntou para as fabricantes que vendem carros elétricos no Brasil quanto custam as revisões para os primeiros 6 anos de uso de seus modelos.

Chevrolet Bolt  — Foto: Celso Tavares/G1Chevrolet Bolt  — Foto: Celso Tavares/G1

Chevrolet Bolt — Foto: Celso Tavares/G1

A Chevrolet e a Jac disseram que ainda não têm os preços. A Jaguar afirmou que as 3 primeiras revisões, que cobrem 6 anos, são gratuitas.

A Renault cobra R$ 2.904 pelos 6 primeiros serviços do Zoe, realizados a cada 10 mil km. Curiosamente, as revisões incluem troca da bateria de 12V a cada 2 anos. O valor é praticamente R$ 200 mais barato do que as revisões do Captur 1.6.

Motor elétrico do Nissan Leaf tem cerca de 50 partes móveis, contra 350 de um propulsor convencional — Foto: Divulgação/NissanMotor elétrico do Nissan Leaf tem cerca de 50 partes móveis, contra 350 de um propulsor convencional — Foto: Divulgação/Nissan

Motor elétrico do Nissan Leaf tem cerca de 50 partes móveis, contra 350 de um propulsor convencional — Foto: Divulgação/Nissan

Já o plano de manutenção do Leaf até 60 mil km sai por R$ 2.404. É mais barato até do que as revisões do popular March 1.0, e 35% mais em conta do que os serviços de um Chevrolet Equinox, que custa na casa dos R$ 170 mil.

Vale lembrar que as oficinas precisam ter uma área específica para atender os veículos elétricos. Além do espaço, são necessários equipamentos próprios para isso e mecânicos mais capacitados.

Nissan Leaf tem 149 cv e 32,6 kgfm — Foto: Celso Tavares/G1Nissan Leaf tem 149 cv e 32,6 kgfm — Foto: Celso Tavares/G1

Nissan Leaf tem 149 cv e 32,6 kgfm — Foto: Celso Tavares/G1

Nunca é demais lembrar que todo o torque dos carros elétricos é entregue de forma instantânea.

Isso faz com que o Bolt, de 203 cv e 35,7 kgfm, acelere de 0 a 100 km/h em apenas 6,5 segundos. Ainda comparando com um equivalente tradicional, o Bolt é mais rápido do que a versão esportiva do Golf GTI.

O Leaf é menos potente, mas também tem números interessantes. Seus 149 cv e 32,6 kgfm empurram ele de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos – marca melhor do que de um Audi A3 1.4 turbo.

A diferença de desempenho entre os dois é atenuada na cidade.

Chevrolet Bolt tem 203 cv e 37,9 kgfm — Foto: Celso Tavares/G1Chevrolet Bolt tem 203 cv e 37,9 kgfm — Foto: Celso Tavares/G1

Chevrolet Bolt tem 203 cv e 37,9 kgfm — Foto: Celso Tavares/G1

O Bolt é um pouco menor do que o Leaf. São 4,17 metros de comprimento, contra 4,48 m do rival japonês. Na distância entre-eixos, a diferença é reduzida para apenas 10 centímetros: 2,70 m no Nissan e 2,60 m no Chevrolet, que leva vantagem por ter assoalho plano.

Nos dois casos, os ocupantes do banco traseiro têm que se acostumar com um piso elevado, pois as baterias são acomodadas logo abaixo.

A dupla é oferecida em versão única, repleta de itens de série, como bancos de couro com aquecimento, ar-condicionado digital, faróis de LED, acesso e partida por chave presencial, sensores de luz e chuva, alertas de ponto cego, colisão frontal e de mudança de faixa e retrovisor eletrocrômico.

Interior do Nissan Leaf é bastante parecido com o de veículos a combustão — Foto: DivulgaçãoInterior do Nissan Leaf é bastante parecido com o de veículos a combustão — Foto: Divulgação

Interior do Nissan Leaf é bastante parecido com o de veículos a combustão — Foto: Divulgação

No entanto, a percepção é de que o Leaf está mais próximo de um veículo a combustão convencional. Isso porque a regeneração de energia é menos perceptível, exceto quando o modo e-pedal está acionado. Com ele, basta tirar o pé do acelerador que o veículo perde velocidade rapidamente, eliminando a necessidade do freio.

O Nissan tem bancos mais confortáveis, posição de dirigir mais baixa e um visual bastante semelhante ao de outros modelos da marca – o quadro de instrumentos é idêntico ao do Kicks.

Interior do Chevrolet Bolt é mais 'futurista' — Foto: Celso Tavares/G1Interior do Chevrolet Bolt é mais 'futurista' — Foto: Celso Tavares/G1

Interior do Chevrolet Bolt é mais ‘futurista’ — Foto: Celso Tavares/G1

Já o Bolt tem uma “pegada” de carro do futuro. Sua central multimídia de 10,2 polegadas em posição inclinada é a grande atração da cabine.

Os bancos, mais finos, não chegam a ser desconfortáveis, mas oferecem menos apoio do que os assentos do Leaf. E a regeneração de energia é mais forte – nada que chegue a incomodar.

Seletores de marcha de Nissan Leaf e Chevrolet Bolt — Foto: Celso Tavares/G1 e DivulgaçãoSeletores de marcha de Nissan Leaf e Chevrolet Bolt — Foto: Celso Tavares/G1 e Divulgação

Seletores de marcha de Nissan Leaf e Chevrolet Bolt — Foto: Celso Tavares/G1 e Divulgação

O Bolt também possui outros dois modos de recuperação. Um deles é na alavanca seletora de marcha, no modo L.

A outra, mais divertida, é uma aleta do lado esquerdo do volante, como se fosse uma borboleta para troca de marchas. Sua função, porém, é ativar o freio-motor, tornando as reduções menos bruscas, mas, ainda assim, regenerando energia.

Mesmo com a oferta aumentando, dificilmente você encontrará centenas de carros elétricos nas ruas de uma hora para outra. O investimento para comprar um carro elétrico ainda é muito alto.

O preço de compra chega a ser o dobro de um similar a combustão, ainda que os pacotes de equipamentos sejam mais generosos.

A conta começa a ficar menos desfavorável ao considerar os demais custos. A manutenção promete ser até 30% mais barata, segundo as fabricantes.

Com planejamento, é possível realizar as recargas de forma gratuita. Se esse não for o caso, o “tanque” cheio de um veículo elétrico custa aproximadamente ⅕ de um carro a combustão.

Nissan Leaf e Chevrolet Bolt — Foto: Celso Tavares/G1Nissan Leaf e Chevrolet Bolt — Foto: Celso Tavares/G1

Nissan Leaf e Chevrolet Bolt — Foto: Celso Tavares/G1

Em alguns estados, ainda existe a possibilidade de ter de volta parte do IPVA. Em São Paulo, veículos híbridos e elétricos estão isentos do rodízio veicular.

Somando todos os fatores, o carro elétrico ainda é mais caro do que um a combustão. Mas, como acontece com todas as tecnologias, ela está ficando mais barata conforme se populariza. Ao mesmo tempo em que a estrutura cresce.

Lamborghini apresenta seu primeiro carro híbrido, o Sián | Salão de Frankfurt – 2019

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Lamborghini apresenta seu primeiro carro híbrido, o Sián | Salão de Frankfurt - 2019


O hipereresportivo tem 830 cavalos de potência (ou 819 hp), desenvolvidos por um motor 6.5 litros V12 a gasolina, o mesmo do Aventador, e por um elétrico de 48 volts. Isso faz dele o carro mais potente já produzido pela marca italiana, superando o próprio Aventador, com seus 780 cv.

A máquina acelera de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos e chega aos 350 km/h, segundo a fabricante. E ainda não é a versão definitiva. Apenas 63 unidades serão produzidas, número que replica o do ano de fundação da Lamborghini.

O preço? Cada uma custa US$ 3,6 milhões (R$ 14,7 milhões) — todas já estão reservadas, segundo a marca.

analisamos o custo-benefício das 6 versões

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analisamos o custo-benefício das 6 versões


Entre todas as versões do novo modelo, qual tem o maior equilíbrio entre preço e pacote de equipamentos ofertado

O Onix Plus chegou para substituir o Prisma com banca. O “novo Onix sedan” estreou com preços agressivos e equipamentos de série importantes em toda a linha, como novo motor turbo 1.0 de 116 cv, seis airbags e controles de estabilidade e tração, Isofix e assistente à partida em rampas.  Ao todo, são seis versões do novo Onix 2020 , mas nós ajudamos você a descobrir qual a que melhor combina com seu perfil – e seu bolso.

6. Novo Onix Plus LT: R$ 61.190

novo onix lt

A variante manual do novo Onix sedan tem a mesma lista de itens de série LT AT, com exceção, obviamente, do câmbio automático. Sensor de ré, trio elétrico, regulagens de altura e profundidade da coluna de direção, MyLink, rodas de liga leve, grade cromada, maçanetas e capas dos retrovisores pintadas na cor da carroceria são os diferenciais em relação à versão mais barata da linha.

5. LTZ AT:  R$ 70.990

A versão intermediária do Onix Plus aqui oferece o conforto da caixa automática de seis velocidades. Sai de fábrica com os mesmos itens da LTZ manual. Os destaques ficam para a câmera de ré na central MyLink, sensor de luminosidade, carregador de celular sem fio e chave presencial que destrava as portas por aproximação e permite a partida por botão.

4. Onix Plus Premier: R$ 73.190

novo onix plus frente 2

A versão top da linha Onix sedan  recebe os itens que podem ser considerados mimos dentro da gama. Só esta tem controle de cruzeiro, faróis e lanternas com DRL e LEDs, volante esportivo com base reta e até indicador de vida útil do óleo do motor. Por fora, frisos e maçanetas são cromados. É o único também a usar rodas aro 16″. O pacote de opcionais para o Onix Plus Premier inclui sistema de assistente automático de estacionamento e sensor de ponto cego, mas custa R$ 4.600.

O Boris andou no novo Onix e fala suas primeiras impressões do sedã

3. LT AT: R$ 66.490

A versão LT do novo Onix Plus recebe a mais que a versão inicial sensor de ré, retrovisores elétricos com capas na cor da carroceria, volante com ajuste de altura e profundidade, central MyLink, rodas de liga leve, grade cromada, maçanetas pintadas na cor do carro e adesivos escurecidos nas colunas. Ainda tem a benesse da transmissão automática de seis marchas.

2. Onix Plus 1.0: R$ 58.790

novo onix plus turbo 2020 entrada marlos

A configuração de entrada do “novo Prisma” é a opção para quem não quer gastar muito – e especialmente para taxistas e motoristas de aplicativos. Além dos itens de segurança inerentes a toda a linha, é equipado com o ajuste dos faróis, vidros dianteiros e travas elétricos, monitoramento dos pneus, ar, direção elétrica, chave canivete, computador de bordo e banco bipartido.

O som é simples, com entrada USB dupla e Bluetooth, e as rodas são de aço, com calotas. Deve regulagens de altura e profundidade do volante. As maçanetas não são na cor da carroceria e a grade não é cromada.

1. LTZ 1.0: R$ 65.790

chevrolet onix plus 2020

A versão LTZ é a intermediária do novo Onix e com melhor custo-benefício. Tudo bem que não oferece o conforto da transmissão automática de seis marchas, mas a caixa manual rende bem e vem com uma lista de itens de série bem completinha. Regulagem de altura dos faróis, monitoramento de pressão dos pneus, ar-condicionado, direção elétrica, chave tipo canivete, computador de bordo, banco bipartido, tomadas USB para o banco traseiro e trio elétrico fazem parte do pacote.

A central multimídia MyLink do Onix Plus LTZ com tela de 7” permite conectividade para AndroidAuto e CarPlay e emparelhamento Bluetooth para dois celulares ao mesmo tempo. Completam a lista detalhes bacanas, como câmera de ré, sensor de luminosidade, carregador de celular por indução e chave presencial. Por fora, rodas de liga leve aro 15”, grade cromada, faróis de neblina, maçanetas e capas dos retrovisores na cor do veículo e adesivos escuros nas colunas.

Novo VW Golf surpreende um total de zero pessoas após publicação de teaser

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Novo VW Golf surpreende um total de zero pessoas após publicação de teaser


Nova geração do hatch médio será apresentada este mês na Alemanha e, ao que tudo indica, não terá produção no Brasil

Prévia sugere um Golf agressivo, o que não acontecerá na prática

Prévia sugere um Golf agressivo, o que não acontecerá na prática (divulgação/Volkswagen)

A Volkswagen divulgou nesta semana um teaser da oitava geração do Golf, que terá seu lançamento mundial no próximo dia 24, em Wolfsburg, Alemanha.

Mas se a intenção da marca era gerar algum tipo de suspense, pode-se dizer que falhou. O hatch médio já havia sido flagrado diversas vezes nos últimos meses, inclusive sem camuflagem.

O modelo, inclusive, não será tão agressivo visualmente quanto sugere o esboço. Veja na imagem abaixo.

Um dos flagras do novo Golf, esse na África do Sul

Um dos flagras do novo Golf, esse na África do Sul (Reprodução/Carscoops/Internet)

Inclusive, pode-se dizer que a VW ainda se preocupa em manter a essência das linhas presentes no modelo desde seu lançamento, em 1974.

A exceção é a dianteira, que acompanha o padrão dos modelos mais recentes da marca, como o elétrico ID.3.

Modelo não será tão diferente da geração atual

Modelo não será tão diferente da geração atual (Reprodução/Carscoops/Internet)

A nova geração do carro terá como grande novidade a presença de um sistema híbrido de 48 V, como o presente em alguns modelos da Audi. 

Sistema híbrido parcial unifica motor de partida e alternador

Sistema híbrido parcial unifica motor de partida e alternador (divulgação/Volkswagen)

No interior, destaque para o painel digital e para o sistema multimídia, que no desenho sugerem fazer parte de um único conjunto.

Novidade é a integração do painel com a central multimídia

Novidade é a integração do painel com a central multimídia (divulgação/Volkswagen)

No Brasil, a oitava geração do Golf deve chegar apenas importada, da Europa ou do México.

Conforme noticiado em primeira mão por QUATRO RODAS, o Golf não é mais produzido no Brasil. Antes da chegada da próxima geração, teremos no país a presença relâmpago do híbrido Golf GTE, também importado, ainda com a carroceria atual. 

veja as diferenças do modelo brasileiro para o chinês

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veja as diferenças do modelo brasileiro para o chinês


Recém-chegado ao mercado brasileiro, o Chevrolet Onix Plus estreou antes na China, onde é vendido desde abril. Desenvolvido no país asiático com participação da engenharia brasileira da General Motors, o sedã traz equipamentos e especificações diferentes no mercado chinês na comparação com modelo fabricado e vendido aqui.

Enquanto a plataforma GEM e as dimensões são idênticas nos dois países, a primeira diferença está no preço: enquanto o sedã atualmente parte de R$ 58.790 no Brasil, lá fora a versão de entrada do Onix Sedan, como é chamado na China, sai por 89,9 mil yuans – o equivalente a cerca de R$ 51,6 mil.

Em breve, o Onix Plus será oferecido aqui na versão 1.0 aspirada com câmbio manual por R$ 54.990, configuração indisponível na China, que usa turbo, exclusivamente.

Além dos preços, em cada mercado o sedã traz pacotes adaptados ao gosto e às necessidades dos consumidores locais, bem como à legislação de cada país. Confira.

Motor – Chinês é mais forte

Motor do Onix chinês traz injeção direta de combustível e traz desempenho ainda melhor que o brasileiro (foto) - Murilo Góes/UOL

Motor do Onix chinês traz injeção direta de combustível e traz desempenho ainda melhor que o brasileiro (foto)

Imagem: Murilo Góes/UOL

No Brasil, a GM escolheu oferecer o Onix Plus com motor 1.0 turbo flex de três cilindros dotado de injeção indireta de combustível, capaz de render 116 cv de potência a 5.500 rpm e 16,8 kgfm de torque a partir de 2.000 rotações.

Na China, o mesmo motor bebe somente gasolina e traz injeção direta de combustível. No mercado asiático, o sedã rende 125 cv a 5.800 rpm e 18,3 kgfm a apenas 1.350 giros. Portanto, anda mais, sobretudo em rotações mais baixas. A General Motors alega que escolheu o sistema mais simples para baratear a manutenção do veículo no Brasil.

Outro item que só o Onix oriental tem: sistema start-stop, que desliga automaticamente o motor em paradas rápidas para poupar combustível. O equipamento pode ser desligado.

Segurança – Brasileiro leva a melhor

No Brasil, sedã tem sensores de ponto cego dentre os itens opcionais; luz no retrovisor faz o alerta - Divulgação

No Brasil, sedã tem sensores de ponto cego dentre os itens opcionais; luz no retrovisor faz o alerta

Imagem: Divulgação

Em termos de estrutura e absorção de impactos, tanto o modelo fabricado em Gravataí (RS) quanto o produzido na China são idênticos. Porém, no Brasil o Onix Plus agrega mais itens de segurança, que contribuíram para levar nota máxima em teste de impacto do Latin NCAP.

Somente o sedã brasileiro traz de série seis airbags em todas as versões, contra quatro bolsas infláveis na configuração oriental. Além disso, o Onix Plus nacional pode ser equipado com sensor de ponto cego acoplado aos retrovisores e vem sempre com três encostos de cabeça no banco traseiro, ante dois na especificação asiática.

Nos dois países, o sedã traz sensor de pressão dos pneus, Isofix e controles de tração e estabilidade, bem como câmera de ré, dependendo da versão. No entanto, o Onix chinês traz câmera de segurança com Wi-Fi instalada no para-brisa para registrar o que acontece na via enquanto o carro é conduzido – o equipamento é requisitado pelas seguradoras locais.

Equipamentos – Vantagem brasileira

Onix Plus brasileiro pode trazer ar-condicionado digital e automático; no chinês, equipamento é manual - Divulgação

Onix Plus brasileiro pode trazer ar-condicionado digital e automático; no chinês, equipamento é manual

Imagem: Divulgação

Apenas no Brasil o Onix Plus tem à disposição sistema de estacionamento automático somado a sensores dianteiros, laterais e traseiros. Na China, conta apenas com sensores de ré.

Além disso, só o modelo vendido aqui pode ser equipado com ar-condicionado automático, ante climatização com ajuste manual no país asiático. Ao mesmo tempo, a variante chinesa pode trazer com teto solar elétrico, algo indisponível no mercado brasileiro.

Aqui, a versão mais equipada oferece recarga de celular por indução, sem fio.

Outra diferença é a capacidade do tanque de combustível, que é de 44 litros aqui, ante 36 litros na China.

Acabamento – “nosso” Onix é melhor

Interior do modelo chinês repete combinação bicolor, mas qualidade dos plásticos é inferior - Vitor Matsubara/UOL

Interior do modelo chinês repete combinação bicolor, mas qualidade dos plásticos é inferior

Imagem: Vitor Matsubara/UOL

UOL Carros foi um dos poucos veículos de imprensa que puderam conferir o Onix Plus chinês in loco durante o Salão de Xangai. E a impressão é que o modelo brasileiro tem acabamento superior ao do seu “irmão” distante. O sedã brasileiro tem plásticos de qualidade superior e peças mais bem encaixadas, embora também não seja referência na categoria. Bancos dianteiros inteiriços e acabamento em dois tons são comuns aos dois carros.

Conectividade – empate

Tanto o modelo asiático quanto o nacional podem trazer internet 4G dedicada com roteador Wi-Fi - Murilo Góes/UOL

Tanto o modelo asiático quanto o nacional podem trazer internet 4G dedicada com roteador Wi-Fi

Imagem: Murilo Góes/UOL

Tanto o Onix Plus nacional quanto o oriental podem trazer internet 4G dedicada com roteador Wi-Fi e vêm com o sistema de atendimento remoto OnStar. A diferença é que na variante brasileira o cliente tem direito a 3 GB de pacote de dados gratuito por três meses, fornecido em parceria com a Claro, enquanto o chinês oferece um ano de conexão grátis, limitada a 12 GB.

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Corolla híbrido deve atrair a maioria dos compradores do Prius – Jornal do Carro

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O Corolla 2020 chega às lojas amanhã com a tão aguardada versão híbrida flexível, sistema pioneiro no mundo. A versão Altis Hybrid custa R$ 124.990, ou R$ 3.540 a menos que o Prius (R$ 128.530). Com isso, o hatch da Toyota, que é o híbrido mais vendido do mundo, deve perder 2/3 de suas vendas no Brasil.

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A previsão é de Miguel Fonseca, executivo responsável pelas áreas comercial e de mobilidade da Toyota na América Latina e Caribe. Segundo ele, uma pequena parcela (o 1/3 restante) é o público fiel do modelo, que busca exatamente a exclusividade do hatch. Fonseca diz que a “originalidade” de estilo do carro cativou um público específico.

+ Saiba tudo sobre o Corolla 2020 

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Corolla é bom de venda

Este ano, no acumulado até agosto, foram emplacadas 647 unidades no País, de acordo com os dados da Fenabrave, a associação das revendedoras de veículos. Isso resulta numa média de cerca de 80 unidades por mês.

(As informações sobre o Prius 2019 estão aqui)

Contrastando com as vendas do Prius, as ambições com a versão híbrida do Corolla vão muito além. A Toyota informou que estima vender 1 mil unidades do Corolla híbrido por mês. Isso deve representar cerca de 25% do total de vendas do sedã. A montadora prevê vendas totais de 4.500 unidades do sedã.

Toyota segue rumo à eletrificação

De acordo com Fonseca, na Europa os híbridos já representam mais de 50% das vendas da Toyota. E os números estão superando as estimativas da empresa. “Em 2017, prevíamos que, em 2050, 100% de nossos carros seriam eletrificados (elétricos e híbridos). Agora, já se fala que isso será alcançado entre 2040 e 2045.”

No Velho Continente, até o Yaris tem versão híbrida. Lá, no entanto, o modelo utiliza uma outra plataforma. O Yaris produzido no Brasil (foto abaixo) só deverá se tornar híbrido num prazo de cinco anos, de acordo com o executivo.

Pelas previsões da montadora, 2/3 desses eletrificados serão híbridos, enquanto 1/3 será representado por elétricos puros, alimentados por baterias ou células de hidrogênio.

No caso dos modelos elétricos alimentados por hidrogênio, há duas barreiras a serem vencidas. Uma é a rede de abastecimento, ainda muito mais restrita do que a de alimentação elétrica para baterias. A segunda é o preço do veículo. O executivo afirma que o Toyota Mirai tem custo de produção estimado em US$ 100 mil (cerca de R$ 410 mil).

Carro eltrico recebe prmio de segurana mxima pela primeira vez

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Carro eltrico recebe prmio de segurana mxima pela primeira vez


O vencedor foi o E-Tron, da Audi, um veculo que custa R$ 302 mil

Primeiro carro totalmente eltrico da Audi, o SUV E-Tronfoi considerado um dos mais seguros do mercado pelo Instituto de Seguros para Segurana de Rodovias (IIHS). Ele superou o Model S, da Tesla, e o Chevy Bolt, da Chevrolet, e se tornou o primeiro carro eltrico a ganhar o prmio.

O veculo recebeu ndices altosem todas as categorias de “resistncia a impacto”. Alm disso, seu sistema de freio automtico de emergncia foi capaz de evitar um acidente a 40Km/h durante o teste.

A boa classificao do E-Tron no IIHS vem depois de muitos escndalos envolvendo a Audi. A companhia adiou o lanamento do veculo depois que seu CEO foi preso por suposto envolvimento em fraudes da Volkswagen. Isso sem contar que atrasou a entrega do veculo por falta de bateria e, depois, precisou tir-lo de circulao por risco de incndio no componente.

O E-Tron um dos primeiros veculos eltricos de longo alcance a chegar ao mercado no segmento de luxo. Seu preo inicial US$ 75 mil (aproximadamente R$ 302 mil) e ele pode viajar cerca de 328Km com uma carga. O Model 3 e o Model X ainda no foram testados pelo IIHS.

Fonte: The Verge

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Lexus UX: o barato do pequeno SUV híbrido de luxo| Avaliação

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Quando os primeiros carros híbridos surgiram, as marcas faziam questão de deixá-los o mais esquisito possível. Não era uma questão de querer ter um carro híbrido, era preciso mostrar ao mundo que você era ecologicamente correto. Os tempos mudaram e o Lexus UX 250h prova isso.

Tipo hatch

Claro que como um Lexus, o UX tem suas esquisitices. Ele foi feito para chamar a atenção: tem grade frontal gigantesca e linhas fortes por toda carroceria. Não da para negar a quantidade cavalar de personalidade que o SUV tem. Confesso que demorou um tempo até me acostumar com seu estilo e apreciar suas linhas.

Testado na versão topo de linha F-Sport de R$ 214.490, o Lexus UX traz para-choques esportivos, rodas maiores e detalhes em cromo fumê. O porte é próximo ao de um hatch médo (4,49 m de comprimento, 1,84 m de largura e 1,52 m de altura), apesar de a Lexus o chamar de SUV. A estratégia é a mesma da Mercedes-Benz com o GLA.

A lanterna traseira conectada por uma larga faixa de LED é chamativa. Há ainda pequenas barbatanas aerodinâmicas na parte superior, que ajudam a direcionar o ar e diminuir o consumo do UX. O porta-malas é pequeno, carrega 234 litros. Ao menos tem abertura elétrica, carpete de muita qualidade e um prático alçapão.

Presente e passado

A cabine do Lexus UX mostra cuidado com os materiais. Há couro de qualidade e revestimentos macios ao toque, além de plásticos texturizados em pontos estratégicos. O painel de instrumentos é totalmente digital e conta com um aro que se move dependendo da função executada – um charme à parte.

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No alto do painel fica a central multimídia e um relógio analógico, mostrando o lado conservador da Lexus. A tela tem boa definição e menus claros, mas não está à altura da modernidade que o UX exala. Ela não é sensível ao toque, sendo preciso operá-la por um mousepad no console central, que nem sempre é preciso, vale dizer.

O Lexus UX não traz Android Auto ou Apple CarPlay. Há sistema Miracast de espelhamento do celular, mas o SUV se recusa a exibir as imagens do aparelho na central multimídia quando está em movimento. A presença de tv digital integrada não compensa a derrapada, até porque ela também fica desativada ao rodar. 

Faz falta também piloto automático adaptativo e sistema de manutenção em faixa, presentes nas versões Altis do novo Toyota Corolla 2020. O UX na versão F-Sport traz ar-condicionado digital de duas zonas, bancos elétricos com aquecimento e head-up display como compensações. 

Tendo o conforto como palavra de ordem, o Lexus UX vem com bancos extremamente confortáveis com couro perfurado com detalhes vermelhos (versão F-Sport). As abas laterais generosas garantem suporte mais do que adequado. Um contrasate com a traseira onde espaço é apertado e as portas têm acabamento de plástico duro.

Híbrido não é sem graça

Tal qual o Toyota Corolla 2020, o Lexus UX é híbrido. O conjunto é composto pelo 2.0 quatro cilindros aspirado combinado a dois motores elétricos. A potência total é de 178 cv, mas o torque combinado não é divulgado pois os motores atingem o pico de força em momentos diferentes. O gasolina tem torque máximo de 20,8 kgfm.

Atrelado a uma transmissão CVT, o Lexus UX prima pela economia de combustível em detrimento da performance. Ele tem força suficiente e anda bem, mas sem emoção. A cabine é bem isolada e o CVT segura a rotação do motor no pico de torque quando o pedal do acelerador é acionado no limite.

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Deixando claras suas intensões, o Lexus UX se revela confortável e suave, privilegiando o uso dos motores elétricos na maioria das situações. Basta tirar o pé do acelerador para que ele se movimente apenas com energia, usando a inércia para carregar as baterias. Não traz a emoção de um hatch médio turbinado ou que insinua a sigla F-Sport que ele carrega.

Isso se deve ao direcionamento do Lexus UX: ecologicamente correto, ele quer conquistar pelo consumo de combustível baixo e pelo conforto. Nos testes ele marcou facilmente 13 km/l na cidade. A direção é bastante anestesiada e a suspensão macia reforçam esse posicionamento. Em curvas, ele tende a rolar bastante e ter a traseira um tanto quanto oscilante em velocidades mais altas. 

Com1.540 kg, o Lexus UX é pesado e se faz sentir. Ele tem cavalaria suficiente para dar conta de toda sua massa, além disso a distribuição das baterias na parte baixa da carroceria tentam atenuar essa sensação. O rodar é sólido e firme, deixando claro que alí você pagou a mais por um carro verdadeiramente de luxo.

Silencioso, você só sabe que o Lexus UX está ligado pois a luz Ready aparece no painel de instrumentos. Há borboletas atrás do volante e promessa (não cumprida) de simulação de seis marchas, mas estranhamente sempre que colocado no modo manual o UX está em 4ª marcha.

Conclusão

O Lexus UX é o SUV compacto híbrido mais barato do Brasil. Além disso, ele é o único modelo nessa categoria de luxo a oferecer motorização ecologicamente correta. Com design diferente de tudo que há na mesma faixa de preço, o UX 250h F-Sport é para  quem tem personalidade forte, quer luxo e gosta de se destacar na multidão.

Não oferece o desempenho de hatch médio, apesar de ter porte de um. Não tem a mesma robustez de um SUV compacto, apesar de a Lexus o tratar como. Nem é tão tecnológico quanto seu sistema híbrido o faz crer. O agravante é ver que Corolla e RAV4 também são híbridos, custam menos e trazem equipamentos mais relevantes que o Lexus UX 250h F-Sport.

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Carros 100% elétricos começam a se espalhar pelas ruas

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Carros 100% elétricos começam a se espalhar pelas ruas


Como são e quanto custam os automóveis movidos somente a eletricidade, o novo padrão mundial da indústria

Anunciadas com pompa na mais recente edição do Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro do ano passado, chegaram finalmente ao mercado brasileiro as mais recentes e “baratas” versões de carros 100% elétricos. As aspas se tornam necessárias pois os três modelos mais em conta disponíveis nas concessionárias ultrapassam a faixa de preço de seis dígitos, chegando a 195 000 reais (veja o quadro abaixo). Eles não transportam o mesmo luxo dos veículos a combustão de custo equivalente. No entanto, sua autono­mia, ou seja, a distância máxima que conseguem percorrer com apenas uma carga, se tornou equiparável àquela obtida com um tanque de gasolina. É justamente nessa característica que as montadoras se agarram para alcançar as metas de vendas. “Com essa autonomia, esperamos atingir os early adopters, o grupo ligado nas mais recentes tecnologias”, disse a VEJA Hermann Mahnke, diretor de marketing da General Motors, fabricante que em outubro oferecerá a seus clientes o Chevrolet Bolt, modelo compacto capaz de rodar por 380 quilômetros sem necessidade de recarga.

Resolvida essa questão, dirigir carros elétricos é uma experiência extre­mamente prazerosa. Eles são mais ágeis que qualquer automóvel a combustão de potência equivalente — na aceleração de zero a 100 quilômetros por hora, o Bolt é mais rápido que o Golf GTI, um dos hatches esportivos mais desejados do país, fabricado pela Volkswagen. Trata-se de uma vantagem e tanto para quem vive no anda e para das grandes cidades. A expectativa da GM é pôr 400 Bolts nas ruas até o fim de 2020. Uma meta ousada, considerando-se que nos primeiros seis meses de 2019 foi comercializada apenas uma centena de carros movidos pela energia acumulada em uma bateria de íon-lítio instalada no assoalho do veículo. Estima-se que a frota elétrica brasileira atualmente seja de 500 unidades, um grão de areia perto dos 37 milhões de automóveis em circulação no país.

 (./.)

O preço marcado na etiqueta dos modelos elétricos assusta, claro, mas por trás dela há uma série de benefícios que podem reduzir seu custo total de propriedade, a começar pelo reabastecimento. Hoje, o valor médio do quilômetro rodado de um carro a combustão está em 43 centavos de real. No caso do elétrico, esse gasto seria bem menor: 10 centavos a cada 1 quilômetro. Como são dotados de um sistema de recuperação de energia dissipada pelas frenagens, esses modelos têm a capacidade de carregar as próprias baterias em movimento, o que pode baixar ainda mais essa cifra. A manutenção desse tipo de veículo é mais simples e econômica, dado que existem menos componentes mecânicos debaixo de seu capô. Somem-se, ou subtraiam-se, alguns incentivos governamentais — em São Paulo, por exemplo, além de desconto de 50% no IPVA, os 100% elétricos não fazem parte do rodízio municipal de veículos. No Paraná, além de isenção no imposto anual sobre automóveis, quem compra um carro zero-quilômetro movido a bateria tem abatimento total de ICMS. Mesmo sem um programa de subsídio governamental agressivo como o de países como China e Noruega, os especialistas do setor automotivo apontam o Brasil como um mercado promissor.

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Nos próximos anos, o custo deve baixar ainda mais. Isso porque o principal fator de encarecimento da produção desse tipo de veículo deve sofrer uma drástica redução de preço. “As baterias representam quase metade do valor do carro elétrico”, afirma Ricardo Bacellar, líder do setor automotivo da consultoria KPMG. “Mas respeitam a Lei de Moore, que pressupõe mais capacidade a preços cada vez mais baixos.” Entre 2008 e 2015, o custo de fabricação das baterias caiu 75%, e estima-se que será reduzido em mais 20% a 25% até 2025.

Mesmo com toda essa economia, dirigir um automóvel tão caro ainda parece um sonho distante para a maioria da população. Há, contudo, uma alternativa muito mais barata. No início deste mês, chegou ao Brasil o primeiro serviço de compartilhamento desse tipo de veículo: a startup beepbeep colocou dez unidades do Renault Zoe espalhadas pelas zonas Sul e Oeste da capital paulista. Além dos veículos, a empresa disponibilizou quase 100 vagas de estacionamento exclusivas ao estabelecer parcerias com shoppings, supermercados, estacionamentos e hotéis — a expectativa é ampliar a frota para 300 carros até o fim de 2021. “Queremos expandir o serviço para locais que ofereçam infraestrutura adequada”, diz um dos fundadores da beepbeep, André Fauri. Para andar em um de seus veículos, o processo é parecido com o de aluguel de patinetes: basta baixar um aplicativo, cadastrar um cartão de crédito (e a carteira de motorista, claro) e desbloquear o carro. O valor do aluguel é competitivo com o de serviços de mobilidade como Uber e 99 e de locadoras tradicionais. Vive-se, enfim, o limiar da era dos elétricos, uma tendência global.

Publicado em VEJA de 21 de agosto de 2019, edição nº 2648

Aceleramos o Golf GTE: hatch híbrido anda bem e ainda faz 62,5 km/l – 11/09/2019

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Aceleramos o Golf GTE: hatch híbrido anda bem e ainda faz 62,5 km/l - 11/09/2019


Donos de carros esportivos talvez sejam os mais arredios ao que a eletricidade tem a prover aos meios de locomoção. No caso os individuais. Poucos acreditam que a propulsão elétrica possa substituir as polegadas cúbicas, a queima de combustível e continuar entregando velocidade e emoção sem ter de trocar a segunda pela primeira, de maneira real mas pouco convincente.

O Golf GTE, que chega em dezembro, é o contraponto disso. Ele entregar desempenho bem próximo do consagrado Golf GTI, com emoção semelhante, e ainda consegue inebriantes 62,5 km/l de consumo, alternando a propulsão híbrida e elétrica. E, de quebra, ainda permite que você carregue as baterias no conforto da sua casa.

204 cv e 35,7 kgfm

Boa parte das pessoas, quando pensa em híbrido, traz à cabeça o Toyota Prius. E sim, o Golf GTE também tem muito desse sistema que regenera a parte elétrica com um conjunto de forças vindas, tanto do motor a combustão, quanto dos freios quando acionados. No GTE há uma terceira via, que fica bem atrás do logo da VW, estilizado com detalhes azuis.

Como é um híbrido plug-in, ele permite carregamento na tomada da sua casa, aterrada e com 220V de tensão, em um tempo de duas horas e 45 minutos para preencher a autonomia de 50 km apenas em modo elétrico. Em cidades como São Paulo, é comum que as pessoas rodem menos do que isso no dia a dia de casa para o trabalho, e esse é o sentido pleno dessa fusão entre carro urbano, híbrido e esportivo.

Sob o capô, a VW o equipou com o 1.4 turbo, o mesmo 250TSI que equipa o VW Jetta nas versões Comfortline e R-Line, por exemplo, que gera 150 cv e 25,5 mkgf de torque. Já o motor elétrico, que também fica acima do eixo dianteiro, gera 104 cv e 35,7 mkgf de torque instantaneamente.

A potência somada é de 204 cv – e não 254 cv, pois os motores não atingem o seu ápice de entrega ao mesmo tempo – e até 35,7 mkgf de torque, que é o mesmo empuxo que se tem no Golf GTI, ou em qualquer outro VW dotado dos motor 2.0 turbo, ou 350TSI.

Outra particularidade fica na hora de trocar marchas. Como a maioria dos carros híbridos segue sem tergiversar o mantra da economia de combustível, boa parte deles traz um câmbio CVT para transmitir as forças. No caso do GTE, não. A transmissão é a mesma DSG de 6 marchas, e dupla embreagem, banhada a óleo que você vê no irmão GTI, mas foi desenvolvida para os carros híbridos e mudou até de nome: passou de MQ350 para EQ400.

O significado da mudança vai além da nomenclatura. A nova transmissão foi feita para suportar até 400 Nm de torque, ou 40,8 kgfm, o que dá a entender que esse sistema ainda vai evoluir, tanto em potência quanto em torque.

O Golf GTE avaliado é uma unidade de 2015, que ainda não traz na carroceria os retorques da reestilização de meia-vida promovida pela VW em 2018. O carro que estará disponível em dezembro, por um preço próximo dos R$ 200 mil, trará novos faróis, para-choques e assinaturas de leds nas lanternas traseiras.

Por dentro, mudarão o painel, que ganha o Virtual Cockpit com instrumentos digitais, e a central multimídia, que receberá o Discover Media NAV, o mesmo que equipa Passat e Tiguan R-Line.

5 modos de condução

A bordo a sensação é de se estar em um GTI que fez mestrado com o Greenpeace. Em vez dos grafismos vermelhos entremeando o xadrez Clark, é o azul de domina o ambiente – não à toa, afinal a VW tem um manual de como economizar combustível, com um contador de pontos pela sua atuação ao volante chamado Think Blue. Botão de partida acionado e… nada. É o elétrico que está ali, gerando todas as funções do Golf e tirando-o da inércia. Silenciosamente.

Antes de acelerar, você pode escolher cinco modos de condução. Quando ele liga está no modo híbrido completo, ou seja, adapta automaticamente o quanto vai usar de cada fonte de energia para entregar o melhor para você. E foi assim que a VW conseguiu, no ciclo de consumo europeu, chegar aos 62,5 km/l de gasolina. Caso esteja com o pé leve, ele tenta usar o máximo possível da propulsão elétrica, e pode chegar a até 130 km/h assim.

Com essas mesmas premissas, você pode acionar a tecla GTE, onde motores a combustão elétricos ficam a postos para dispor do máximo de suas forças. Assim, consegue ir de 0 a 100 km/h em apenas 7,6 segundos, segundo a VW, ou 0,6 s mais lento que o Golf GTI.

Pode-se usar, também, o modo totalmente elétrico, desde que você não pise demais o acelerador. Caso isso ocorra o motor a combustão entra no jogo naturalmente. Pela função battery hold, você fica apenas com o modo a combustão.

Ele serve para a preservação da bateria caso você esteja em uma estrada e queira usar a economia do carro elétrico para quando estiver em trechos urbanos. E caso você não tenha carregado a parte elétrica em casa, ele conta com uma função que obriga o motor 1.4 turbo a, além de propulsionar o conjunto, pega parte da sua força para recarregar a bateria. O que aumenta bem o consumo. Nessas condições, não passamos de 8,2 km/l de gasolina.

Apesar dos 120 kg extras no peso total do carro, em virtude das baterias que ficam no assoalho, não é possível perceber alguma lentidão no comportamento do Golf, em especial na cidade. Direção e suspensão seguem o mesmo parâmetro, com a dureza habitual de um hatch esportivo, mas sem incômodos além dos já conhecidos.

Estratégia

A VW garante que até 2023 terá uma verdadeira frota elétrica nas concessionárias. O Golf GTE abre caminho para mais cinco lançamentos, em sua maioria 100% elétricos, como o e-Golf que deu as caras no Salão do Automóvel de 2018.

Com isso, especula-se que o Golf GTI como você sempre conheceu deve dar adeus às instalações da marca em São José dos Pinhais, PR, que já teve a produção paralisada para dar o máximo de espaço possível para a fabricação do VW T-Cross, grande aposta da marca para o Brasil em 2018.

Assim, a linha Golf seria 100% importada (o que não impede de que a marca também ofereça o Golf GTI europeu a partir do ano que vem) como faz com o Passat, lembrando que o sedã também deve ganhar sua versão GTE em 2020 no Brasil. Na Alemanha, o Golf GTE parte de 36.900 euros, e deve chegar por aqui com preço na casa dos R$ 200 mil.

É o mesmo valor do novo Golf GTI performance, com 245 cv. Já o e-Golf, 100% elétrico, custa a partir de 31.600 euros e poderia estrear na linha VW com preço na casa dos R$ 170 mil. O duro é convencer você, que deva pagar tanto em um carro que não seja um SUV.

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