A marca de carros esportivos da Alemanha, Porsche, e a Boeing, grande fabricante de aviões, anunciaram nesta quinta-feira (10) a criação de uma equipe conjunta para um novo projeto: um carro voador elétrico.
As empresas querem criar um veículo que “explore o mercado premium da mobilidade aérea e a extensão do tráfego urbano para o aéreo através de um veículo que decola e aterrisa na vertical, totalmente elétrico”.
Detlev von Platen, membro do conselho da Porsche, disse que, junto à Boeing, a empresa está combinando forças para um possível novo segmento de mercado no futuro. “A longo prazo, isso pode significar uma mudança para a terceira dimensão de viagem”, disse.
Steve Nordlund, gerente geral da Boeing NeXt, unidade da companhia que trabalha em novas gerações de veículos e aeronaves, também se manifestou sobre a notícia. “Juntas, Porsche e Boeing vão trazer engenharia de precisão, estilo e inovação para acelerar a mobilidade aérea urbana em todo o mundo”, revelou.
Ainda não há detalhes divulgados sobre a produção do novo veículo, muito menos em relação ao investimento e possível data de finalização.
Depois do esportivo Huracán, do superesportivo Aventador e do SUV Urus, a Lamborghini pode estar considerando o lançamento de um modelo totalmente elétrico. Além da estreia no mundo dos elétricos, o modelo poderá ser um sedã. As informações são da publicação inglesa Autocar.
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De acordo com chefe de pesquisa e desenvolvimento da Lamborghini, Maurizio Reggiani, a fabricante italiana poderia usar uma plataforma existente. O objetivo é reduzir custos. Como a Lamborghini faz parte do Grupo Volkswagen, existe a possibilidade de o modelo ser feito sobre a base do Porsche Taycan e do Audi e-tron GT, por exemplo.
Conceito Estoque, da Lamborghini, pode ser a inspiração
Obviamente, não se deve esperar um sedã convencional. Uma pista pode estar no modelo conceitual Estoque, de 2011. Mas atualizado com as linhas do Urus.
Segundo Reggiani, desempenho será importante para o modelo, mas não da mesma forma como ocorre nos demais modelos da marca. Sem dar maiores detalhes, o executivo apenas disse à publicação que o quarto modelo deverá ter performance “um pouco diferente”.
Caso a Volkswagen dê o sinal verde para a produção do carro, ele deverá ser posicionado como um modelo ainda mais rápido que o Porsche Taycan e o Audi e-tron GT, que ainda não foi lançado.
Antes que o modelo se torne realidade, porém, Reggiani disse que a Lamborghini precisa consolidar o Urus.
A questão da segurança dos carros fabricados no Brasil é um tema polêmico que rende um acalorado debate. Mas, agora, a ideia é apenas fazer um breve retrospecto de quanto os modelos feitos no País ficaram mais seguros tendo como gancho a obrigatoriedade de novos itens importantes a partir de 2020.
No ano que vem, todas os carros montados no Brasil terão que contar com, pelo menos, um ponto de ancoragem ISOFIX no banco traseiro. Estamos falando dos pontos presos à estrutura do carro que tornam a fixação de cadeiras infantis bem mais firmes e seguras para as crianças.
Também em 2020, todos os carros feitos no País virão com cinto de três pontos e encosto de cabeça para quem vai sentado no centro do banco traseiro, algo que pode parecer corriqueiro, mas que apenas agora é que se tornou obrigatório em qualquer modelo zero quilômetro no Brasil.
Outro grande avanço quando o assunto é o nível de segurança dos carros fabricados no Brasil é a obrigatoriedade do controle eletrônico de estabilidade (ESP), que terá que ser instalado nos modelos novos a partir de 2020 e em todos os carros feitos no País, de 2022 em diante. Confira no video abaixo como o sistema funciona. Em linhas gerais, evita derrapagens em pisos escorregadios, ou em manobras de emergência.
O equipamento, que já é totalmente obrigatório na Europa desde 2014, deveria ser requisito mínimo para os carros argentinos ainda em 2018. Antes mesmo do acordo, o governo Macri já havia declarado que a medida de adotar o ESP como equipamento obrigatório seria postergada para 2020.
O ESP funciona por meio de sensores e modulo eletrônico formando um sistema que evita derrapagens e saídas de frente e traseira, ajudando a manter o carro sob controle em pisos escorregadios ou quando existe um certo abuso da velocidade nas curvas. Atua cortando a potência do motor e freando cada roda individualmente, para gerar força oposta no lado que está derrapando. Claro que tudo isso ajuda na prevenção de acidentes, principalmente nos carros mais altos (como os SUVs), mais propensos a capotar, principalmente, por causa do centro de gravidade.
Evolução da segurança dos carros no Brasil
Nos anos 70, e pelo menos na primeira metade dos 80, era comum ver crianças andando no porta-malas de peruas ou até de hatches compactos no Brasil. Havia até algumas propagandas da época que mostravam os pequenos dentro do compartimento de bagagem, com a maior naturalidade.
Era uma época em que as pessoas não davam a mínima atenção para a segurança no País. Os cintos dianteiros ficavam largados no assoalho e os traseiros, apenas abdominais, quase sempre estavam escondidos embaixo dos assentos. Lembro bem, na VW Brasília 77 do meu pai, quando tive que desenterrar os cintos traseiros, no início dos anos 80.
A obrigatoriedade dos cintos de três pontos nos bancos da frente no Brasil veio apenas em 1994, 35 anos depois da criação desse equipamento. A resistência em usar o cinto na frente foi grande no País. Houve várias campanhas de conscientização, uma das quais com o então piloto de Fórmula 1, Rubens Barrichello, que dizia: “o cinto pode apertar, mas o gesso, esse aperta bem mais”.
Até hoje existem presilhas que são usadas para que o cinto de segurança de três pontos não fique “apertando”. De qualquer forma, aos poucos, foi aumentando a necessidade de utilizar o equipamento de segurança e hoje é um hábito comum entre a maioria. Com os cintos traseiros centrais de três pontos obrigatórios, deverão começar novos esforços para aumentar o uso do equipamento no banco de trás.
De 1994, pulamos 20 anos adiante e chegamos em 2014, quando os freios ABS e do duplo airbag frontal tiveram que ser instalados em todos os carros fabricados no Brasil. Isso acabou tirando de linha alguns carros icônicos, como a carismática VW Kombi e o memorável Fiat Mille, ambos com séries especiais de despedida (a Last Editon e a Grazie Mille, respectivamente). Os dois teriam de ter ABS e airbag, o que era tecnicamente impossível.
Na Europa, freios ABS e duplo airbags começaram a ser obrigatórios na Europa em 1998, 16 anos antes do Brasil. O sistema de evita que as rodas do carro fiquem bloqueadas em frenagens fortes foi lançado em 1978, pela Mercedes, no sedã topo de linha W 116. A mesma fabricante foi que começou a usar o airbag em seus carros, a partir de 1987.
Com os novos itens de segurança obrigatórios nos carros fabricados no Brasil a partir do ano que vem atingimos, enfim, um novo patamar, bem mais de acordo com o que existe na Europa, EUA, Japão e nos países que estão na vanguarda em tecnologia automotiva. Agora resta formar melhores motoristas e ter vias mais seguras no País para reduzir as trágicas estatísticas do trânsito no Brasil, onde 47 mil pessoas morreram em 2018 em decorrência de acidentes, conforme estudo do Observatório Nacional de Segurança Viária.
Em comunicado oficial, Porsche e Boeing informam que “assinaram um Memorando de Entendimento para explorar o mercado da mobilidade urbana aérea premium e a expansão do tráfego urbano para o espaço aéreo”.
Aliás, vão além. “Com essa parceria, as duas empresas vão alavancar suas forças e conhecimentos únicos do mercado para estudar o futuro dos veículos de mobilidade urbana aérea premium”, diz a nota.
Toda essa prosopopéia quer dizer que ambas as companhias vão tentar criar uma espécie de carro voador. De acordo com comunicado, por meio da Aurora Flight Sciences, subsidiária da Boeing, as companhias estão desenvolvendo um conceito de veículo totalmente elétrico capaz de decolar e aterrissar verticalmente.
Um estudo de 2018 feito pela Porsche Consulting prevê que o mercado da mobilidade urbana aérea ganhará impulso após 2025. O estudo também indica que as soluções de mobilidade urbana aérea vão transportar passageiros de forma mais rápida e eficiente que os atuais meios de transporte terrestre convencionais, a um custo menor e com maior flexibilidade.
“A Porsche deseja ampliar suas atividades como fabricante de carros esportivos, tornando-se uma marca líder na área da mobilidade premium. Em longo prazo, isso pode incluir uma entrada na terceira dimensão do deslocamento,” afirma Detlev von Platen, executivo da companhia.
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Enquanto os “carros voadores” não chegam ao mercado, veja alguns projetos em andamento ao redor do mundo:
Foto: Reprodução/YouTube
Projeto Aeromibile
Foto: Reprodução/YouTube
Projeto Aeromibile
Foto: Reprodução/YouTube
Projeto Aeromibile
Foto: Reprodução
Projeto criado por Uber em parceria com a Nasa
Foto: Reprodução/YouTube
Projeto da Airbus
Foto: Reprodução/YouTube
Projeto da Airbus
Foto: Reprodução/YouTube
Projeto da Airbus
Foto: Reprodução
Projeto PAL-V Liberty
Foto: Reprodução
Projeto PAL-V Liberty
Foto: Reprodução
Projeto PAL-V Liberty
Foto: Reprodução
Projeto PAL-V Liberty
Foto: Reprodução
Projeto PAL-V Liberty
Foto: Reprodução
Projeto Terrafugia
Foto: Reprodução
Projeto Terrafugia
Foto: Divulgação Hoversurf
Scorpion 3, “moto voadora” usada pela polícia de Dubai
Foto: Divulgação Hoversurf
Scorpion 3, “moto voadora” usada pela polícia de Dubai
Público poderá testar modelos no Veículo Elétrico Latino-Americano – Divulgação
Com o avanço da tecnologia e, consequentemente, das montadoras de veículos, a oportunidade de ter um veículo elétrico ou híbrido se tornou real. Pensando nisso, o Veículo Elétrico Latino-Americano disponibilizará, nos três dias de evento, um espaço para os visitantes, maiores de 18 anos e com carteira de habilitação com data de validade em ordem e categoria B, testarem diversos modelos de carros híbridos e elétricos.
O evento, que acontecerá de um a três de outubro, vai estar em funcionamento a partir das 13h e vai até às 20h no Transamerica Expo Center, em São Paulo.
“Os veículos híbridos e elétricos ainda geram dúvidas e muita curiosidade no brasileiro. Desde como é seu arranque e autonomia, até mesmo, como é sentir o veículo ao dirigir”, afirma Rodrigo Afonso, gerente do VE Latino-Americano.
“Por isso, esperamos que as pessoas venham, conheçam e testem os veículos disponíveis, que pode ser o primeiro passo para pensar em ter um”, completa Rodrigo.
Entre os veículos disponíveis da Toyota estarão presentes o novo Corolla Híbrido Flex, o primeiro modelo do mundo a ter essa tecnologia, e o RAV4. A Renault vai contar com os modelos Zoe, Kangoo e Twizzy, enquanto a Byd vai levar os modelos E40 e E60. Além desses, a CAOA Cherry também estará presente no evento.
Carros elétricos e híbridos que rodam pelo mundo
Tendência mundial, a frota de carros elétricos e híbridos não para de crescer. Com o Salão de Genebra se aproximando, é certo que a maioria das fabricantes vai dedicar algum espaço em seus estandes para modelos com essas características. Nesta galeria especial do Garagem360, confira os principais modelos que rodam pelo mundo.
Nesta galeria, confira alguns dos principais carros elétricos e híbridos do mundo. Na foto, o Audi A3 e-tron – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
Audi A3 e-tron – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
Audi A3 e-tron – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
Audi e-tron – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
Audi e-tron – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
Audi e-tron – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
Audi Q7 e-tron – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
Audi Q7 e-tron – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
Audi Q7 e-tron – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
BMW i3 – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
BMW i3 – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
BMW i3 – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
BMW i3 – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
BMW i3 – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
BMW i8 – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
BMW i8 – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
BMW i8 – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
BMW i8 – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
BMW 530e – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
BMW 530e – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
BMW 530e – Foto: Divulgação – Foto: Divulgação/Garagem 360/ND
Por conta do cronograma de lançamentos, o VW Golf MK8 não foi apresentado durante o Salão de Frankfurt (Alemanha). Entretanto, o carro mais vendido da marca está confirmado para o próximo dia 24 de outubro, e deverá chegar às concessionárias da Europa ao longo dos últimos meses de 2019.
Ainda que o modelo já tivesse aparecido sem qualquer camuflagem (uma delas, inclusive, no drive-thru de um McDonald’s), a Volkswagen não havia revelado informações oficiais sobre o visual do Golf . Os novos sketches proporcionam um “gostinho” do que está por vir na próxima geração.
Assim como todas as outras gerações do Golf, o modelo surge como uma evolução natural do atual “MK7”. As grandes mudanças ficam por conta da nova grade frontal estreita, integrada aos lustres dianteiros com novo design e disposição de LEDs. A área envidraçada da silhueta fica um pouco mais arredondada, diminuindo o tamanho da coluna C – que sempre foi a característica mais marcante do Golf. Da mesma forma, uma leve inclinação ao fim da traseira acrescenta características de cupê ao hatch médio.
Se por fora a evolução é discreta, o interior do Golf MK8 é completamente novo. O antigo painel com disposição vertical foi substituído, adotando o conceito mais horizontalizado de Jetta e Tiguan. Na imagem revelada pela Volkswagen, também podemos reparar que a central multimídia é flutuante e não possui botões físicos.
Apenas o hatchback estará nas lojas no fim do ano, enquanto as versões GTI, GTE e Variant ficarão para o início de 2020. Vale lembrar que a chegada do VW ID.3 – o primeiro carro elétrico da marca – eliminou o antigo e-Golf.
Mas e o Brasil?
Os hatches médios respiram por aparelhos no mercado brasileiro, correspondendo a menos de 0,7% das vendas nacionais – conforme a Fenabrave – portanto, a próxima geração do VW Golf deverá ser importada de Wolfsburg (Alemanha) em versões muito específicas, quase de nicho. A produção do GTI nacional em São José dos Pinhais (PR) foi interrompida, mas há estoque suficiente para atender a rede de concessionárias nos próximos meses.
A Volkswagen também importou algumas unidades do VW Golf GTE, modelo híbrido com até 900 km de autonomia que combina o conhecido 1.4 turbo com um motor elétrico. Ao lado da GTI, será a última pá de cal na sétima geração no Brasil.
Compactos mudam tudo para se manterem no topo. Também aceleramos a Ranger e Cruze de corrida, que, de Ford e GM, não têm nada
Por Redação
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30 set 2019, 15h41 – Publicado em 30 set 2019, 15h40
Destaques da edição de outubro da QUATRO RODAS
Destaques da edição de outubro da QUATRO RODAS (Fabio Black/Quatro Rodas)
Os veículos mais vendidos do Brasil estão de cara (e traseira) nova. O Chevrolet Onix e o Hyundai HB20 chegam com novidades para impactar o mercado dos compactos.
A GM mudou tudo em seu compacto, inclusive o nome: sai Prisma, entra Onix Plus. Já o rival sul-coreano manteve a plataforma, mas passou por uma reestilização profunda (e polêmica) para se manter no topo.
E não para por aí! Para comemorar os 40 anos da Stock Car, a QUATRO RODAS convidou os campeões Chico e Daniel Serra para dar uma volta em Interlagos com o antigo Opala e o atual “Cruze” — as aspas se justificam porque o protótipo atual pouco compartilha com o sedã médio homônimo.
O novo Toyota Corolla voltou à revista para saber qual versão se sobressai: o 2.0 aspirado ou 1.8 híbrido? Promovemos um duelo familiar para avaliar o consumo deles em meio ao trânsito caótico paulistano.
E quem gosta de poeira vai poder conferir nossa avaliação exclusiva do protótipo com visual da Ford Ranger que ganhou o Rally dos Sertões 2019.
Ah! E não se esqueça de conferir o resultado de “Os Eleitos – 2019”. Nessa pesquisa exclusiva de QUATRO RODAS, quem avalia os carros são seus próprios consumidores.
Confira outros destaques da edição de outubro:
Segredo: A versão minicupê do T-Cross está na boca do forno: vem aí o VW T-Sport
Chevrolet Cruze Sport6: Linha 2020 pode marcar despedida dos hatches médios do nosso mercado
Cerato 2020: Renovado e bem equipado, ele parte pra cima de Corolla e Civic
Longa Duração: O que os carros da nossa têm de melhor. E pior também
Guia de sobrevivência: Dicas para você identificar (e fugir) dos postos que adulteram combustíveis
Houve um tempo em que a criação de um automóvel bonito exigia papel, lápis, criatividade e muita paixão pelo que se fazia. Um pouco diferente do cenário atual, comandado pelos softwares gráficos, controle rígido de custos e restrições de engenharia e legislação.
Foi naquela era dourada que despontou Anísio Campos. Maior referência do design automotivo brasileiro, foi único porque aliou talento à realização: colocava nas ruas carros que a maioria só tinha coragem de rabiscar em cadernos escolares.
Nem todos sabem que sua carreira começou como piloto, na década de 50. A proximidade com os modelos de corrida o levou a desenhá-los. Das pistas, vieram projetos que lhe dariam prestígio nacional. Entre eles, o Carcará, recordista brasileiro de velocidade em 1966 – seu motorzinho 1.0 aspirado alcançou 213,9 km/h na antiga Rio–Santos.
Daí em diante, Anísio abraçou o mercado, dando vida a modelos muitas vezes artesanais, como o celebrado Puma-DKW (1967).
Também teve tempo para flertar com o pioneirismo. Concebeu o primeiro buggy brasileiro, o Tropi Kadron (1969), e insistiu em subcompactos, num tempo em que tamanho era documento, caso de Dacon 828 (1982) e PAG Nick (1987).
Se ele não era uma unanimidade no resultado final dos seus desenhos, polêmico demais para o gosto de alguns, em uma coisa todos concordavam: coragem não lhe faltava.
Foi essa ousadia que o fez abraçar um projeto inusitado, até para os anos 60. Ajudar a criar um esportivo especialmente para uma revista de automóveis, que seria sorteado para apenas três leitores.
Assim nasceu o elegante Puma GT 4R, em 1969. Ironicamente, alguns dizem que um de seus mais belos trabalhos é um modelo que nunca foi vendido e pouquíssimos viram ao vivo.
Anísio partiu no último dia 14 de setembro, aos 86 anos. Mas deixou uma conexão especial com a comunidade QUATRO RODAS. Seja pelas dezenas de vezes que avaliamos e testamos seus carros, seja pela obra-prima que concebeu para nós com tanto carinho e talento.
Na verdade, ele deixou um legado que é bem maior do que seus 40 anos de dedicação ao design brasileiro.
Porsche e Boeing se unem para criar carro elétrico voador –
Em comunicado oficial, Porsche e Boeing informam que “assinaram um Memorando de Entendimento para explorar o mercado da mobilidade urbana aérea premium e a expansão do tráfego urbano para o espaço aéreo”.
Aliás, vão além. “Com essa parceria, as duas empresas vão alavancar suas forças e conhecimentos únicos do mercado para estudar o futuro dos veículos de mobilidade urbana aérea premium”, diz a nota.
Toda essa prosopopéia quer dizer que ambas as companhias vão tentar criar uma espécie de carro voador. De acordo com comunicado, por meio da Aurora Flight Sciences, subsidiária da Boeing, as companhias estão desenvolvendo um conceito de veículo totalmente elétrico capaz de decolar e aterrissar verticalmente.
Um estudo de 2018 feito pela Porsche Consulting prevê que o mercado da mobilidade urbana aérea ganhará impulso após 2025. O estudo também indica que as soluções de mobilidade urbana aérea vão transportar passageiros de forma mais rápida e eficiente que os atuais meios de transporte terrestre convencionais, a um custo menor e com maior flexibilidade.
“A Porsche deseja ampliar suas atividades como fabricante de carros esportivos, tornando-se uma marca líder na área da mobilidade premium. Em longo prazo, isso pode incluir uma entrada na terceira dimensão do deslocamento,” afirma Detlev von Platen, executivo da companhia.
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Enquanto os “carros voadores” não chegam ao mercado, veja alguns projetos em andamento ao redor do mundo:
Projeto Aeromibile – Foto: Reprodução/YouTube – Foto: Reprodução/YouTube/Garagem 360/ND
Projeto Aeromibile – Foto: Reprodução/YouTube – Foto: Reprodução/YouTube/Garagem 360/ND
Projeto Aeromibile – Foto: Reprodução/YouTube – Foto: Reprodução/YouTube/Garagem 360/ND
Projeto criado por Uber em parceria com a Nasa – Foto: Reprodução – Foto: Reprodução/Garagem 360/ND
Projeto da Airbus – Foto: Reprodução/YouTube – Foto: Reprodução/YouTube/Garagem 360/ND
Projeto da Airbus – Foto: Reprodução/YouTube – Foto: Reprodução/YouTube/Garagem 360/ND
Projeto da Airbus – Foto: Reprodução/YouTube – Foto: Reprodução/YouTube/Garagem 360/ND
Projeto PAL-V Liberty – Foto: Reprodução – Foto: Reprodução/Garagem 360/ND
Projeto PAL-V Liberty – Foto: Reprodução – Foto: Reprodução/Garagem 360/ND
Projeto PAL-V Liberty – Foto: Reprodução – Foto: Reprodução/Garagem 360/ND
Projeto PAL-V Liberty – Foto: Reprodução – Foto: Reprodução/Garagem 360/ND
Projeto PAL-V Liberty – Foto: Reprodução – Foto: Reprodução/Garagem 360/ND
Projeto Terrafugia – Foto: Reprodução – Foto: Reprodução/Garagem 360/ND
Projeto Terrafugia – Foto: Reprodução – Foto: Reprodução/Garagem 360/ND
Scorpion 3, “moto voadora” usada pela polícia de Dubai – Foto: Divulgação Hoversurf – Foto: Divulgação Hoversurf/Garagem 360/ND
Scorpion 3, “moto voadora” usada pela polícia de Dubai – Foto: Divulgação Hoversurf – Foto: Divulgação Hoversurf/Garagem 360/ND