Realizado a cada dois anos, o Tóquio Motor Show abre as portas ao público apenas em 24 de outubro. Algumas das novidades que serão vistas no evento japonês, que vai até 4 de novembro, já são divulgadas pelas marcas “locais”. Certamente outras serão exibidas só por ocasião da 46ª edição da feira.
A Nissan promete levar 14 modelos, entre eles o IMk, um novo carro-conceito zero emissão. Trata-se de um compacto urbano, construído sobre uma nova plataforma de veículos elétricos e dando pistas para o futuro do design da Nissan. Equipado com tecnologias avançadas ProPilot de assistência à condução e recursos que permitem conectividade ininterrupta.
O sedã esportivo Nissan Skyline Hybrid passa a ser equipado com o ProPilot 2.0, primeiro sistema de assistência ao motorista do mundo que combina condução assistida por navegação em via expressa com condução sem as mãos (hands-off). O sistema leva o carro a partir de uma rota predefinida, nas faixas de rodagem permitidas e desde que o motorista esteja pronto para assumir a direção quando necessário.
Vale ressaltar que o recurso hands-off não estará disponível em estradas com trânsito nos dois sentidos, túneis, estradas sinuosas, áreas de pedágio, faixas de convergência, ou áreas com um número decrescente de faixas e em áreas onde o controle manual seja uma exigência. Ao entrar em uma área da estrada onde o recurso hands-off não está disponível, o sistema emitirá um alerta antecipadamente, para que o motorista possa assumir o controle manual da direção do veículo.
Outro ainda mais esportivo, o GT-R será exibido na edição especial de aniversário de 50 anos do modelo, o Nissan GT-R 50th Anniversary, bem como o GT-R Nismo 2020. O primeiro contará com itens exclusivos no interior e exterior, além de combinações de cores em dois tons que fazem alusão às tradicionais carrocerias da marca. O Nismo, por sua vez, recebe novos turbocompressores, os mesmos utilizados no carro de competição GT3 2018, além de freios de fibra de carbono e cerâmica e novos componentes externos de fibra de carbono no teto, capô do motor e para-lamas frontais.
Honda
A Honda também prepara surpresas, entre carros e motos, como as estreias das novas gerações do Fit e do Accord. O novo compacto será mostrado pela primeira vez no mundo e, segundo a marca, passou por uma mudança completa nesta quarta geração, mantendo a cabine espaçosa. O modelo apresentará o sistema híbrido de dois motores. Já o sedã é novidade no Japão, porque já está à venda em outros mercados, como o norte-americano. Por lá estreia a versão híbrida.
A Honda atualizou o design do Freed, modelo vendido no mercado japonês, que apresenta um chassi compacto de fácil condução, cabine espaçosa, além de agregar a versão Crosstar, que, como seu nome sugere, tem design de estilo crossover.
Entre as motos, haverá a estreia mundial do CT125, um modelo-conceito desenvolvido com base na série Super Cub, a trail de baixa cilindrada CT 125. Voltada para o uso off-road, possui para-choque dianteiro e silenciador dianteiro em aço (acima do motor), um suporte traseiro amplo e grande, duto de entrada de ar de alta montagem e purificadores de ar laterais. Outras estreias mundiais são as elétricas Benly e: (scooter comercial) e Gyro e: (scooter de três rodas).
Mitsubishi
A Mitsubishi fará a estreia mundial do protótipo de SUV compacto híbrido plug-in que reúne as tecnologias de eletrificação com o controle de tração nas quatro rodas. O Mi-Tech apresenta sistema de transmissão híbrido de veículo elétrico (PHEV) mais leve e um sistema elétrico de quatro motores com tração nas quatro rodas e assistência avançada ao motorista com sistemas de segurança ativos.
Outra estreia mundial será da nova geração do SUV Super Height K-Wagon Concept, de amplo espaço interno e dotado com o sistema MI-Pilot, de sistemas avançados de segurança.
Suzuki e Toyota
A Suzuki, que comemora seu 100º aniversário em 2020, apresentará iniciativas no desenvolvimento de produtos e tecnologias para abrir um “grande futuro” para os próximos 100 anos. Entre as novidades estarão dois conceitos, daqueles que nada têm a ver com o gosto do brasileiro. O Waku SPO é um compacto híbrido plug-in. O Hanare é considerado uma sala móvel de condução autônoma, onde todos podem usar o tempo de transporte e o espaço confortável de maneira eficaz. Esse protótipo é baseado em robótica avançada e inteligência artificial.
Da Toyota, o que se espera é que a marca apresente um SUV compacto que servirá de inspiração para o modelo a ser produzido na fábrica de Sorocaba (SUV). Recentemente foi anunciado um investimento de R$ 1 bilhão para essa planta, que vai fabricar um novo modelo no Brasil.
Depois do esportivo Huracán, do superesportivo Aventador e do SUV Urus, a Lamborghini pode estar considerando o lançamento de um modelo totalmente elétrico. Além da estreia no mundo dos elétricos, o modelo poderá ser um sedã. As informações são da publicação inglesa Autocar.
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De acordo com chefe de pesquisa e desenvolvimento da Lamborghini, Maurizio Reggiani, a fabricante italiana poderia usar uma plataforma existente. O objetivo é reduzir custos. Como a Lamborghini faz parte do Grupo Volkswagen, existe a possibilidade de o modelo ser feito sobre a base do Porsche Taycan e do Audi e-tron GT, por exemplo.
Conceito Estoque, da Lamborghini, pode ser a inspiração
Obviamente, não se deve esperar um sedã convencional. Uma pista pode estar no modelo conceitual Estoque, de 2011. Mas atualizado com as linhas do Urus.
Segundo Reggiani, desempenho será importante para o modelo, mas não da mesma forma como ocorre nos demais modelos da marca. Sem dar maiores detalhes, o executivo apenas disse à publicação que o quarto modelo deverá ter performance “um pouco diferente”.
Caso a Volkswagen dê o sinal verde para a produção do carro, ele deverá ser posicionado como um modelo ainda mais rápido que o Porsche Taycan e o Audi e-tron GT, que ainda não foi lançado.
Antes que o modelo se torne realidade, porém, Reggiani disse que a Lamborghini precisa consolidar o Urus.
Na última semana, fizemos a lista de alguns modelos que tiveram vida curta no mercado brasileiro e deixaram saudades. Carros como Fiat 500 Abarth, Suzuki Swift Sport e Ford Ka SEL encantaram aqueles que realmente entendem do assunto, mas acabaram saindo das lojas sem substitutos. Isso levantou o debate sobre quais modelos são vendidos atualmente, mas correm sério risco de sair de linha pelo volume nas vendas.
A reportagem do iG Carros mostra 5 modelos com muitas qualidades e que são interessante para se ter na garagem antes que saiam de linha . Acompanhe a lista abaixo e confira detalhes sobre cada um dos modelos.
1 – Audi A3 Sedan
Conforme apurado pela reportagem do iG Carros, a próxima geração do Audi A3 Sedan não será nacionalizada. O modelo acumula apenas 2 mil emplacamentos entre janeiro e setembro, ficando abaixo das 9 mil unidades vendidas do primo Volkswagen Jetta no mesmo período, por exemplo. Ainda de acordo com o que soubemos da Audi, a nova geração vai chegar ao Brasil importada, mas ainda sem data definida.
O modelo parte de R$ 125.990 na versão Prestige, com motor 1.4 TSI de 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque, sempre com câmbio Tiptronic de seis marchas. De acordo com a Audi, o modelo pode atingir 100 km/h em 8,8 segundos. O porta-malas de 425 litros é razoável. Uma boa compra para o fim de 2019.
2 – Ford EcoSport Storm 2.0
Os brasileiros gostam de comprar SUVs compactos para usar na cidade. Por conta disso, poucas fabricantes investem em modelos 4×4 para o nosso mercado. Entre os poucos utilitários que oferecem o recurso da tração, podemos enumerar Jeep Renegade, Mitsubishi ASX e o Ford EcoSport Storm.
A atual geração do EcoSport foi lançada em 2012 – já como modelo 2013 – acumulando quase oito anos no mercado. Isso mostra que o modelo está se aproximando do fim de seu ciclo de vida, uma vez que a Ford já iniciou as movimentações para uma próxima geração. A versão Storm é a única com motor 2.0 de 176 cv e 22,5 kgfm de torque, sempre com câmbio automático de seis marchas. Vale lembrar, também, que o sistema de tração é importado.
3 – Peugeot 208 GT
O 208 nunca foi exemplo de “best-seller”, ainda que seja um dos hatches mais legais e estilosos do Brasil. Ao longo de 2019, apenas 4,4 mil unidades foram comercializadas – número quase irrisório na comparação com o Hyundai HB20 e seus 77 mil emplacamentos no mesmo período.
A reportagem do iG Carros ligou para algumas concessionárias da marca, onde apuramos que a Peugeot ainda conta com a versão esportiva 208 GT 2019, por R$ 88.990. O modelo é um verdadeiro esportivo à moda antiga, com motor 1.6 de 173 cv e 24,5 kgfm de torque, com câmbio manual de seis marchas. De acordo com a marca, o 208 GT pode atingir 100 km/h em apenas 7,6 segundos. Porém, infelizmente, o baixo volume logo deverá justificar o fim da produção no Brasil.
4 – BMW Série 1
O BMW Série 1 nem aparece no ranking de vendas da Fenabrave por conta do volume baixíssimo de vendas. Durante 2019, foram menos de 250 emplacamentos entre janeiro e setembro, mostrando que o hatch já teve dias melhores.
A versão 120i Sport GP custa R$ 165.990, com motor 2.0 turbo de 184 cv de potência e 27,5 kgfm de torque, com câmbio automático de oito marchas. A BMW diz que o modelo pode atingir 100 km/h em 7,1 segundos – bom desempenho para um hatch médio. Vale a pena aproveitar enquanto ainda está em linha.
5 – VW Golf GTI
A Volkswagen diz que há estoque suficiente do Golf GTI para atender todo o Brasil nos próximos meses. Ainda que a produção tenha sido interrompida, a fábrica de São José dos Pinhais (PR) ainda poderá retomar as atividades, dependendo da demanda pelo esportivo. Isso mostra que chegou a hora de aproveitar o último Golf GTI nacional.
O modelo traz o conhecido 2.0 turbo de 230 cv e 35,7 kgfm de torque, com câmbio automatizado de seis velocidades banhado a óleo. Pisando fundo, o GTI pode atingir 100 km/h em míseros 7 segundos. Uma boa opção para aqueles que procuram um hatch esportivo de R$ 149.290. No Brasil, pelo menos por enquanto, o único Golf que será vendido será o GTE, o híbrido que deverá chegar por cerca de R$ 200 mil, em novembro.
A Eletricz (www.eletricz.com.br), distribuidora com sede em São Paulo (SP), que já virou referência em veículos elétricos portáteis no País, comercializa no mercado nacional monociclos, patinete e bikes, todos elétricos. Na semana passada, a empresa lançou duas novidades no setor: o Monociclo Elétrico KS 16X e o Patinete Elétrico OXO. O lançamento do Monociclo Elétrico KS 16X (R$ 13.311,00) é o mais aguardado do ano para este setor. A KingSong surpreendeu os entusiastas deste mercado ao apresentar um monociclo elétrico de altíssima performance com um design diferente de tudo que a empresa já havia desenvolvido. O modelo possui motor com 2.200 W de potência, que lhe garante velocidade máxima de 50 km/h com o máximo de conforto e segurança. A bateria de 1.554 W/h garante até 140 quilômetros de autonomia com uma só carga, sendo que seu recarregamento leva em torno de 14 horas com um carregador simples de 1,5 A.
Um dos diferenciais tecnológicos desse modelo são as dimensões do seu pneu, com 16 polegadas de diâmetro e 3 polegadas de largura, o que garante uma experiência diferenciada para o usuário, com muito mais conforto e suavidade nas curvas. O equipamento também vem com duas entradas USB, que permite a utilização de dois carregadores simultâneos, o que reduz pela metade o tempo de recarga. Opcionalmente, o veículo ainda conta com o acessório Fast Charger, de 2,5 A, que acelera o recarregamento. Com essa tecnologias, o tempo de recarga do veículo pode chegar somente a 5,2 horas. Os pedais do modelo estão localizados a 18 cm de distância do solo, e possuem imãs para eu sejam facilmente abertos ou recolhidos à sua posição de origem. O veículo ainda possui conexão Bluetooth com um aplicativo no smartphone. Neste app é possível ter acesso a várias informações sobre o monociclo, como sua autonomia e velocidade atual. É possível também, por meio deste app, limitar a velocidade máxima do veículo.
MELHOR PATINETE DO MERCADO
Considerado o melhor patinete do mercado brasileiro, o Patinete Elétrico OXO é fabricado pela marca israelense Inokim em sua fábrica na China. O veículo se destaca de outros modelos de patinetes elétricos à venda no Brasil, especialmente dos modelos disponíveis para locação nas ruas, pelo seu porte avantajado e desempenho superior. O veículo conta com dois motores de 1000 W com poderosas baterias de lítio (um conjunto de motor/bateria em cada roda), prancha larga para melhor posicionamento dos pés e também para garantir mais estabilidade e segurança durante a condução, suspensões ajustáveis (que oferecem maios estabilidade em velocidades maiores e mais conforto em terrenos irregulares), velocidade máxima de 65 km/h, design dos pneus (com medidas de 10 x 2,5 polegadas) inspirado em turbinas de avião para refletir toda a sua potência e baixo peso (apenas 33 kg). O modelo pode facilmente ser dobrado e carregado pelo usuário durante trechos mais longos nos quais o cliente opte, por exemplo, por pegar um metrô. O modelo está disponível na cor preta, com detalhes em laranja.
OUTROS VEÍCULOS DA ELETRICZ
A Eletricz é distribuidora exclusiva da marca chinesa KingSong no Brasil, que é referência mundial em monociclos elétricos. No mercado nacional, estão disponíveis modelos com preços entre R$ 3.474,00 e R$ 14.490,00. Além do novo Monociclo Elétrico KS 16X, estão disponíveis também os seguintes modelos: KS 14M (R$ 3.474,00), KS 14D (R$ 4.491,00 KS 16S (R$ 6.741,00), KS 18L (R$ 10.791,00) e KS 18XL (R$ 14.940,00). “Andar de monociclo elétrico é certamente a forma de locomoção mais versátil, ágil e divertida que existe”, afirma Márcio Canzian, um dos sócios da Eletricz. Monociclos elétricos são equipados com a tecnologia self-balance, que utiliza um giroscópio eletrônico como estabilizador, em conjunto com um acelerômetro e placas de comando. Esse conjunto de recursos garante uma experiência de pilotagem extremamente segura, agradável e divertida para os usuários. O modelo de entrada da linha é o Monociclo Elétrico KS 14M, da KingSong, que custa R$ 3.474,00. É um modelo compacto, equipado com roda aro 14 e que pesa somente 13 kg, o que facilita muito seu transporte quando ele não está rodando.
Apesar de compacto, atinge 20 km/h de velocidade máxima e é capaz de superar qualquer subida mais íngreme, já tendo vencido, durante testes, rampas com até 28 graus de inclinação com uma carga de 120 kg. Sua bateria de 174 W/h oferece autonomia de 15 a 18 km. O veículo também possui conexão Bluetooth com um aplicativo no smartphone. Neste app é possível ter acesso a várias informações sobre o monociclo, como sua autonomia e velocidade atual. Neste app também é possível definir um limite de velocidade e ainda alterar o modo dos faróis para estático ou feixe luminoso, de acordo com as condições. O modelo também conta com luzes LED nas laterais e luzes de freios.
Além do Patinete Elétrico OXO, da Inokim, a Eletricz também oferece outros modelos que já estão disponíveis no mercado nacional: Patinete Light Super 2 (R$ 6.255,00), Patinete Quick 3 (R$ 8.490,00) e Patinete Mini 2 (R$ 4.990,00). Para completar, a distribuidora ainda oferece alguns modelos de bikes, como a sua Mini Bicicleta Elétrica Eletricz EZ1 (R$ 5.391,00). O modelo é dobrável, fácil de carregar na mão e apresenta design extremamente moderno. As bicicletas elétricas têm despontando como uma alternativa de transporte urbano inteligente, sustentável e muito versátil e cabe em qualquer cantinho. Se a chuva apertar, por exemplo, é muito fácil pegar um Uber e acomodá-la dobrada no porta-malas do carro.
MERCADO EM CRESCIMENTO
A Eletricz foi fundada em julho de 2018 e, desde então, vem focando o seu trabalho no segmento de monociclos elétricos, que hoje respondem por 80% das suas vendas. Todos os monociclos elétricos vendidos no Brasil pela distribuidora são da marca KingSong. “É a marca mais respeitada do mundo quando o assunto é monociclo elétrico”, garante Márcio Canzian. O sucesso desses veículos no Brasil, e sobretudo no mercado internacional, se explica por vários motivos: são de fácil condução e armazenamento, são divertidos de serem pilotados, oferecem boa autonomia sem precisar de recarga e são leves, o que facilita o seu transporte quando não estão sendo utilizados (durante um percurso mais longo dentro do metrô, por exemplo).
O custo diário para se locomover com um monociclo elétrico também é irrisório. Segundo cálculos da Eletricz, considerando somente gastos com combustível (carro), passagens (transporte coletivo) e energia elétrica (carregamento da bateria do monociclo), o monociclo elétrico é 13 vezes mais barato que o automóvel e 17 vezes mais acessível que o transporte público. O custo para carregamento da bateria de um monociclo elétrico oscila um pouco, em função do modelo, mas representa algo em torno de R$ 9,00 por mês na conta de energia elétrica. É por causa desse cenário que as vendas de monociclos e outros veículos elétricos portáteis não param de crescer, mesmo diante da crise econômica. Em 2018, entre junho e dezembro, primeiro ano de operação da Eletricz, a distribuidora faturou R$ 700 mil, com a venda de 150 veículos elétricos portáteis (monociclos, patinete e bikes). Para este ano, a Eletricz já estima um faturamento de R$ 3 milhões até dezembro, com a comercialização de 600 veículos. Será um aumento de 328,5% no faturamento em apenas um ano. Até hoje, todas as vendas foram efetuadas em sua única loja física, instalada no bairro de Vila Nova Conceição, em São Paulo (SP), e também pela sua loja virtual (https://loja.eletricz.com.br).
FATURAMENTO DE R$ 5 MILHÕES NO PRÓXIMO ANO
“Para 2020, estamos sonhando ainda mais alto. A meta é atingir um faturamento de R$ 5 milhões e vender perto de 1.000 veículos”, planeja Canzian. Para atingir este objetivo, a distribuidora aposta numa maior visibilidade dos veículos elétricos portáteis diante do público consumidor brasileiro e também no lançamento de um novo modelo de negócios a partir do início do ano que vem. Já passa por estudos avançados a criação de uma franquia da marca, com lançamento e início de vendas previstos para os primeiros meses de 2020. “Nosso trabalho é fortemente voltado para engajar pessoas para um novo propósito de vida, mais econômico, divertido e eco-friendly, e que tem nos produtos que comercializamos um meio para atingir esse objetivo. Por isso, acreditamos que apenas um local de experiências altamente especializado em promover os novos micro modais, com o perfil do nosso espaço atual, poderá ter sucesso. Isso inclui, por exemplo, um know-how de treinamento próprio da nossa operação, uma equipe “heavy user” dos nossos produtos e uma pista de test-drive exclusiva junto à loja”, explica Canzian, referindo-se à sua loja no bairro de Vila Nova Conceição, na capital paulista. “Com este modelo de negócio, esperamos, já em 2020, nomear oito novas lojas em cidades como Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Fortaleza. E queremos dobrar essa quantidade em 2021”, acrescenta.
Outra estratégia de vendas que faz sucesso é apostar em eventos de relacionamento com seu público-alvo. A Eletricz realiza circuitos por roteiros planejados (como o centro de São Paulo, entre outros) com a presença de instrutores experientes. São eventos que chegam a reunir até 60 pessoas e servem como oportunidade de interação com outros usuários de monociclos elétricos e treinamento para desenvolver suas habilidades de pilotagem com a supervisão dos instrutores. De acordo com Márcio, o público dos monociclos elétricos é formado principalmente por homens acima de 30 anos, classes A/B, que trabalham, apresentam bom nível sócio-cultural, são viajados e capazes de entender que a adesão à mobilidade elétrica portátil é uma evolução sobre tudo o que eles faziam antes. São pessoas modernas, que gostam de tecnologia. “No mundo todo, a faixa etária que mais compra monociclos fica entre 30 e 50 anos”, acrescenta o empresário. Sobre o público feminino, ele representa cerca de 25% das vendas da Eletricz atualmente.
O sueco Zlatan Ibrahimovic “causou” nas redes sociais na última semana, quando publicou a foto da mais nova adição de sua garagem. O jogador de 38 anos se deu de presente de aniversário, ocorrido na última quinta-feira (dia 3 de outubro), uma Ferrari Monza SP2.
E, mantendo seu conhecido jeito de lidar com o fato de ser um jogador bem-sucedido, ele escreveu “Feliz aniversário para o Zlatan” na postagem. Ibra teve que desembolsar cerca de R$ 8,93 milhões pelo veículo.
Mas a nova Ferrari, de 820 cv de potência, é apenas mais um dos supercarros que o sueco já ostentou por aí. Relembre alguns dos outros que já passaram pela garagem do craque:
Porsche 918 Spyder
O híbrido, que possui 899 cv produzidos por um motor a combustão e outros dois elétricos, pode chegar a até 340 km/h. O torque do carro é invejável, com 130 kgfm. Apenas 918 unidades do carro foram fabricadas pela Porsche. O veículo custa aproximadamente R$ 3,4 milhões.
Ferrari Enzo
O clássico modelo produzido entre 2002 e 2004 pela fabricante de Maranello também já foi visto com Ibrahimovic. Apenas 400 unidades deste carro foram produzidas. Ele tem motor 6.0 V12 de 660 cv de potência.
Ferrari LaFerrari
Outra Ferrari vista com o craque foi a LaFerrari. O carro, que possui motor hibrido com sistema de recuperação de energia cinética, tem 963 cv de potência ao todo. Apenas 499 unidades foram construídas, com cada uma custando cerca de R$ 6,9 milhões.
Volvo V90
Embaixador da montadora sueca Volvo, Ibra foi homenageado pela fabricante em um comercial do V90 quando se despediu da seleção de seu país. O modelo de luxo possui 320 cv e pode chegar a 242 km/h.
Outro carro que já foi visto com Ibrahimovic é esta perua da Audi. Apesar de não ser um cupê, o RS6 é bastante forte, com 605 cv de potência, indo de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos e chegando até os 305 km/h.
Lamborghini Gallardo
Ibra já desfilou por aí há um tempo com uma Gallardo nas inconfundíveis cores rosa e roxa. O modelo de 560 cv no motor V10 de potência pode chegar a até 324 km/h, com torque de 55,1 kgfm e indo de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos.
Maserati GranTurismo
A coleção de carros do sueco também possui este belo modelo concebido em parceria com a Ferrari e a Maserati. Seu motor V8 de 4.2 litros é capaz de chegar aos 405 cv de potência.
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Disposição do motor elétrico, com entrega de todo o torque imediatamente, torna a condução do Nissan Leaf agradável
Carro elétrico tem todo o torque disponível em 0,1 segundo. Resposta ao comando do acelerador é instantânea. Significa ultrapassar num curto espaço de tempo, tornando a manobra segura e prazerosa. Nem motor a combustão com turbo tem tanta disposição quanto o elétrico. Dirigimos o Nissan Leaf de segunda geração, em Florianópolis (SC).
O Nissan Leaf já está à venda no Brasil com preço de R$ 195 mil, incluindo o kit completo de recarga para casa e rua. Preço do Nissan Leaf inclui instalação, um cabo de recarga de emergência e adaptador para plug do tipo 2.
O Nissan Leaf tem garantia de três anos sem limite de quilometragem. Bateria de íon-lítio laminada tem garantia de oito anos ou 160 mil quilômetros. Por enquanto, é vendido na rede Nissan em São Paulo, Rio, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Brasília.
Bateria do Nissan Leaf é composta por 24 módulos com 8 células dentro e pesa 300 kg, cerca de 20% do peso total do carro, de 1.500 quilos. Motor elétrico tem potência de 110 kw, equivalente a 149 cv a 9.795 rpm. Torque é de 32,6 kgfm a 3.283 rpm. São 8,19 voltas do motor para uma da roda.
O desempenho do Nissan Leaf é incrível e força (torque) total em fração do segundo faz o elétrico ter toda disposição o tempo todo. Essa é a principal diferença do motor elétrico em relação ao motor a combustão. Excluindo a motorização, o Leaf é o mesmo carro ao qual estamos habituados.
O Leaf tem qualidades e mazelas dos automóveis com motor à combustão. É um carro médio com amplo espaço interno, porta-malas de boa capacidade (435 litros). Uma direção assistida eletricamente sem comunicação de aderência; suspensão com eixo de torção na traseira que não isola as transferências das imperfeições do piso acentuadas pelos pneus de perfil baixo (50); bancos com assentos curtos não apoiam totalmente as pernas.
Seis airbags, controles de tração e de estabilidade, além dos itens de condução autônoma com alertas de mudança de faixa, de ponto cego e de atenção ao motorista; assistente de frenagem de emergência, visão 360 graus com detector de movimento. Segurança em alta com nota máxima obtida no teste de impacto do Euro NCAP.
O que interessa mesmo no Nissan Leaf é novidade sob o capô. Ao colocar o motor em funcionamento é preciso olhar as luzes do painel, pois não há ruído habitual do motor a combustão. Na alavanca de marchas há somente modos D, Ré e Neutro.
A Nissan destaque no Leaf a tecnologia do e-Pedal, que permite utilizar somente o pedal para acelerar, desacelerar e parar o carro. Basta soltar o pedal do acelerador para o carro perder velocidade e parar de forma gradual, com ligeiro tranco, sem acionar o pedal de freio. Em frenagem de emergência, aciona-se o pedal de freio.
Autonomia do Leaf
Autonomia do Nissan Leaf é de 389 km no ciclo WLTP. Há três modos de condução: ECO, que limita o desempenho e economiza energia; B, que usa frenagem regenerativa mais potente para recarregar a bateria com mais eficiência, enquanto modo D usa potência máxima do motor.
A dificuldade inicial é a desaceleração quando o carro quase para ao retirar totalmente o pé do acelerador. Adaptação muito fácil depois de alguns minutos. Basta manter ligeira pressão para se sentir à vontade.
Nissan Leaf importado para o Brasil é fabricado na Inglaterra e não necessita de adaptações para ser vendido aqui. Tem 15,5 centímetros de altura do solo e a bateria sob o assoalho é totalmente blindada e resistente a impacto. Não requer cuidados especiais. O Leaf mede 4,48 metros de comprimento; 1,79 m de largura; 1,56 m de altura e 2,70 m de distância entre-eixos.
Preços de revisão no Nissan Leaf
Somadas as revisões obrigatórias feitas na rede autorizada da Nissan até os 60 mil km, em todas essas seis revisões, o proprietário do Nissan Leaf desembolsará R$ 2.404 (com mão de obra inclusa em todas).
Fotos do Nissan Leaf 2020
Descarte das baterias dos caros elétricos
De acordo com a Nissan, os carros elétricos significam uma revolução no modo de vida pela total ausência de ruídos e de poluentes. Um dos entraves da eletrificação é justamente a poluição provocada pelo descarte da bateria. A Nissan faz parceira com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para estudar soluções futuras para as baterias usadas.
Uma delas é usar baterias descartadas do carros elétricos para armazenar energia de postes de luz equipados com painel solar fotovoltaico. Cinco postes de luz solar já iluminam parte do pátio do laboratório do centro de pesquisa e capacitação em energia solar da UFSC. Esses postes são alimentados por uma combinação de paineis solares no topo e baterias usadas do carro elétrico na base.
Os postes funcionam totalmente independentes do sistema de energia elétrica da universidade, dispensando cabos ou tomadas. São alimentados pela energia solar. Segundo o professor Ricardo Rüther, coordenador do Laboratório de Voltaica da universidade, o estudo reforça diversas possibilidades de aplicação das baterias elétricas de segunda vida unindo três pilares da pesquisa: mobilidade elétrica, energia solar e armazenamento de energia.
Para a Nissan, carro elétrico é questão de saúde pública nos centros urbanos ao eliminar poluentes emitidos pelos motores a combustão, inclusive quando abastecidos com álcool, e a poluição sonora deles. E sustenta que o custo por quilômetro rodado de um elétrico é de 10 centavos contra 30 centavos dos carros a combustão. O tão falado efeito estufa é provocado pelo C02, que não é poluente, emitido pelos motores a combustão.
Também andamos no Arrizo 5e, primeiro sedã 100% elétrico no Brasil. Veja o vídeo!
A iseno de Imposto sobre a Propriedade de Veculos Automotores (IPVA) para donos de veculos eltricos no Distrito Federal depende da Cmara Legislativa. O projeto de lei ser encaminhado pelo GDF e faz parte do pacote de estratgias para tornar Braslia uma referncia em cidade inteligente. A inteno do governador Ibaneis Rocha garantir o benefcio por cinco anos. “ uma modernidade que est chegando, diminui a questo da poluio e uma tentativa que ns vamos fazer para incentivar as pessoas a usarem os carros eltricos”, afirmou Ibaneis, no lanamento do programa Vem DF. O chefe do Palcio do Buriti tambm estuda a iseno para proprietrio de carros hbridos. “Vamos entregar Braslia no primeiro lugar dentro do pas nessa questo da tecnologia avanada e dos recursos renovveis.”
Segundo a Associao Brasileira dos Proprietrios de Veculos Eltricos Inovadores (Abravei), os transportes, em geral, so responsveis por 46% das emisses de Gases de Efeito Estufa (GEE). O presidente da entidade no DF, Rogrio Markiewicz, acredita que, para alcanar o status de cidade sustentvel, necessria a implementao massiva de mobilidade eltrica. “Focar na reduo de gs carbnico uma questo de sade pblica, e o governo precisa, cada vez mais, elaborar polticas pblicas que incentivem esse tipo de transporte”, defendeu.
O preo desse tipo de veculo, no entanto, uma barreira. O modelo mais barato no mercado custa cerca de R$ 120 mil, enquanto um carro movido a combusto com potncia e equipamentos similares custa, em mdia, trs vezes menos. “So medidas como a iseno de impostos que vo ajudar a popularizar os veculos e a torn-los mais acessveis. Ento, esse o caminho”, afirmou Rogrio. Para ele, os prximos investimentos devem privilegiar pontos de recarga interestaduais. “Outro ponto essencial o olhar para a coletividade, com a expanso de nibus eltricos, por exemplo”, completou.
Quem tem um carro eltrico tambm deve ser contemplado com a iseno. A inteno do governador oferecer a vantagem at completar o quinto ano do automvel, a partir da aprovao da lei. Dono de uma BMW i3, o engenheiro civil Paulo Henrique Vasconcelos, 44 anos, comemorou o anncio. H dois anos e meio, ele tem o veculo e acredita que o modelo o futuro, principalmente pela tecnologia e pelo cuidado com o meio ambiente.
Desde que comprou o carro eltrico, ele usa o CarbonZ, um aplicativo que mede quanto de gs carbnico o motorista deixou de emitir com a novidade. “Economizei mais de 8,7 toneladas de gs carbnico, segundo as estatsticas do aplicativo. As pessoas conhecem o bvio dos carros eltricos, que o apelo ecolgico. Mas tem uma economia por trs disso tudo. Conforto, acelerao rpida, entre outros”, contou o engenheiro.
A arquiteta Luiza Fontana tambm investiu no mesmo modelo e aproveita o sistema de captao de energia solar instalado em casa, no Plano Piloto, para carregar o veculo. “No tenho gasto com gasolina. Carrego a carro a cada dois dias, por mais ou menos uma hora e meia. Ele no polui, no faz barulho nenhum”, elogiou.
No aguardo
Ainda assim, os veculos eltricos ainda provocam insegurana nos consumidores. O tabelio Diovani Santa Brbara, 45, decidiu presentear a mulher, Graciela Rivalta, 36, com um carro, mas preferiu no arriscar e optou por um modelo a combusto. “A gente v que algo que expande no exterior. No Brasil, no est em pleno funcionamento e no tem muitos pontos de recarga. Por isso, eu prefiro esperar mais um pouco”, disse.
O casal saiu do Maranho e, na visita a Braslia, comprou um carro. “Pensou se a gente volta com um carro que exige recarga? No conseguiramos chegar em casa. Quem sabe mais para a frente o investimento no muda? Tudo que tem tecnologia bom. E eu, como consumidor, acredito que possa ser o futuro”, concluiu Diovani.
No h levantamento sobre o total de carros eltricos no DF, mas o governo local estima pouco mais de 100 veculos. No Brasil, so mais de 16 mil, segundo dados da Associao Brasileira do Veculo Eltrico (Abve). Nos prximos cinco anos, a entidade projeta um crescimento do mercado de veculos leves eltricos e hbridos de 300% a 500%.
No detalhe:
Compare as caractersticas dos veculos eltricos e por combusto:
Prs
» Menor custo por quilmetro rodado
» Manuteno mais barata e menos frequente
» Menos emisso de gs carbnico
» Silencioso
Contras
» Preo mais alto dos veculos
» IPVA mais caro
» Baixa oferta de postos de abastecimento, principalmente em estradas
Iniciativa privada
Nem s para uso pessoal os carros eltricos e hbridos so comprados. A empresa Arena BSB, gestora do Estdio Nacional de Braslia Man Garrincha, investe no modelo e pretende ampliar nos prximos meses. A companhia conta com duas BMW 530e. Elas so hbridas plug-in, ou seja, funcionam de forma eltrica e entram no modo combusto caso o veculo descarregue. O presidente do empreendimento, Richard Dubois, contou que o intuito era comprar um veculo de outra categoria, mas observou mais vantagens no hbrido. “O outro carro era mais barato, mas os benefcios que temos com a nossa escolha ultrapassam o valor que pagamos a mais”, contou. Aps as aquisies, Richard concluiu que o quilmetro rodado no eltrico um tero do custo do veculo a gasolina. Outra vantagem, segundo ele, so o custo da manuteno e o maior perodo entre elas.
Para saber mais
Pontos de recarga
Braslia a primeira cidade brasileira a introduzir no Cdigo de Obras a obrigatoriedade de instalao de pontos de recarga em construes com garagens acima de 200 vagas. De acordo com o documento, nesses casos, “0,5% delas devem ter ponto de recarga para automveis eltricos e hbridos.” Atualmente, 11 estados brasileiros adotam a iseno ou a reduo do IPVA como forma de incentivar a compra de veculos eltricos, de acordo com dados da Associao Brasileira do Veculo Eltrico (Abve). So eles: Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Maranho, Piau, Cear, Sergipe, Rio Grande do Norte, Pernambuco, So Paulo, Rio Grande do Sul e Paran.
O mercado dos carros elétricos e híbridos está se expandindo pouco a pouco. O apelo sustentável e econômico ganha mais força a cada lançamento, e a quantidade de modelos ofertados por aqui já começa a se fazer notar.
Recentemente, o sedã médio mais vendido do país passou a ser ofertado em versão híbrida. Aliás, o Toyota Corolla é o primeiro híbrido flex do mundo.
O Salão de Veículo Latino Americano chega em sua 16ª edição para mostrar as novidades do segmento para a América Latina.
Embora algumas marcas não tenham marcado presença, Toyota, Lexus, Renault, Chery e JAC apresentaram seus mais novos modelos híbridos e elétricos.
Vale o destaque para o carrinho elétrico Renault Twizy, que tem potência de 17 cavalos, com foco em uso urbano. A autonomia é de 200 km.
Segundo a Renault, o Twizy e a multivan Kangoo ZE são comercializados para empresas e não há previsão de quando serão vendidos para pessoa física. A única opção, por enquanto, é o Zoe.
A CAOA Chery trouxe o subcompacto EQ1, apresentado no Salão de Xangai deste ano. O modelo oferece até 400 km de autonomia, com potência de 56 cv. São números próximos ao do JAC iEV20, e não passa dos 100 km/h.
O tablet na vertical, semelhante ao Arrizo 5e, equipa o painel. É esperado que assim como o sedã elétrico, o sistema não tenha emparelhamento com Android Auto e Apple CarPlay, somente espelhamento da tela do celular.
A mobilidade elétrica também teve seu foco. Empresas de alugueis de carros elétricos, e-scooters e bicicletas elétricas garantiram o aumento da busca pelo segmento mais sustentável e ofereceram um test-drive no salão.
Apesar do comportamento mais conservador do brasileiro ao procurar um veículo elétrico, a relevância de modelos elétricos é tanta que “garantiu importantes vitórias, como o programa Rota 2030, o corte de IPI de veículos elétricos e a regulamentação de recarga elétrica pela Agência Nacional de Energia Elétrica”, afirmou Ricardo Guggisberg, presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE).
A infraestrutura é um agravante da baixa procura dos modelos elétricos, assim como os preços dos carros – há poucas opções abaixo de R$ 200 mil.
Marcelo Pereira, diretor da IPSOS, comentou que as barreiras começam desde a produção da bateria de lítio, que utiliza reservas ambientais limitadas e possuem um alto custo de produção e reciclagem.
Passando pela dificuldade de recarga do carro, já que já menos de 200 estações de carregamento em todo país e esbarrando no ponto da sobrecarga elétrica.
Mergulhando de cabeça na eletrificação, a Peugeot dará fim à sua icônica sigla GTi nos próximos anos. Atualmente batizando as versões esportivas de 208 e 308 fora do Brasil, o sobrenome será trocado por Peugeot Sport Engineered, ou apenas PSE, por conta da hibridização.
Usado pela primeira vez no 205 GTi, responsável por criar a categoria de hatches compactos esportivos junto do Volkswagen Golf GTI, a sigla era usada pela Peugeot há 36 anos. A ideia da marca com a mudança de nomes é dar foco no fato de que sua nova linha de esportivos também é ecologicamente correta.
Esportivo e econômico
Os próximos Peugeot Sport Engineered terão motor a combustão combinado a um ou dois elétricos. O conceito do 508 PSE trazia motor 1.6 THP combinado a um elétrico provendo 512 cv e 51 kgfm de torque. A versão de produção será mais mansa, mas espere por mais de 300 cv.
Para o 208 PSE e 308 PSE, a Peugeot pode seguir por duas abordagens diferentes. Os modelos podem ser totalmente elétricos, usando dois motores ou elevando os 136 cv e 26,5 kgfm de torque do atual propulsor elétrico do e-208. Para o modelo menor a alternativa seria o 1.6 THP híbrido de 180 cv usado no 508 Hybrid, que faz 76,5 km/l.
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O Taycan faz exatamente o que você quer, de maneira que você precisa. Seja uma conversão rápida, um ganho de velocidade estonteante para uma ultrapassagem na estrada ou um show particular de arrancadas para impressionar os amigos – ou a si mesmo. Com o uso do launch control, a Porsche fala em 2,8 segundos no zero a 100 km/h para o Turbo S, versão top de linha. E não há por que duvidar.
Se você já está a 100 ou 110 km/h, uma pisada forte no acelerador, com o modo de condução Sport Plus selecionado, eleva o ronco e o carro dispara. Em brevíssimos segundos, já ultrapassa os 200 km/h. Dizer que o corpo é pressionado contra o encosto do banco não é clichê nesse caso. Foi assim nos trechos de Autobahn nos 800 km do test drive entre Berlim e Stuttgart. Autoesporte estava lá para conferir o lançamento do que a Porsche classifica como seu primeiro esportivo elétrico.
Era a última etapa da jornada de 6.440 km que começou 18 dias antes em Oslo, na Noruega, e cruzou nove países. Coube ao grupo de jornalistas latino-americanos o trecho final e a devolução do carro ao seu ponto de origem, a fábrica de Zuffenhausen, em Stuttgart. Como bônus, a maior distância percorrida. Não dá para dizer que ninguém reclamou. Alguns jornalistas acharam cansativo. Eu estaria ao volante do Taycan até agora.
Mas o carro não é só o jovem cavalo fogoso que o nome de origem turca evoca. Conheça, por exemplo, o sistema de ar condicionado eletrônico que dispensou as aletas das saídas de ar. Você pode trocar aquele jato de ar direto no seu rosto por uma refrigeração difusa para esfriar a cabine. Tem mais nesse carro que a Porsche se empenhou em transmitir esportividade, mas também inovou de maneira a definir novos padrões de conforto a bordo.
Vamos do começo. A Porsche diz que os lançamentos da divisão E-Performance estão entre os modelos de produção mais potentes de sua linha. E define o Taycan como um sports limousine. Está mais para um sedã pouco menor que o Panamera, com três volumes e porta-malas com 366 litros de capacidade; outros 81 litros podem ser acomodados sob o capô dianteiro.
Seu estilo não nega a herança da marca. Baixo e largo, para-lamas saltados, teto em queda rápida para a traseira de desenho característico. Grupo de luzes horizontal e rodas de 20 ou 21 polegadas completam o conjunto. A empresa afirma que o carro tem a melhor aerodinâmica da marca, o que deve ajudar a reduzir o consumo de energia e aumentar a autonomia.
É preciso flexionar bem o corpo para entrar no Taycan. Nada diferente de um 911 ou Macan. Mas seu interior é exclusivo, inspirado no 911 original. O painel ocupa todo o espaço entre as saídas de ar, e o motorista se vê diante de um quadro de instrumentos digital curvado de 16,8 polegadas, mais largo que o volante. Há uma tela central de 10,9 polegadas, e outra opcional para o passageiro.
Os comandos físicos são poucos, agrupados junto à direção ou em seu aro. Quase tudo é feito por toques na tela ou pelo comando de voz ativado pelo Hey Porsche: mídia, navegação, ar condicionado, telefone e gerenciamento de estabilidade.
Quer mais tela? Há uma de 8,4 polegadas sensível ao toque no console central. Pode-se tanto escrever um endereço como ajustar o ar-condicionado. Aqui, a inovação: o fluxo de ar é silencioso e controlado pela eletrônica para um resfriamento rápido ou difuso. A atuação em quatro zonas é um opcional que, adivinhe, acrescenta uma tela de 5,9 polegadas para o banco traseiro.
Pode ser um consolo, pois apesar de suas quatro portas, conforto não é o forte do Taycan para quem viaja no banco de trás. O espaço para dois adultos é até bom para pernas, joelhos e cabeça. Mas os pés não cabem sob o banco dianteiro, o que torna cansativo percursos mais longos. Não sobra nada para um quinto passageiro. Estar em dia com o alongamento ajuda a entrar e sair.
Sim, do design ao DNA o apelo é esportividade. Mas não basta parecer, tem de se comportar como um Porsche. E o discurso, desde o presidente mundial da empresa Oliver Blume, é que o Taycan tem a missão de oferecer a impressão de dirigir de um Porsche. Os executivos batem nessa tecla a todo momento. Chegou então a hora de checar a afirmação.
Tradição da marca, a partida fica à esquerda do painel, atrás do volante. Ela aciona os dois motores elétricos instalados nos eixos dianteiro e traseiro, configuração traduzida em tração nas quatro rodas. A Porsche afirma que a tração integral e o controle de tração atuam bem mais rápido do que os sistemas atuais para corrigir uma roda que escorregue.
Manfred Harrer, vice-presidente de chassi da empresa, não quis entrar em detalhes sobre a distribuição de força: “Combinar os dois motores é um segredo para ter balanço estável”, disse. Quanto cada roda é tracionada, segundo ele, depende da marcha e da condição de uso. “Normalmente, é 35% na frente e 65% nas rodas de trás, mas no dia a dia é flexível”, afirmou.
Falar em marchas pode soar estranho em um carro elétrico, mas o Taycan tem duas. A alavanca de câmbio fica no painel à direita do volante, para seleção de drive, neutro ou ré; o Parking para estacionamento é apenas uma tecla liberada assim que o carro entra em movimento. Segundo Herrer, a solução duas duas marchas foi adotada “para oferecer uma arrancada veloz e ter boa máxima”. Em condução urbana normal, o carro sai sempre em segunda marcha.
Assumo o volante do Turbo S, uma das duas versões em que o Taycan começa a ser vendido – a outra é a Turbo. A palavra turbo, justifica a Porsche, foi adotada para exaltar a qualidade esportiva do modelo. Sem motor a combustão, um carro 100% elétrico não tem turbocompressor.
As respostas ao acelerador do Taycan Turbo S são vigorosas. Ou selvagens, caso você queira explorar fundo o torque instantâneo que chega a 107,7 kgfm e a potência de 761 cv. É o bastante para levar os 2.295 kg do elétrico de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos, e aos 200 km/h em 9,8 s. Os números são da Porsche, mas eu acredito. Para se ter uma ideia, o motor 1.4 TSI do novo Polo GTS gera 25,5 kgfm e 150 cv. O número de desempenho perde para o Tesla Model S mais forte (2,6 s), mas supera dentro de casa a arrancada do 911 Turbo S de geração anterior (2,9 s).
São valores para arrancadas esportivas, com uso do recurso launch control (controle de largada). Mas toda essa a força torna a condução normal por ruas e avenidas uma agradável experiência sobre um silencioso e obediente tapete voador. Aponte a direção justa para onde quer ir e o Taycan já está lá.
Como em outros modelos da marca, pode-se escolher um modo de condução que altera as respostas dos motores, acerto da suspensão e do chassi e até das aletas de refrigeração do motor. O botão giratório permite selecionar entre Range (para maior autonomia), Normal, Sport, Sport Plus e Individual, para ajuste personalizado.
A mudança nas respostas são perceptíveis. Em acelerações fortes no modo Sport Plus, por exemplo, é nítida a troca de marchas, e o ar condicionado tem a eficiência reduzida a fim de priorizar a refrigeração das baterias. No modo Range, a velocidade é limitada a 150 km/h.
A velocidade máxima declarada é de 260 km/h. Direção precisa e suspensão transmitem a confiança esperada para alta performance. O sistema eletropneumático é adaptativo e inclui recursos eletrônicos como gerenciamento ativo, controle dos amortecedores e estabilização de rolagem. Segundo a Porsche, o conjunto responde cinco vezes mais rápido do que os convencionais. Na prática, o que se nota nas acelerações mais brutais é que o Taycan não destraciona e mantém-se obediente.
O percurso alternou longas extensões em estradas vicinais e trechos de Autobahn, onde o limite de velocidade era a presença de outros veículos na estrada. A confiança para fazer uma ultrapassagem é enorme. Nas raras partes em que o pavimento tinha alguma irregularidade, a suspensão provou sua competência para garantir o conforto.
O centro de gravidade do Taycan, afirma a Porsche, é mais baixo que o do 911, e seu coeficiente aerodinâmico — cx 0,22 — o melhor de toda a marca. No trânsito urbano o zumbido dos motores lembra a Enterprise de Star Trek. Na estrada, o ruído de vento e dos pneus no asfalto é presente.
O ronco forte nas acelerações em Sport Plus vem da gravação dos motores feita em bancada e amplificada pelos alto-falantes. Por lei, todo elétrico alemão vai para as ruas com um alto-falante na dianteira que emite um som para alertar pedestres. O Turbo S tem um conjunto desses falantes, opcional na versão Turbo.
Também com tração nas quatro rodas, a versão Turbo do Taycan é um pouco mais mansa por conta da potência da bateria. Ainda assim, a performance dos 680 cv de potência e 86,7 kgfm de torque é mais perceptível para o cronômetro. Os dados oficiais indicam 3,2 s no 0 a 100 km/h e 10,6 s até 200 km/h. Curiosamente, a versão Turbo é 10 kg mais pesada do que a Turbo S: 2.305 kg.
Para imobilizar toda essa massa, os freios são a disco de cerâmica no Turbo S e revestidos de carboneto de tungstênio no Turbo. As rodas do Taycan (21 polegadas do Turbo S e 20 no Turbo) vestem pneus desenvolvidos com exclusividade por conta do peso do carro e da resistência à rolagem. Colocado à prova em várias ocasiões durante o test drive, o conjunto de freios mostrou-se muito eficiente.
Já a autonomia dos elétricos continua sendo uma questão. Os 800 km foram divididos em dois dias, em dois segmentos por dia. As paradas para lanche – um trailer acompanhou a jornada produzindo centenas de hambúrgueres e quilos de batata – também serviram para o Taycan ser recarregado. A rede Ionity foi formada por joint venture entre Porsche, Daimler, BMW, Audi, Ford e Hyundai. Hoje há 150 estações em toda a Europa, das 400 previstas até 2020.
A operação de recarga é simples. O plugue é mais pesado e seu cabo menos flexível do que uma mangueira de combustível, mas é fácil conectá-lo na tomada do carro. Curiosidade é a porta de acesso, que se abre com a passagem do dedo por um sensor. Conectado o plugue, libera-se a recarga na estação. Seja qual for o tempo da sessão ou o nível da bateria, o custo é de oito euros, valor equivalente a cinco litros de gasolina. É preciso esperar pouco menos de meia hora até que a bateria atinja 80% de sua capacidade, após o que a carga fica mais lenta. Dá tempo de ir ao banheiro e depois comer um hambúrguer.
A Porsche anuncia que uma carga da bateria permite ao Turbo S rodar até 412 km, e o Turbo, 450 km. Com os testes dos modos de condução e as acelerações mais fortes, os carros alcançaram pouco mais da metade dessa autonomia, em média. Quando a carga da bateria chega a 20%, surge no painel a recomendação para o motorista selecionar o modo Range, em que configurações do carro são alteradas visando o maior alcance.
O Taycan chega como o primeiro elétrico de produção com sistema de 800 volts, em vez dos 400 volts mais comuns. A vantagem, afirma a Porcshe, é a possibilidade de recarregar a bateria para rodar até 100 km em pouco mais de cinco minutos. Isso exige corrente contínua de rede de alta potência. Em 22,5 minutos e “condições ideais”, a recarga chega a 80%.
Donos do Taycan também vão poder recarregar o carro “confortavelmente” na corrente alternada residencial (até 11 kW). Um conforto que pode levar até nove horas. O carro tem duas tomadas para recarga, uma de cada lado, para corrente alternada residencial ou contínua. Manfred Harrer afirma que a duração “mínima” das baterias de ion-lítio será de oito anos.
Compradores do Taycan poderão escolher entre revestimentos de cores e materiais diferentes para o interior, do tecido à madeira, carbono ou alumínio. Alguns acabamentos são exclusivos, mas a curiosidade por conta da proposta de sustentabilidade é a opção ”sem couro”. O tecido Race-Tex é produzido com fibras de poliéster recicladas com emissão 80% menor de CO2. Parte do material de cobertura do assoalho usa fibra reaproveitada de redes de pesca.
As versões Turbo S e Turbo do Taycan estão disponíveis para encomenda na Alemanha. Os preços são, respectivamente, 185.456 e 152.136 euros. Ou R$ 841.803 e R$ 690.470 na conversão direta, sem impostos. O modelo vai ganhar opções menos potentes – e menos caras – até dezembro. A versão TaycanCross Turismo chega até o fim do próximo ano. Haverá ainda um Sport Turismo sobre a mesma base, mas mais alto, na linha do Panamera.
O lançamento entra em pré-venda no Brasil no primeiro semestre de 2020, para entregas no segundo. O preço ficará entre o Panamera e o Cayenne em suas respectivas versões, coisa para mais de R$ 1 milhão.
A Porsche investiu 700 milhões de euros para construir uma nova fábrica para o Taycan, em Zufenhousen, ao lado da casa do 911. Oliver Blume, seu presidente mundial, afirma que é “a primeira Smart Lean Green”, com emissão zero de carbono. Uma iniciativa para atender às rigorosas leis antipoluentes da europa, aproximar-se de uma proposta de sustentabilidade e se distanciar do escândalo DieselGate que abalou o grupo Volkswagen.
Ainda segundo o executivo, a empresa vai investir 6 bilhões de euros em mobilidade elétrica até 2022, quando, afirma, “um em cada dois carros será elétrico ou híbrido”. Definitivamente, a Porsche quer distância daquelas imagens horríveis de horizontes esfumaçados e tartarugas enroscadas em linhas e redes de pesca.
Ficha técnica
Turbo S (Turbo)
Motores Elétricos nos eixos dianteiro e traseiro
Potência – 761 cv (680 cv)
Torque – 107,7 kgfm (86,7 kgfm)
Câmbio – Automático, duas marchas, tração nas quatro rodas
Direção – Elétrica
Suspensão – Pneumática, independente nas quatro rodas. Dianteira: dois braços triangulares superpostos. Traseira: multibraços
Freios – Discos carbono-cerâmica 420 mm (diant) e 410 mm (tras.). Discos carboneto de tungstênio 415 (diant) e 365 mm (tras.) (Turbo)
Pneus 265/35 ZR 21 (diant.) e 305/30 ZR 21 (tras.) 245/45 R 20 (diant.) e 285/40 R 20 (tras.) (Turbo)
Dimensões Compr.: 4,96 metros Largura: 2,14 m Altura: 1,38 m Entre-eixos: 2,9 m
Porta-malas 336 litros (tras.) 81 litros (diant.)
Peso 2.295 kg 2.305 kg (Turbo)
Central multimídia 10,9 polegadas sensível ao toque