Até hoje o mercado internacional não tem uma picape híbrida no mercado. Teremos no ano que vem a caminhonete elétrica da JAC, a iEV330P, mas um modelo que combine motor a combustão com um elétrico ainda está longe da realidade. A Toyota prometeu que a próxima Hilux será híbrida, mas parece que a Honda fará isso primeiro com a Ridgeline.
Honda + picape + híbrido
Segundo o Digital Trends, uma revendedora da Honda em Louisiana, EUA, revelou que a marca trabalha na versão híbrida da caminhonete média Ridgeline. O modelo fará parte da linha 2020 e terá o mesmo conjunto mecânico usado pelas versões híbridas de Accord e CR-V.
A nova variante, se os planos forem seguidos à risca, terá um 2.0 quatro cilindros a gasolina associado a um par de motores elétricos. O conjunto total provê 212 cv – mais que os 178 cv do conjunto híbrido 2.0 quatro cilindros combinado a dois motores elétrico que a Lexus usa no UX 250h no Brasil e a Toyota em seus modelos em outros países.
Atualmente a Honda Ridgeline conta apenas com motor 3.5 V6 de 280 cv, sendo assim a versão híbrida seria sensivelmente menos potente. A compensação estaria no torque mais farto dos motores elétricos e no consumo de combustível reduzido. Outra novidade da linha 2020 da picape seria a inclusão de conexão Wi-fi, como fez a Chevrolet com Onix Plus e Cruze.
Quem é a Ridgeline
Para quem não conhece ainda a Ridgeline, ela é a representante da Honda no segmento de picapes médias. No entanto, diferentemente de Toyota Hilux, Chevrolet S10, Ford Ranger e Volkswagen Amarok que usam chassi sobre cabine em sua construção, a Honda Ridgeline é do tipo monobloco, como a Fiat Toro.
Em medidas, a picape da Honda bate 5,33 m de comprimento, 1,78 m de altura, 1,99 m de largura e tem entre-eixos de 3,18 m. Comparando à Toyota Hilux, a Honda Ridgeline é 3 cm mais comprida, 13 cm mais larga 3 mais baixa e tem entre-eixos 10 cm mais longo.
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Um dia você terá um carro elétrico. E o Distrito Federal provavelmente será o melhor lugar do país para ele. Vejamos algumas razões. O trânsito, por exemplo, é bem amigável – principalmente para o pequeno Twizy, que o Governo do Distrito Federal apresentou ontem (junto à promessa de isentar o pagamento do IPVA.
O Entre-Eixos rodou por 1h30 na região do Sudoeste com um exemplar da Renault. A ‘aceitação’ dele no SIG, na Primeira Avenida do Sudoeste, no Cruzeiro Velho e no Eixo Monumental foi excelente: não houve fechadas bruscas e nenhum SUV arrogante ‘pediu passagem’.
Na verdade, havia até uma excessiva deferência ao modelo – atitude de respeito geralmente dirigida aos mais velhos e mais fortes (o que não era, certamente, o caso). Até um busão da Piracicabana se afastou de lado. O que chamou atenção foi a quantidade de olhares desviados, curiosos.
E por falar em desviar, vale um adendo: é bom prestar atenção, até por conta da estrutura física do Twizzy, pois qualquer olho-de-gato ou tampa de bueiro provoca um pulo seco. E olhem que ter bom asfalto (tendo como referência outras capitais) é uma das vantagens de Brasília.
O modelo avaliado pelo Metrópoles tem algumas particularidades: ar-condicionado, por exemplo, nem sob encomenda. No dia da reportagem, a temperatura externa beirava os 30 graus (a interna parecia 10+), por volta do meio-dia, com secura de fazer camelo reclamar.
As versões entregues para testes no GDF também não têm. Mas, pelo menos, vem com sensor traseiro. E com Bluetooth para se conectar ao celular. No entanto, esse modelo é apenas para compartilhamento, e para servidores públicos previamente cadastrados. À medida que se popularizar, fará sucesso.
De olho na autonomia E outra coisinha a mais: o DF tem ruas planas, o que exige pouco esforço desse carrinho de 2,33m de comprimento e 1,23m de largura, com motor elétrico capaz de gerar 20cv. Consequentemente, a autonomia (até 100km) pode melhorar.
Não esqueça: quanto mais rápido você tentar ir, ou quanto mais esforço exigir, mais energia se gasta. Aliás, o Twizzy testado levou, em alguns momentos, dois adultos de 80kg e com 1,80m. O carrinho suou para chegar aos 80km/h.
Vale ressaltar que o veículo é facílimo de se conduzir. Não tem marchas (aperta-se no painel, à esquerda, D ou R) e basta acelerar. O torque (a força), até mesmo numa ladeira, é constante. Acelera, freia, acelera.
Brasília, com os 35 eletropostos públicos instalados nessa parceria do GDF com Itaipu, Renault e ABDI, terá uma boa rede. No momento, foram instalados postos em shoppings do Sudoeste, Lago Norte, na UnB e na Esplanada dos Ministérios. E bastam 40 minutos para a recarga (tempo que, com o tempo, cairá).
O Twizy nem aparece no catálogo do site da Renault. O elétrico à mostra é o Zoe (veja abaixo). Mas o fenômeno citycar – com produtos feitos para uso exclusivo em cidades – não tem volta: todas as grandes marcas, de todos os continentes, já têm modelos (veja abaixo o que há no Brasil).
O alto preço ainda é um problema. O Twizzy, na Europa, onde é vendido regularmente, custa 8 mil euros – o equivalente a R$ 36 mil, sem impostos, taxas, carregadores etc.
Compensa? Carro elétrico tem muitos benefícios. As vantagens aparecem para o bolso, por exemplo. O veículo tem manutenção barata. E para os ouvidos (é tão silencioso que vem com um sensor sonoro para alertar os pedestres).
O meio ambiente agradece (pesa 450kg e usa energia limpa, com zero de emissões). E, por fim, o trânsito das metrópoles vai melhorar: ele transporta apenas duas pessoas, quando a média de ocupação por veículo, hoje, é de 1,4 – e ainda ocupa menos espaço nas ruas, seja em movimento ou parado.
E o Twizzy traz economias paralelas importantes: ao rodar por 100km (comparando-se o gasto de um 1 litro de gasolina), o consumidor gastará menos de R$ 5, dependendo da tarifa de energia.
Curiosidades
Estrela das campanhas da Renault no Brasil, a cantora Anitta ganhou um Twizy. A artista disse que viu um exemplar na França e se apaixonou. “Ele encanta todo mundo por onde passa”, declarou, recentemente.
A parceria da Renault com a Itaipu vem desde 2013, quando as duas empresas começaram a montar um lote de Twizy, em Foz do Iguaçu. No fim de 2018, ambas criaram um centro de treinamento para manutenção de veículos elétricos.
A Renault já vendeu (ou doou) mil carros na América Latina. O milésimo foi um Zoe, que fará parte de um estudo de mobilidade elétrica compartilhada da construtora MRV Engenharia.
Mais de 350 mil elétricos foram vendidos no mundo, até o fim de 2018. A China é, de longe, o país que quem mais produz, consome.
Os elétricos
Jaguar I-Pace (R$ 452.200)
BMW i3 (a partir de R$ 205.950)
Nissan Leaf (R$ 195 mil)
Renault Zoe (R$ 149.990)
Chevrolet Bolt (R$ 175 mil, em pré-venda)
JAC iEV20 (R$ 119.990)
JAC iEV40 (R$ 153.500)
JAC iEV60 (R$ 198.900)
JAC iEV330P (R$ 229.000)
Com menos fama
O e.coTech2 da paranaense Hitech Eletric tem motor lítio 6kW que sai por R$ 81.535 (R$12.255 só como opcionais do tipo ar-condicionado, de quase R$ 3 mil; som e mídia receiver com Bluetooth + Android ou direção elétrica por R$1.980). A velocidade máxima é 68km/h, com autonomia de 100 ou 150 km. O tempo de recarga (tomada comum) é de 5h, com custo médio de R$ 5.
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial lançou em Brasília o projeto VEM DF, de compartilhamento de carros elétricos. O projeto teve parceria com o Parque Tecnológico de Itaipu e o governo do Distrito Federal. Inicialmente, serão 16 Renault Twizy colocados a disposição dos servidores públicos da capital federal.
Por enquanto, apenas duas unidades já estão habilitadas para uso. Os Twizy serão usados pela Esplanada dos Ministérios e as sedes de órgãos administrativos do Distrito Federal. Segundo o governo do estado, os outros 14 Twizy serão integrados à frota circulante até o fim do ano.
Carros elétricos por aplicativo
Os usuários poderão reservar os veículos pelo aplicativ Mobi-e, desenvolvido em Itaipu. O sistema já é usado no programa de compartilhamento de veículos em Itaipu. A usina tem unidades do Twizy e de outros carros elétricos para uso interno. Como em Itaipu, os usuários de Brasília deverão poder acompanhar a localização, velocidade e carga de bateria dos carros em uso.
Os carros serão desbloqueados por meio de cartões dos funcionários cadastrados na plataforma. Os veículos serão recarregados em 35 estações instaladas em todo o Distrito Federal. A recarga será gratuita e aberta a usuários de qualquer carro elétrico ou híbrido plug-in da cidade.
Depois de Vitória, Venda Nova do Imigrante e Linhares, é a vez de Cachoeiro de Itapemirim também passar a contar, a partir desta terça-feira (8), com uma estação de recarga de veículos elétricos, que irá funcionar na praça Jerônimo Monteiro, centro da cidade.
A inauguração será às 14 horas. O posto vai permitir o abastecimento simultâneo de dois carros. Provisoriamente o serviço é gratuito. Em média, uma carga completa da bateria de veículo elétrico demora 1h30. A estação atende também automóveis híbridos.
De acordo com a EDP, distribuidora de energia elétrica, a meta é implantar estações de carregamento em mais três cidades capixabas, Guarapari, São Mateus e Nova Venécia. No total, serão sete municípios atendidos.
O projeto é uma parceria da EDP com a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). O investimento será de R$ 350 mil.
Para abastecer, basta conectar o automóvel destravar o posto com o cartão próprio e iniciar as operações no painel do carregador. Os proprietários interessados devem fazer cadastro no site EDP Smart, preencher um formulário e aguardar o recebimento do cartão em sua residência.
O Porsche Center BH lançou o “Porsche For Her”, plataforma de entretenimento com ações focadas no público feminino. O evento de lançamento contou com uma experiência exclusiva de pista para convidadas, onde elas puderam testar modelos como os SUV’s Macan e Cayenne, além do 911 992, além de conferir desfile de moda realizado pela marca Zezé Duarte, em parceria com a Talento Jóias.
“Historicamente, o Mundo Porsche ainda é mais masculino do que feminino, contudo esse cenário tem mudado nos últimos anos. É um público que precisa ser trabalhado com muito carinho, precisamos desmistificar alguns receios e fazer com que elas sintam-se à vontade no habitat natural da Porsche: a pista. Depois, o resto é consequência de um trabalho sério que vem sendo executado no Porsche Center BH, e a prova disso é a união de grandes marcas pelo mesmo propósito: amplificar cada vez mais a voz desse público”, afirma o gerente de Marketing do Porsche Center BH, Marlon Mota.
Híbrido
A Mini lança a linha 2020, do SUV Countryman, que faz sua estreia no mercado brasileiro em quatro diferentes versões a partir de R$ 149.990, preço sugerido para o Cooper Countryman Exclusive. As outras opções do SUV são Cooper Countryman top (R$ 159.990), Cooper S Countryman ALL4 (R$ 189.990) e o híbrido plug-in Cooper S E Countryman ALL4 (R$ 219.990).
Participação
A Chery atingiu a marca de 0,83% de participação no segmento de automóveis de passeio, com quase 14 mil unidade licenciadas desde janeiro. O volume é superior ao desempenho da Peugeot, que anota 13 mil unidades acumuladas em 2019. O carro-chefe da marca é o SUV Tiggo 5x, que anotou 739 emplacamentos em setembro.
Final de ano vai chegando, época de mudança, não só para as pessoas, mas também para as marcas, que vão tirar alguns modelos de linha e renovar outros produtos com facelift ou novas gerações chegando em breve ao mercado. Confira alguns dos lançamentos que vêm ao Brasil em breve.
Chevrolet Tracker
A atual geração do Tracker, que vem do México, sairá de linha em breve. Como o Onix, o novo será um produto global produzido sobre a plataforma GEM (Global Emergent Markets). Ele já foi mostrado na China, que será um dos seus mercados principais, ao lado do Brasil. O modelo deverá trazer motores 1.0 e 1.4, sempre turbo, dependendo da versão. As tecnologias das versões mais caras devem ser semelhantes às entregues no Onix Premier, ou seja: carregador de celular por indução, Wi-Fi, alerta de ponto cego, assistente de estacionamento, entre outros.
Volkswagen Golf
O adeus a um dos esportivos mais amados do Brasil. O Golf GTI está saindo de linha sem garantia de retorno. O modelo apimentado do Golf vai embora junto com o hatch médio. A nova geração será apresentada ainda este ano pela Volkswagen e não tem confirmação se vem ao Brasil. Por enquanto, resta como consolo ao brasileiro, o híbrido GTE. Ele combina o motor 1.4 turbo de 150 cv a um elétrico de 102 cv. Associados, eles entregam 204 cv e o torque máximo de 35,7 mkgf. Usando apenas o motor elétrico ele pode chegar até 130 km/h.
Fiat Strada
O futuro da picape é nebuloso. O modelo terá uma substituta, uma nova picape que está sendo desenvolvida e chega em 2020 ao mercado. Mas pode continuar existindo como uma opção de entrada, em versões básicas. Se sua morte for sacramentada, o nome deve ser adotado pelo novo modelo.
Grande novidade do Salão de Tóquio, em outubro, o hatch/monovolume da Honda terá uma nova geração. A empresa já confirmou, inclusive, o retorno da versão híbrida do modelo – que já existiu uma geração atrás. Uma das tecnologias mais amadas que é o sistema Magic Seat, que permite modular todo o interior, será mantida, como já confirmou a marca japonesa.
Renault Duster
O Duster vai passar por uma grande mudança visual. O modelo manterá a mesma plataforma, que garante o bom espaço interno e de porta-malas. Mas terá um visual melhorado, que é o mesmo da Europa, e também nova mecânica. Uma das possíveis novidades é o motor turbo 1.2 que a Renault já adota em algumas versões do Duster e do Captur na Europa.
Renault Kwid
O que apareceu primeiro na versão elétrica K-ZE, chegou a opção indiana e depois virá ao Kwid brasileiro. A reestilização do Kwid será profunda em relação a atual na dianteira. Para adotar o design dos carros mais novos da Renault, o compacto vai mudar substancialmente. O Kwid terá faróis com LEDs diurnos, painel digital e nova central multimídia com Android Auto e Apple Carplay.
Fiat Toro
Picape de sucesso da Fiat, a Toro vai mudar em abril de 2020. O modelo terá um visual semelhante ao encontrado no conceito Fastback, do Salão do Automóvel de 2018. Isso ocorrerá para garantir que a picape fique alinhada ao SUV que surgirá do mesmo conceito. Ela também será um dos produtos a receber os novos motores turbo baseado na família Firefly, os 1.0 de três cilindros e 1.3 quatro-cilindros. Os motores terão potência entre 120 cv (1.0) e 180 cv (1.3).
Suzuki Jimny Sierra
Apresentado durante o Salão do Automóvel de 2018, o Jimny Sierra,será oficialmente lançado no Brasil durante o próximo mês. O 4×4 terá uma série de novidades, entre elas, o novo motor 1.5 e a opção de câmbio automático, que não estava disponível até então. Ele manteve a valentia da antiga geração, mas com mais requinte, especialmente no interior.
Mercedes-Benz GLC
Nova geração do SUV médio chega ao Brasil em novembro. O modelo, que é o “SUV do Classe C”, atualmente tem quatro versões no País. Ele deve manter as motorizações disponíveis: 2.0 turbo de 211 cv, V6 turbo de 367 cv e o V8 biturbo de 476 cv. O valor de entrada deve superar os R$ 270.900 que são cobrados pela atual.
A Lamborghini, que já sugeriu que pensa em criar um modelo de motorização 100% elétrica, deverá concebe-lo no corpo de um GT de quatro portas, segundo informou o site britânico Autocar.
Pertencente ao grupo Volkswagen, a marca deverá usar a plataforma PPE em seu novo carro. Esta plataforma foi desenvolvida em conjunto por Audi e Porsche e é bastante similar à J1, que foi utilizada no Porsche Taycan e será no Audi e-tron GT.
“Se você observar, existe o potencial de que este seja o momento certo para um veículo totalmente elétrico”, disse Maurizio Reggiani, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Lamborghini.
“O desempenho será importante. Precisamos ser rápidos, mas não exatamente da mesma maneira que precisamos ser em nossos carros superesportivos. Uma quarta linha de modelo será algo um pouco diferente.”
O carro, que segundo a reportagem poderia chegar em 2025, depende ainda do aval da Volkswagen para a construção. O modelo poderia ser ainda mais veloz que o Porsche Taycan e que o futuro Audi e-tron GT. O sedã também deve ter inspiração de design no Urus, SUV da fabricante italiana.
Entretanto, Reggiani quer primeiro consolidar a família Urus.
“Foram necessários dez anos para estabelecer nosso modelo V10, desde o lançamento do Gallardo em 2003 até o Huracán”, disse.
“Por isso precisamos garantir que façamos o mesmo com o Urus.”
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Qual a diferença entre um híbrido e um híbrido Plug-in? Que autonomia têm? Onde podem ser recarregados? O veículo elétrico é o protagonista do futuro setor automóvel. De facto, no primeiro semestre deste ano, as vendas cresceram 58% a nível mundial. Uma nova realidade de mobilidade que coloca várias perguntas aos futuros utilizadores e às quais respondemos de seguida:
Que tipos de automóveis elétricos há?
Há três tipos de veículos impulsionados, em maior ou menor medida, com recurso à eletricidade. Primeiro, o híbrido, com propulsão bimotora: um motor de combustão, que tem o papel principal, e outro elétrico, alimentado por uma bateria recarregada pelo próprio motor quando o veículo desacelera. Em segundo lugar surge o híbrido Plug-in, no qual a bateria também pode ser recarregada diretamente através de uma tomada elétrica. Finalmente, o veículo 100% elétrico, com propulsão exclusivamente elétrica e recarga através de tomada elétrica. No ano 2030 as vendas de automóveis com emissões zero ou reduzidas – inclui veículos que emitam menos de 50 gramas de CO2 por quilómetro – deverão representar 40% do valor total, segundo a Comissão Europeia. Para 2025 o objetivo é de 20%.
Onde podem ser recarregados?
Há dois tipos de ponto de carga: os públicos e os privados. Qualquer utilizador pode instalar um ponto de carga na sua garagem particular ou coletiva, desde que instalada por um profissional credenciado que cumpra os requisitos legais. De facto, calcula-se que 70% das recargas sejam feitas no domicílio ou nos locais de trabalho. Ainda assim, para os casos em que é necessário alimentar o automóvel na estrada, a rede de carregamento elétrico cresce diariamente. Hoje, a UE conta com cerca de 100.000 pontos e a Comissão Europeia prevê que em 2025 este valor esteja multiplicado por 20, para perto de 2 milhões de estações de carregamento.
O tempo de recarga também tem sido reduzido paulatinamente. Por exemplo, o SEAT el-Born contará com uma autonomia de 420 quilómetros após uma recarga de apenas 47 minutos. Melhor ainda: com a implementação dos pontos de carga ultrarrápidos será possível ter o carro com a carga máxima de bateria em apenas dez minutos. Prevê-se que no próximo ano a Europa fique com uma rede de 400 pontos de carga rápida (350kW) instalados a cada 120 quilómetros, para facilitar as viagens longas.
Que autonomia média têm?
As baterias garantem uma autonomia entre os 200 quilómetros e os mais de 400. Com o SEAT el-Born será possível circular até 420 quilómetros sem a necessidade de recarga. A duração dependerá do uso que se faça do automóvel, já que, ao contrário dos veículos a combustão, os elétricos consomem menos nos trajetos urbanos. “Neste momento está a ser preparada uma gama de produtos que nos permitirá escolher a autonomia em função da utilização prevista para o veículo, o que significa que haverá a opção por diversos níveis de capacidade de bateria de forma a responder às necessidades de todo o tipo de utilizadores”, esclarece Josep Bons, responsável pelo desenvolvimento elétrico e eletrónico da SEAT. Neste sentido, a SEAT lançará no mercado 6 novos modelos elétricos e híbridos Plug-in até início de 2021.
O veículo elétrico tem emissões zero?
As emissões zero locais são consideradas do ponto de vista do próprio veículo. Além disso, também é mais sustentável se atendermos ao ciclo de vida global da viatura: entre 17% e 30% de redução das emissões, dependendo se o compararmos a um veículo diesel ou gasolina. “E se, além disso, a bateria for recarregada com energia de origem sustentável, como a eólica ou solar, as emissões serão quase 90% inferiores às de um veículo convencional ao longo de todo o seu ciclo de vida”, sublinha Bons.
Para incentivar a circulação de veículos sem emissões locais estão a ser aplicadas diversas medidas na Europa. Em alguns casos, como na Noruega, há lugar à redução direta de impostos na aquisição de um modelo elétrico. Na Alemanha, França ou Espanha há incentivos na compra e muitas cidades europeias criaram benefícios específicos, como o estacionamento e portagens gratuitas, faixas de acesso preferencial e livre acesso destes veículos a zonas de circulação restrita.
É mais caro do que um veículo convencional?
Os veículos elétricos serão cada vez mais acessíveis. Na verdade, o compromisso da SEAT e do Grupo Volkswagen é o de produzir automóveis elétricos “para milhões e não para milionários”. O avanço tecnológico ajuda a reduzir o preço dos modelos elétricos. Por exemplo, o custo das baterias caiu 80% na última década.
Também é preciso ter em conta que o custo da eletricidade é sensivelmente inferior ao da gasolina e do diesel. Também se calcula que os custos de manutenção de um elétrico sejam de apenas um terço daqueles inerentes a um veículo com propulsão convencional. E, por último, na maioria dos países, os compradores têm acesso a ajudas públicas ou à redução de impostos na aquisição de um elétrico.
Para a SEAT, a crescente acessibilidade ao veículo elétrico em todas as suas vertentes combina com outras opções sustentáveis, como a GNC (Gás Natural Comprimido), criando soluções de mobilidade adaptadas às necessidades dos clientes.
O novo Kia Niro Eco-Hybrid HEV (Hybrid Electric Vehicle) chegou a Portugal com um propósito claro: a eficácia – tanto no consumo de combustível, como na eficiência no que respeita às emissões de dióxido de carbono.
Ao volante do novo crossover híbrido da Kia pudemos constatar isso mesmo: o novo Niro HEV é bem poupado na combinação do bloco a gasolina (de injeção direta) GDi 1.6 associado ao motor elétrico com a bateria de iões de lítio de 1,56 kWh.
Anda-se e anda-se e o Niro ‘tem dificuldade’ em gastar. Por fora, o crossover da Kia poucas novidades traz para além do ‘restyling’ dianteiro, mas, por dentro, a nova geração vem mais rica, quer no conforto interior quer na tecnologia. E, depois, é andar.
O novo Niro híbrido dispõe de uma caixa automática de seis velocidades 6DCT sequencial e, na versão com o equipamento Tech que conduzimos, também de patilhas no volante para uma condução mais direta em modo Sport – mas as patilhas comportam ainda outra função no modo Eco completamente diferente. No modo de condução económico, as patilhas permitem selecionar três níveis de travagem regenerativa cada vez mais ‘viciante’ e útil na condução citadina.
E foi na cidade que começámos a desfrutar da poupança. Numa condução regrada – i.e. sem nervosismos, só a ‘rodar’ –, pelo meio do trânsito (sem engarrafamentos), dos semáforos e dos peões, registámos consumos de 4,2 l/100 km, que desceram aos 3,5 l/100 km num percurso misto por estrada nacional, aqui, em velocidades abaixo dos 70 km/h – mas sem o limitador de velocidade.
Em autoestrada, começámos, numa condução normal, por valores na ordem dos 6,4 l/100 km, mas, com mais constância conseguida no andamento, baixámos para os 5,7 l/100 km e para os 5,6 l/100 km com o cruise control regulado para os 90 km/h. De volta à estrada nacional, sem assistentes, mas com trânsito a obrigar a alternâncias de velocidade aproximámo-nos dos 5,1 l/100 km tabelados pela marca com 5,2 l/100 km.
Com 141 cv de potência máxima e 265 Nm de binário, não se espere respostas ‘do outro mundo’ do híbrido Kia Niro em modo Eco. Para ganhar resposta maior convém passar ao modo Sport, porque o prazer da condução até pode aumentar, mas o consumo não sofre com isso de forma notória. Foi ‘preciso’ fazer um percurso misto entre estrada e cidade, com as patilhas a comandarem as velocidades e o ar condicionado ligado para ‘conseguirmos chegar’ aos 8,0 l/100 km.
Toda esta informação é apresentada de forma completa no painel de instrumentos de 7’’ do condutor onde detalhes de condução (económico, normal, agressivo) e de consumos são apresentados, entre outros dados como o fluxo de energia, por exemplo – informação sobre consumos que também está no ecrã de 10,25’’ do tabliê – ambos ecrãs de série neste equipamento Tech.
O infoentretenimento é generoso na oferta desde o manual online ao sistema de navegação bastante completo (mas às vezes também complexo, como na escolha de alternativas aos percursos, por exemplo). No interior, com climatização nas duas zonas do habitáculo espaçoso, os materiais são de ótima qualidade, com requinte e estilizados – se bem que as superfícies espelhadas, às vezes, são amigas dos reflexos.
Num carro com 4,355 metros com capacidade para cinco ocupantes, numa viagem a quatro (aproveitando o apoio de braço atrás) o espaço é generoso desde os joelhos à cabeça. Só não se pode esperar é a mesma generosidade na mala de um crossover que, no Niro, tem 344 litros.
A condução fácil e suave do Niro faz-se num banco confortável com regulação elétrica até no apoio lombar. O carro não é destinado a grandes nervosismos, como já se disse – mesmo com as orgulhosas jantes de 18’’ (que elevam as emissões para os 117 g/km – com jantes de 15’’ são de 110 g/km), mas é talhado para rodar com conforto na cidade e na estrada; não deixando, porém, de se mostrar muito estável quando se lhe pede algo mais do que ser apenas poupado.
O Niro híbrido que conduzimos traz uma vasta gama de equipamentos, além do já referido, que vai do conforto interior, como o carregamento wireless de smartphone, passando pelo travão de estacionamento eletrónico ou a câmara traseira durante a condução, até aos vários elementos de assistência à condução, como o assistente de manutenção na faixa ou o reconhecimento da sinalização com a qualidade a que a marca sul-coreana já habituou.
O novo Kia Niro Eco-Hybrid HEV versão Tech tem o preço de 34.270 euros.