O descarrilamento de um eléctrico da Carris na zona da Lapa, em Lisboa, causou 28 feridos ligeiros esta sexta-feira. O acidente aconteceu no cruzamento da Rua Garcia de Orta com a Rua de São Domingos à Lapa, pelas 18h.
Ao PÚBLICO, uma testemunha no local contou que o eléctrico falhou uma paragem, aparentando seguir desgovernado, e descarrilou numa curva após uma tentativa falhada de travagem, embatendo ainda num edifício de esquina. A mesma testemunha disse ter ouvido “um estrondo” e “pessoas a gritar”.
Do eléctrico apenas se reconhecia a estrutura inferior de ferro ainda intacta. O resto da cabine em madeira tinha ficado espalmada, como uma folha de papel.
Algumas pessoas que passavam no local resgataram um bebé e uma criança dos destroços do veículo, que capotou e ficou totalmente destruído. Estas duas crianças serão de nacionalidade britânica.
O PÚBLICO assistiu no local ao resgate de dez passageiros que estavam encarcerados. Várias pessoas foram transportadas de maca, com ferimentos visíveis. No entanto, nenhum passageiro sofreu ferimentos graves, como confirmou Tiago Lopes, comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.
Alguns passageiros, que saíram do transporte pelo seu próprio pé, não chegaram a ser considerados vítimas. “Não há nenhuma vítima crítica, são todas vítimas ligeiras”, avançou o responsável dos bombeiros.
Das 28 vítimas, nove foram transportadas para o Hospital de São José, outras nove foram encaminhadas para Santa Maria, e oito seguiram para o hospital São Francisco Xavier. Duas foram assistidas ainda no local.
Questionado sobre a idade das vítimas, o comandante confirmou apenas que “as faixas etárias são muito díspares” e que entre os feridos haveria “crianças de tenra idade até pessoas de mais idade”.
A Protecção Civil indica que mais de 50 operacionais foram mobilizados local, incluindo elementos dos bombeiros de Campo de Ourique e dos Sapadores de Lisboa, auxiliados por 30 viaturas.
Pelo local passou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que sem se querer alongar em declarações aos jornalistas louvou a “capacidade de respostas imediata” das autoridades. O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, também esteve na Lapa, onde acompanhou a prestação de auxílio aos feridos.
O eléctrico fazia a carreira 25E, que liga os Prazeres (em Campo de Ourique) à Praça da Figueira (na Baixa). A Carris cortou a electricidade em toda a linha e pelas 20h decorriam os trabalhos de remoção do veículo acidentado.
A empresa anunciou ainda a abertura de um “inquérito minucioso” para apurar as causas do acidente.
A Aston Martin Works deu uma nova vida a este DB6 de 1970 através da tecnologia moderna e de um motor elétrico, alterações que fazem parte do programa da marca Heritage EV Concepts.
Não se parece com um protótipo, até porque a carroceria é de um Aston Martin DB6 Volante de 1970. Trata-se de um dos primeiros automóveis clássicos conversíveis a receber um motor elétrico.
Foi concebido pensando em um mundo onde a legislação poderia proibir a utilização dos automóveis clássicos. Esse protótipo tem um motor elétrico que utiliza algumas das tecnologias do novo Aston Martin Rapide E. A Aston Martin diz que esse motor está colocado no espaço original do motor e transmissão. O DB6 também conta com cabos de energia que fornecem eletricidade ao sistema elétrico do automóvel e todo o sistema de gestão de energia pode ser monitorado através de uma tela dedicada que foi montada de forma discreta no habitáculo.
A Aston Martin não adiantou muito mais detalhes, mas revelou que essa modificação é a solução perfeita para os condutores que procuram uma atualização à prova de um futuro que proíba a circulação dos automóveis clássicos. Caso o proprietário queira voltar a utilizar o motor a combustão poderá fazê-lo, pois as alterações efetuadas para que o Aston Martin DB6 consiga suportar o motor elétrico não são irreversíveis e de acordo com a Aston Martin é algo bastante fácil de alterar.
Embora esse automóvel seja apenas um protótipo, a Aston Martin Works começará a produzir conversões de clássicos em elétricos num futuro próximo. Os primeiros estão programados para começar já no próximo ano.
O CEO da Aston Martin Andy Palmer declarou: “Estamos muito conscientes das pressões ambientais e sociais que ameaçam a utilização dos automóveis clássicos nos próximos anos”. Acrescentou ainda que: “O Nosso Plano não engloba apenas os nossos modelos novos e os do futuro, mas também protege nossa herança preciosa. Acredito que isso não só torna a Aston Martin única, mas uma marca verdadeiramente inovadora nesse campo”.
O Onix segue líder de venda no Brasil sem sequer ser arranhado por seus rivais. Porém, quando o assunto é o baixo do valor do seguro, o chefe passa a ser o Renault Kwid, que tem o menor custo da apólice entre os 10 carros mais vendidos do País: R$1.998 para homens e R$1.803 para mulheres.
Vale lembrar que o valor do seguro também se baseia no custo do carro. E o Kwid é um dos modelos mais baratos do Brasil. O estudo de preço foi feito pela Minuto Seguros e considerou como perfil um condutor homem e uma condutora mulher de 35 anos, ambos casados.
VÍDEO DA SEMANA: TUDO SOBRE O PRIMEIRO CARRO HÍBRIDO BRASILEIRO
As avaliações foram feitas em cinco capitais, sendo elas São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília e Goiânia.
O Kwid também é o que apresenta menor variação entre as capitais. No Rio de Janeiro, local com maior valor, seu custo é de R$2.327. Em Goiânia, o menor, R$1.901. No sentido contrário, o Chevrolet Prisma é o que tem a maior variação. R$ 3.938 no Rio de Janeiro e R$ 1.523 em Goiânia.
Para os homens, a cidade com seguro mais barato dentre os 10 mais vendidos é São Paulo. Rio de Janeiro é a mais cara.
Kwid vai ganhar versão elétrica
Não é só no seguro que o Kwid será bom para o bolso. Em breve o modelo ganhará um versão elétrica. O modelo foi mostrado em Paris com o nome de K-ZE. Ele tem o visual modificado, principalmente na dianteira e traseira, com grade e conjuntos óticos próprios.
De acordo com a marca, o modelo terá autonomia de 250 km e terá preço “atraente”. A produção inicial será na China, país com alto volume de vendas. Isso irá possibilitar a redução de custos no projeto do carro. É possível que este carro seja vendido no Brasil em 2020.
A Itália analisa a possibilidade de sobretaxar veículos poluentes e de dar incentivos fiscais a automóveis híbridos e elétricos a partir de janeiro de 2019. A medida, chamada de “ecotaxa”, foi aprovada ontem (5) pela Comissão Orçamentária da Câmara dos Deputados, que está escrevendo a Lei Orçamentária do ano que vem. No entanto, poucas horas após a aprovação, a ecotaxa já começou a gerar polêmica e protestos de montadoras e revendedoras, que apontam a possibilidade do novo imposto frear as vendas do setor. A medida, como está formulada atualmente, prevê aplicar, a partir de 1 de janeiro, um imposto que vai de 150 euros a 3 mil euros sobre cada novo veículo com emissão de CO2 superior a 110 g/km. Por outro lado, a medida também prevê um incentivo de 1,5 mil a 6 mil euros para aquisição de carros elétricos ou híbridos que emitem de 0 a 90 CO2 g/km. De acordo com revendedores e representantes do mercado, a “ecotaxa” pode impactar de maneira negativa nas vendas de automóveis na Itália. Isso porque o preço final dos veículos deverá ficar no mínimo 300 euros mais caro. Como exemplo, alguns modelos Panda – o carro mais vendido na Itália – ou Fiesta poderiam custar 400 euros a mais. Outro fator que faz os revendedores e montadoras criticarem a medida é os carros híbridos ou elétricos representarem apenas 8,5% do mercado, número insignificante perto do volume total do setor. “Consideramos essa proposta extremamente negativa” disse Michele Crisci, presidente da Unrae, a Associação de Casas Automobilísticas na Itália. “Negativa porque, de um lado, vai afetar a venda de carros novos que já têm uma emissão menor de CO2 do que os carros antigos, que permanecerão em circulação”, criticou. O vice-premier e ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, também se pronunciou de maneira contrária à “ecotaxa”. “Eu sou contra qualquer hipótese de novos impostos sobre automóveis, que já são alguns dos bem mais taxados”, disse Salvini, anunciando que pretende negociar com o Parlamento essa medida e evitar que entre em vigor. Por sua vez, o ministro do Desenvolvimento Econômico, Luigi Di Maio, tentou minimizar as críticas. “Decidi convocar uma rodada técnica no Ministério para melhorar os incentivos aos carros elétricos, com diálogos com montadoras, como a FCA, e com associações de consumidores. Juntos, encontraremos a solução certa”, afirmou. “Nós tínhamos pensado em uma medida que possa ajudar quem quer comprar um carro híbrido, que custa mais caro”. A medida vem em um momento em que líderes mundiais, ativistas e sociedade civil discutem mecanismos para evitar o aquecimento global, na COP24, que ocorre na Polônia.
O C200 EQ Boost pode ser considerado o primeiro carro híbrido brasileiro. Se por um lado a nova versão do Mercedes-Benz Classe E não roda apenas com motor elétrico, por outro ela combina esse tipo de propulsor com um a combustão.
OUTROS VÍDEOS
Assim, pode ser chamado de carro híbrido. Na verdade, o C200 EQ Boost é um “mild hybrid”, ou híbrido leve. A Audi, por exemplo, usa bastante esse sistema em seus novos carros. Porém, em nenhum modelo brasileiro.
E o Mercedes-Benz C200 EQ Boost é brasileiro. O modelo é montado em Iracemápolis, no interior de São Paulo.
A jornalista Rafaela Borges apresenta em detalhes o modelo, em vídeo com fotografia e edição de Léo Souza.
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C200 EQ Boost: econômico e rápido
Além se ser um híbrido leve, o carro marca também a estreia no Brasil do novo motor 1.5 turbo da Mercedes. Em conjunto com o elétrico, que tem bateria de 48V, ele deixa o carro não apenas mais econômico. Ele fica também mais potente em algumas situações.
Além da nova mecânica, a linha 2019 Classe C traz outras mudanças. O exterior passou por leves alterações, que você verá em detalhes no vídeo.
Além disso, há agora painel virtual para algumas versões, a exemplo da C200 EQ Boost.
Ficha técnica – C200 EQ Boost
Preço sugerido – R$ 228.900 Motor a combustão – 1.5, 4 cilindros, 16V, turbo, gasolina Potência – 183 cv a 5.800 rpm Torque – 28,6 mkgf a 3.000 rpm Motor elétrico – bateria de 48V Potência – 14 cv Torque – 16,3 mkgf Potência combinada – 197 cv 0 a 100 km/h – 7,7 segundos Velocidade máxima – 239 km/h (limitada eletronicamente) Câmbio – Automático, 9 marchas Acoplamento: conversor de torque Tração: traseira Pneus – 225/50 R17 Comprimento – 4,69 metros Entre-eixos – 2,84 metros Largura – 1,81 metro Altura – 1,44 metro Porta-malas – 435 litros Tanque de combustível – 41 litros Peso – 1.505 quilos Freios dianteiros – Discos ventilados Freios traseiros – Discos sólidos Suspensão dianteira – Independente, braços sobrepostos Suspensão traseira – Independente, multibraço Consumo urbano – 10,2 km/l Consumo rodoviário – 13,6 km/l País de origem: Brasil
Comprar um veículo reabastecido na tomada de casa já é possível. Após o Salão do Automóvel há três novos modelos no mercado brasileiro, mas, justiça seja feita, o BMW i3 já está à venda no país há algum tempo e conta com motor elétrico associado a um pequeno propulsor a gasolina só para recarregar o sistema elétrico. Agora já é possível encomendar outros três veículos mais em conta, mas nem tanto assim: Chevrolet Bolt, Renault Zoe e Nissan Leaf. Depois disso vale a observação de que, além da compra, será preciso instalar uma tomada exclusiva para a recarga. Veja abaixo o que já temos em termos de carro elétrico à venda no país:
BMW i3
Motor: 170 cv + motor 650 cc com função de recarregar as baterias
Especialista fala sobre “chupeta” em carros elétricos, o que acontece se cair um raio, relação entre velocidade e autonomia, e outras dúvidas comuns
O carro elétrico está se aproximando cada vez mais da realidade diária do motorista – até mesmo no Brasil. No último Salão do Automóvel de São Paulo, nada menos que quatro modelos da categoria foram lançados ou prometidos para o mercado nacional, em apenas um dia.
Essa nova tecnologia traz a promessa da eficiência e da economia para o condutor preocupado com os altos preços dos combustíveis ou com a poluição atmosférica gerada pelos motores a combustão. Enquanto isso, governos criam políticas para inseri-lo no mercado, tentando arcar com o que ainda é um custo elevado comparado a outros tipos de carro.
Em meio a esse cenário, muitas dúvidas podem surgir com relação ao uso do carro elétrico. A especialista na categoria, Vicky Parrott, do site inglês Driving Electric, compilou as perguntas mais comuns com relação a esse tipo de automóvel. Variando desde as mais previsíveis até as mais bizarras, elas assombram a maior parte do público interessado, e uma delas pode ser sua também.
Confira as respostas que Parrott dá às 10 dúvidas mais comuns sobre o carro elétrico:
1. O que acontece se meu carro elétrico for atingido por um raio?
“Existem fusíveis de proteção que vão impedir que ocorram danos ao carro ou à bateria no evento improvável de ele ser atingido por um raio. Assim como com qualquer outro carro, o raio vaio passar pela ‘gaiola’ da carroceria e por ela atingir o solo. Se você estiver carregando o carro no momento em que ele for atingido, é possível que ocorra uma sobretensão de energia que poderia causar danos, tanto ao carregador quanto aos circuitos internos do carro.
“O dono de um Tesla reportou uma mensagem de erro aparecendo no painel de instrumentos do veículo depois que ele foi atingido por um raio enquanto era carregado, mas não ocorreram danos graves.”
2. Posso lavar um carro carro elétrico em um lava-jato?
“Essa é uma preocupação surpreendentemente comum. Claro, é completamente seguro, graças ao ‘teste de encharcamento’ que fabricantes fazem com todo tipo de carro. Ele replica as condições de uma chuva pesada com alagamento, para garantir que o carro está totalmente vedado. Você pode lavar um carro elétrico com todos os métodos usados para qualquer outro carro”.
3. Carros elétricos precisam de pneus especiais?
“Algumas pessoas se preocupam, pensando que precisam de pneus ecológicos especiais, e é claro que carros elétricos, geralmente, vêm com pneus com menor resistência à rodagem. Mas vocês não tem que voltar à mesma concessionária para comprar um jogo novo, você pode procurar por outras opções, da mesma forma que com qualquer outro carro”.
4. Posso recarregar um carro elétrico enquanto estiver chovendo?
“A resposta é sim. Apenas tome as mesmas precauções que com qualquer outro equipamento elétricos. Ou seja, evite que a chuva caia diretamente sobre o conector ou a porta de recarga. Pontos de recarga dedicados, caseiros ou públicos, são projetados para serem à prova de água, assim como a porta de recarga do carro. Então é perfeitamente seguro deixar seu carro carregando na chuva”.
5. Qual é a distância típica entre dois pontos de recarga?
“Na Inglaterra, a distância média entre pontos de recarga é surpreendentemente baixa, de apenas 4 milhas (6,4 quilômetros). Claro, pontos de recarga não estão distribuídos igualmente em todo o Reino Unido, o que significa distâncias maiores em algumas áreas”, diz Parrott.
No Brasil, claro, essas distâncias são maiores, já que ainda não existe uma infraestrutura completa para a recarga de elétricos. Ainda assim, algumas vias e estradas já oferecem cobertura de carregamento para longos trechos. Saiba mais aqui.
6. Tem como transformar o som de um carro elétrico no som de outro carro – como um Lamborghini?
“Devido aos carros elétricos serem tão silenciosos, especialmente em baixas velocidades, novas regras vão passar a valer no ano que vem [na Inglaterra] para garantir que pedestres e deficientes visuais possam ouvi-los. Um padrão foi desenvolvido, e prevê que um entre diversos sons não intrusivos serão emitidos em velocidades mais baixas, quando o barulho de um carro elétrico passando for baixo demais para ser notado.
“Mas os únicos sons permitidos são limitados a uma mistura de ‘sons tonais e ruído branco’, similar a um motor comum. Então, não. Infelizmente, você não será capaz de dar ao seu carro elétrico uma trilha sonora de supercarro”.
7. Como a velocidade afeta a autonomia?
“Carros elétricos são lendários por sua aceleração e recentemente a Audi apresentou um modelo que irá de 0 a 100 km/h em 2 segundos. E sim, acelerar muito gasta mais energia do que se você dirigir mais regularmente. Isso é parte da razão pela qual existe uma diferença entre a autonomia máxima que você vê nos materiais informativos dos fabricantes, e os números relativos ao uso no ‘mundo real’.
“Mas isso não é só porque o motor usa, naturalmente, mais energia para manter 110 km/h em comparação a 50 km/h, por exemplo. Alguns testes revelaram que, de fato, a aceleração forte e frequente desperdiça energia, se comparada a alcançar a velocidade desejada aos poucos. Se você insistir em pisar fundo em toda arrancada, espere uma diminuição de 20% na autonomia durante a jornada”.
8. A bateria vai ficar viciada?
“Estamos todos acostumados com baterias recarregáveis, como as de telefones celulares, ficando ‘viciadas’ com o tempo. Isso ocorre porque todas as baterias perdem capacidade quanto mais vezes são carregadas e descarregadas – o que é conhecido como um ‘ciclo’ – incluindo as que você encontra em carros elétricos e híbridos.
“As evidências, até agora, mostram que a deterioração é muito lenta, então mesmo depois de 100 mil milhas ou mais, provavelmente, você ainda vai ter pelo menos 75% da performance original da bateria.
“Alguns fabricantes também oferecem garantia para substituir as baterias se elas caírem abaixo de um certo nível de capacidade dentro de um dado período, e também há guias de melhores práticas para manter a performance da sua bateria, incluindo não deixar ela descarregar completamente.
“Claro, se você estiver comprando um carro elétrico usado, vale a pena pedir para ver o carro completamente carregado. Assim, você poderá ver qual é a sua autonomia máxima estimada. Mesmo assim, carros elétricos já estão se mostrando mais confiáveis – com baterias e tudo – do que carros muito mais complexos com motores a combustão”.
9. Posso rebocar um trailer com um carro elétrico?
“Você pode – mas você ficará limitado na hora de escolher o modelo do carro, se isso for importante para você. Isso não é porque carros elétricos não são indicados para reboque, é porque os fabricantes não costumam certificá-los para isso. Tudo tem a ver com o peso combinado do veículo e do que quer que esteja sendo rebocado.
“Carros elétricos tendem a ser mais pesados que modelos comuns por causa dos grandes pacotes de baterias, então o peso combinado do carro e do reboque afetaria a eficiência dos freios. Mas a história é diferente para carros do tipo híbrido plug-in. Nesse caso, há uma muitas opções de modelo de fabricantes como Mitsubishi, Volvo e Audi que podem levar um reboque”.
10. Você pode fazer uma ‘chupeta’ em um carro elétrico?
“Você pode fazer um carro híbrido plug-in ou um híbrido comum funcionar com uma ‘chupeta‘, mas um carro elétrico não, ele deve ser recarregado. Talvez você consiga conectar os cabos na bateria de 12V de um carro elétrico para alimentar alguns sistemas elétricos, como telas e computadores. Mas isso não vai fazer o carro andar se ele estiver sem energia.
“Também pode ser interessante mencionar que muitos fabricantes recomendam que você não faça ‘chupeta’ em um carro usando um veículo híbrido ou elétrico como fonte, então cheque o manual antes de tentar conectar os cabos”.
Os carros elétricos têm evoluído a uma velocidade impressionante. Basta pensarmos que há cerca de 20 anos, um carro alimentado por uma bateria conseguir percorrer 115 km com uma carga (como fazia o Nissan Hypermini) era notável e que hoje há elétricos que conseguem percorrer mais de 400 km por cada carregamento.
No entanto, a autonomia (ou falta dela), a par com os tempos de carregamento, continua a ser vista como um dos principais problemas dos carros elétricos e há mesmo quem não aceite comprar um apenas e só por essas razões.
Mas, tal como existem dicas para melhorar os consumos (e a autonomia) dos veículos de combustão, também as há para o caso dos elétricos. Para que a ansiedade motivada pela autonomia dos carros elétricos deixe de ser um problema, aqui fica uma lista com uma série de conselhos de como tirar mais alguns quilómetros de cada carga de bateria.
A verdade é que este conselho é aplicável a todo o tipo de automóvel. Quanto mais pesado for o teu pé direito mais vais consumir (seja eletricidade ou combustíveis fósseis) e menos quilómetros vais percorrer.
Bem sabemos que é tentador esmagar o acelerador nos arranques quando se está aos comandos de um carro elétrico para usufruir do binário instantaneamente, mas lembra-te que quanto mais vezes o fizeres mais cedo vais ter de parar para recarregar as baterias. Por isso arranca de forma suave e evita uma condução agressiva.
2. Abranda
Sempre que puderes tenta andar mais devagar, mantendo a velocidade abaixo dos 100 km/h. Ao fazê-lo vais estar a aumentar a autonomia do teu carro elétrico. De acordo com um estudo feito pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos da América, se reduzires a tua velocidade média em cerca de 16 km/h aumentas a autonomia em cerca de 14%.
Para além disso, se o teu carro elétrico tem vários modos de condução opta pelo “Eco” em vez do “Sport” o que perdes em aceleração e performance ganhas em autonomia.
Como sabes, os carros elétricos são capazes de regenerar energia quando abrandam através do sistema de travagem regenerativa. Por isso, quando chegares a um semáforo ou tiveres de parar, aproveita para que seja o sistema de travagem regenerativa a travar em vez de teres de recorrer aos travões.
Se o teu carro permitir, ajusta ainda o setup do sistema de travagem regenerativa para que seja capaz de obter o máximo de energia possível. Assim vais conseguindo recompensar nas paragens a energia que acabas por perder quando arrancas.
4. Utiliza a função de pré-aquecimento do habitáculo
Sempre que se liga o aquecimento do habitáculo num carro elétrico (principalmente no máximo), este sistema vai buscar uma quantidade considerável de energia à bateria. Para poupares energia opta por ligar o aquecimento dos bancos e do volante (se o teu carro tiver) pois estes usam menos energia.
Outra opção é pré-aqueceres o carro enquanto este está ligado à tomada, assim vais conseguir usar menos o aquecimento enquanto conduzes.
Tal como o aquecimento, o ar condicionado também “devora” energia. Por isso tenta usá-lo o menos possível. Abrir as janelas pode ser uma boa alternativa, mas atenção, só a velocidades mais baixas, pois à medida que o carro circula mais depressa as janelas abertas afetam a aerodinâmica, diminuindo também a autonomia,
Se tiveres mesmo de usar o ar condicionado opta por o fazer enquanto tens o carro ainda a carregar e assim é menos necessário ligá-lo quando já vais na estrada.
5. Verifica a pressão dos pneus
Há estudos que indicam que cerca de 25% dos automóveis circulam com os pneus com uma pressão incorreta, e os carros elétricos não são exceção. Como sabes, se circulares com pressão demasiado baixa vais estar a aumentar o consumo de energia. Para além disso, quando os pneus circulam com pressão demasiado baixa pode ocorrer um desgaste prematuro e desigual e ainda um sobreaquecimento do pneu que pode levar até a um rebentamento.
Para evitares estes problemas e aumentares a autonomia do teu carro elétrico vai verificando regularmente a pressão dos pneus e sempre que for preciso repõe-na, de acordo com os dados indicados pelo fabricante (por norma as pressões indicadas estão num autocolante na porta do condutor).
6. Reduz o peso a bordo
Uma das melhores formas de aumentar a eficiência de um automóvel é retirando-lhe peso. Como é óbvio isto também se aplica aos carros elétricos. Por isso evita viajar com coisas supérfluas na bagageira ou espalhadas pelo carro. Se o fizeres podes ver a autonomia do teu carro elétrico aumentar entre 1 a 2%.
Ao contrário do que possas pensar, talvez não seja assim tão boa ideia teres sempre a bateria ligada à tomada quando tens o carro na garagem. É que a maioria das baterias utilizadas pelos carros elétricos têm tendência para começar a descarregar lentamente após o carregamento chegar ao fim.
Assim, o ideal é que o carregamento termine mesmo antes de arrancares. Ao fazê-lo vais também estar a melhorar a esperança média de vida da bateria.
8. Planeia a viagem
Por vezes o caminho mais rápido não é o mais eficiente. Por exemplo, talvez consigas uma maior autonomia ao circulares por uma estrada nacional (porque viajas mais devagar e o sistema de regeneração de energia tem mais oportunidades para fazer o seu trabalho) do que numa autoestrada, onde vais constantemente a acelerar e a consumir energia.
Ao mesmo tempo, evita zonas muito montanhosas ou com trânsito, pois essas situações também te vão passar a fatura em termos de autonomia. Assim, o melhor mesmo é que planeies a viagem com antecedência, pois vais conseguir evitar itinerários que consumam mais energia e vais poder planear passar por locais onde podes carregar o carro.
9. Mantém-no aerodinâmico
Como sabes os carros elétricos são desenhados com a aerodinâmica em mente. Quanto menos resistência oferecerem à passagem do ar mais eficientes serão. Por isso, evita destruir parte do trabalho dos designers e engenheiros e não instales barras de tejadilho ou malas que possam prejudicar a aerodinâmica e a autonomia do teu carro elétrico.
A quinta geração do Honda CR-V está no mercado. Mas, se num mundo em mudança a marca japonesa deixou de lado a proposta diesel, não poderia deixar de apostar na electrificação. O novo CR-V Hybrid vem dilatar a oferta que já passa pelo 1.5 turbo a gasolina, com a caixa manual na opção de 173 cv (desde 32.900 €) e com a automática de variação contínua CVT na proposta de 193 cv (a partir de 37.250 €).
A nova proposta híbrida (a partir de 38.500 €) conta com tecnologia i-MMD (Intelligent Multi-Mode Drive), que combina um motor 2.0 a gasolina com 145 cv, um gerador eléctrico e um motor eléctrico com 184 cv, e uma pequena bateria que recolhe a energia recuperada nas travagens. A potência total não é a soma das partes e a Honda anuncia 184 cv de potência.
A transmissão tem uma velocidade única (não há caixa de velocidades) e a tracção pode ser dianteira ou 4×4 (pesa mais 58 kg)e um sistema multidisco liga as rodas traseiras graças a um diferencial no eixo posterior (até 60%) em condições de difícil aderência.
A Honda reivindica um consumo de 5,3 l/100 km na versão de tracção dianteira e 5,5 l/100 km no 4×4. A velocidade máxima pode chegar aos 180 km/h e a passagem de 0 a 100 km/ acontece em 8,8 ou 9,2 segundos. Com a bateria na carga máxima, é possível percorrer dois quilómetros em modo eléctrico.
HABITÁCULO. A proposta híbrida só está disponível com a carroçaria de cinco lugares, tal como acontece com o gasolina 2WD de 173 cv uma vez que o sistema eléctrico ocupa o espaço da terceira fila de bancos apenas disponível na proposta a gasolina mais potente. Para além disso, o volume da bagageira (497 litros) oferece menos 64 litros do que os restantes cinco lugares e menos 25 litros do que o de sete lugares.
O painel de instrumentos é específico, tanto na forma como nas informações. O velocímetro numérico está integrado com as informações do sistema híbrido: fluxo de energia, e autonomia e computador de viagem. A recuperação de energia destaca-se na parte superior e a carga da baterias e o nível de combustível, à esquerda. Também há indicações que podem ser vistas como auxiliares para uma condução mais assertiva ao nível da economia de combustível.
AO VOLANTE. A Honda afirma que o CR-V Hybrid é “um eléctrico com um motor a gasolina”. Mas, nem isso é tão evidente: os eléctricos respondem de imediato às solicitações do acelerador, mas este híbrido é mais lento e progressivo. Exige habituação.
A aposta no conforto é evidente a todos os níveis. Não tem o “pisar” de outras alternativas mais dinâmicas no universo dos SUV. A direcção é bem assistida (gostávamos que fosse mais directa), mas é fácil modular a travagem sem uma interferência excessiva do sistema de regeneração de energia (regulável), mais intrusivo noutros modelos híbridos.
Guiámos este modelo nas estradas à volta de Sevilha em estradas planas, com curvas largas, que convidam a andar depressa. Nestas condições não é evidente o desempenho em curva de um modelo onde aplaudimos o conforto, mas não foi possível perceber até onde pode ir o rolamento da carroçaria em estradas mais sinuosas onde há grandes alterações ao nível do eixo de apoio.
O funcionamento do sistema híbrido i-MMD da Honda é diferente da maioria das propostas da concorrência e é o veículo que decide o modo de condução mais eficaz entre o eléctrico (EV), “Hybrid” e “Engine”, que dá prioridade ao motor de combustão interna. O condutor não é tido nem achado nas decisões do seu carro e a única coisa onde pode interferir é na maximização da utilização do modo “EV”. Carregando num botão pode prolongar a motorização eléctrica, mas ela não vai além de 2 km.
O modo EV só utiliza a carga das baterias. Em “Hybrid Drive”, o motor de combustão envia a potência para um gerador que alimenta as baterias, carregando-as ou alimentando o motor eléctrico, que move o veículo. A única ligação entre o motor de combustão e as rodas surge no modo “Engine Drive”, quando o condutor recorre ao máximo da potência.
A transmissão só tem uma relação, mas a Honda colocou patilhas atrás do volante que actuam na recuperação da energia para aumentar ou reduzir o efeito de travagem. Ao volante, registámos consumos entre os 5,9 e os 6,3 litros/100 km com a versão 4×2, um valor muito interessante para um veículo que pesa 1.672 kg.
Em termos de condução podemos dizer que gostámos da ideia, mas este Honda CR-V Hybrid exige uma habituação do condutor às características de condução (ao nível da resposta do acelerador). Foge um pouco ao habitual nos motores de combustão interna e até nos eléctricos. Mas não temos dúvidas em admitir que é um excelente familiar…
FICHA TECNICA
Motor: 2.0 + eléctrico
Cilindrada: 1.993 cc
Potência máxima: 145 cv/6.200 rpm
Binário máximo: 175 Nm/4.000 rpm
Velocidade máxima: 180 km/h
0 a 100 km/h: 8,8 s
Consumo médio: 5,3 l/100 km
Emissões de CO2: 120 g/km
Preço estimado desde: 38.500 €
+ EVOLUÇÃO. O CR-V é o SUV com grande tradição e não poderia deixar de contar com uma proposta híbrida, mesmo que esta ainda não seja do tipo “Plug in”…
– i-MMD. O sistema híbrido da Honda é interessante, para não dizer diferente e exige habituação. Para além disso, rouba espaço ao habitáculo e volume à bagageira.
Carro Elétrico: Renault Zoe chega ao Brasil com preços a partir de R$ 149.900
— Publicada em 04 de dezembro de 2018 às 16:28
O Renault Zoe, hatch compacto elétrico da marca francesa, começou a ser vendido no mercado brasileiro com preço sugerido de R$ 149.900. As duas primeiras concessionárias já foram habilitadas em São Paulo e Curitiba.
Segundo a Renault, o modelo tem 300 km de autonomia com carga completa. Além disso, ele pode ter suas baterias recarregadas em 50% após carga de 3h no wallbox da marca. Com esse valor, a opção elétrica da Renault é mais em conta que o Chevrolet Bolt (R$ 175 mil) e o Nissan Leaf (R$ 178 mil), também apresentados no Salão do Automóvel e que serão concorrentes diretos da novidade.
Já oferecido no Brasil através de parcerias com empresas públicas e privadas, o hatch compacto – assim como seu primo Nissan Leaf – nunca esteve disponível para o consumidor comum. Ainda assim, de acordo com a Renault, metade das vendas de carros elétricos no país provém de emplacamentos da marca francesa, que ainda tem os modelos Twizy e Kangoo em uso nessas condições por aqui.
A Renault ainda não explicou como será a comercialização da infraestrutura de apoio ao Zoe, como carregador doméstico ou estações de recarga rápida em locais de interesse. Porém, a simples iniciativa de sua comercialização depois de anos de presença local de forma indireta, dá ao consumidor uma nova possibilidade de automóvel com emissão zero e silêncio a bordo.