terça-feira, novembro 5, 2024
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Carregar um carro elétrico agora paga-se. Mas quanto custa? – ECO

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Há cada vez mais automóveis elétricos nas estradas. Depois de um arranque lento, as vendas destes veículos têm vindo a acelerar, perspetivando-se que a tendência seja de um aumento exponencial desta forma de mobilidade. Com a crescente adesão, chegou ao fim o projeto-piloto. E acabou-se a “borla” nos carregamentos nos postos rápidos. Agora são a pagar, mas não é assim tão simples perceber quanto custa “atestar” a bateria.

Antes de poder agarrar no carregador, é preciso dar alguns passos prévios. O primeiro é ter um cartão de um Comercializador de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME), isto porque os cartões da Mobi.e, a empresa responsável pela gestão da rede pública de carregamentos, deixaram de funcionar assim que os carregamentos deixaram de ser gratuitos nos postos rápidos — continuam a sê-lo nos postos normais, mas que demoram, em regra, oito horas a fazer uma carga completa.

Quantos CEME há? Quatro, para já. EDP Comercial e GALP Power, mas também a PRIO.E e a eVAZ são as primeiras a disponibilizarem os cartões que permitem pôr o carregador a carregar o automóvel. Estes cartões estarão, nalguns casos, associados ao contrato de fornecimento de energia que os clientes têm em casa (sendo gratuito em todos menos na eVAZ, que cobra 10 euros), sendo que cada um dos comercializadores cobra o seu valor por cada Kwh que consuma nos postos rápidos, mas também pode, em alternativa, ser cobrado um valor em função do tempo de carregamento.

Esta é a primeira parte do custo de carregamento de um carro elétrico nestes postos rápidos, mas há mais. Existe o pagamento das taxas de acesso à rede que vão variar consoante o contrato estabelecido com o CEME — e que estará indicada nesse mesmo contrato. Há taxas para contratos bi e tri-horário, variando se se carrega a bateria em vazio ou fora de vazio, na bi-horária, e em ponta, cheia ou vazio, no caso da tri-horária. E há ainda o Imposto Especial sobre Consumo que é de 0,001 euros, além do euro para a Mobi.e, que por enquanto é de zero.

Tendo estes custos em mente, chega a hora de pagar ao Operador do Posto de Carregamento (OPC). Aqui, em vez de apenas quatro como acontece nos CEME, há mais. EDP, Galp e Prio estão dos dois lados, mas juntam-se a Cepsa, a Mobileletric e a KLC. E todos têm diferentes custos. Pode haver lugar a uma taxa de ativação, mas tal como acontece nos encargos cobrados pelos CEME, também nos OPC poderá ter de pagar por cada Kwh ou então pelo tempo de carregamento.

Existem, portanto, três custos que, juntos, vão dar, finalmente, o valor final a pagar pelo carregamento num posto rápido. São muitas variáveis, nem todas simples de entender, que tornam difícil apontar para um preço definitivo pela carga rápida de um automóvel elétrico. Contudo, a Associação Utilizadores de Veículos Eléctricos (UVE) realizou algumas simulações que permitem concluir que um carregamento de 30 minutos de 15kWh com a tarifa bi-horária (fora de vazio) poderá rondar os seis euros.

Tendo em conta que a carga obtida neste período de meia hora é suficiente para conduzir durante 100 quilómetros, ao preço médio pode concluir-se que é claramente mais barato do que atestar um carro a gasolina ou a gasóleo para a mesma autonomia — a UVE estima valores de 12,00 a 9,00 euros, consoante o carro seja a gasolina ou a diesel. Contudo, estes seis euros são um preço médio que “esconde” valores que podem variar entre 3,20 euros e 9,88 euros, consoante o CEME e o OPC.

Carregar um carro elétrico num posto rápido chega quase a 10 euros

Estudo comparativo realizado pela UVE dos tarifários dos quatro CEME. Este comparativo refere-se a um carregamento rápido de 30 minutos, efetuado num PCR, para um consumo médio de 15 kWh/100 km de veículo elétrico, utilizando uma tarifa bi-horária (fora de vazio), salvo a EDP que não disponibilizou essa informação.



Híbridos têm redução de imposto e ficam até R$ 11 mil mais baratos

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O IPI para o Prius reduziu de 13% para 12%

O IPI para o Prius reduziu de 13% para 12% (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

A partir de 1º de novembro os carros elétricos e híbridos vendidos no Brasil passam a pagar menos impostos, por conta da mudanças na alíquota desses veículos. A alteração faz parte do Rota 2030, regime de incentivos fiscais do governo para a indústria automotiva.

O IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) teve faixa reduzida de 7% a 25% para 7% a 20% e são determinadas de acordo com peso e consumo energético de cada automóvel.

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Baseado no Prius de geração anterior, o Lexus CT200h foi prejudicado pelo maior peso (divulgação/)

A medida havia sido publicada no dia 6 de julho de 2018 no Diário Oficial. Até 31 de outubro os veículos híbridos eram classificados de acordo com a capacidade volumétrica do motor e os elétricos pagavam o máximo da cota, 25%.

Outra novidade, mas que ainda não surte efeito pois não existe nenhum veículo com essas característica no Brasil, é que híbridos que tenham motorização flex tenham dois pontos percentuais de desconto no IPI.

O primeiro a desfrutar desse benefício será o Prius Flex, seguido pelo novo Corolla híbrido.

Mesmo sem ser flex, o Prius atual teve diminuição de 1% no imposto, passando de 13% para 12%, por estar dentro da categoria até 1.400 kg e com limite de 1,68 MJ/km (consumo energético).

Na ponta do lápis, o híbrido da marca japonesa teria que ficar R$ 1.266 mais barato.

Ou seja, esses dois pontos a menos garantem que qualquer híbrido flex fique em uma faixa de 7% a 18%. O Prius emplacou 1.913 unidades nos primeiros nove meses do ano, de janeiro a setembro, e o sedã custava R$ 126.600.

A Toyota reduziu o valor do modelo para R$ 125.450, diferença de R$ 1.150 quando comparado ao preço anterior.

A Lexus também diminuiu o valor do NX300h para todas as versões em, pelo menos, R$ 10.000. A unidade de entrada, Dynamic, passa a ter valor de R$ 219.990 (antes era de R$ 229.990).

A versão intermediária Luxury ficou R$ 10.120 mais em conta (R$229.990) e a topo de gama, F-Sport, terá desconto de R$ 11.000, comercializada por R$ 249.990.

Na dianteira, o destaque são os novos faróis full-led do C 200 EQ Boost

Na dianteira, o destaque são os novos faróis full-led do C 200 EQ Boost (Divulgação/Mercedes-Benz)

Já o BMW i3, por exemplo, é classificado como híbrido, mesmo que a marca diga que ele é elétrico. Isso faz com que o i3 seja enquadrado na menor alíquota, de 9%. Caso seja reclassificado como carro elétrico, pagará 10% de IPI.

Veja abaixo como os veículos e onde se encaixam nas alíquotas:

BMW i3: 1.315 kg e 0,86 MJ/km – 9%
BMW i8: 1.490 kg e 1,77 MJ/km – 16%
Ford Fusion Hybrid: 1.670 kg e 1,31 MJ/km – 13%
Lexus CT200h: 1.465 kg e 1,41 MJ/kg – 13%
Lexus NX300h: 1.850 kg e 1,81 MJ/km – 20%
Mini Countryman PHEV: 1.660 kg e 1,71 MJ/kg – 19%
Porsche Cayenne S E-Hybrid: 2.350kg e 1,77 MJ/km – 20%
Porsche Panamera 4 E-Hybrid 2.9: 2.170 kg e 1,00 MJ/km – 11%
Porsche Panamera Turbo S E-Hybrid 4.8 V8: 2.310 kg e 1,12 MJ/km – 15%
Toyota Prius: 1.400 kg e 1,15 MJ/km – 12%
Volvo XC90 T8 Inscription: 2.354 kg e 1,20 MJ/km – 15%

Ainda não há informações sobre o índice de eficiência energética do Lexus LS500h, Mercedes-Benz C200 EQ Boost e CLS 53, Volvo XC60 T8 e S90 T8. Portanto, não é possível estabelecer em qual faixa eles se encaixam.

Volvo S90 T8 ainda não teve consumo energético divulgado

Volvo S90 T8 ainda não teve consumo energético divulgado (Divulgação/Volvo)

QUATRO RODAS entrou em contato com as montadoras para saber se o preço dos automóveis híbridos e elétricos sofreria alterações.

A Mercedes-Benz afirmou que, por terem sido lançados há pouco tempo  — outubro passado — “os valores anunciados de R$ 228.900 para o C 200 EQ Boost e R$ 599.900 para o AMG CLS 53 4MATIC+ já consideram o novo IPI.”

A Porsche manteve os preços praticados para Cayenne S E-Hybrid (R$ 523.000), Panamera 4 E-Hybrid (R$ 529.000) e Panamera Turbo S E-Hybrid (R$ 542.000).

A BMW disse que o estoque dos modelos i3 e i8 acabou e que está aguardando novos modelos. Porém, não haverá redução nos preços.

Lexus e Toyota afirmaram que é importante repassar aos clientes os incentivos recebidos: “Por essa razão, defendemos a importância em continuar avançando em negociações deste tipo, pois nos possibilitam trazer novas tecnologias (como os veículos híbridos) para mais próximo da realidade do consumidor brasileiro”, alegou Ricardo Bastos, Diretor de Assuntos Governamentais da Toyota do Brasil.

A Volvo anunciou que não aplicará nenhum aumento – nem redução – em sua linha de produtos em novembro, independentemente da motorização.

A Ford não enviou resposta até a publicação desta matéria.

Apesar da proposta urbana, o i3 é um carro muito confortável para a estrada

Apesar da proposta urbana, o i3 é um carro muito confortável para a estrada (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Confira abaixo as novas faixas de imposto:

Híbridos
Com eficiência energética menor ou igual a 1,10 MJ/km
Peso até 1.400 kg: 9%
Peso entre 1.401 kg e 1.700 kg: 10%
Peso maior que 1.701 kg: 11%

Com eficiência energética entre 1,11 MJ/km e 1,68 MJ/km
Peso até 1.400 kg: 12%
Peso entre 1.401 kg e 1.700 kg: 13%
Peso maior que 1.701 kg: 15%

Com eficiência energética maior que 1,68 MJ/km
Peso até 1.400 kg: 17%
Peso entre 1.401 kg e 1.700 kg: 19%
Peso maior que 1.701 kg: 20%

Elétricos
Com eficiência energética menor ou igual a 0,66 MJ/km
Peso até 1.400 kg: 7%
Peso entre 1.401 kg e 1.700 kg: 8%
Peso maior que 1.701 kg: 9%

Com eficiência energética entre 0,67 MJ/km e 1,35 MJ/km
Peso até 1.400 kg: 10%
Peso entre 1.401 kg e 1.700 kg: 12%
Peso maior que 1.701 kg: 14%

Com eficiência energética maior que 1,35 MJ/km
Peso até 1.400 kg: 14%
Peso entre 1.401 kg e 1.700 kg: 16%
Peso maior que 1.701 kg: 18%

Mini Cooper S E Countryman ALL4 plug-in híbrido

Mini Cooper S E Countryman ALL4 plug-in híbrido (Divulgação/Mini)

Novo BMW i3 é mais um carro híbrido a cair na “pegadinha” do IPI maior

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Vendido como elétrico pela marca bávara, modelo tem três versões vendidas sob encomenda que devem encarecer nos próximos dias

A nova tabela de alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos elétricos e híbridos, que passa a valer a partir desta quinta-feira (1º), vai aumentar em dez pontos percentuais a cobrança do imposto sobre o BMW i3, que hoje é de 7% e saltará para 17%.

Apesar disso, a BMW ainda não informa quais serão os novos preços do i3 — atualmente com o IPI a 7%, o compacto elétrico é vendido com preços de R$ 199.950 (Rex), R$ 211.950 (Rex Connected) e R$ 239.950 (Rex Full). Todos os valores deverão subir por conta dos 10 pontos percentuais adicionais.

A informação foi confirmada na última segunda-feira (29) por Emilio Paganoni, gerente de treinamento da marca alemã no Brasil. Embora tenha tração exclusivamente elétrica, o i3 é taxado pelo governo como híbrido, por contar com um motor de dois cilindros e 647 cm³ (0.6), a gasolina, que funciona como gerador de eletricidade, com o objetivo de estender a autonomia — vale lembrar que mesmo que não tracione as rodas, este motor gera emissões de poluentes e ainda amplia o peso do carro, alterando sua taxa de eficiência energética.

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A nova tabela define o percentual do imposto de acordo com a eficiência energética, medida em MJ/km, e o peso total do veículo. “Apesar de o novo i3 ter baterias de maior capacidade, a eficiência energética é praticamente idêntica à do modelo anterior (que é de 1,71 MJ/km)”, explica o executivo.

Combinando o índice de eficiência com o peso de 1.315 kg, chega-se ao percentual de 17% de acordo com a nova tabela, que faz parte do “Rota 2030”, o novo regime automotivo aprovado preliminarmente por comissão mista do Congresso na semana passada.

Curiosamente, por ser enquadrado como híbrido para fins tributários, o BMW i3 não recolhe os 25% atualmente cobrados de automóveis 100% elétricos — se fosse considerado elétrico “puro”, de acordo com as novas alíquotas o IPI seria de 14%, considerando peso e eficiência energética.

Divulgação
BMW i3 ganhou retoques estéticos na linha 2018, apresentada este ano; vendas são feitas sob encomenda Imagem: Divulgação



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