quinta-feira, novembro 14, 2024
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Carros híbridos ainda são pouco procurados em Brusque

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Em um ano, o número de carros híbridos (motor elétrico e a combustão) em Brusque passou de quatro para 10, de acordo com levantamento do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Ainda segundo o órgão, na região, Guabiruba tem apenas um veículo do tipo registrado e São João Batista, dois.

Apesar do crescimento, os números ainda são bastante baixos, devido, principalmente, aos custos. O valor dos veículos híbridos ultrapassa os R$ 100 mil e, mesmo com os benefícios que o modelo traz como emissão zero, nenhum ruído e baixa manutenção, poucos são os que conhecem realmente esses veículos.

Em Brusque, duas concessionárias têm modelos híbridos à venda. A Toyota, com o Prius, e a Ford, com o Fusion. O consultor de vendas da Hai Toyota, Moacir Maurici Júnior, diz que o número de vendas do Prius não é maior em Brusque porque não se tem o incentivo do governo. “Era para ser um carro mais barato, já que tem essa questão com o meio ambiente, de não poluir. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, por exemplo, estão incentivando”, diz.

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O gerente de vendas da Ford Dimas, André Gustavo Ramos, também concorda que o preço é um empecilho para as vendas dos modelos híbridos no país. O Fusion sai a partir de R$ 164 mil. Já o Prius, a partir de R$ 130 mil.

De acordo com ele, o público que procura pelo modelo híbrido da Ford é mais segmentado. “As pessoas que querem ver o Fusion já vem com muita informação, vem especificamente neste carro, porque o nível tecnológico é muito alto, além do apelo ambiental. Então só quem já conhece o carro se interessa”.

Em Santa Catarina, o número de carros elétricos e híbridos aumentou em quase cinco vezes nos últimos cinco anos. De acordo com dados do Denatran, a frota desses modelos no estado em 2014 era de 158 veículos. Neste ano, chegou a 733.

Entretanto, os ‘carros verdes’ como também são conhecidos, respondem por apenas 0,01% da frota total de Santa Catarina. Este cenário também é semelhante no Brasil, em que 0,01% da frota total do país (17.273) são veículos elétricos e híbridos.

Como funcionam os carros híbridos
A maioria dos carros híbridos que existem hoje funcionam à gasolina e eletricidade. Um carro híbrido geralmente é composto por todos os componentes de um carro elétrico completo, incluindo motor que fornece a potência para as rodas e também baterias que fornecem a eletricidade ao motor.

Junto com esses componentes, este tipo de carro também tem um motor movido a combustível, como a gasolina, que fica separado dos componente elétricos.

Ao apresentar dois motores, o carro propicia economia de gasolina, por exemplo, pois toda a força da qual o veículo depende para se locomover não vem apenas do motor a combustão.

“São dois motores no mesmo carro. Quando necessita de mais força, em uma ultrapassagem, por exemplo, automaticamente vai ligar o motor a combustão. Mas o motorista pode usar em boa parte só o motor elétrico ou os dois combinados”, diz Moacir Maurici Júnior, da Hai Toyota.

Diferente dos carros elétricos, os híbridos não precisam de recarga em posto de abastecimento elétrico, já que as baterias elétricas são recarregadas pela energia gerada pela queima do combustível.

Os híbridos são conhecidos também pela economia. “O Fusion chega a fazer 19.2 km/l na cidade e em média 17 km/l na estrada, é um carro muito econômico”, destaca o gerente de vendas da Ford Dimas, André Gustavo Ramos.

Os híbridos também são carros considerados sustentáveis, pois os veículos que possuem motores somente a combustão geram índices muito maiores de poluentes comparados a veículos que possuem também motores elétricos.

Ao utilizar o motor elétrico e a combustão de forma revezada e conforme a necessidade, o volume de gases poluentes emitidos por um veículo diminui significativamente em relação a um veículo movido somente a gasolina, por exemplo.

Diferença entre híbridos e elétricos
A principal diferença entre carros híbridos e elétricos é o funcionamento do motor. O veículo elétrico utiliza somente o motor elétrico e não possui motor por combustão como o de gasolina e álcool. Ou seja, utiliza somente a energia elétrica no lugar no combustível convencional.

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O carro elétrico possui um plugin, geralmente encontrado na frente do veículo para realizar sua recarga. Essa recarga é realizada pelos eletropostos, que possui a infraestrutura necessária para realizar a recarga da bateria do veículo elétrico.

Em Brusque, a prefeitura implantou por meio do projeto “50 parcerias municipais pelo clima” entre Brasil e Alemanha, três postes inteligentes, que entre outras funções, tem a possibilidade de recarregar carros elétricos.

Os postes estão localizados na praça Barão de Schneeburg, Sesquicentenário e também na Unifebe.



Quer um carro elétrico? Estes cinco do Salão de São Paulo já têm preço

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BMW i3, Chery eQ, Chevrolet Bolt, Nissan Leaf e Renault Zoe serão ou já estão sendo vendidos no Brasil

A oferta de veículos elétricos vai crescer consideravelmente a partir de 2019, com o lançamento de modelos como Chevrolet Bolt, Nissan Leaf e Renault Zoe, anunciados já com preço no Salão do Automóvel de São Paulo 2018. Preços ainda são acessíveis para poucos, já que o trio custará R$ 174.990, R$ 178.400 e R$ 149.990, respectivamente.

No mercado já temos o BMW i3, também exposto no Salão e que parte de R$ 199.950, mas deverá ficar mais caro nos próximos meses, por conta de ajustes no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Há, porém, a perspectiva de que a Chery consiga trazer em algum momento o “minielétrico” eQ, baseado no subcompacto QQ, a um preço próximo de R$ 50 mil. Conseguirá? Será preciso aguardar mais alguns meses para termos esta resposta.

Até lá, UOL Carros mostra em reportagem especial de João Anacleto, do canal “A Roda”, como são os cinco carros elétricos já “precificados” do Salão. Só dar o play no vídeo que abre esta reportagem. Mais abaixo, confira como foram definidos os valores de cada modelo. Confira abaixo um pequeno resumo de cada um:

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Zoe: um “Sandero elétrico”

A comparação é descabida do ponto de vista da origem dos modelos, já que o Zoe nada tem a ver com o Sandero em relação à plataforma. O ponto é que o porte do hatch elétrico é similar ao do primo de segundo grau, mas custa aproximadamente R$ 100 mil a mais. São 4,10 metros de comprimento, 2,60 m de entre-eixos, 1,84 m de largura e 1,45 m de altura.

Lançamento está programado para fevereiro de 2019, mas o modelo já é oferecido em sistema de pré-venda com sinal de R$ 3 mil. Ele virá importado da França. Motor elétrico gera o equivalente a 92 cv de potência (quase igual a um 1.2 da Peugeot-Citroën) e 25,5 kgfm de torque (o mesmo de um Golf 1.4 TSI).

Autonomia prometida é de 300 km, com recarga de 80% da bateria podendo ser realizada em 1h40min numa tomada de corrente trifásica de 22 kW. A fabricante oferecerá como opcional um carregador semirrápido para instalar na garagem, ao custo de R$ 6,8 mil.

Leaf: “anti-Golf” verde

Mais caro do trio anunciado no Salão de São Paulo, o Nissan Leaf pode justificar o preço a partir de seu porte: é sensivelmente maior do que Bolt e Zoe. São 4,48 metros de comprimento e 2,70 metros de entre-eixos. São medidas maiores até que as de um Volkswagen Golf, apesar de o modelo também poder ser classificado como hatch médio.

O Leaf já pode ser encomendado com sinal de R$ 5 mil e começará a ser entregue em algum momento do primeiro semestre do ano que vem, mas o mês de chegada ainda não está confirmado.

Com 140 cv e 32,6 kgfm, promete rodar até 390 km com uma carga e permite recarga rápida de 80% da bateria num período entre 40 e 60 minutos. Também é possível fazer uma recarga doméstica em tomada convencional de 110 ou 220 Volts, só que aí num prazo de até sete horas e meia.

Bolt: força de esportivo

Já testado por UOL Carros, o Chevrolet Bolt é o mais forte dos três elétricos com preço revelado no Salão. São 200 cv e 36,7 kgfm, índices de carro esportivo, o que o permite ir de 0 a 100 km/h em meros 7 segundos. Ao mesmo tempo, sua autonomia varia entre 350 e 430 km.

Curioso saber que tanta força esteja disponível não num hatch, mas num monovolume. Possui 4,17 metros de comprimento, 1,77 m de largura, 1,60 m de altura e 2,60 m de entre-eixos.

Não há pré-venda ou sinal. O que se sabe é que o Bolt desembarcará no Brasil no primeiro semestre do próximo ano, importado dos Estados Unidos. UOL Carros conheceu a linha de montagem do modelo este ano e contou como funciona sua produção.

i3: o diferentão

O único do grupo que já era vendido no Brasil. Também é o modelo com visual mais distinto: um hatchback altinho com portas traseiras tipo suicida, pneus bastante finos visando à eficiência energética e um motor a combustão (sim!) de 0,65 litro que funciona como gerador.

Contando só as baterias elétricas o i3 oferece 180 km de autonomia, sendo mais 150 km com o gerador a gasolina. Seu motor rende 170 cv e 25,5 kgfm, o que possibilita um 0-100 km/h em 8,2 segundos e velocidade máxima de 150 km/h.

Mede apenas 3,99 metros de comprimento e 2,57 m de entre-eixos, alcançando 1,77 m de largura e 1,58 m de altura. Cerca de um quarto do acabamento interno é formado por plástico reciclado.

Divulgação
BMW i3 Imagem: Divulgação

eQ: um elétrico popular

Ainda não está confirmado nem tem preço definido, mas executivos da Chery ouvidos por UOL Carros no Salão de SP garantem que, a depender da política de tributação adotada pelo “Rota 2030”, o novo regime automotivo brasileiro, o eQ poderia ser vendido por R$ 50 mil.

Derivado do subcompacto QQ, que todos já conhecemos no Brasil, o “minielétrico” tem meros 42 cv, metade da potência de um 1.0 moderno. Torque, porém, chega a 15,5 kgfm, nível de modelos a combustão de 1,5 ou 1,6 litro.

Autonomia prometida é de 200 km, com recarga integral das baterias feita entre 6 e 8 horas numa tomada convencional.

Murilo Góes/UOL
Chery eQ no Salão de São Paulo 2018 Imagem: Murilo Góes/UOL



Carro elétrico da JAC será o mais barato do país

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Com anúncio da chinesa, país ganhou quatro novas opções de carros elétricos com preços entre R$ 129 mil e R$ 178 mil

Dias depois do anúncio de quatro novos modelos elétricos para o mercado brasileiro, no Salão de São Paulo, um carro elétrico da JAC foi anunciado. O E40 é baseado no T40 e será a opção mais acessível entre as cinco, saindo por R$ 129.990. Ele chega às lojas em junho do ano que vem.

Com anúncio de novo carro elétrico da JAC, país ganhou quatro novas opções de carros elétricos com preços entre R$ 129 mil e R$ 178 mil.

A novidade tem motor com 115 cavalos de potência e 27 kgfm de toque, com autonomia para rodar 300 quilômetros entre recargas. O câmbio é automático. No interior, o JAC E40 conta com painel digital.

O novo carro elétrico da JAC é baseado no hatch aventureiro T40, que tem 1,75 metros de largura, 1,57 m de altura e entre-eixos de 2,49 m. O porta-malas tem capacidade para 450 litros. O pacote de baterias fica debaixo dos bancos, como é comum na arquitetura dos elétricos.

Ao que tudo indica, o modelo é o mesmo a ser lançado na China pela marca Sol, o E20X. Desenvolvido em uma parceria entre a JAC e a Volkswagen, ele fez sua estreia em abril como uma opção exclusiva à região.

O modelo recebeu um estilo ligeiramente diferente, com linhas que mostram a participação da alemã. A marca Sol é dedicada a carros elétricos.

Além deste carro elétrico da JAC, a chinesa também está estudando a possibilidade de trazer configurações elétricas de outros modelos de sua gama. Entre as opções, estariam o iEV 4, baseado sedã J3 Turin; iEV 5, baseado no J4; iEV 6, configurado como o compacto J2; e o iEV 6S, também com a base do T40.

Carro elétrico da JAC é o quarto lançamento da categoria

Com o E40, o Brasil passou a contar com quatro opções de carros elétricos com preços confirmados para o mercado. Os outros três foram apresentados durante o Salão do Automóvel de São Paulo. Alguns deles entraram em pré-venda durante o evento. Além desses, o país tem apenas o BMW i3 como opção na categoria.

Confira os valores das novidades:

JAC E40 R$ 129.990
Renault Zoe R$ 149.900
Chevrolet Bolt R$ 175.000
Nissan Leaf R$ 178.400

Toyota deverá ter Corolla híbrido flex nacional em 2020 | Salão do Automóvel de São Paulo 2018

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Além de se tornar mais eficiente e produtiva, a unidade deve ser a responsável por estrear a fabricação de veículos híbridos da empresa no país. “A fábrica ficará pronta para receber novas tecnologias”, disse o presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang, ao G1, no Salão do Automóvel de São Paulo.

O término da obra, em meados de 2020, coincide com a previsão de chegada da nova geração do Corolla. O sedã passará por uma das maiores revoluções em mais de 5 décadas de vida. Isso inclui a adoção da plataforma TNGA, já usada pelo Prius.

Uma das consequências é a possibilidade de ter motorizações híbridas, como já acontece com as versões hatch e perua, já à venda na Europa.

Por aqui, a empresa ainda não confirma que o sedã será híbrido, mas o riso sem palavras do executivo não esconde que o caminho do Corolla é esse.

Além de aliar o motor a combustão ao elétrico, o Corolla deve ser o primeiro veículo da empresa com a tecnologia híbrida e flex. A Toyota já desenvolve o sistema, usando o Prius como “cobaia”.

Toyota Prius híbrido começa testes no Brasil — Foto: Rafael Miotto/G1Toyota Prius híbrido começa testes no Brasil — Foto: Rafael Miotto/G1

Toyota Prius híbrido começa testes no Brasil — Foto: Rafael Miotto/G1

“Posso dizer que 75% dos testes estão concluídos”, afirmou Chang. Depois disso, vem a fase de homologação, que leva cerca de 6 meses.

Ou seja, além da fábrica, a Toyota terá o produto e a tecnologia já prontos para o mercado brasileiro.

Além disso, é público que a partir de 2025 todos os modelos da marca terão ao menos versão híbrida. Segundo o presidente da marca, até mesmo produtos mais baratos, como Etios e Yaris, devem receber conjuntos com motores elétricos.

Toyota Camry híbrido — Foto: DivulgaçãoToyota Camry híbrido — Foto: Divulgação

Toyota Camry híbrido — Foto: Divulgação

Antes de 2025 devem chegar outros híbridos no Brasil. Também sem confirmar uma data, o executivo da marca disse haver estudos para trazer RAV4 e Camry com a tecnologia verde. Os modelos já foram apresentados em outros mercados.

Agora, com a redução de impostos de híbridos e elétricos, a vinda dos modelos foi facilitada.

Novo Corolla hatch antecipa futuro sedã da Toyota

Novo Corolla hatch antecipa futuro sedã da Toyota

Voltando ao Corolla, Chang afirmou que ainda não foi tomada a decisão sobre “qual” será o modelo da próxima geração. Isso porque, tradicionalmente, o Corolla tem versões diferentes no americano e no europeu. Normalmente, o Brasil acompanha o veículo da Europa.

No entanto, uma coisa é certa. O Corolla perderá o jeito conservador que sempre foi sua marca. Ele deve seguir traços das versões hatch e perua, apresentadas há pouco na Europa.

SALÃO DO AUTOMÓVEL DE SP 2018

Bolt, carro elétrico da GM, chega ao Brasil em 2019 por R$ 175 mil – Época NEGÓCIOS

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Bolt EV (Foto: Divulgação)

A General Motors começará a vender seu carro elétrico Bolt no Brasil em 2019. Fabricado nos Estados Unidos, o carro será importado para venda no país.

A empresa já revelou o preço de venda do Bolt no Brasil. Se estiver interessado, é melhor preparar os bolsos. O preço do veículo deve ser de R$ 175 mil–ele é vendido por cerca de US$ 35 mil nos EUA.

O importante é que o veículo será o primeiro elétrico da GM a ser vendido no mercado brasileiro. A montadora ainda com o carro Volt em seu portfólio de elétricos. A GM não revelou expectativas de venda para o veículo no mercado nacional.

De acordo com a montadora, o carro tem autonomia de cerca de 383 km com uma única carga na bateria. Outros recursos de tecnologia estão disponíveis no carro, como um tablet com tela de 10,2 polegadas serve como computador de bordo.

A GM anunciou, no ano passado, que pretende lançar globalmente pelo menos 20 modelos de carros elétricos nos próximos cinco anos. No Brasil, o veículo concorrerá com outros elétricos e híbridos, como é o caso do BMW i3 e do Toyota Prius.

Bolt, carro elétrico da GM (Foto: Divulgação/GM)

Carregar um carro elétrico agora paga-se. Mas quanto custa? – ECO

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Há cada vez mais automóveis elétricos nas estradas. Depois de um arranque lento, as vendas destes veículos têm vindo a acelerar, perspetivando-se que a tendência seja de um aumento exponencial desta forma de mobilidade. Com a crescente adesão, chegou ao fim o projeto-piloto. E acabou-se a “borla” nos carregamentos nos postos rápidos. Agora são a pagar, mas não é assim tão simples perceber quanto custa “atestar” a bateria.

Antes de poder agarrar no carregador, é preciso dar alguns passos prévios. O primeiro é ter um cartão de um Comercializador de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME), isto porque os cartões da Mobi.e, a empresa responsável pela gestão da rede pública de carregamentos, deixaram de funcionar assim que os carregamentos deixaram de ser gratuitos nos postos rápidos — continuam a sê-lo nos postos normais, mas que demoram, em regra, oito horas a fazer uma carga completa.

Quantos CEME há? Quatro, para já. EDP Comercial e GALP Power, mas também a PRIO.E e a eVAZ são as primeiras a disponibilizarem os cartões que permitem pôr o carregador a carregar o automóvel. Estes cartões estarão, nalguns casos, associados ao contrato de fornecimento de energia que os clientes têm em casa (sendo gratuito em todos menos na eVAZ, que cobra 10 euros), sendo que cada um dos comercializadores cobra o seu valor por cada Kwh que consuma nos postos rápidos, mas também pode, em alternativa, ser cobrado um valor em função do tempo de carregamento.

Esta é a primeira parte do custo de carregamento de um carro elétrico nestes postos rápidos, mas há mais. Existe o pagamento das taxas de acesso à rede que vão variar consoante o contrato estabelecido com o CEME — e que estará indicada nesse mesmo contrato. Há taxas para contratos bi e tri-horário, variando se se carrega a bateria em vazio ou fora de vazio, na bi-horária, e em ponta, cheia ou vazio, no caso da tri-horária. E há ainda o Imposto Especial sobre Consumo que é de 0,001 euros, além do euro para a Mobi.e, que por enquanto é de zero.

Tendo estes custos em mente, chega a hora de pagar ao Operador do Posto de Carregamento (OPC). Aqui, em vez de apenas quatro como acontece nos CEME, há mais. EDP, Galp e Prio estão dos dois lados, mas juntam-se a Cepsa, a Mobileletric e a KLC. E todos têm diferentes custos. Pode haver lugar a uma taxa de ativação, mas tal como acontece nos encargos cobrados pelos CEME, também nos OPC poderá ter de pagar por cada Kwh ou então pelo tempo de carregamento.

Existem, portanto, três custos que, juntos, vão dar, finalmente, o valor final a pagar pelo carregamento num posto rápido. São muitas variáveis, nem todas simples de entender, que tornam difícil apontar para um preço definitivo pela carga rápida de um automóvel elétrico. Contudo, a Associação Utilizadores de Veículos Eléctricos (UVE) realizou algumas simulações que permitem concluir que um carregamento de 30 minutos de 15kWh com a tarifa bi-horária (fora de vazio) poderá rondar os seis euros.

Tendo em conta que a carga obtida neste período de meia hora é suficiente para conduzir durante 100 quilómetros, ao preço médio pode concluir-se que é claramente mais barato do que atestar um carro a gasolina ou a gasóleo para a mesma autonomia — a UVE estima valores de 12,00 a 9,00 euros, consoante o carro seja a gasolina ou a diesel. Contudo, estes seis euros são um preço médio que “esconde” valores que podem variar entre 3,20 euros e 9,88 euros, consoante o CEME e o OPC.

Carregar um carro elétrico num posto rápido chega quase a 10 euros

Estudo comparativo realizado pela UVE dos tarifários dos quatro CEME. Este comparativo refere-se a um carregamento rápido de 30 minutos, efetuado num PCR, para um consumo médio de 15 kWh/100 km de veículo elétrico, utilizando uma tarifa bi-horária (fora de vazio), salvo a EDP que não disponibilizou essa informação.



Híbridos têm redução de imposto e ficam até R$ 11 mil mais baratos

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O IPI para o Prius reduziu de 13% para 12%

O IPI para o Prius reduziu de 13% para 12% (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

A partir de 1º de novembro os carros elétricos e híbridos vendidos no Brasil passam a pagar menos impostos, por conta da mudanças na alíquota desses veículos. A alteração faz parte do Rota 2030, regime de incentivos fiscais do governo para a indústria automotiva.

O IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) teve faixa reduzida de 7% a 25% para 7% a 20% e são determinadas de acordo com peso e consumo energético de cada automóvel.

Leia mais

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Baseado no Prius de geração anterior, o Lexus CT200h foi prejudicado pelo maior peso (divulgação/)

A medida havia sido publicada no dia 6 de julho de 2018 no Diário Oficial. Até 31 de outubro os veículos híbridos eram classificados de acordo com a capacidade volumétrica do motor e os elétricos pagavam o máximo da cota, 25%.

Outra novidade, mas que ainda não surte efeito pois não existe nenhum veículo com essas característica no Brasil, é que híbridos que tenham motorização flex tenham dois pontos percentuais de desconto no IPI.

O primeiro a desfrutar desse benefício será o Prius Flex, seguido pelo novo Corolla híbrido.

Mesmo sem ser flex, o Prius atual teve diminuição de 1% no imposto, passando de 13% para 12%, por estar dentro da categoria até 1.400 kg e com limite de 1,68 MJ/km (consumo energético).

Na ponta do lápis, o híbrido da marca japonesa teria que ficar R$ 1.266 mais barato.

Ou seja, esses dois pontos a menos garantem que qualquer híbrido flex fique em uma faixa de 7% a 18%. O Prius emplacou 1.913 unidades nos primeiros nove meses do ano, de janeiro a setembro, e o sedã custava R$ 126.600.

A Toyota reduziu o valor do modelo para R$ 125.450, diferença de R$ 1.150 quando comparado ao preço anterior.

A Lexus também diminuiu o valor do NX300h para todas as versões em, pelo menos, R$ 10.000. A unidade de entrada, Dynamic, passa a ter valor de R$ 219.990 (antes era de R$ 229.990).

A versão intermediária Luxury ficou R$ 10.120 mais em conta (R$229.990) e a topo de gama, F-Sport, terá desconto de R$ 11.000, comercializada por R$ 249.990.

Na dianteira, o destaque são os novos faróis full-led do C 200 EQ Boost

Na dianteira, o destaque são os novos faróis full-led do C 200 EQ Boost (Divulgação/Mercedes-Benz)

Já o BMW i3, por exemplo, é classificado como híbrido, mesmo que a marca diga que ele é elétrico. Isso faz com que o i3 seja enquadrado na menor alíquota, de 9%. Caso seja reclassificado como carro elétrico, pagará 10% de IPI.

Veja abaixo como os veículos e onde se encaixam nas alíquotas:

BMW i3: 1.315 kg e 0,86 MJ/km – 9%
BMW i8: 1.490 kg e 1,77 MJ/km – 16%
Ford Fusion Hybrid: 1.670 kg e 1,31 MJ/km – 13%
Lexus CT200h: 1.465 kg e 1,41 MJ/kg – 13%
Lexus NX300h: 1.850 kg e 1,81 MJ/km – 20%
Mini Countryman PHEV: 1.660 kg e 1,71 MJ/kg – 19%
Porsche Cayenne S E-Hybrid: 2.350kg e 1,77 MJ/km – 20%
Porsche Panamera 4 E-Hybrid 2.9: 2.170 kg e 1,00 MJ/km – 11%
Porsche Panamera Turbo S E-Hybrid 4.8 V8: 2.310 kg e 1,12 MJ/km – 15%
Toyota Prius: 1.400 kg e 1,15 MJ/km – 12%
Volvo XC90 T8 Inscription: 2.354 kg e 1,20 MJ/km – 15%

Ainda não há informações sobre o índice de eficiência energética do Lexus LS500h, Mercedes-Benz C200 EQ Boost e CLS 53, Volvo XC60 T8 e S90 T8. Portanto, não é possível estabelecer em qual faixa eles se encaixam.

Volvo S90 T8 ainda não teve consumo energético divulgado

Volvo S90 T8 ainda não teve consumo energético divulgado (Divulgação/Volvo)

QUATRO RODAS entrou em contato com as montadoras para saber se o preço dos automóveis híbridos e elétricos sofreria alterações.

A Mercedes-Benz afirmou que, por terem sido lançados há pouco tempo  — outubro passado — “os valores anunciados de R$ 228.900 para o C 200 EQ Boost e R$ 599.900 para o AMG CLS 53 4MATIC+ já consideram o novo IPI.”

A Porsche manteve os preços praticados para Cayenne S E-Hybrid (R$ 523.000), Panamera 4 E-Hybrid (R$ 529.000) e Panamera Turbo S E-Hybrid (R$ 542.000).

A BMW disse que o estoque dos modelos i3 e i8 acabou e que está aguardando novos modelos. Porém, não haverá redução nos preços.

Lexus e Toyota afirmaram que é importante repassar aos clientes os incentivos recebidos: “Por essa razão, defendemos a importância em continuar avançando em negociações deste tipo, pois nos possibilitam trazer novas tecnologias (como os veículos híbridos) para mais próximo da realidade do consumidor brasileiro”, alegou Ricardo Bastos, Diretor de Assuntos Governamentais da Toyota do Brasil.

A Volvo anunciou que não aplicará nenhum aumento – nem redução – em sua linha de produtos em novembro, independentemente da motorização.

A Ford não enviou resposta até a publicação desta matéria.

Apesar da proposta urbana, o i3 é um carro muito confortável para a estrada

Apesar da proposta urbana, o i3 é um carro muito confortável para a estrada (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Confira abaixo as novas faixas de imposto:

Híbridos
Com eficiência energética menor ou igual a 1,10 MJ/km
Peso até 1.400 kg: 9%
Peso entre 1.401 kg e 1.700 kg: 10%
Peso maior que 1.701 kg: 11%

Com eficiência energética entre 1,11 MJ/km e 1,68 MJ/km
Peso até 1.400 kg: 12%
Peso entre 1.401 kg e 1.700 kg: 13%
Peso maior que 1.701 kg: 15%

Com eficiência energética maior que 1,68 MJ/km
Peso até 1.400 kg: 17%
Peso entre 1.401 kg e 1.700 kg: 19%
Peso maior que 1.701 kg: 20%

Elétricos
Com eficiência energética menor ou igual a 0,66 MJ/km
Peso até 1.400 kg: 7%
Peso entre 1.401 kg e 1.700 kg: 8%
Peso maior que 1.701 kg: 9%

Com eficiência energética entre 0,67 MJ/km e 1,35 MJ/km
Peso até 1.400 kg: 10%
Peso entre 1.401 kg e 1.700 kg: 12%
Peso maior que 1.701 kg: 14%

Com eficiência energética maior que 1,35 MJ/km
Peso até 1.400 kg: 14%
Peso entre 1.401 kg e 1.700 kg: 16%
Peso maior que 1.701 kg: 18%

Mini Cooper S E Countryman ALL4 plug-in híbrido

Mini Cooper S E Countryman ALL4 plug-in híbrido (Divulgação/Mini)

Novo BMW i3 é mais um carro híbrido a cair na “pegadinha” do IPI maior

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Vendido como elétrico pela marca bávara, modelo tem três versões vendidas sob encomenda que devem encarecer nos próximos dias

A nova tabela de alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos elétricos e híbridos, que passa a valer a partir desta quinta-feira (1º), vai aumentar em dez pontos percentuais a cobrança do imposto sobre o BMW i3, que hoje é de 7% e saltará para 17%.

Apesar disso, a BMW ainda não informa quais serão os novos preços do i3 — atualmente com o IPI a 7%, o compacto elétrico é vendido com preços de R$ 199.950 (Rex), R$ 211.950 (Rex Connected) e R$ 239.950 (Rex Full). Todos os valores deverão subir por conta dos 10 pontos percentuais adicionais.

A informação foi confirmada na última segunda-feira (29) por Emilio Paganoni, gerente de treinamento da marca alemã no Brasil. Embora tenha tração exclusivamente elétrica, o i3 é taxado pelo governo como híbrido, por contar com um motor de dois cilindros e 647 cm³ (0.6), a gasolina, que funciona como gerador de eletricidade, com o objetivo de estender a autonomia — vale lembrar que mesmo que não tracione as rodas, este motor gera emissões de poluentes e ainda amplia o peso do carro, alterando sua taxa de eficiência energética.

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A nova tabela define o percentual do imposto de acordo com a eficiência energética, medida em MJ/km, e o peso total do veículo. “Apesar de o novo i3 ter baterias de maior capacidade, a eficiência energética é praticamente idêntica à do modelo anterior (que é de 1,71 MJ/km)”, explica o executivo.

Combinando o índice de eficiência com o peso de 1.315 kg, chega-se ao percentual de 17% de acordo com a nova tabela, que faz parte do “Rota 2030”, o novo regime automotivo aprovado preliminarmente por comissão mista do Congresso na semana passada.

Curiosamente, por ser enquadrado como híbrido para fins tributários, o BMW i3 não recolhe os 25% atualmente cobrados de automóveis 100% elétricos — se fosse considerado elétrico “puro”, de acordo com as novas alíquotas o IPI seria de 14%, considerando peso e eficiência energética.

Divulgação
BMW i3 ganhou retoques estéticos na linha 2018, apresentada este ano; vendas são feitas sob encomenda Imagem: Divulgação



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