quarta-feira, outubro 9, 2024
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Startup brasileira lançará carro elétrico por menos de R$ 100 mil

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– Tempo de leitura: 1 minuto –

Encontrar um carro elétrico barato é uma missão impossível, especialmente no Brasil. Por conta disso, a maioria dos brasileiros acaba optando por modelos híbridos ou 100% movidos a combustível fóssil. Ainda assim, a possibilidade de utilizar veículos menores, mais leves e que causam menos danos ao planeta é muito atrativa. Pensando nisso, uma startup brasileira prometeu lançar um modelo elétrico por menos de 100 mil reais ainda em 2022.

O custo de um veículo elétrico no Brasil

De fato, carros elétricos são extremamente caros se comparados com outros modelos. Inclusive, é possível encontrar apenas dois modelos abaixo da faixa de R$ 150 mil: o Caoa Chery iCar e o Renault Kwid E-Tech. Para aquecer esse mercado e aumentar o número de veículos, o governo passou até mesmo a proporcionar alguns incentivos para a compra desses carros, como desconto no IPTU.

LEIA MAIS: 5 curiosidades que você não sabia sobre os carros elétricos

Então a Mileto, startup brasileira localizada no Rio de Janeiro, também se propôs a tornar esses veículos mais acessíveis. Por conta disso, a empresa oferecerá algumas opções com preços muito abaixo daqueles que as principais fabricantes possuem. A marca já anunciou 3 modelos: motocicletas que devem custar a partir de R$ 17 mil, uma picape pequena por apenas R$ 98 mil e outros carros urbanos com preços inferiores a R$ 100 mil.

Os veículos da Mileto: o carro elétrico barato

Por exemplo, a companhia irá comercializar motocicletas em três modelos: Raiden, Minato e Rivia. Cada uma delas contará com um motor com potência de 3.000 W, o que proporciona até 70 km de autonomia e velocidade máxima de 90 km/h. Segundo a empresa, motos são bem procuradas por entregadores e empresas que realizam serviços na área de vigilância. Logo, a tendência é que a demanda cresça.

Além disso, a empresa também já produz mini caminhões elétricos. Anunciados este ano, podem ser adquiridos em versões com ou sem painel de energia solar.

LEIA MAIS: Esses são os 5 carros elétricos mais baratos do Brasil – veja os valores!

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Startup brasileira promete lançar carro elétrico por menos de R$100 mil ainda em 2022 | Elétricos e Híbridos

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Atualmente, para se ter um carro elétrico é necessário desembolsar uma quantia generosa de dinheiro. Só dois veículos movidos a eletricidade custam menos de R$150 mil no Brasil. São eles o Caoa Chery iCar (R$ 149.990) e o Renault Kwid E-Tech (R$ 146.990).

Mas se depender da Mileto, startup brasileira com fábrica localizada em Porto Real (RJ), os carros elétricos devem se tornar mais acessíveis. A proposta da marca é oferecer os produtos por preços bem abaixo dos que são praticados atualmente, fazendo com que mais pessoas possam ter condições de adquirir modelos do segmento.

Até o momento, a marca anunciou três linhas de veículos movidos a bateria. As motocicletas vão custar a partir de R$ 17 mil. Já a picape pequena deve sair por R$ 98 mil. Para outubro, a Mileto prometeu divulgar mais detalhes sobre carros urbanos elétricos com preços inferiores a R$ 100 mil.

Três modelos de motocicleta elétrica da Mileto — Foto: Foto: Reprodução

A Mileto terá três modelos de motocicletas elétricas: Raiden, Minato e Rivia. Todas elas contam com um motor com potência de 3.000 W, velocidade máxima de 90 km/h e autonomia de 70 km.

Os protótipos têm sido procurados por entregadores, a exemplo da Voltz, e por empresas de serviços de vigilância e fazendeiros, para uso em áreas de cultivo.

Nomeada de Fortis, a Mileto anunciou no início desta semana seu único modelo de mini truck elétrico. O modelo também poderá ser adquirido em outra versão, com painel de energia solar, para auxiliar o carregamento das baterias. A marca também irá disponibilizar opções de customização com carroceria basculante ou baú.

O veículo tem capacidade para até 800 kg de carga, com autonomia de até 150 km. O motor tem potência de 5.000 W. Como todo veículo elétrico, o Fortis não emite CO2 e não faz barulho.

A Mileto ainda não confirmou informações como velocidade, motor, autonomia da linha de modelos urbanos. Até o momento, a marca disse apenas que serão dois modelos: Duo e Primis. Mas garantiu que pelo menos um deles custará menos de R$ 100 mil.

Para que a startup consiga oferecer os carros por um preço menor, a explicação está nos componentes chineses. Em média, um veículo deste porte usa ao todo cerca de 200 peças.

Como forma de incentivo para que a Mileto crie uma rede de clientes fiéis, a startup adiconou em sua política de vendas o chamado facelift. O mecanismo permite que o cliente atualize o layout e equipamento do veículo após alguns anos de uso, em vez de trocar por um modelo novo.

Outro meio que a marca busca para fidelizar o cliente após a primeira compra é um pacote de serviços de manutenção, monitoramento, apoio na revenda, financiamento, seguros e gestão de frotas. Mas ainda não há informações sobre concessionárias, oficinas ou vendas online.

Ainda assim, há planos ambiciosos para 2023. O primeiro é a abertura de listas de reservas para compra. O segundo é trazer outros modelos ao Brasil, como um carro movido a energua solar e um carro elétrico feiro com impressora 3D.

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Por que a BMW sobra no mercado brasileiro de carros premium? – 06/11/2022

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Há uma máxima no futebol que vez ou outra é emprestada para outros departamentos do cotidiano: “time que está ganhando não se mexe”. Vamos pegar a expressão para falar um pouco do mercado premium automotivo, que vê um líder isolado, a BMW, sobrando nessa gorda fatia do varejo. Os alemães, entretanto, desobedecem a profecia futebolística e estão mexendo no time.

A BMW tem 46,10% de market share no mercado premium brasileiro e prepara uma avalanche de lançamentos nos próximos anos para se manter na mesma posição. Claro que os executivos da marca fazem mistério sobre alguns lançamentos, mas descobrimos que as próximas chegadas por aqui serão do novo i4, um sedã médio esportivo 100% elétrico, e do novo X1 com produção nacional, na planta da Araquari (SC). Isso ainda neste ano.

“Continuaremos com uma estratégia ofensiva de lançamentos fortes em 2023. Alguns a gente não pode revelar por questão estratégica, mas esse é um dos pilares de nossa estratégia (para se manter na liderança)”, define Michele Menchini, nova diretora comercial da BMW do Brasil.

Dentro dessa estratégia bávara passa, necessariamente, a eletrificação da frota. Até 2030, 50% da gama de carros da BMW no Brasil será de carros 100% elétricos e todos os segmentos das marcas do grupo (BMW e Mini) terão ao menos um modelo recarregado na tomada.

Outra mudança que visa a manutenção da liderança nós pudemos conferir de perto recentemente no interior de São Paulo, quando testamos os novos Serie 3 (320i) e o elétrico iX3.

O sedã é o carro da marca mais vendido do mundo e no Brasil não é diferente. O 320i com as motorizações 2.0 de 184 cv e 2.0 de 292 cv para o 330 são os representantes que exemplifica a sobra da BMW no market share. Segundo números da Fenabrave, o modelo tem 57,99% do mercado de sedãs grandes no país neste ano (janeiro a setembro). Vendeu, mesmo estando em transição de linha, 3.045 unidades, bem distante do segundo colocado, o Mercedes Classe C, com 691 emplacamentos.

As mudanças na linha 2023 do sedã foram pontuais. No design, que não precisava de fato mudar, apenas detalhes nos para-choques e nos faróis. Já na cabine, a oitava geração do sistema de infoentretenimento lançada no futurista iX chegou ao sedã best-seller com uma enorme tela de 27 polegadas.

Mesmo não sendo o mais barato do segmento (R$ 307.950 a R$ 347.950), o 320i e até o 330e não deverão ter dificuldades para seguir sem olhar os concorrentes no retrovisor. A rival Mercedes caprichou no novo Classe C, mas ao colocar os dois modelos ao lado, a impressão é que o BMW está um patamar acima em esportividade (ao dirigir), imponência (no design externo) e elegância (no refinamento da cabine). Fica difícil para a concorrência chegar.

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* Colaborou Bruno Vasconcelos



Rolls-Royce Spectre: um carro elétrico de muito luxo

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Em 1900, o cofundador da Rolls-Royce, Charles Rolls, profetizou um futuro elétrico para os automóveis reconhecendo a alternativa limpa e silenciosa ao motor de combustão interna – desde que houvesse infraestrutura suficiente para apoiá-lo.

O Spectre marca o início da eletrificação completa da Rolls-Royce Motor Cars

O torque instantâneo e o funcionamento silencioso definiram as características da Rolls-Royce. Hoje, a Rolls-Royce Motor Cars cumpre essa profecia com o primeiro Rolls-Royce totalmente elétrico, o Spectre.

O Spectre marca o início da eletrificação completa da Rolls-Royce Motor Cars. Até 2030, todo o portfólio da marca será totalmente elétrico. Ao revelar o Spectre, a Rolls-Royce abre um novo precedente na criação de uma classe de automóveis totalmente original, o Ultra-Luxury Electric Super Coupé.

“Este é o início de um novo capítulo ousado para nossa marca, nossos clientes extraordinários e a indústria de luxo. Por esse motivo, acredito que Spectre é o produto mais perfeito que a Rolls-Royce já produziu” explica Torsten Müller-Ötvös, CEO da Rolls-Royce Motor Cars.

As palhetas da grade Pantheon agora são mais suaves e mais niveladas, projetadas para ajudar direcionar o ar ao redor da frente do carro. Juntamente com a tradicional estatueta Spirit of Ecstasy com design aerodinâmico, a grade torna o Spectre o Rolls-Royce mais aerodinâmico já produzido. A grade é suavemente iluminada, com 22 LEDs iluminando a parte traseira jateada de cada palheta.

A característica mais chamativa do design é o estilo Coupé da Spectre
A característica mais chamativa do design é o estilo Coupé da Spectre

A característica mais chamativa do design é o estilo Coupé da Spectre. As proporções do Spectre exigiram que os designers utilizassem rodas de 23 polegadas no modelo. Por dentro, o modelo está disponível com Starlight Doors, que incorporam 5.876 ‘estrelas’ suavemente iluminadas no teto.

O Spectre é construído sobre uma nova arquitetura de estrutura de alumínio altamente flexível, adaptada para modelos elétricos. As sofisticadas seções de alumínio e a integração da bateria na estrutura do automóvel permitem que ele seja 30% mais rígido do que qualquer Rolls-Royce anterior.

As proporções do Spectre exigiram que os designers utilizassem rodas de 23 polegadas no modelo. Por dentro, o modelo está disponível com Starlight Doors, que incorporam 5.876 'estrelas' suavemente iluminadas no teto.
As proporções do Spectre exigiram que os designers utilizassem rodas de 23 polegadas no modelo. Por dentro, o modelo está disponível com Starlight Doors, que incorporam 5.876 ‘estrelas’ suavemente iluminadas no teto.

Foi criado um canal para fiação e tubulação de controle climático entre a bateria e o piso, proporcionando um perfil de piso completamente liso. Isso não apenas cria uma cabine envolvente, mas também utiliza a bateria, que pesa 700kg, como isolamento acústico.

A suspensão, como em todo Rolls-Royce é adaptativa e integrada com uma série de sensores, que fazem a leitura da superfície de onde o Spectre trafega para oferecer a marca registrada da Rolls-Royce: o ‘passeio de tapete mágico’.

Elétrico, Rolls-Royce Spectre promete desempenho de V12 e passa de R$ 2 milhões
Elétrico, Rolls-Royce Spectre promete desempenho de V12 e passa de R$ 2 milhões

Os números finais de potência, aceleração e alcance ainda estão sendo refinados, pois o ajuste fino do Spectre está em fase final. Dados preliminares mostram que o Spectre terá um alcance estimado de até 416 quilômetros (ciclo EPA) e terá 900Nm de torque no seu motor, que rende 577cv. Estima-se que o modelo acelere de 0 a 100km/h em 4,5 segundos.

Com muitos meses de testes e otimização do Spectre ainda pela frente, esses números estão sujeitos a alterações antes da confirmação oficial antes do lançamento no mercado no quarto trimestre de 2023. Posicionado entre o Cullinam e o Phantom, o Rolls-Royce Spectre custará a partir de US$ 413.500 (R$ 2,1 milhões na cotação do dia).

Honda introduziu o conceito de um carro elétrico futurista e: N2

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Na China International Import Expo, a Honda apresentou oficialmente o conceito de veículo elétrico e:N2, que foi desenvolvido como parte do projeto e:N Design anunciado anteriormente. A aparência do liftback elétrico reflete a identidade corporativa da Honda, que mais tarde será transferida pelos engenheiros da empresa para outros carros e:N Design.

Fonte da imagem: Honda

Nesta fase, a montadora não divulgou as características técnicas do conceito apresentado. Sabe-se que a plataforma e:N Architecture F, uma arquitetura inteligente para veículos elétricos, que possui o potencial computacional necessário para garantir uma condução confortável em diferentes situações, tornou-se sua base.

O carro elétrico contará com tecnologias avançadas, incluindo o sistema proprietário de assistência ao motorista Sensing 360, baseado em câmeras e sensores especiais. A produção em série do veículo baseado no conceito e:N2 está programada para começar em 2024. O custo do futuro carro elétrico não foi anunciado.

«A Honda acelerará suas iniciativas de eletrificação em toda a cadeia de valor, incluindo P&D, compras, fabricação, vendas e pós-venda, e continuará a expandir sua linha de produtos e:N para lançar 10 veículos totalmente elétricos até 2027”, disse o chefe da Honda. Tecnologia. Co. Toshihiro Mibe.



O que é pior para o meio ambiente: o carro elétrico ou a etanol?

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O que é ser “verde” na economia global? Dito de outra forma, como se define se a atividade econômica de um país ou de uma empresa é sustentável? Pois saiba que, hoje, os parâmetros que dão corpo a tais respostas estão a anos-luz de um consenso. E foi justamente com a missão de redefinir as métricas globais vigentes que um grupo de pesquisadores brasileiros desembarcou no balneário de Sharm el-Sheikh, ao sul da Península do Sinai, no Egito.

Ali, onde ocorre o principal encontro climático deste ano, a 27ª sessão da Conferência das Partes, a COP27, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), esses especialistas querem mostrar ao mundo que as regras atuais embutem distorções. E essas deformidades, alegam os técnicos de instituições como a Fundação Getulio Vargas (FGV) e a Embrapa, favorecem os países desenvolvidos em prejuízo das nações em desenvolvimento – notadamente, daquelas com forte pendor para a agropecuária, como é o caso do Brasil.

E qual a possível consequência dessa distorção? “As réguas usadas para medir quem é sustentável ou não vão definir quem ganha ou perde no mercado global”, diz Daniel Barcelos Vargas, coordenador do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo, que participa da COP27. Em entrevista ao Metrópoles, Vargas listou quatro temas que devem ser debatidos com prioridade no que chama de “atualização’ do conceito de verde”.

Carro elétrico ou a etanol?

A Europa deve proibir a produção de carros com motor a combustão a partir de 2035. Boa notícia para o ambiente? “Em termos”, pondera Vargas. “Para chegar a essa resposta, precisamos observar todo ciclo de vida desse produto. Isso significa saber quanta energia é gasta na produção das baterias e quantas termelétricas poluentes são ativadas para carregá-las.” Feitas tais contas, nota o pesquisador, o veículo elétrico lança 92 gramas de CO2/km na atmosfera. “E o carro flex brasileiro emite a metade disso, dada a nossa matriz de energia limpa”, frisa. “Existem vários estudos que destacam virtudes da nossa tecnologia e experiência. O etanol brasileiro pode ser uma referência para o transporte limpo em outros países”.

Calculadoras “viciadas”

Estudo realizado pela Embrapa Meio Ambiente constatou que, alterados os parâmetros vigentes, a emissão de gases do efeito estufa (GEE) provocada por três culturas agrícolas brasileiras é muito inferior ao estimado atualmente. Ela cai 97% no caso da cana, 85% no da soja e 38% no do milho. “A diferença ocorre porque as regras atuais consideram que houve mudança no uso do solo nas regiões de plantio”, diz Vargas. “Ou seja, partem do princípio de que tais áreas eram florestais e, nos últimos 20 anos, passaram a ser agrícolas. E ignoram que o país é vasto e diverso, cultiva duas ou três safras sobre o mesmo espaço, e possui imensidão de terras degradadas”

Petróleo ou alimentos?

Hoje, os países produtores de petróleo despontam na contabilidade mundial de emissões de gases do efeito estufa como menos poluentes do que as nações que produzem alimentos, caso do Brasil. “A regra existente é a seguinte: quem produz e exporta petróleo não emite. A emissão entra na conta do país que consumiu o óleo”, diz Vargas. “Em contrapartida, uma nação que produz alimentos é classificada como emissora, mesmo que exporte toda produção. Como resultado, considerados os atuais parâmetros, uma economia estruturada na extração de óleo e gás é muito mais ‘verde’ do que outra, baseada na agropecuária. E essa diferenciação é arbitrária, não tem fundamento científico robusto.”

Boi no cocho ou no pasto?

Na pecuária europeia, o gado é confinado e os produtores atenuam o impacto da emissão de gases do efeito estufa – principalmente, metano – alterando a alimentação dos animais. Essa mudança, considerada um benefício à produção, habilita tais pecuaristas a vender créditos de carbono. No Brasil, como a criação ocorre num pasto, a variação nutricional não acontece. “Daí, surge o paradoxo”, diz Vargas. “O europeu mantém o boi sobre uma placa de concreto, mexe na nutrição e pode ser subsidiado. Já o produtor brasileiro cria o animal num pasto, sobre uma placa de fotossíntese que absorve CO2, e não tem direito ao mesmo crédito.”

E por que é importante alterar os critérios que definem o que é sustentável na economia global? Diz Vargas: “Os países e empresas considerados ‘verdes’ vão receber créditos e, em contrapartida, quem emite gases do efeito estufa vai pagar a conta. Aliás, isso já está acontecendo e cada vez mais vai interferir na competitividade das economias.” Como se vê, há muito o que se discutir em Sharm el-Sheikh.

O que é um carro híbrido? | Como funciona, vantagens e preços no Brasil

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Embora não sejam mais novidades, os carros híbridos ainda geram algumas dúvidas no consumidor brasileiro, que reluta bastante na hora de comprar um desses modelos — mesmo tendo condições para isso. São veículos que, no geral, estão posicionados em segmentos de alto padrão e que oferecem aos seus compradores não apenas a vantagem de serem econômicos e menos poluentes, mas também muito bem equipados e modernos.

Com a iminente eletrificação dos automóveis em um médio prazo, os carros híbridos devem ser aqueles que as pessoas utilizarão como porta de entrada para esse novo universo. Isso deve acontecer porque, além de serem um pouco mais baratos do que os 100% elétricos, são veículos em que ainda não dependeremos apenas das baterias para o funcionamento, evitando problemas como descarregamento ou simplesmente aquele que é a maior das dificuldades quando pensamos em Brasil: infraestrutura.

O que é um carro híbrido?

Um carro híbrido é um veículo que, para se locomover, utiliza dois tipos de motorização: elétrica e a combustão. Entre os híbridos, porém, existem algumas diferenças, como os híbridos-leves, os híbridos convencionais e os híbridos plug-in. Por isso, antes de decidir comprar um carro desse segmento, é bom pesquisar bastante para não ser surpreendido. Por mais que o Brasil não seja uma referência no mercado eletrificado, existem muitas opções por aqui.

Os híbridos-leves são aqueles em que um pequeno motor elétrico de 11 kW com tensão de 15V, 30V ou 48V que atua apenas em arrancadas e frenagens, dando ao automóvel um pouco mais de agilidade e economia de combustível. Além disso, parte da energia gerada pelo propulsor zero emissão é transferida para outras partes do veículo, como ar-condicionado, sistema de som e até mesmo para os pacotes de segurança.

Bons exemplos de carros híbridos-leves à venda no Brasil são o Mercedes C200 EQ Boost e o Land Rover Range Rover Evoque.

Os híbridos convencionais, ou full hybrid, são automóveis em que o motor elétrico já “invade” mais o funcionamento do carro e dividem a responsabilidade de locomovê-lo com o propulsor a combustão. A bateria é um pouco maior do que a instalada em variantes leves, o que proporciona, por exemplo, alguns momentos de locomoção 100% elétrica, como em velocidades baixas ou quando o carro está em velocidade de cruzeiro na estrada.

Os exemplos de carros 100% híbridos são muitos e, ao menos no Brasil, os mais procurados e vendidos são o Toyota Corolla, Toyota Corolla Cross e o Honda Accord.

Os híbridos plug-in, por sua vez, são aqueles carros que mais se aproximam de um modelo 100% elétrico. Por aqui temos baterias que passam dos 10 kWh e proporcionam a esses veículos a condição de se locomoverem por grandes distâncias e a uma boa velocidade somente com abastecimento da bateria e de seus propulsores zero emissão. Por mais que custem mais do que os demais estilos de carros hibridizados, são esses veículos que oferecem mais vantagens do ponto de vista de desempenho e economia de combustível.

Os modelos que se enquadram nesse tipo de hibridização são os Volvo XC40 e S60, BMW 520e, Volkswagen Golf GTE e Mini Countryman S E.

Quais as vantagens de um carro híbrido?

A vantagem óbvia em se ter um carro híbrido é a economia de combustível. Em um país onde os combustíveis estão cada vez mais caros, contar com um veículo eletrificado não apenas ameniza os gastos de reabastecimento como também é mais benéfico ao meio ambiente no longo prazo, já que as emissões de gases são bem menores e acabam compensando a poluição na fabricação das baterias.

Para ilustrar bem essa situação, tomemos como exemplo o Toyota Corolla Hybrid, o primeiro carro híbrido-flex do mundo. Nos testes realizados pelo Canaltech, quando abastecido com o combustível de cana, o sedã fez médias de 14km/l na cidade. Já com gasolina, isso foi ainda melhor, com algo na casa dos 20 km/l. Com esse consumo, ele se coloca como um dos modelos mais econômicos do país, mais até do que carros 1.0 e subcompactos.

Mas, além da questão ambiental e econômica, os híbridos geralmente são carros gostosos de guiar e que, em alguns casos, trazem desempenho idêntico ao de modelos considerados esportivos. Um exemplo claro é o Golf GTE, a versão híbrida plug-in do Golf GTI, um dos carros mais icônicos da montadora alemã. A variante eletrificada, por aqui, consegue ter quase a mesma performance do clássico a gasolina, mesmo pesando bem mais (1524kgs contra 1317kgs), com 0 a 100 km/h em apenas 7,6 segundos, contra 7s do 2.0 turbo.

Além de tudo isso, os carros híbridos são, geralmente, bem seguros e com bom pacote de equipamentos por estarem sempre posicionados como topos de gama de suas respectivas linhas.

Custam caro, mas valem a pena

Os carros híbridos, infelizmente, são bem caros e ainda precisam se popularizar mais no Brasil. Atualmente, os modelos mais vendidos desse segmento são os fabricados pela Toyota, mais especificamente o Corolla e o Corolla Cross, que desfrutam da boa fama da montadora japonesa em ser uma fabricante confiável e que não vai trazer dores de cabeça extras em um produto tão claro.

Em breve, outras montadoras devem lançar modelos híbridos convencionais para competir com a Toyota, casos de Kia e Volkswagen, por exemplo. Até lá, os japoneses seguirão dominando esse segmento com alguma facilidade. Um Corolla Hybrid pode ser encontrado a partir de R$ 170 mil, enquanto o Corolla Cross não sai por menos de R$ 189 mil.

Já nos segmentos mais premium, o domínio do mercado segue com a Volvo, que lidera com folga as vendas de SUVs híbridos plug-in com uma linha extremamente bem pensada e luxuosa, com o XC40, XC60 e o XC90. Por aqui, os preços podem variar de R$ 270 mil a R$ 540 mil.

Clássico e elétrico? Carro de 1949 recebe tecnologia da Tesla; veja o resultado

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Já respondemos aqui que é possível converter qualquer carro em elétrico. A Icon é uma empresa americana que ficou famosa justamente pelo trabalho artesanal de adaptar tecnologias modernas em clássicos da indústria automotiva. Um dos seus projetos mais recentes foi feito sob encomenda para o comediante e colecionador de carros Jay Leno.

O modelo modificado foi um Mercury Coupe fabricado em 1949. A principal diferença fica por conta do motor, que deu lugar a dois propulsores da Tesla.

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O veículo com tração traseira ganhou um par de motores elétricos que gera 678 Nm de torque instalados no lugar da transmissão manual de 3 velocidades.

“O motor elétrico duplo fornece o equivalente a 400 cavalos de potência e velocidade máxima de 190 km/h. A recarga completa se dá em 1,5 horas e um sistema de gerenciamento protege as baterias contra sobrecarga”, diz a página da Icon.

No espaço onde ficava originalmente o motor a combustão, a empresa instalou parte do sistema de refrigeração e alguns módulos de bateria (o restante, como de costume nos EVs, fica sobre o eixo traseiro).

Imagem: Icon/Divulgação

O fundador da Icon, Jonathan Ward, comentou que a ideia era criar um visual parecido com o de um carro V8 embaixo do capô. Uma maneira de agradar os fãs de carros antigos e, ao mesmo tempo, otimizar a distribuição de peso.

Ao todo, a capacidade de bateria do carro é de 85 kWh, o que oferece até 320 km de autonomia, estima Ward. O sistema de refrigeração com compressor de ar condicionado gerencia e mantém as temperaturas da bateria, motor e demais componentes controladas.

Como outros modelos modificados pela companhia com sede na Califórnia, o Mercury 1949 ganhou ainda um chassi personalizado com suspensão e freios mais modernos.

Carro de 1949 recebe tecnologia da Tesla.
Imagem: Icon/Divulgação

A pintura, no entanto, foi mantida na mesma condição de quando o veículo foi comprado por Leno do antigo proprietário.

Popular entre os customizadores de carros, as mudanças de estilo mais drásticas foram a suspensão mais rebaixada e as rodas de 18”, que usam calotas originais.

Um dos plugues de carregamento fica escondido atrás da placa. Imagem: YouTube/Reprodução

Para manter a pegada de carro antigo, as luzes de neblina originais foram refeitas com iluminação de LED. Duas porta de recarga para os plugues CHAdeMO e Tesla Supercharger foram escondidas atrás da placa frontal e no compartimento de abastecimento original do automóvel.

Interior do Mercury Coupe modificado. Imagem: YouTube/Reprodução

Por fim, no interior, o estofamento de couro foi envelhecido para combinar com o resto do visual.

Imagem principal: YouTube/Reprodução

Via: Jay Leno’s Garage

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Conheça os 11 carros híbridos que serão lançados no Brasil em 2022 | Elétricos e Híbridos

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Ofuscados pelos vários e importantes lançamentos de carros elétricos ao longo de 2021, os modelos híbridos devem voltar a ser destaque em 2022. Ao longo do ano, são esperadas 11 novidades de nove marcas diferentes.

Entre elas, versões inéditas e eletrificadas dos Jeep Compass e Renegade e do Honda HR-V, a estreia da BYD, com o Qin Plus e o retorno do Volkswagen Tiguan. Confira abaixo cada uma dos carros híbridos que serão lançados em 2022.

Caoa Chery Tiggo 8 Pro segue a identidade visual apresentada no Tiggo 7 Pro — Foto: Divulgação

O maior SUV da fabricante sino-brasileira é o próximo modelo a receber uma versão topo de linha com o sobrenome Pro. Além do visual exclusivo, o Tiggo 8 Pro será o primeiro híbrido da marca. O lançamento está previsto para o ano que vem.

O Tiggo 8 Pro tem dianteira redesenhada, com faróis mais afilados e grade hexagonal com diversos elementos cromados na parte inferior. O interior tem acabamento mais caprichado que o da versão vendida atualmente no Brasil.

A maior novidade é o conjunto mecânico. O SUV vendido na China combina um motor 1.5 turbo de 156 cv a outros dois elétricos, um em cada eixo. Dotado de tração integral, a Chery afirma que o Tiggo 8 híbrido acelera de 0 a 100 km/h em menos de 5 segundos. Mais surpreendente ainda é a promessa do consumo de combustível: mais de 100 km/l.

BYD Qin Plus tem porte de Toyota Corolla, mas visual bem mais ousado — Foto: Divulgação

A fabricante chinesa não terá apenas carros elétricos no Brasil. O Qin Plus, primeiro híbrido da BYD desembarca no país no segundo semestre de 2022.

Apesar do nome incomum, o modelo é um sedã com visual arrojado, cheio de tecnologia e que promete consumo de até 142 km/l. A média, porém, é bem mais baixa, mas ainda surpreendente: 26 km/l de gasolina.

Ele combina um motor 1.5 turbo que roda no ciclo Atkinson com um elétrico. Números de potência e torque não foram divulgados. Nas medidas, o Qin Plus é um pouco maior que um Toyota Corolla. São 4,77 metros de comprimento e 2,72 m de entre-eixos.

Honda HR-V híbrido roda até 17,2 km/l — Foto: Divulgação

O consumo de combustível nunca foi o ponto forte do HR-V, ainda que alguns rivais fossem bem piores nesse aspecto. Com a segunda geração, que já roda em testes no Brasil e deve estrear no ano que vem, isso deve mudar.

A Honda pode trazer ao país a versão híbrida do SUV. Seria o segundo dos três eletrificados prometidos pela fabricante japonesa até 2023.

O HR-V híbrido compartilha o moderno conjunto mecânico com o Accord. Há um 1.5 i-VTEC aspirado a gasolina de quatro cilindros que gera 131 cv e 25,8 kgfm a 4.500 rpm e outros dois elétricos. Um traciona o carro, e outro gera energia.

A Honda não divulga a potência combinada do conjunto. Até porque quase nunca os motores trabalham em conjunto tracionando o veículo. Um número mais importante é o consumo. De acordo com a fabricante, ele é capaz de rodar 17,2 km com um litro de gasolina.

Novo Hyundai Tucson tem desenho ousado, em linha com o restante dos modelos da Hyundai — Foto: Divulgação

A nova geração do Tucson estreou em 2021 e deve pintar no Brasil já em 2022. Ele inaugura a nova identidade visual da marca, caracterizada principalmente pelos faróis de LED integrados à grade, também adotada no Creta vendido no exterior.

A melhor notícia para o Brasil é que, além das versões a combustão, o Tucson será oferecido em uma variante híbrida. Ela combina o motor 1.6 turbo com um elétrico de 60 cv para entregar 230 cv e 35,7 kgfm.

Jaguar F-Pace híbrido roda até 59 km apenas com o motor elétrico — Foto: Divulgação

O Jaguar F-Pace PHEV já aparece no site brasileiro da fabricante. O lançamento, porém, será logo no início de 2022. Na linha do SUV, a versão híbrida plug-in será posicionada logo abaixo da esportiva SVR. Isso significa que seu preço ficará acima dos R$ 537.950 do R-Dynamic SE, mas abaixo dos R$ 740.950 do SVR.

O modelo combina um motor 2.0 a gasolina de 296 cv com outro elétrico, de 141 cv. No modo elétrico, é possível rodar até 59 km. A bateria de 17,1 kWh leva cerca de 30 minutos para ser recarregada de 0 a 80% em um aparelho da empresa.

Jeep Compass 4xe tem um motor a combustão e um elétrico — Foto: Divulgação

Compass e Renegade híbridos foram prometidos pela Jeep para 2020. Com a pandemia e a escassez de peças, os planos acabaram adiados e a chegada da dupla deve ocorrer apenas em 2022.

O primeiro a ser lançado é o Compass. Ele combina o já conhecido motor 1.3 turbo – derivado do Firefly nacional – com um elétrico, instalado no eixo traseiro. Dessa forma, a Jeep consegue a tração integral, batizada pela marca de 4xe.

Existem dois níveis de potência. Na versão intermediária, são 190 cv. Já a topo de linha chega aos 240 cv e promete um ótimo desempenho, principalmente para um SUV médio. Nos dois casos, o Compass híbrido pode rodar cerca de 50 km usando apenas o motor elétrico.

Jeep Renegade 4xe tem poucas diferenças visuais para as demais versões — Foto: Autoesporte

O Renegade híbrido tem exatamente as mesmas motorizações do “irmão maior”. A principal diferença é que a autonomia no modo elétrico é um pouco menor, de 42 km.

Sua chegada deve ocorrer em um segundo momento, mas ainda em 2022.

Ainda não estão definidas as versões do Renegade 4xe. Porém, é possível imaginar que a Jeep escolha a menos potente para não “canibalizar” o Compass 4xe. Nesse caso, o motor 1.3 turbo tem 130 cv e é combinado com um elétrico de 60 cv montado no eixo traseiro.

Nova geração do Kia Niro tem mais de uma motorização híbrida — Foto: Divulgação

A Kia vai aumentar sua linha de modelos eletrificados no Brasil. Depois de lançar o híbrido leve Stonic já no final de 2021, outros dois modelos estão confirmados para o ano que vem. O primeiro deles é o Niro, que acabou de ter a nova geração revelada na Coreia do Sul.

Em muitos mercados, o novo Niro será oferecido em diferentes níveis de eletrificação: híbrido, híbrido plug-in (que pode ser carregado na tomada ou em carregadores) ou elétrico. As especificações ainda não foram confirmadas.

Para o Brasil, a Kia deve escolher entre a versão híbrida e a híbrida plug-in.

Kia Sportage é um dos carros mais bem sucedidos da marca coreana — Foto: Divulgação

A nova geração do Sportage, um dos carros de maior sucesso da Kia no Brasil, está confirmada. Ele chega em 2022 com um sistema híbrido leve – o mesmo que equipa o Stonic.

Entretanto, o motor a combustão será maior e mais potente. É um 1.6 turbo a gasolina de 179 cv, associado ao câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas.

A quinta geração do Sportage foi mostrada em junho e tem inspiração visual no EV6, SUV elétrico que também deve dar as caras no Brasil em 2022.

Mercedes-Benz C300 já foi lançado, mas entregas começam apenas em janeiro — Foto: Divulgação

O Classe C 2022 já foi apresentado pela Mercedes-Benz, inclusive com os preços. Porém, as entregas só começam em janeiro. Assim, ele se torna parte desta lista. As duas versões disponíveis são dotadas de conjuntos com um sistema híbrido leve.

A de entrada, C200, alia um 1.5 turbo de 204 cv e 30,6 kgfm de torque com um gerador elétrico. Já na topo de linha, C300, avaliada por Autoesporte, o motor é um 2.0 turbo de 258 cv e 40,8 kgfm. Além dele, há um propulsor elétrico para auxiliar a reduzir o consumo em até 10%, apesar de não tracionar o carro.

Volkswagen Tiguan Allspace voltará ao Brasil com versão híbrida plug-in — Foto: Divulgação

A Volkswagen decidiu não comprar a briga com o Jeep Commander e tirou o Tiguan Allspace de linha do Brasil logo depois da chegada do concorrente. Só que o confronto será inevitável em 2022. Isso porque a versão atualizada do VW chegará importada do México.

Entre os destaques, a inédita versão híbrida. Só que o conjunto já é conhecido dos brasileiros, uma vez que equipava o Golf GTE oferecido por pouco tempo no Brasil.

Seus 245 cv e 40,8 kgfm de torque combinados vêm do motor a gasolina 1.4 turbo de 150 cv, que trabalha em conjunto com o propulsor elétrico de 116 cv. Eles são gerenciados por uma caixa automatizada de dupla embreagem de seis marchas. A bateria de 9,2 kWh permite ao Tiguan rodar 49 km apenas com eletricidade.

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Carro elétrico polui mais do que um a combustão?

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Em Fernando de Noronha estão proibidos os automóveis com motor a combustão. Só pode rodar carro elétrico. Tem lá um “papa-vento” (torre de geração eólica) que fornece 10% da energia elétrica consumida na ilha. Os outros 90% por um gerador a diesel. Então, os carros não emitem gases poluentes. Mas, ao recarregar a bateria, estão poluindo muitas vezes mais que um carro flex abastecido com etanol.

VEJA TAMBÉM:

Publicamos, há alguns dias, uma matéria com duras críticas feitas por especialistas norte-americanos ao Hummer EV, um jipe elétrico gigantesco da GM que pesa mais de 4 toneladas e com mais de 1.000 cv de potência.

Além do monstrengo representar um perigo no caso de um acidente com outro veículo (ou pedestre), ele não tem nada de ecológico pois emite volume maior de CO2,  o abominável gás do efeito estufa) que um Malibu, sedã médio da GM.

Dois motivos

Fomos então questionados por dezenas de internautas, como é possível um  elétrico poluir mais que outro a combustão. Este é um engano frequente: achar que um carro a bateria tem emissão zero. Por dois motivos:

  1. A fabricação de ambos (combustão e bateria) resulta na emissão de gases poluentes. Entretanto, a produção do elétrico emite muitas vezes mais, principalmente pelas baterias;
  2. Como no exemplo de Fernando de Noronha, a poluição de um carro elétrico é simplesmente deslocada do escapamento para o local da usina geradora de energia. E no caso dos EUA, 60% dela vem de fontes fósseis como carvão, gás ou diesel.

Exatamente o problema do Hummer: a poluição dupla do meio ambiente: para fabricá-lo e para recarregar sua gigantesca bateria. No caso do Brasil, nossa geração de energia elétrica é predominantemente “limpa”, mas há que se considerar um outro fator: um carro híbrido flex abastecido com etanol polui menos do que um carro elétrico.

Fabricação já polui

Mesmo um carro elétrico sendo recarregado somente com energia “limpa” (nosso caso), ele só compensa o que emitiu enquanto foi fabricado depois de rodar de 100 mil a 200 mil km, dependendo de seu peso, volume de baterias e eficiência.

Mas, o carro movido por baterias pode poluir menos que outro a combustão? Sim, desde que se reduza drasticamente a emissão de gases durante sua produção e também com fontes de eletricidade “limpas”. Caso contrário, estaremos “enxugando gelo”.

O caso do Hummer EV é típico do non sense norte-americano. Da insensatez elevada à enésima potência e ponto fora da curva da eletrificação veicular. Mas o mercado dos EUA é apaixonado por estes monstrengos, não importa serem antiecológicos e colocar em risco outros veículos em seu entorno.

Até o presidente Joe Biden (simpático à GM) teceu loas aos seus elétricos, mas mesmo especialistas norte-americanos como David Zipper (da Harvard Kennedy School) sugerem que o governo dos EUA adote uma posição contrária a monstrengos como o Hummer EV.

Eles criticam a falta de regulamentação para proibir a fabricação destes gigantes sobre rodas que em nada contribuem para o esforço da indústria automobilística mundial em reduzir a poluição ambiental.

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