Mesmo com o sistema de recarga em plena expansão, ainda existem vários gargalos e, diferentemente do que ocorre nas viagens em veículos a combustão, uma jornada com veículo elétrico exige uma cuidadosa preparação prévia.
Isso porque, apesar do amadurecimento tecnológico e operacional das redes de recarga, que já podem ser encontradas, em tempo real, nos aplicativos das principais operadoras (veja abaixo), ainda existem eletropostos desconectados da internet e fora dos mapas dos apps.
De acordo com Bernardo Durieux, CEO da Voltbras, startup de desenvolvimento de sistemas para eletromobilidade, esse cenário será simplificado até o final do ano, quando a empresa disponibilizará uma funcionalidade inédita no mercado nacional, o planejador de rotas que, em primeiro momento, estará disponível para os aplicativos da EDP e Wecharge. A tecnologia utiliza um algoritmo validado na Europa, configurado para o Brasil, e leva em consideração modelo do veículo, destino, número de ocupantes, temperatura do dia e relevo da estrada. Dessa forma, conseguirá indicar se o carro chegará ou não ao destino e ainda estimará o tempo parado para recargas.
Falta integração
Outro desafio para quem viaja de carro elétrico é a falta de unificação das informações em apenas um aplicativo. “O roaming está sendo o maior desafio das redes de recarga, atualmente. Estamos promovendo encontros para que as empresas possam discuti-lo e colocar em prática a interoperabilidade. Quem ganha é o usuário, pois terá maior previsibilidade e comodidade para se deslocar”, complementa Durieux.
Elétrico ou híbrido? Qual é a melhor opção? Apesar da falta de infraestrutura e de raros incentivos, a eletrificação de automóveis no Brasil é realidade. Os números ainda são tímidos: segundo a Anfavea, foram vendidos no ano passado 34.990 veículos eletrificados (híbridos e elétricos), 77% mais que no ano anterior.
Isso representa só 1,8% de participação no mercado, contra 1% em 2020. Deste total, só 2.860 são elétricos – de qualquer modo, um crescimento de 257% sobre 2020.
E hoje já temos ao menos 25 elétricos à disposição. Nesta edição especial (clique para saber mais), com elétricos e híbridos do começo ao fim, trazemos testes e informações dos cinco modelos mais vendidos em 2021 (lista ao lado) em cada nível de eletrificação, com exceção de híbridos leves, pelo motivo explicado adiante, e avaliações exclusivas de alguns carros que estão chegando ao Brasil.
É até controverso híbridos leves, ou mild hybrids, terem benefícios como redução ou isenção de impostos e liberação de rodízio de veículos. O ranking dos modelos mais vendidos é dominado por modelos importados e gastões – SUVs enormes ou carros esportivos que, mesmo com o sistema, gastam muita gasolina e não têm nada de ecológico.
Entre os cinco da lista, só o novato Kia Stonic poderia ser chamado de “eco-friendly”. Para quem usa o carro principalmente na cidade e não quer gastar mais dinheiro em um híbrido completo, os híbridos leves podem ser uma solução. Ajudam a poupar (pouco) dinheiro com combustível e poluir (um pouco) menos no anda e para do trânsito diário.
Os híbridos completos são os “verdadeiros” híbridos, resultantes da determinação da Toyota de desenvolver, na década de 1990, um sistema de dupla propulsão. E é ela que domina o mercado brasileiro hoje, pois foi a única a investir no desenvolvimento de modelos nacionais, agora oferecidos a preços bem pouco superiores aos das versões a combustão – é por isso mesmo que o sedã Corolla e o SUV Corolla Cross, derivado dele, representaram quase 60% das vendas de híbridos no Brasil em 2021.
São modelos recomendados para quem usa o carro principalmente na cidade, onde eles mostram maior benefício na redução de consumo, pois reaproveitam a energia que seria desperdiçada em desacelerações e frenagens, usando-a na sequência.
Isso resulta em cerca de metade do tempo com o motor a combustão desligado e consumo urbano acima de 20 km/l com gasolina. Na estrada, em velocidade constante, a redução de consumo é menor, mas ao menos não é preciso se preocupar com a autonomia – nem com instalar um carregador em casa, como com os híbridos plug-in.
A vantagem dos híbridos plug-in, ou plugáveis, em relação aos “comuns” é que as baterias maiores deixam rodar distâncias mais longas no modo elétrico. Mas, para isso, é essencial que sejam carregados na rede elétrica. Carregando em uma tomada comum ou em um wallbox (em quatro horas) e rodando de 30 a 60 km por dia, dependendo do modelo, dá para passar muito tempo sem usar gasolina (o motor a combustão só será acionado em subidas fortes e acelerações com “pé na tábua”).
Já ao usar um híbrido plugável no modo híbrido, as marcas de consumo, enquanto houver carga na bateria, são melhores que nos híbridos comuns, chegando a 50 km/l ou mais. Mas, quando a energia elétrica acaba, o consumo piora.
Se você roda até 50 quilômetros entre as recargas, vai facilmente fazer médias de mais de 20 km/l, mesmo pegando estrada. Mas, depois disso, o consumo é até pior do que nos híbridos comuns. Estes modelos são indicados, portanto, para quem não faz muitas viagens longas, e só para aqueles que podem carregá-los sempre.
Apesar de alguns teoricamente rodarem mais de 600 quilômetros com uma recarga, os elétricos puros, a bateria, não servem bem a viagens longas. Na prática, a autonomia é sempre muito menor que a declarada: alguns modelos dificilmente rodam mais que 200 ou 300 quilômetros em condições normais e com ar-condicionado ligado.
Além disso, ainda não dá para depender dos raros carregadores públicos, que sempre podem estar ocupados quando você chegar. Assim, os carros 100% elétricos são recomendados hoje no Brasil para uso apenas urbano – ou, se muito, para quem roda no máximo 200 a 300 quilômetros por dia ou viagem, dependo do modelo, e tem wallbox em casa – leia mais aqui (na tomada comum, a carga pode levar mais de um dia).
Carros 100% elétricos não resolvem o problema do trânsito e, a depender do modo de produção e da origem da energia para recarga, ainda deixam suas pegadas de carbono por aí. Apesar disso, contribuem para a redução das emissões de gases e da poluição sonora. Essas vantagens são conhecidas por poucos, e a maior barreira é o preço: já há bastante interesse pela tecnologia.
Segundo o portal Webmotors, as buscas por esse tipo de veículo cresceram 23% na comparação entre o primeiro semestre deste ano e o mesmo período de 2021. Esse consumidor, contudo, não tem encontrado pechinchas.
O carro elétrico mais em conta à venda no Brasil é o Renault Kwid e-Tech, que custa R$ 147 mil. É um modelo diminuto, que não traz ajuste de altura do volante nem luxos como ar-condicionado automático ou partida por botão. Por esse valor, é possível comprar um SUV flex da moda com todos esses itens e mais espaço.
Esse Kwid que não queima gasolina é ruim? Se for comparado a outros subcompactos, a resposta é não. A conclusão veio após dois dias ao volante do modelo, que tem câmbio automático e se comporta muito bem no trânsito pesado. Mas diante de rivais de mesmo preço, fica muito atrás em conforto. O “luxo” é não emitir fumaça.
O custo elevado não é exclusividade do Brasil. A falta de componentes gerada pela crise sanitária atrasou os planos de eletrificação das montadoras em um momento de maior interesse pelos produtos. Há desejo, mas faltam opções.
Em maio de 2021, a Transport & Environment (federação europeia de transporte e meio ambiente) divulgou um estudo que apontava para a redução acentuada dos preços de acordo com o ganho de escala.
Segundo a pesquisa, um automóvel compacto elétrico seria mais barato que seu equivalente a gasolina já em 2027. O agravamento da crise dos semicondutores colocou a previsão sob dúvida, mas ainda há esperança.
Quem já investiu em micromobilidade elétrica tem obtido bons resultados. Laurent Barria, responsável pelo marketing global da marca Citroën, disse que a produção do compacto elétrico Ami não está dando conta da demanda na Europa.
Trata-se de um modelo de dois lugares que nem é chamado de carro, mas atendeu aos desejos tanto de quem deseja comprar como dos que querem apenas compartilhar. O preço ajuda: na França, custa o equivalente a R$ 40 mil.
Segundo o executivo, a série especial Ami Buggy teve seu estoque de 50 unidades esgotado em 18 minutos. As vendas foram feitas pela internet.
Esse é um raro caso em que veículo elétrico não é associado ao topo do mercado. Essa elitização dos produtos é vista também na disponibilidade dos pontos de recarga.
Davi Bertoncello, CEO da Tupinambá Energia, lembra que muitas das tomadas estão em shoppings premium, em que se veem carros que custam mais de R$ 600 mil plugados em pontos gratuitos. O preço cobrado é basicamente o valor do estacionamento.
Ele calcula que o Brasil tem um déficit de 4.000 carregadores públicos, e o aumento da oferta deve vir acompanhado da tarifação do serviço.
Hoje a Tupinambá tem alguns carregadores que funcionam mediante pagamento, mas o preço não ultrapassa os R$ 2 por kWh. Dessa forma, reabastecer as baterias de um Porsche Taycan Turbo S (R$ 1,1 milhão) custaria, no máximo, R$ 187. No caso do Renault Kwid E-Tech, a recarga que permite rodar cerca de 290 km sairia por R$ 54.
Com os luxuosos Tan e Han lançados no Brasil, ambos com preço ao redor dos R$ 500.000, a chinesa BYD se prepara para lançar novos modelos mais acessíveis no mercado nacional.
A marca agora foca, primeiro, em trazer híbridos ao país, apostando na criatividade para ser competitiva. Para depois, planeja o lançamento de elétricos mais acessíveis.
O próximo lançamento da marca será o BYD Song, que, conforme apurou QUATRO RODAS, será lançado em agosto. O SUV médio virá em versão híbrida plug-in, capaz de rodar até 50 km em modo elétrico, graças à bateria de 9,9 kWh.
O motor 1.5 aspirado de 111 cv atua tanto para tracionar o carro quanto para recarregar as baterias e alimentar o motor elétrico. Já o motor elétrico de 180 cv e 32,3 kgfm impulsiona o SUV na maior parte do tempo. Também existe uma versão com motor elétrico traseiro, compondo a tração integral, que soma 198 cv e 33,2 kgfm.
Desse modo, a BYD conseguirá vender um produto com boa performance e capaz de atender a maioria dos deslocamentos diários sem gastar gasolina. No caso de viagens mais longas, por exemplo, o condutor pode queimar gasolina e recarregar o carro, mantendo o desempenho do motor elétrico ou, se disponíveis, recorrer a eletropostos no caminho.
Sem o peso e custo das baterias mais fartas de híbridos plug-in e elétricos puros, o BYD Song poderá ter preços pouco acima dos R$ 250.000 – ou quase R$ 100.000 a menos que o Jeep Compass 4xe, que tem tração 4×4 e 240 cv. Teria preços próximos do Compass diesel.
Seria o híbrido plug-in mais barato do Brasil. Mas há um segundo rival importante que será lançado poucos meses depois, o Great Wall Haval H6, que roda até 200 km sem gastar gasolina. Mas sua bateria maior poderá pesar no preço final.
Outros pontos fortes do Song são os 2,76 metros de entre-eixos (o Compass tem 2,64 m) e o design diferente de outros modelos do segmento, com linhas que remetem ao sedã Han.
Continua após a publicidade
Crente na força dos sedãs, a montadora também trabalha para lançar um sedã médio híbrido, embora o modelo escolhido ainda não tenha sido definido.
Assine as newsletters QUATRO RODAS e fique bem informado sobre o universo automotivo com o que você mais gosta e precisa saber. Inscreva-se aqui para receber a nossa newsletter
Cadastro efetuado com sucesso!
Você receberá nossa newsletter todas as quintas-feiras pela manhã.
A aposta natural é no Qin Pro, que inclusive foi flagrado em testes no Brasil. Mas uma reviravolta não é descartada, uma vez que o mercado chinês acaba de receber o Destroyer 05, evolução da linha Qin – que ainda inclui o Qin Plus.
Um pouco maior que o Toyota Corolla, o BYD Destroyer 05 é menos potente que o Song, devendo ser lançado com aproximadamente 200 cv, mas híbrido e com extensor de alcance. Seu preço estimado ficaria em torno de R$ 200.000 e, caso venha, a marca pode evitar que seu modelo mais barato esteja defasado em relação ao mercado do chinês.
Carro de aplicativo
Outro carro que a BYD testa no Brasil com segundas intenções é o monovolume D1. Ele foi criado em parceria com a gigante chinesa DiDi, dona do app 99 para ser um veículo exclusivo para motoristas da plataforma.
Compartilhe essa matéria via:
Ele já está em testes no Brasil, onde tem chances de ser o carro elétrico de entrada da BYD. Isso, mesmo que seu foco seja no público corporativo, como é o caso do furgão elétrico eT3.
O BYD D1 tem 4,40 m de comprimento, 1,85 m de largura, 1,65 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. Foi criado para ser espaçoso por dentro e versátil. O painel é todo vertical com informações concentradas na central multimídia, o espaço traseiro é amplo e a porta traseira direita é corrediça, com abertura elétrica, enquanto a da esquerda é convencional.
Seu desempenho é limitado pelo motor elétrico de 130 cv que o permite chegar a uma máxima de 130 km/h. A bateria de 70 kWh garante autonomia de até 418 km, mas há opção de 53 kWh para rodar até 371 km com uma única carga.
A BYD poderia estar em busca de uma empresa de mobilidade para financiar um lote do D1. Foi o que aconteceu no México, onde 1.000 unidades do BYD D1 desembarcaram para serem usados pela empresa de locação Vemo. Parte desses carros, inclusive, serão usados pela Uber.
Continua após a publicidade
Quatro Rodas pelo menor preço do ano!
Assinando um dos títulos Abril você também tem acesso aos conteúdos digitais de todos os outros* Lançamentos, comparativos, notícias e o conteúdo certo para cuidar bem do seu carro ou escolher melhor o próximo.
*Acesso digital ilimitado aos sites e às edições das revistas digitais nos apps: Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Placar, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH. **Pagamento único anual de R$52, equivalente à R$1 por semana.
O chinês Logigo Lliro já está disponível no mercado brasileiro por um preço de R$ 70 mil. Por esse valor o consumidor tem um alcance de 100 km por carga completa. Além da compra, os interessados também podem adquirir o modelo através de um plano de assinatura de R$ 2 mil.
Conheça o Logigo Lliro, o carro elétrico de R$ 70 mil e 100 km de alcance
Imagine poder comprar um carro elétrico no mercado brasileiro por R$ 70 mil, até parece algo irreal, uma vez que o carro mais barato do Brasil e com propulsão a combustão tem preço de R$ 65.890, um Fiat Mobi Like. No entanto, há uma pegadinha no novo modelo.
Por mais que o modelo pareça interessante inicialmente, devido ao valor bem mais reduzido que os atuais carros elétricos mais baratos do Brasil, o Caoa Chery iCar e o Renault Kwid E-Tech, a compra do veículo chinês se restringe para locomoção indoor, ou seja, não pode rodar em vias públicas do país.
VEJA TAMBÉM
O carro não está equipado com itens obrigatórios por lei no país, como freios ABS e airbags frontais. Por esse motivo, seu uso em vias públicas é proibido e fica restrito apenas para locais como condomínios fechados, estacionamentos de estabelecimentos comerciais e demais locais fechados.
Ou seja, de forma geral, como a própria marca explica, o carro chega para ser uma solução mais equipada no comparativo com os carrinhos de golfe, que são usados nesses ambientes citados.
No mercado nacional, é possível encontrar os carrinhos de golfe por valores superiores a R$ 100 mil. Dessa forma, o Logigo Lliro chega para ser uma alternativa mais acessível e completa, uma vez que trata-se de um carro fechado e mais equipado.
Conheça o modelo
O modelo tem capacidade para acomodar até quatro passageiros, incluindo o motorista. Sua carroceria não possui muitos detalhes, mas tem personalidade. Os faróis são em Led unidos pela grade frontal fechada, enquanto o para-choque ocupa grande para da frente do veículo.
O carro conta com rodas de liga leve, rack de teto, spoiler acima da tampa do porta-malas e lanternas mais compactas.
No quesito dimensão, ele tem 3,50 metros de comprimento, 1,54 metros de largura, 1,52 metros de altura e um entre-eixos com 2,30 metros.
Já no interior o destaque fica por conta das telas de 10” unificadas. Além disso, ele tem botão de partida por botão, e bancos com acabamento em couro sintético.
Em relação ao motor, o modelo é equipado com um motor de 3500 Watts, que gera potência de 5 cv. A velocidade máxima é de 42 km/h e a autonomia é de 100 km. Por fim, o carregamento do modelo pode ser feito através de tomadas convencionais.
Clique aqui e aperte o botão “ Seguir” para você ser o primeiro a receber as últimas informações sobre este assunto no seu celular!
Os carros híbridos são os responsáveis por popularizar os eletrificados no mercado nacional. Porém, há diferenças no modo de propulsão entre os modelos vendidos, veja quais são eles.
Entenda as diferenças no modo de ação dos carros híbridos
Os veículos elétricos estão em constante crescimento no mercado nacional. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, 2022 teve o melhor mês de março da série histórica da ABVE, as vendas de veículos eletrificados leves no Brasil cresceram 115% no primeiro trimestre de 2022, chegando a 9.844 unidades, contra 4.582 no mesmo período de 2021.
Os 3.851 emplacamentos de eletrificados em março representam aumento de 106% sobre março do ano anterior (1.872) e de 12% sobre fevereiro de 2022 (3.435).
VEJA TAMBÉM
Março foi também o terceiro melhor mês da série histórica, só superado por dezembro e agosto de 2021, (respectivamente, 4.545 e 3.873 emplacamentos).
O desempenho do primeiro trimestre confirma o bom momento da eletromobilidade no Brasil, que entra no terceiro ano seguido de sólido crescimento, em contraste com a queda nas vendas domésticas totais.
A frota total de eletrificados leves no Brasil é de 86.986 veículos (janeiro de 2012 a março de 2022).
Mantendo-se a tendência atual, a frota eletrificada poderá chegar a 100 mil veículos já no final deste semestre.
Carros híbridos dominam o setor
De acordo com a entidade, os híbridos representaram 73% das vendas de eletrificados em março (2.825, de 3.851) e 68% no primeiro trimestre de 2022 (6.711, de 9.844). No entanto, há diferenças no tipo de propulsão da categoria.
Atualmente há algumas diferenças nos tipos de propulsão dos carros híbridos, entenda quais são elas:
Híbrido-paralelo: Nesse primeiro caso, como o próprio nome já diz, os motores a combustão e elétrico funcionam de forma paralela, ou seja, um não depende necessariamente do outro. Ambos são usados para tracionar as rodas do veículo.
Híbrido-série: Já nos carros híbridos-série o sistema de funcionamento é diferente, onde apenas o motor elétrico é usado para impulsionar as rodas, e o motor a combustão tem a função de alimentar a bateria do propulsor elétrico.
Híbrido-misto: Já em veículos onde o propulsor é híbrido-misto, é possível utilizar os dois motores de forma alternada. Nesse caso, o próprio sistema do carro avalia as condições de rodagem, como a velocidade, por exemplo, e seleciona o melhor modo de condução a ser aplicado.
Em alguns veículos, a seleção também pode ser feita pelo próprio condutor através do painel de controle ou de algum botão seletor no console central do carro.
E como funcionam os veículos híbridos plug-in?
Além dos sistemas citados acima, os carros híbridos podem ser plug-in, ou seja, são modelos onde a forma de alimentação das baterias é feita através de uma tomada que através do cabo de alimentação pode carregar o gerador do propulsor elétrico.
Dessa forma, além do modo de regeneração, usados pelos modelos da Toyota, por exemplo, onde não há um sistema de carregamento externo, há carros como o Volvo XC60 Recharge onde as baterias são carregadas através desse sistema externo.
Atualmente, os veículos híbrido plug-in podem ser carregados em uma tomada doméstica, Wallbox, e sistema de carregamos rápidos, geralmente instalados em locais públicos. Entenda as características de cada um deles.
Clique aqui e aperte o botão “ Seguir” para você ser o primeiro a receber as últimas informações sobre este assunto no seu celular!
Assim como a Xiaomi, a Foxconn está firme com a ideia de fazer carros elétricos. A fabricante do iPhone (da Apple) apresentou um novo modelo por meio da sua divisão automobilística Foxtron, criada após fusão com a montadora chinesa Yulon Motor, em 2020. Trata-se do hatch Model B, cuja revelação acontecerá no próximo dia 18 de outubro.
Sem dar muitos detalhes da novidade (vídeo abaixo), a marca com sede em Taiwan apostará, a princípio, em um modelo compacto, com porte de Volkswagen ID.3 e companhia. Assim, acredita-se também que a marca esteja se antecipando ao esperado elétrico acessível prometido pela Tesla.
O hatch vai aparecer primeiro como carro-conceito, mas a versão de produção deve chegar na sua terra natal já em 2023. Em seguida, em 2024, a Foxconn planeja lançar o Model B nos Estados Unidos. Cabe ressaltar que a empresa trabalha no desenvolvimento de um centro de produção de veículos em Ohio (EUA), no complexo que pertenceu à GM. A previsão de conclusão das instalações também está prevista para daqui a cerca de dois anos.
Mezzo chinês, mezzo italiano
Terceiro veículo elétrico apresentado pela Foxtron (após o SUV Model C e o sedã Model E), o Model B, bem como os demais modelos, destaca-se pelo design da Pininfarina.
Ele tem as colunas traseiras bem largas, tal como no VW ID.3, e tem luzes de LEDs que vão de uma ponta a outra da carroceria – tanto na frente quanto atrás. O Model B tem 4 portas e, de acordo com a Foxtron, usa a plataforma modular de veículos elétricos da empresa MiH. Essa arquitetura é a mesma dos Model C e E. Ou seja, o novato deve ter autonomia de 700 km.
Especula-se que o Foxtron Model B terá versões com um e dois motores. Este último, portanto, terá tração integral. A princípio, o modelo não será a única novidade da Foxtron. No dia 18, a empresa vai revelar a picape elétrica Model V. A marca diz que será “a primeira picape elétrica multifuncional feita em Taiwan”. Pelo vídeo (veja aqui), não dá para ter tanta dimensão. Contudo, o Model V parece ter porte médio, próximo ao da Toyota Hilux.
O Jornal do Carro está no Youtube
Peugeot New 208 Active 1.6 AT
Preencha seus dados abaixo e em breve um consultor Peugeot entrará em contato.
Newsletter Jornal do Carro
Receba atualizações, reviews e notícias do Jornal do Carro diretamente no seu e-mail.
Trocar de carro. Chega o momento em que você percebe que ficou tempo suficiente com aquele veículo e que talvez seja hora de se despedir dele, deixa-lo seguir por novos caminhos e, entusiasmadamente, permitir a outro ocupar uma vaga na sua garagem e no seu coração (afinal estamos conversando com amantes de carros).
Seja por qualquer motivo: problemas, tempo de uso, desejo pessoal, medo da desvalorização… todos nós ficamos ansiosos com o momento de um carro diferente entrar para a nosso vida. Vindo de um Ford Fusion Hybrid, carro cheio de predicados, porém (muito) desvalorizado em nosso mercado eu pensava seriamente em ir para um Volvo, isso quando 200 mil reais compravam um Volvo.
Com os preços em alta projetados pela crise econômica, problemas nas cadeias de produção e o apetite voraz das montadoras, obtivemos uma mistura com consequências explosivas nos preços dos carros. E no meio de todo esse processo: lá estava eu diante de um dilema.
Não queria gastar muito mais que os 200 mil em um veículo e, depois da perda enorme de dinheiro no veículo anterior, estava querendo apenas um veículo confortável, confiável, com bom motor, acabamento decente, seguro e que tivesse uma boa revenda. Ok. Talvez fosse demais para qualquer carro ter todas essas qualidades. Mas se há no Brasil uma marca em que a fama chega, ao menos perto disso, essa empresa é a Toyota. Famosa, bem aceita, com excelente reputação e gozando de um prestígio maior que algumas marcas bem mais caras.
Eu estava saindo de um veículo eletrificado e gostaria de continuar ali. Além disso: em Brasília, onde moro, os carros híbridos e elétricos possuem isenção de IPVA. Então ali estava a solução: a Toyota estava eletrificando todo o seu portfólio. A época eram detentores, inclusive, do posto de carro híbrido mais barato do Brasil com o Corolla Sedan e também da única fabricante com um motor Flex Híbrido (não que isso seja necessariamente uma vantagem).
Ok, eu sabia do freio de pé, do cano de descarga horroroso e do motor fraco da versão híbrida. Mas talvez, apenas talvez, isso não fosse o suficiente para desabonar o carro completamente. Pensando eu que ele teria todos os outros atributos por mim desejados: ali estava a solução!
O Corolla sedan teria sido minha primeira escolha. Isso se não fossem os inúmeros relatos de problema com a central multimídia da Wings. Em vários sites há reclamações de lentidão, travamento e de uso praticamente impossível do aparelho. Um problema da falta de chips. Além disso não estava disposto a abrir mão do CarPlay (indisponível na “Wings”).
Assim, apesar de ter resistido a onda dos SUVs até aqui, me entreguei a situação: um apaixonado em sedans, me rendendo a moda do momento. Não que eu ache o Corolla Cross um SUV raiz, afinal ele é apenas cerca de 1 cm mais alto que o sedan, mas todo o porte do veículo leva a crer que estamos em um, famigerado, modelo “altinho”.
Assim, em dezembro de 2021 – me associava ao grupo de toyoteiros. Fechava aquele que seria o pior negócio que poderia ter feito. Mas naquele momento: eu não sabia disso.
O período era de escassez e, portanto, a Toyota não possuía o veículo em estoque, assim como quase todas as outras marcas de veículo – um efeito da falta de chips no mercado. Haviam me oferecido a possibilidade de receber o carro em Janeiro, porém com uma multimídia “instalada na concessionária”. Já precavido após o desastre da central do Corolla sedan eu recusei e falei que aguardaria a central original.
Eu estava a pé, após ter vendido meu veículo anterior a um terceiro. Receber o carro o quanto antes poderia me salvar de alguns problemas de logística relacionados a minha profissão. Mas eu não estava disposto a receber essa “central instalada na concessionária”.
No mês de fevereiro, após avisarem que o carro havia chegado – lá fui eu receber o veículo na concessionária. A fama era a de qualidade dos produtos Toyota e uma assistência e pós venda de primeira. Acho que isso deve ter sido em outros tempos. Apesar de ter esperado pela central multimídia original, lá estava uma maravilhosa central multimídia da Multilaser – que (de acordo com o vendedora) é sinônimo de qualidade no mercado nacional (!).
Ao ser questionada a vendedora me informou que a central “original “não seria mais disponibilizada em nenhum Corolla Cross. Em outras palavras: se quiser é essa aí. Fiquei a pé por uma promessa que me foi feita na compra e mesmo assim me entregaram algo diferente do “acordado”.
Eu deveria ter recusado o veículo, mas realmente estava tentando ao máximo me convencer de que valeria a pena. Pelo menos tinha Apple CarPlay e Android Auto sem fio. Melhor que nada não é verdade? Não foi bem assim. O responsável pela entrega não sabia nada dessa nova central e me orientou a dar uma olhada no manual (como se eu realmente não fosse pensar nisso sozinho). Só que não tem manual. Existe apenas um guia rápido acessado pela própria central. Inconsciente disso: lá fui eu no meu novo Toyota Corolla Cross XRX Hybrid powered by Multilaser.
Com o tempo eu fui percebendo a enrascada em que havia entrado e fui, finalmente, sentindo aquilo que a Toyota parece pensar de seus consumidores: um trouxa.
Lá estava o famoso cano de descarga “marmita” pintado pela metade. De longe já percebia o desalinhamento das peças na carroceria (que também dava pra ver nos outros veículos espalhados pelo showroom no dia da compra). O design, apesar de não ser chamativo, é bem acertado e eu diria: o ponto mais interessante do veículo.
Apesar de ser apenas 1 cm mais alto que o sedã, o uso de artifícios estéticos (como as barras plásticas nas laterais) faz o carro parecer mais alto. Há um conjunto frontal totalmente em LEDs com DRL, mas na traseira somente lanternas convencionais, o que dá uma empobrecida no visual traseiro. Alguns relatam ainda que não há harmonia entre a traseira e a dianteira. Mas estética é ponto altamente pessoal e pra mim, ele é sim um carro muito bem resolvido, assim como o Corolla sedan.
Ok. Eu sabia que o carro não era perfeito, mas pelo menos eu teria um carro confortável e seguro. Nas primeiras semanas percebi que havia algo de errado com o banco. Tentei posicionar de todas as maneiras, porém estava tendo uma dor nas costas que associei a falta do ajuste lombar. Pensei: devo ter ficado mal acostumado com o meu carro anterior, mas bastou uma busca no Google pra achar diversas reclamações.
Alguns chegaram a desmontar o banco e modifica-lo pra ser suportável passar mais tempo ali. Vi gente, inclusive, que cogitou ser um erro de projeto. Não há posição confortável se for dirigir por um tempo maior. Se gostaria de um veículo confortável: o banco se tornou um tormento.
A cabine não é bem isolada. Enquanto em outros veículos existe até cancelamento de ruído, no Toyota Corolla Cross há bastante ruído externo. Por vezes cheguei a verificar se os vidros não estavam abertos, tamanho o desconforto. Imagino como será nas versões mais baratas do carro que, impressionantemente, não possuem manta acústica no motor.
Outras comodidades também vão mostrando que o conforto não foi exatamente uma prioridade. Esqueceu o vidro aberto? Volte, ligue o carro e suba os vidros. Fechamento remoto? Só comprando por fora e mandando instalar. Não sabe se precisa calibrar o pneu? Passe no posto mais próximo e verifique, não há sensor nenhum nas pneus. Não há sistema de refrigeração nos bancos e nem aquecimento.
Freio de estacionamento eletrônico: sem chance. Quer carregar o celular enquanto dirige? Compre o carregador sem fio vendido pela Toyota ou se acostume a usar a única entrada USB do veículo (o que não faz sentido ao se verificar que o CarPlay é sem fio). Se sobre itens básicos não temos, quem dirá Park Assist (disponível em automóveis mais baratos), headup display, alerta luminoso de colisão frontal e tantos outros que podem tornar o carro muito mais requintado.
O painel de instrumentos divide espaço entre mostradores analógicos e uma tela com as demais informações. Disponível inicialmente apenas na versão topo de linha, atualmente também é disponibilizado para a versão intermediária. É interessante, tem uma boa resolução, porém não chega nem perto do painel de instrumentos totalmente digital disponibilizado no Corolla Cross de primeiro mundo, em todos os seus concorrentes diretos e mesmo em veículos de entrada de outras montadoras.
O teto solar é do tipo comum, o mesmo que víamos em carros das décadas passadas. O acionamento tem a função 1 toque e possui cortina. Teto panorâmico? Apenas no modelo de primeiro mundo.
Há sistema de acesso sem chave, mas os sensores estão apenas nas portas dianteiras. Economiza-se dois sensores atrás. Para abrir as portas traseiras: abra primeiro as portas dianteiras ou use a chave. Entrou? O espaço interno não surpreende, digo inclusive que achei inferior a outros modelos da mesma categoria. Os passageiros no banco de trás vão bem (se for em dupla) – Um trio vai ficar bem apertado.
Ainda no quesito conforto: o famoso e criticado freio de pé. O maior problema é que vindo de um carro que acionava o freio de estacionamento automaticamente ao se colocar o veículo em D, várias vezes esqueci o carro apoiado apenas no câmbio. Além disso é comum eu entrar no carro, liga-lo e começar a acelerar somente lembrando que não há destravamento automático do freio após um “solavanco” do veículo.
Mas junte o banco sem ergonomia e esse freio de pé: diga adeus a suas costas. Acostuma-se com tudo na vida, é claro. Mas será que nos acostumaremos a pagar caro por isso?
Certo. Não deveria ficar decepcionado. Apesar de não ser um primor no quesito conforto, o carro possuía um bom motor (característica da Toyota), correto? Enganado novamente. Não que eu possa ter tido qualquer impressão sobre a qualidade construtiva dele, mas o motor realmente é fraco.
Até 60 km/h desenvolve bem (muito provavelmente devido ao auxilio do motor elétrico), porém após isso perde força e deixa aquela sensação de carro pesado que vemos frequentemente em veículos de baixa cilindrada. Não deve ser um problema para as pessoas que usam o carro na cidade, mas para viajar se torna uma tortura (os que lembram do EcoSport 1.0 vão ter uma boa noção).
Pense assim: um Renault Kwid vai de 0-100 em cerca de 13 segundos e se você se esforçar pode tentar ultrapassa-lo (não na subida) e conseguir, afinal o 0-100 dos dois é igual. Também não fique triste ao ver vários veículos de entrada ultrapassa-lo como se fossem grandes esportivos. Liberte-se da pressa. Aliás: tente não pisar muito na estrada. Ele consome mais (assim como todo híbrido), mas o pequeno tanque de combustível (de apenas 36 litros) pode acabar deixando você na mão.
O carro não é tão confortável assim, o motor não é exatamente potente, mas o carro deve ser bem mais seguro. Certo? Acho que nesse ponto do texto a resposta já deve ter ficado clara. O primeiro conselho que dou a alguém que se dispõe a dirigir um Corolla Cross é: não confie nos sensores. Muito frequentemente eles não “apitam” diante de obstáculos ou apitam somente quando já se está próximo demais. Uma distração e lá se foi a sua pintura (ou a do veículo do vizinho).
A direção é bem acertada, o volante tem uma boa pegada, os controles são de fácil acesso (nada daquela famigerada alavanca atrás do volante para o piloto automático como na Hilux). Porém, enquanto até veículos de entrada tem ganhado piloto automático adaptativo, a Toyota trouxe um veículo com o ACC funcionando apenas acima de 30 km/h.
Se você pensa no melhor uso do ACC (no trânsito): desista – esse veículo não vai lhe trazer esse conforto. Pelo menos o sistema de manutenção de faixa funciona muito bem e é capaz de realmente segurar o veículo na faixa, sem as mãos (se as faixas forem bem visíveis).
Em diversos canais de análise a falta de suspensão Multilink é tida como imperceptível. Não é bem assim. Foi adotada uma antiquada suspensão com eixo de torção que, além de ser bem mais dura ao passar por irregularidades e quebra-molas (principalmente para os passageiros da segunda fileira), é também menos segura.
Otimista como sou, pensei: o carro não é tão confortável, o motor não é uma grande maravilha, ele é inferior ao sedan em segurança. Mas deve ter um acabamento “Toyota”. É, caros amigos amantes de carro, a resposta já é a esperada.
A economia é tanta que até o acabamento do painel é de couro apenas na parte direita do motorista e passageiro. Do lado esquerdo do volante: uma peça plástica imitando couro. A parte de cima do painel: plástico rígido – já preparando-se para ranger com o uso. As portas também são apenas parcialmente cobertas por material soft touch e couro.
As maçanetas são simples e os comandos de trava são os mesmos utilizados desde o início dos anos 2000. Não é possível acessar as configurações de travamento das portas – somente na central original (que não veio no carro).
A cor do couro segue a máxima dos anos 90: no mais caro couro claro. Nas versões inferiores: couro escuro. Sem outra opção. Nessa versão há LEDs espalhados no piso e portas do interior do veículo para uso noturno: mas são bem fracos. Se você não colocar seu dedo ali perto pra ver, é capaz de passar despercebido. No teto: luzes halógenas convencionais – amareladas.
Junte a isso as rebarbas em algumas peças plásticas, os gaps entre as peças da carroceria e o escapamento pintado pela metade e você tem um veículo com acabamento (na minha opinião) bem abaixo do mediano ou aceitável.
No fim das contas, se você deseja realmente esse Toyota compre sem medo: nos EUA ou Europa. Lá você vai ter um carro mais confortável, seguro, tecnológico, potente e consideravelmente mais barato. Por aqui ficamos com esse veículo adaptado para terras brasileiras e para o exigente público nacional. Compre aqui no Brasil e tenha exatamente a mais completa percepção daquilo que a Toyota pensa de nós: valemos menos que os outros países, somos menos exigentes, aceitamos qualquer coisa.
Talvez fosse uma escolha mais interessante se custasse bem menos do que custa. Justiça seja feita o carro não é uma decepção completa. Na verdade a maior parte dos problemas dele estão relacionados ao posicionamento da marca para o veículo. Se parar pra pensar: seria um carro bem interessante se fosse bem mais barato.
Ele não se comporta e não entrega o que se esperaria de um SUV médio. E por um valor justo poderia ser um destaque, apesar dos pesares. É caro para o que se propõe e apesar de ser posicionado em uma categoria superior por aqui, no exterior ele é mais completo e potente. Talvez isso seja apenas um achismo meu, afinal o carro vende bastante.
Eu caí no conto da “Toyota”, mas você não precisa passar por isso. Fiz esse relato não pra tentar destruir a imagem da marca. A minha intenção é que desavisados, sobre características que percebemos apenas com o uso, fiquem informados antes de adquirir o veículo. Eu gostaria de ter conhecimento de tudo isso antes de compra-lo, teria mudado de decisão sem pensar duas vezes.
Assim: esse é o texto de um dono arrependido e decepcionado. Talvez até pense que o texto é exagerado ou tendencioso. Se for o caso sugiro que vá de Corolla Cross e comprove por si. O carro não tem tanto conforto, motor, acabamento, tecnologia. Mas deve ter pelo menos uma boa revenda. Certo?
Os veículos eletrificados já fazem sucesso em várias partes do mundo. Conforme você já viu aqui no Garagem360, muitas marcas já divulgaram quando irão parar de fabricar veículos 100% movidos a combustão e investirão mais em carros assim. Aqui no Brasil, eles estão cada vez mais presentes no mercado. Mas como escolher entre um carro híbrido ou elétrico?
Veja as orientações de um especialista na hora de escolher entre um carro híbrido ou elétrico
Estas são duas tecnologias que vem se aperfeiçoando nos últimos anos. Com isso, o número de modelos lançados cresceu. Hoje, eles estão divididos entre híbridos, híbridos-leves, híbridos plug-in e 100% elétricos. O mesmo pode ser dito do número de unidades vendidas em todo o mundo. E aqui no Brasil a história não é muito diferente.
O nosso mercado de veículos eletrificados cresceu bastante nos últimos anos. Hoje, podemos encontrar modelos de várias marcas. De acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), foram comercializadas 34.990 unidades durante todo o ano de 2021. Um recorde para o setor.
VEJA TAMBÉM
Enquanto isso, no primeiro trimestre deste ano, foram 9.844 unidades vendidas. Lembrando que este números englobam todas as categorias acima. Olhando apenas para os carros híbridos, foram emplacadas 6.711 unidades (carros HEV) e 1.845 unidades (carros PHEV).
Mas como decidir entre um carro híbrido ou elétrico na hora da compra? Esta é uma dúvida pertinente, visto que existem vários tipos de modelos diferentes. Pensando apenas nos carros híbridos, o diretor da consultora Jato Dynamics, Milad Kalume Neto, diz que o interessado deve fazer pesquisas e comparações de preços.
“E buscar histórico do carro, com referências da montadora em relação à produção de híbridos, bem como avaliar o pós-venda da fabricante para casos de problemas ou dúvidas”, disse Neto ao site Info Money.
Carro híbrido ou elétrico? – Compra de carros 100% elétricos.
E os carros totalmente elétricos? Estes também já estão presentes nas ruas. De acordo com os dados publicados pela ABVE, eles representaram 13% das vendas de carros eletrificados no primeiro trimestre deste ano (1.288 unidades). Neste caso, Milad Kalume Neto diz que pessoa deve pensar no orçamento e na necessidade.
“No caso dos modelos 100% elétricos: se rodar apenas na cidade, é uma ótima opção. Se fizer mais de 200 km por dia, complica bastante porque em muitos casos a autonomia ainda é baixa.
Outro ponto de atenção: observar se mora perto ou vai rodar perto de pontos de abastecimentos para garantir que não vai ficar na mão”, diz o diretor da consultora Jato Dynamics.
Desafios
Vimos acima que os números de vendas de carros elétricos estão crescendo. No entanto, este setor ainda precisa passar por alguns desafios. Os altos preços cobrados pelas marcas estão entre eles. Hoje, um dos carros híbridos 0km mais baratos do Brasil é oKia Stonic. Ele foi lançado no ano passado e está equipado com um sistema híbrido-leve.
Este veículo está custando R$ 146.990. Outro bom exemplo disso é o Toyota Corolla Altis Hybrid, que custa a partir de R$ 174.070. Agora, falando de carros elétricos, um bom exemplo disso é o JAC E-JS1. O compacto está custando a partir de R$ 164.900. Já o Fiat 500e custa a partir de R$255.990.
Um outro fator que também é bastante debatido é a infraestrutura necessária para o uso de motores elétricos. Ainda mais se contarmos regiões mais afastadas das grandes capitais. Sem falar das rodovias.
Clique aqui e aperte o botão “ Seguir” para você ser o primeiro a receber as últimas informações sobre este assunto no seu celular!