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Abastecer carro híbrido custa R$ 100 por mês de energia – 02/06/2022 – Mercado

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Juan Oscar Aubert, 69 anos, anfitrião do hotel Correntoso, fundado em 1917 na região de Los Lagos, na província de Neuquén, na Patagônia argentina, conta que nos anos 1940, quando as primeiras famílias começaram a visitar o local, não havia posto para abastecer o automóvel.

Os turistas chegavam pela sinuosa Rota 40, a rodovia de 5.194 km que atravessa a região turística de Los Lagos e mais dez províncias argentinas.

Demorou algum tempo até que a primeira bomba de combustível da região fosse instalada na antiga Casa de Pedra, atração de Villa La Angostura, cidade a 80 quilômetros de Bariloche e a mais próxima do hotel.

Em 2022, os hóspedes do Correntoso (cujas diárias começam em R$ 2.200) já podem se dar ao luxo de abastecer os seus carros híbridos e elétricos no pátio do hotel, que tem vista privilegiada para o lago Nahuel Huapi e para as montanhas nevadas da Cordilheira dos Andes.

O carregador foi instalado pela montadora sueca Volvo Cars, que acaba de lançar um novo motor para carros híbridos (que funcionam a energia e a gasolina), como parte do seu plano de avançar na eletrificação da frota. A meta é chegar a 2025 vendendo no mundo só carros híbridos e elétricos e, a partir de 2030, apenas carros elétricos.

Com o motor T8, os modelos híbridos da marca ganharam maior autonomia: rodam 70 km só com a carga elétrica, contra os 40 quilômetros que faziam antes.

“O consumidor brasileiro ainda não se sente seguro para partir para um carro totalmente elétrico, porque não pode usá-lo para fazer viagens”, disse à Folha João Oliveira, diretor-geral da Volvo no Brasil. “Decidimos melhorar o motor do carro híbrido, para aumentar a autonomia do motorista na cidade e familiarizá-lo com o modelo elétrico, que é o futuro do automóvel.”

Consumo de energia é semelhante ao de um secador de cabelos

Segundo Oliveira, quem investe em um modelo híbrido jamais pensa em voltar para a combustão, principalmente pela economia. Ele dá o próprio exemplo.

“Tenho uma vaga de garagem fixa no condomínio onde moro. Quando peguei o meu primeiro carro híbrido, o síndico tinha dúvidas se a estrutura elétrica do prédio iria suportar. Expliquei que a potência era semelhante a de um secador de cabelos, com consumo de energia de 3,5 quilowatts por hora”, diz o executivo de 40 anos, formado em engenharia mecânica.

Oliveira pagou R$ 3.000 para puxar a ligação do quadro de energia até a sua vaga, onde foi instalado um tarifador. “O prédio mede todo mês quanto eu consumo e vem uma cobrança à parte no boleto do condomínio. Eu gasto entre R$ 80 e R$ 100 por mês”, diz ele, que roda cerca de 50 quilômetros por dia, no trajeto entre casa e o trabalho. “É menos de um quarto do que eu gastaria com combustível.”

A economia é tentadora para a imensa maioria dos motoristas no Brasil, que precisam desembolsar ao menos R$ 7 por um único litro de gasolina, considerando o preço médio no país. Mas os preços de carros híbridos e elétricos ainda são proibitivos para a classe média brasileira: os veículos custam a partir de R$ 150 mil. Os modelos da Volvo hoje começam em R$ 390 mil.

“À medida que conseguirmos reduzir os custos e aumentar a nossa economia de escala, teremos carros mais baratos”, diz Oliveira. “Começamos com um elétrico de R$ 400 mil e vamos ter em breve uma nova versão de R$ 300 mil, que oferece 420 quilômetros de autonomia”, diz ele. Os carros elétricos têm autonomia bem maior que a dos híbridos.

“Carro a gasolina será mais caro que o elétrico em três anos”

Segundo o executivo, dentro de três anos, produzir um carro elétrico será mais barato que um carro a combustão.

“Globalmente, a partir de 2025, o carro a gasolina será mais caro do que um similar elétrico, por conta da escala de custos da bateria de lítio, que responde por 40% do custo do carro”, afirma.

De acordo com o executivo, a Volvo trabalha em um novo modelo de carro elétrico, que deve ficar mais próximo dos R$ 200 mil. “Vamos contribuir para massificar a eletrificação no país”, diz.

O grande problema da Volvo e de todas as montadoras na América Latina –especialmente no Brasil, o maior mercado da região, inclusive geograficamente– é a falta de infraestrutura para abastecer os veículos com energia.

Os pontos de recarga ainda são poucos e esparsos, sem comparação com os mais de 41 mil postos de combustíveis espalhados pelo país.

Nas estradas, a Volvo está investindo R$ 13 milhões em um projeto para instalar 13 carregadores de 150 quilowatts até setembro. “Inauguramos o primeiro em Cajati (SP), no corredor São Paulo-Curitiba, em um posto de combustível”, diz. “É a primeira fase da instalação de carregadores em infraestrutura rodoviária, tem um custo alto, de R$ 1 milhão por ponto. Vamos avaliar os resultados para definir a segunda etapa.”

Para escolher o local de instalação, a montadora seleciona postos de maior fluxo e verifica junto à concessionária de energia se o local tem capacidade para oferecer esta infraestrutura elétrica, ou se é preciso solicitar um aumento de demanda.

A Volvo entra com o equipamento e, o posto, com o custo da energia. “Temos um acordo com os postos para que eles não cobrem o carregamento dos clientes por pelo menos dois anos”, diz Oliveira. “Para eles, interessa ter um consumidor por 40 minutos dentro da loja, esperando carregar a bateria do carro.”

Mil pontos de recarga versus 41 mil postos de gasolina

O executivo acredita, no entanto, que é questão de tempo para que o carregamento de veículos elétricos e híbridos se torne um negócio no Brasil. “Redes de carregadores no exterior criaram um programa de assinatura: o consumidor paga US$ 100 por mês para ter um cartão que lhe permite abastecer em qualquer ponto do país”, diz ele. “Existem grupos no Brasil já estudando modelos parecidos.”

A Volvo instalou no Brasil 1.000 pontos de recarga em cidades de todas as regiões, em shoppings e supermercados. Entre 2017 e 2018, quando começou a venda de veículos híbridos e elétricos, a montadora instalava até carregadores na casa dos clientes, para incentivar a compra.

“Fazíamos a inspeção técnica na garagem do consumidor e a ligação elétrica. O custo já estava dentro do preço do carro”, diz. “Percebemos que o consumidor tinha vontade de ter o produto, mas via barreiras. Nosso trabalho tem sido mapeá-las e encontrar maneiras de removê-las.”

No segmento de automóveis de luxo, a Volvo Cars compete com marcas como Audi, BMW e Mercedes. A empresa trabalha com quatro modelos SUVs no país: XC60 (R$ 390 mil), XC90 (R$ 510mil), XC40 (R$ 400 mil) e o C40 (R$ 420 mil) – os dois primeiros híbridos e os dois últimos elétricos. Uma nova versão do XC40 deve chegar até setembro, a R$ 300 mil.

Em 2021, a venda da marca no país somou 8.300 veículos, uma alta de 8% sobre o ano anterior. “Este ano, serão 6.500 unidades porque não tem carro para entregar. A fila de espera vai até novembro”, diz Oliveira, referindo-se à escassez de semicondutores no setor automotivo.

O mercado de veículos híbridos e elétricos no Brasil somou 65.644 unidades no ano passado, segundo o analista Marcelo Monteiro, da Lafis Consultoria. “É um número ainda pequeno, perto da frota nacional de 40 milhões de veículos, mas cresceu 21 vezes em relação a 2015, quando somava 3.119 unidades”, afirma.

Na opinião de Monteiro, o país precisa eletrificar a frota, para não correr o risco de se tornar uma ex-URSS, com carros sucateados. “Todas as grandes montadoras investem em híbridos e elétricos para atender as metas de redução de emissão de CO² definidas em protocolos globais e cobradas pelos governos locais. É um caminho sem volta”, diz.

Alta taxa de juros motivou venda direta da montadora ao consumidor

Segundo Oliveira, 60% dos compradores de carros híbridos ou elétricos no país são da Volvo. “Só em elétricos, temos 30% de participação”, afirma. O principal concorrente em carros elétricos é a JAC Motors, que oferece modelos a partir de R$ 150 mil.

O Brasil, porém, representa muito pouco, 1,2% das vendas globais da Volvo Cars, uma multinacional sueca controlada desde 2008 pelo grupo chinês Geely, depois de passar pelas mãos da Ford.

“Mas o Brasil funciona como um polo de inovação, onde é possível testar novos modelos de negócio”, diz. Um exemplo é a relação com as concessionárias.

Em 2021, a montadora completou a mudança do seu modelo de vendas: a compra é conduzida online, enquanto a concessionária oferece o test-drive ao cliente e conclui a venda, recebendo por isso uma comissão.

“No Brasil, 100% dos nossos carros já são faturados para o cliente final”, diz o executivo. “A concessionária faz a intermediação dessa venda, mas não tem o estoque.”

A altíssima taxa de juros brasileira motivou a mudança. “O concessionário comprava a linha de crédito com o banco, corrigida pela Selic e mais um spread bancário”, diz Oliveira. “Se ele ficasse com o carro três meses em loja, o juro pago ao banco iria engolir a sua margem de lucro e ele tinha prejuízo”, diz.

Com isso, segundo o executivo, a maior preocupação do concessionário era se livrar de um carro parado no estoque. A Volvo Cars é atendida por cerca de 30 concessionárias, espalhadas em todas as regiões do país.

“É a dificuldade macroeconômica brasileira, que forçou a Volvo a pensar fora da caixa”, diz.


Raio-X

  • Volvo Cars
  • Fundação: 1927
  • Sede: Gotemburgo (Suécia)
  • Funcionários: 21.900
  • Receita*: US$ 28,6 bilhões
  • Número de unidade vendidas*: 699 mil
  • Principais mercados: Suécia, China, Estados Unidos e Alemanha

*2021

Repórter viajou a convite da Volvo

Vídeo: estudantes quebram recorde de aceleração com carro elétrico que vai de 0 a 100 km/h em 1,46 s | Elétricos e Híbridos

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O protótipo, que parece uma versão minimalista de um carro de Fórmula 1, é um monoposto com tração integral e movido somente por eletricidade que produz o equivalente a 245 cv. A potência não surpreende, mas a marca foi atingida graças ao peso: apenas 145 kg, graças ao uso majoritário de fibra de carbono na concepção do “carrinho”.

No campo de provas da Bosch, na região de Baden-Württemberg, o estudantes conseguiram ir de 0 a 100 km/h em apenas 1,46 s – e foi registrada uma força G de 2,5 (bem parecida com a de um carro de F1 acelerando). Em termos de comparação, o Porsche Taycan Turbo S, por exemplo, um dos carros elétricos mais rápidos à venda no Brasil, precisa de 2,9 s. Já o Audi RS e-tron GT, leva um pouco mais: 3,2 s. Veja o vídeo!

Mas o caminho não foi fácil para os estudantes. Durante um teste no final do mês de julho, o piloto do perdeu o controle e o monoposto atingiu com força um barreira de pneus que servia de barreira na pista. Quem estava ao volante saiu ileso, mas o mesmo não pode se dizer do “carrinho” – que sofreu danos consideráveis. Já no começo do último mês de setembro, o universitários tiveram outro revés. Na noite anterior da tentativa de quebrar o recorde mundial, o protótipo teve problemas técnicos e os jovens tiveram que cancelar e marcar uma nova data.

Recorde atrás de recorde

A disputa pela marca de aceleração mais rápida não é de hoje. Em 2012, o Green Team estabeleceu o 0 a 100 km/h em 2,68 segundos. O título durou três anos até, em 2015, jovens universitários holandeses trucidaram o registro e estabeleceram um novo recorde: 1,78 s. Porém, no ano seguinte um grupo suíço conseguiu atingir 1,51 s – número que até então era o mais rápido.

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Carro Usado: Toyota Prius é híbrido de R$ 60 mil que faz até 30 km/l na cidade sem precisar de tomada

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Com o preço dos combustíveis nas alturas, que tal comprar um carro híbrido usado — e sem gastar muito? O Toyota Prius foi o responsável por difundir essa tecnologia no mundo, e com ótima aerodinâmica e mecânica, dependendo do estilo de condução, faz médias de consumo urbanas incríveis, que podem passar de 30 km/l.

Mas calma lá! Vamos explicar: quando o Toyota Prius foi lançado, em 2016, a Toyota fez um desafio de consumo entre 37 participantes do test-drive, mas em condições ideais: Brasília (totalmente plana), com pouco trânsito, percurso favorável (mínimo de semáforos) e duas pessoas por carro (se fosse uma, daria diferença insignificante).

Entre todos que fizeram o mesmo percurso, nosso editor Flávio Silveira atingiu a média mais alta, com 31,75 km/l — na verdade, perdendo só para o vice-presidente da Toyota, Miguel Fonseca, atingiu 32,8 km/l, mas não participou da disputa por conflito de interesses. Além disso, nosso editor ainda desligou o ar-condicionado, fechou as janelas o quanto aguentou.

Ainda assim, mesmo em nossos testes com o Toyota Prius no uso comum, para tarefas cotidianas na cidade de São Paulo (Zona Oeste, com relevo muito acidentado), o Toyota Prius é muito econômico. Sem acelerar demais, mas dirigindo do modo normal e com ar-ligado, passamos facilmente de 25 km/l com gasolina.

Sim, quando se fala de consumo de Toyota Prius na prática, é fácil superar 20 km/l na cidade. Isso sem precisar carregar na tomada como os híbridos plug-in (leia aqui)

Ele chegou ao Brasil na terceira geração, em 2013, sendo substituído três anos depois pela quarta – que teve um facelift em 2019 e saiu de linha com o lançamento do Corolla Hybrid, que usa o mesmo sistema híbrido paralelo (leia mais aqui sobre os diferentes tipos de híbridos).

Primeiro automóvel híbrido produzido em série no planeta, ele foi uma grande ousadia da visionária Toyota, para quem por muito tempo representou prejuízo. O Toyota Prius tem um motor 1.8 aspirado associado a dois outros movidos a eletricidade, totalizando 123 cv de potência do conjunto – enquanto 141 Nm de torque são enviados pelo motor a combustão e 162 Nm pelas unidades elétricas.

Já a transmissão é do tipo continuamente variável (CVT), também visando a economia. “É um carro com baixo custo de operação, que oferece tanto um consumo excepcional quanto a versatilidade de carregar uma bicicleta sem precisar tirar a roda. É só rebater o encosto traseiro”, elogia um dos proprietários consultados, Sérgio Berezovsky.

O painel desta primeira geração que chegou ao Brasil tem instrumentos centrais, um console alto e acabamento apenas razoável. O espaço interno é bastante amplo

Na vanguarda desde que nasceu, ainda no longínquo ano de 1997, o Prius foi, posteriormente, o primeiro híbrido flex do mundo. Mas, antes de comprá-lo, tome precauções. “A maioria dos híbridos apresenta desequilíbrio nas células da bateria.

Por serem ligadas em série, um mau contato pode comprometer todo o sistema”, comenta Fernando Romão, sócio-proprietário da oficina Veyron.

Segundo ele, para corrigir o problema é necessário “desmontar o pacote de baterias e efetuar o carregamento e descarregamento diversas vezes, até concluir a equalização do sistema. Às vezes, a troca do conjunto acaba sendo necessária.”

Indo além do sistema híbrido, o Prius segue a cartilha dos Toyota, sem mistérios na manutenção. “O motor a combustão é fácil de mexer, assim como o câmbio, a direção e o sistema de frenagem, todos eles livres de problemas”, diz Romão.

Por ter regeneração de energia, o Prius “nem pastilha de freio gasta; com 75.000 quilômetros rodados, nem dão sinal de desgaste”, comemora Berezovsky.

“Eu precisava de um carro econômico e livre do rodízio em São Paulo. Mas meu Prius teve um defeito no servofreio e no ABS. Devido ao alto custo de reparação, acabei importando a peça dos EUA”, conta André Kulaif Perroni, outro proprietário consultado.

Além disso, ele teve “um problema na tela do multimídia, que custaria R$ 9 mil para consertar na autorizada. A solução foi recorrer a um técnico independente, que substituiu o capacitor”, conta Berezovsky. O contraponto fica por Daniel Oliveira, que não teve nenhuma dor de cabeça com seu Prius.

Toyota Prius

Toyota Prius


Pelo mesmo preço

Lexus CT200h 2013: R$ 68.860


Versão de luxo do Prius, ele tem um motor 1.8 de 99 cv e outros elétricos, para entregar uma potência combinada de 136 cv. Estão disponíveis os modos de condução Eco, Sport e a função B, que aumenta o freio motor para carregar mais a bateria.

Honda Fit EX 2015: R$ 64.451


O Fit é um “pão quente” do mercado por oferecer muita versatilidade e dirigibilidade condizente à proposta. Aliás, seu propulsor 1.5 naturalmente aspirado está associado a um câmbio CVT para entregar até 116 cv e 15,3 kgfm, isso quando abastecido com etanol.

Ford Fusion Hybrid 2012: R$ 53.900


O sedã tem motor 2.5 e um propulsor elétrico, com potência total de 193 cv. A máxima no modo elétrico de 107 km/h, mas, como o Ford, não é plug-in, roda bem pouco sem usar o motor a combustão. Ele acomoda confortavelmente cinco e pode fazer mais de 18 km/l na cidade.


Toyota Prius 2013

R$ 60.512

Motores: gasolina quatro cilindros em linha 1.8, 16V, duplo comando continuamente variável + motores elétricos
Cilindrada: 1798 cm3
Combustível: gasolina + bateria
Potência: 99 cv a 5.200 rpm + 82 cv = 123 cv
Torque: 141 Nm a 3.600 rpm + 162 Nm
Câmbio: automático continuamente variável (CVT)
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: disco ventilados (d) e discos sólidos (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,480 m (c), 1,745 m (l), 1,510 m (a)
Entre-eixos: 2,700 m
Pneus: 195/65 R15
Porta-malas: 445 litros
Tanque: 45 litros
Peso: 1.415 kg
0-100 km/h: 10s3
Vel. máxima: 165 km/h*
Consumo cidade: 15,7 km/l
Consumo estrada: 14,3 km/l
Emissão de CO2: 71 g/km
Consumo nota: A
Nota do Inmetro: A
Classificação na categoria: A (Médio)


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Kwid E-Tech 100% elétrico é o carro acessível, eficiente e confiável | Estadão Mobilidade

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Para recarregar, o Renault Kwid E-Tech 100% elétrico oferece ainda mais facilidades. São três modos: tomada doméstica comum (de 127 ou 220 volts), com um carregador tipo wallbox ou em qualquer um dos mais de dois mil pontos de recarga públicos disponíveis no País.

Bastam 40 minutos com um carregador rápido (de corrente contínua), disponível em locais públicos como shopping centers e estacionamentos, para carregar a bateria de 26,8 kWh de 15% até 80%. Com um wallbox, esse tempo é de 2h54 com a tomada comum de 220V — recomendada para ser usada em casa, durante a noite.

Tem mais: o conjunto motriz do Renault Kwid E-Tech 100% elétrico garante ótimo nível de conforto ao rodar, graças ao silêncio durante a operação e também às respostas imediatas ao acelerador. A autonomia ainda pode ser estendida com o modo de condução “Eco”, acionado por meio de um botão no painel. Essa opção limita a velocidade máxima do carro para 100 km/h e aciona a frenagem regenerativa, sistema que recupera a energia de frenagens e desacelerações, enviando para a bateria.

O motor do Renault Kwid E-Tech 100% elétrico foi desenvolvido de acordo com o perfil do consumidor brasileiro e garante muita agilidade no trânsito. Somada às dimensões externas compactas do carro, essa combinação faz do Kwid E-Tech um carro perfeito para o uso diário nas grandes cidades. Além disso, o veículo mais acessível da gama Renault E-Tech possui um dos melhores índices de eficiência energética entre todos os veículos elétricos disponíveis no Brasil, de acordo com o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular.

Economia

O custo aproximado por quilômetro rodado do modelo é de apenas R$ 0,06, assim como o baixo valor das manutenções — o carro elétrico possui menos peças que o movido com motor a combustão. Além disso, tem isenção ou redução de IPVA em alguns Estados e a liberação do rodízio municipal na capital paulista.

Peugeot 2008 elétrico, que roda até 320 km, vai estrear no Brasil (com três anos e meio de atraso) | Elétricos e Híbridos

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A nova – e segunda – geração do Peugeot 2008 finalmente virá ao Brasil. Depois de três anos e meio do lançamento, o SUV vai desembarcar no país. Mas tem um porém: só na versão elétrica. A marca francesa começar a vender o modelo, que tem autonomia de 320 km, em meados de novembro. O preço deve ficar na faixa dos R$ 300 mil – o hatch e-208 atualmente custa perto de R$ 265 mil. Em junho deste ano, o 2008 vendido por aqui (ainda da primeira geração) trouxe novidades na linha 2023.

Lançado em junho de 2019 na Europa, o SUV tem potência equivalente a 136 cv e 26,5 kgfm de torque e as baterias são de 50 kWh. Plugado na tomada doméstica, o e-2008 demora cerca de 16 horas para recarregar até 100%. Em Wallbox ( de 11 kWh), o tempo cai para cinco horas. O modelo ainda aceita recarga rápida DC (contínua). Aí bastam 30 minutos para atingir 80%.

Peugeot e-2008 já traz a nova linguagem de design da marca — Foto: Divulgação

A variante elétrica surgiu nesta geração do SUV graças à plataforma EMP1, a mesma da nova geração do 208 e do Citroën DS3 Crossback. Também chamada de CMP (plataforma modular compacta), a arquitetura é mais evoluída do que a PF1, que equipa atualmente Cactus, C3, 208 e família. Ela oferece mais espaço interno, maior rigidez, além de economizar alguns quilos e também receber uma variação de motores.

A nova base ajudou o 2008 a crescer. São 14 cm extras, chegando a 4,30 metros de comprimento. O entre-eixos é de 2,60 m e o volume do porta-malas registra 405 litros – 30 litros a menos que as opções a combustão. O e-2008 tem ainda 1.548 kg – 300 kg só de bateria.

Interior do Peugeot e-2008 é bem parecido com o do e-208 vendido atualmente no Brasil — Foto: Divulgação

Entre os equipamentos, o 2008 agora traz condução semiautônoma, com assistente de mudança de faixa e controle de velocidade de cruzeiro adaptativo, inclusive em paradas. Além disso, o carro pode estacionar sozinho, além de frear de forma automática em emergências. Por fim, há reconhecimento de placas de trânsito.

Dentro, o 2008 se aproxima de 3008 e 5008. O acabamento é mais esmerado, o volante continua com diâmetro reduzido – com novo desenho –, botões que controlam algumas funções em formato de teclas de piano, painel de instrumentos totalmente digital e central multimídia de 10 polegadas.

Talvez o principal rival do e-2008 seja a versão de entrada do Volvo XC40, que motor motor único, 231 cv e preço de R$ 310 mil, faixa de preço que o francês também deve transitar.

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Carro elétrico não é o futuro na China: é o presente

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THE NEW YORK TIMES – Zhang Youping, aposentada, comprou um pequeno SUV da BYD – a maior fabricante de veículos elétricos da China – em um salão de automóveis por cerca de US$ 20 mil no mês passado. A família dela adquiriu três carros movidos a gasolina na última década, mas recentemente ela ficou preocupada com os preços do combustível e decidiu comprar um carro elétrico “para economizar dinheiro”. Alguns meses antes, o filho dela também optou por um veículo elétrico. Um modelo hatchback de US$ 10 mil da Leapmotor, outra montadora chinesa.

Este ano, 25% de todos os automóveis novos comprados na China serão veículos completamente elétricos ou modelos híbridos plug-in. Existem, segundo algumas estimativas, mais de 300 empresas chinesas produzindo carros elétricos, que vão desde ofertas promocionais abaixo de US$ 5 mil até modelos de ponta que competem com a Tesla e as montadoras alemãs. Existem aproximadamente 4 milhões de pontos para recarga de automóveis no país, o dobro do número de um ano atrás, e há mais deles a caminho.

Enquanto outros mercados de veículos elétricos ainda dependem bastante de subsídios e incentivos financeiros, a China entrou em uma nova fase: os consumidores estão avaliando as vantagens dos carros elétricos em comparação com aqueles movidos a gasolina com base nas funcionalidades e no preço, sem levar muito em consideração o apoio estatal. Já os Estados Unidos estão muito atrasados. Este ano, o país alcançou um patamar importante de veículos elétricos, com eles representando 5% de todas as vendas de automóveis novos. A China ultrapassou essa marca em 2018.

Veículos elétricos fazem sucesso na China. Foto: Max Whittaker/The New York Times

O principal líder chinês, Xi Jinping, declarou em 2014 que a produção de veículos elétricos era a única maneira de a China se transformar “de um país com grande mercado automobilístico em uma potência automobilística”. Enfatizando suas ambições, a China estabeleceu uma meta ambiciosa: 20% das vendas de carros novos seriam veículos elétricos até 2025. E provavelmente alcançará essa meta este ano, três antes do previsto. O país já é o maior mercado de veículos elétricos e também um dos que mais crescem, com a expectativa de as vendas dobrarem este ano para cerca de 6 milhões de carros – mais do que o restante do mundo somado.

Das dez marcas de veículos elétricos mais vendidas do mundo, metade é chinesa, liderada pela BYD, que fica atrás apenas da Tesla em participação de mercado global e está começando a exportar seus automóveis elétricos. E não são apenas as vendas dos carros que estão tendo sucesso na China. As fabricantes chinesas de baterias CATL e BYD são os maiores players do setor, embora Pequim mantenha um controle rigoroso sobre o acesso a matérias-primas vitais.

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A forte demanda por veículos elétricos é um ponto positivo em uma economia que, não fora isso, estaria estagnada, pois lida com um mercado imobiliário em crise e prejudicado pelas políticas de combate à covid-19.

Como parte de seu plano de estímulo econômico, a China disse que continuaria a investir nos automóveis elétricos. Pequim afirmou no mês passado que estava prorrogando uma renúncia fiscal para carros novos elétricos até 2023 com um custo total de US$ 14 bilhões, em vez de encerrá-la este ano, conforme programado.

Gou Chaobo, 27 anos, funcionário de uma construtora, decidiu recentemente trocar seu sedã movido a gasolina por um veículo elétrico, mas disse que os incentivos financeiros não influenciaram a decisão. Em Chengdu, a megacidade no sudoeste da China onde Gou vive e trabalha, os automóveis convencionais não podem transitar na estrada certos dias da semana para ajudar a reduzir o congestionamento e a poluição. Já os carros elétricos são livres para ir e vir. Além disso, o estacionamento é gratuito nas primeiras duas horas nos estacionamentos públicos para os modelos elétricos.

Gou disse que as despesas com um automóvel elétrico, segundo seus cálculos, são inferiores a 10% daquelas com um carro movido a gasolina. Assim que ele escolher um modelo específico, também será beneficiado com um subsídio do governo que pode chegar a aproximadamente US$ 2 mil do preço de venda, dependendo do veículo. Depois, o governo abrirá mão de um imposto de compra de 10% sobre os automóveis de “energia nova” – uma denominação geral usada na China que também inclui modelos híbridos plug-in.

Gou, que estava de olho em um sedã de médio porte da marca chinesa XPeng no salão do automóvel de Chengdu, disse que decidiu comprar um elétrico “porque a energia nova é o caminho do futuro”.

Em outros mercados, os carros elétricos das montadoras tradicionais são muitas vezes considerados modelos de luxo, enquanto as marcas chinesas também competem com modelos acessíveis como o Wuling Hongguang Mini – um hatch de quatro lugares vendido por US$ 4.500 e que foi o elétrico mais vendido da China em 2021. Ele é produzido por uma joint venture da General Motors e das montadoras chinesas SAIC e Wuling.

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Demanda acelera o ingresso de fábricas na nova geração

Na indústria automobilística da China, a concorrência é acirrada, com novas montadoras surgindo constantemente, deixando a maioria das empresas chinesas nadando em prejuízos e muitas quase certas do fracasso diante dos desafios da produção de veículos elétricos na escala necessária para reduzir os custos. Passar de vender carros para o mercado interno para exportá-los, porém, vem com obstáculos, como conflitos a respeito das garantias. No entanto, conforme as vendas de automóveis movidos a gasolina caem, as montadoras chinesas têm cada vez menos alternativas a não ser apostar nos modelos elétricos.

No mês passado, a Geely Automobile Holdings, uma das montadoras de maior destaque da China, com investimentos na Volvo Cars e na Mercedes-Benz, disse que pretende vender a mesma quantidade de veículos elétricos e híbridos no próximo ano que de modelos convencionais com motores de combustão interna.

Jason Low, principal analista da empresa de pesquisa Canalys, com sede em Xangai, disse que as marcas chinesas de carros elétricos têm sido mais audaciosas do que as montadoras estrangeiras na adoção de novas tecnologias nos veículos, como recursos de entretenimento e controles ativados por voz.

Zhang Youping, a aposentada que comprou um SUV elétrico, disse que escolheu a BYD porque preferia uma marca mais conhecida. Ela disse que parte da cautela ao escolher a montadora se devia ao fato de o ar-condicionado do modelo mais barato adquirido pelo filho ter quebrado depois de alguns meses.

Ela também considerou alguns modelos elétricos estrangeiros, mas as funcionalidades reduzidas não atendiam às suas preferências. “Não vinha com absolutamente nada. Não gosto muito desse design”, disse Youping. “É um pouco diferente do estilo de vida chinês.

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QUATRO RODAS de junho: chegou a hora de comprar um carro híbrido?

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