A startup californiana Alef Aeronautics apresentou na última semana a sua visão de um carro voador que pode mexer com o mercado de eVTOLs: um veículo movido a baterias que pode rodar no chão e nos ares. Em fase de pré-encomenda, o carro elétrico está sendo vendido a US$ 300 mil (aproximadamente R$ 1,6 milhão). As entregas estão programadas para começar no quarto trimestre de 2025.
Batizado de Modelo A, o veículo tem design futurístico, com uma cabine redonda e envidraçada, que fica completamente isolada da carroceria externa, e é feita com uma tecnologia de malha 3D. Como uma fuselagem estilo drone, o veículo executa uma configuração octacopter, com oito hélices, cada uma com cerca de 61 cm de diâmetro.
Uma vez no ar, a cabine gira 90 graus para o lado e, à medida que o eVTOL avança, a ela é suspensa para permanecer nivelada. Quando a velocidade no ar aumenta, o mesmo acontece com a inclinação da fuselagem.
O portal New Atlas explica que a reformulação da carroceria como um conjunto de asas oferece sustentação suficiente para fazer o veículo voar com eficiência no modo de cruzeiro.
Carro voador da Alef Aeronautics, por enquanto, atinge baixas velocidades no chão — Foto: Divulgação/Alef Aeronautics
De acordo com a Alef Aeronautics, um protótipo em tamanho real está sendo testado desde 2019 e já foi testado para investidores. O Modelo A, designado pela empresa como um “veículo de baixa velocidade”, deverá ser equipado itens mínimos para poder rodas nas ruas, como faróis, lanternas traseiras, setas, espelhos, limpadores de para-brisa e buzina.
Por enquanto, ele será limitado a uma velocidade entre 32-40 km/h no chão, mas a sua fabricante não espera que os futuros proprietários rodem muito no asfalto, e sim no ar. Inicialmente, ao que tudo indica, os pousos e decolagens terão de ser feitos de um aeroporto ou heliporto. Mais para frente, a expectativa é que as leis mudem e seja possível sair com o eVTOL de qualquer lugar, exceto em zonas restritas.
Os próximos planos da companhia incluem uma versão Model Z, com capacidade para 4 a 6 pessoas, até 2035. O carro deverá ser capaz de percorrer 483 km na rua e 354 km no ar.
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O Ford Fusion Hybrid é um dos modelos híbridos com maior presença no mercado de usados (Crédito: Divulgação)
Com o preço da gasolina em alta, os motoristas brasileiros buscam opções que caibam no seu bolso e passam a observar o mercado de carros híbridos usados, com um consumo de combustível médio em torno de 20 km/l.
Os modelos mais presentes no país nessa configuração são o Ford Fusion Hybrid e o Toyota Prius.
O primeiro chegou no Brasil em 2011 e tem o valor da tabela Fipe em R$ 52.117, enquanto que a versão 2019 tem o valor em R$ 153.165.
Já o carro da marca da marca japonesa estreou no país em 2013 e tem seu valor em R$ 62.100 na tabela Fipe. Em seu último modelo de comercialização (2021), o Prius é avaliado em R$ 186.328.
Existem outras opções mais recentes, como o Toyota Corolla Hybrid, o Volvo XC60 T8 e o Lexus CT200h.
O que observar na hora da compra
Mas além dos cuidados comuns na compra de um carro usado, o veículo híbrido exige uma atenção especial: as baterias responsáveis por alimentar o motor elétrico.
Estimada entre 8 e 10 anos, a vida útil das baterias do carro híbrido usado deve ser levada em consideração na hora da compra. Nos últimos anos a tecnologia desse item evoluiu, incluindo o material utilizado em sua construção. Saiu o níquel hidreto-metálico, e passou a ser usada baterias de íons de lítio, o que trouxe mais eficiência e autonomia.
A troca da bateria de energia de um carro híbrido tem um preço elevado (a do Fusion Hybrid 2018 é encontrada acima de R$ 9.000) e exige mão de obra de obra especializada, aumentando ainda mais o custo na hora de substituição.
Os elétricos, pouco a pouco, ganham força no Brasil. De acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), temos cerca de 38 milhões de veículos em circulação.
Deste total, cerca de 100 mil são EV’s – ou veículos elétricos. Ou seja, menos 0,3% da frota já está eletrificada. A expectativa da indústria é elevada: espera-se que 62% dos automóveis circulantes sejam movidos a energia elétrica até 2035.
Hoje os carros elétricos ainda estão distantes do público consumidor, porém o tema já circula entre os stakeholders do setor. Há alguns desafios a superar. O principal deles é o alto custo de aquisição, por causa da tecnologia novata e também pela falta de incentivos fiscais ou linhas de crédito especiais.
Outro motivo é a própria inovação, que traz uma ruptura com a infraestrutura instalada. No dia a dia, porém, o convívio dos usuários com automóveis elétricos têm vantagens que o público geral ainda desconhece. Trouxemos cinco razões para você considerar sobre essa tecnologia.
Caoa Chery iCar, de R$ 150 mil, é um dos carros mais baratos do Brasil — Foto: Divulgação
Grande parte dos carros elétricos não tem marcha. As exceções são os superesportivos, como o Porsche Taycan – dotado de duas engrenagens. Em carros de uso diário, que não têm ênfase em alta performance, o sistema é mais simples.
No geral, dirigir um elétrico é uma tarefa simplificada, em comparação com carros a combustão. Não é necessário ter a tradicional alavanca de marcha. Há basicamente três funções: D (Drive), para dirigir à frente, R (Ré) e neutro. Sem uma caixa de transmissão para mover, não é necessário ter uma interface de comando mais complexa que isso.
Além da redução de peso pela característica do equipamento, também evita-se manutenção – algo que requer atenção do dono de um carro a combustão. Há também uma vantagem mecânica: o desempenho de um carro elétrico é superior, se comparado com um equivalente com motor de combustão interna. A entrega de potência e torque é praticamente instantânea e linear em várias velocidades.
Câmbio do modelo chinês 100% elétrico – BYD Han — Foto: Christian Castanho/Autoesporte
Algumas cidades, como São Paulo, cedem incentivos fiscais aos compradores de carros elétricos.. O intuito é incentivar cada vez mais a compra de modelos da categoria, já que eles, em sua maioria, são mais sustentáveis.
Em São Paulo, por exemplo, os veículos elétricos, movidos a hidrogênio e híbridos estão isentos do cumprimento da restrição determinada pelo Rodízio Municipal de Veículos. Em caso de algum tipo de erro no sistema, basta o dono do automóvel solicitar a revisão do valor cobrado.
Mesmo carros mais caros, como o Volvo XC 90 (a partir de R$ 519.950), , terão o desconto no IPTU — Foto: Auto Esporte
3- Preço do combustível
Tendo em vista que o carro 100% elétrico mais barato no mercado brasileiro custa R$ 146.990 (Renault Kwid E-Tech), algo tem que sair mais em conta para o investimento valer a pena. Esse item é, justamente, o combustível.
Quando comparado aos veículos movidos a combustão interna, por exemplo, o segmento possui uma eficiência 65% superior. No Brasil, muitas regiões já contam com pontos de recarga gratuitos, mas poucos deles são de carga rápida. Portanto, para você completar sua bateria, demoraria cerca de sete horas conectado à tomada.
Os eletropostos normalmente ficam espalhados por shoppings, prédios comerciais e mercados. Até hoje, essa energia fornecida não é cobrada dos donos dos carros. s fabricantes já têm em sua agenda o fortalecimento dessa rede, com o intuito de preparar as cidades para o aumento da frota de elétricos.
Apenas para ter uma ideia, especialistas fizeram um cálculo para estimar o custo do carregamento, caso essa recarga em estabelecimentos comerciais fosse paga pelo cliente: o custo médio seria de R$ 1,10 por kWh.
Vamos ilustrar. Você é dono de um Audi e-Tron, que tem 77 kWh de capacidade de bateria. Seu gasto seria de apenas R$ 85,25 podendo rodar cerca de 520 km. Cada quilômetro andando sairia por R$ 0,16.
Muitos pontos de energia ainda contam com o modelo antigo de entrada para os carbos de energia — Foto: Auto Esporte
Algo que definitivamente precisa de um atenção redobrada é quando água e energia estão na mesma frase. A pergunta que está no ar é: “posso recarregar meu carro elétrico debaixo de chuva?”. E, sim, é possível – e de forma absolutamente segura.
O mecanismo de recarregamento é resistente à água, pois tem grau de proteção IP suficiente para dar conta até de temporais. Desde, claro, o conector está perfeitamente encaixado. Se não for o caso, vale dizer, o recarregamento não é iniciado, pois o próprio sistema identifica uma eventual falha nas conexões mecânicas.
Então sim, é possível abastecer sem tomar choques, fique tranquilo! Só evite deixar com que a água caia diretamente sobre o conector ou na porta de recarga.
Na Europa é comum que os eletropostos se situem nos acostamentos — Foto: Foto: Reprodução
Quando mudamos de um carro movido a gasolina para um abastecido por energia é notória a diferença no tempo de resposta ao pisarmos no acelerador. Em geral, são extremamente ágeis e gostosos de dirigir. O principal motivo disso acontecer é por conta do torque imediato.
Isso ocorre pelo fato de os motores elétricos não contarem com qualquer tipo de rotação de marcha, fazendo com que não seja necessária a queima de combustível ao transferir as forças para as rodas.
Vamos exemplificar. Mesmo um carro com apenas 65 cv e 11,4 kgfm, como é o caso do Kwid E-Tech, tem uma entrega rápida. No próprio teste feito pelo Autoesporte, em apenas 4,1 segundos, o veículo chegou a 50 km/h.
Mini Cooper S E – Motor elétrico tem 184 cv e 27,5 kgmf de torque enviado às rodas instantaneamente, o que confere agilidade ao Mini — Foto: Divulgação
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O Governo de São Paulo anunciou hoje o programa Pró Veículo Verde, que busca incentivar a produção de carros híbridos ou movidos a energia limpa no Estado.
Este programa assegura créditos de ICMS de até R$ 500 milhões para adaptar fábricas para a produção de carros movidos a energia limpa até 2025. A intenção é atrair até R$ 20 bilhões em investimentos nos próximos três anos.
O incentivo fiscal será oferecido às fabricantes que priorizarem a fabricação de veículos híbridos, elétricos ou movidos a biocombustíveis, com a intenção de amortizar os custos que a indústria automotiva terá para adaptar as linhas de produção já instaladas em São Paulo e também a construção de novas fábricas.
Há, também, uma flexibilização para ter acesso ao incentivo. O Pró Veículo Verde vai atender empresas que apresentarem investimentos de pelo menos R$ 15 milhões, quando no modelo tradicional de incentivo ao setor automotivo o valor investido teria que superar R$ 30 milhões.
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Também reduziram o valor de créditos de ICMS a receber na adesão ao programa: a adesão poderá ser feita por fabricantes que tenham a partir de R$ 3 milhões de créditos de ICMS a receber, uma queda de 40% em relação ao piso de R$ 5 milhões.
“É uma política para estimular a transição verde no setor automotivo em São Paulo e no Brasil. Metade dos investimentos de mais de R$ 265 bilhões no estado de São Paulo nos últimos três anos vêm do setor automotivo e a ideia é estimular que isso seja feito de uma forma cada vez mais sustentável”, disse Patricia Ellen, Secretária de Desenvolvimento Econômico.
O Governador João Doria apresentou nesta quarta-feira (30) o programa Pró Veículo Verde para atração de até R$ 20 bilhões em 3 anos na produção de carros híbridos ou movidos a energia limpa em São Paulo. O Estado vai oferecer até R$ 500 milhões em créditos do ICMS a montadoras que investirem em modelos sustentáveis.
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O Governo de São Paulo lembrou que a chinesa Great Wall Motors confirmou neste mês um investimento de R$ 10 bilhões para produção de veículos eletrificados em Iracemápolis (SP). A produção na fábrica, comprada da Mercedes-Benz, começará em meados de 2023. Hoje, a Toyota já fabrica os Corolla e Corolla Cross híbridos em São Paulo.
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Mesmo com o sistema de recarga em plena expansão, ainda existem vários gargalos e, diferentemente do que ocorre nas viagens em veículos a combustão, uma jornada com veículo elétrico exige uma cuidadosa preparação prévia.
Isso porque, apesar do amadurecimento tecnológico e operacional das redes de recarga, que já podem ser encontradas, em tempo real, nos aplicativos das principais operadoras (veja abaixo), ainda existem eletropostos desconectados da internet e fora dos mapas dos apps.
De acordo com Bernardo Durieux, CEO da Voltbras, startup de desenvolvimento de sistemas para eletromobilidade, esse cenário será simplificado até o final do ano, quando a empresa disponibilizará uma funcionalidade inédita no mercado nacional, o planejador de rotas que, em primeiro momento, estará disponível para os aplicativos da EDP e Wecharge. A tecnologia utiliza um algoritmo validado na Europa, configurado para o Brasil, e leva em consideração modelo do veículo, destino, número de ocupantes, temperatura do dia e relevo da estrada. Dessa forma, conseguirá indicar se o carro chegará ou não ao destino e ainda estimará o tempo parado para recargas.
Falta integração
Outro desafio para quem viaja de carro elétrico é a falta de unificação das informações em apenas um aplicativo. “O roaming está sendo o maior desafio das redes de recarga, atualmente. Estamos promovendo encontros para que as empresas possam discuti-lo e colocar em prática a interoperabilidade. Quem ganha é o usuário, pois terá maior previsibilidade e comodidade para se deslocar”, complementa Durieux.
Elétrico ou híbrido? Qual é a melhor opção? Apesar da falta de infraestrutura e de raros incentivos, a eletrificação de automóveis no Brasil é realidade. Os números ainda são tímidos: segundo a Anfavea, foram vendidos no ano passado 34.990 veículos eletrificados (híbridos e elétricos), 77% mais que no ano anterior.
Isso representa só 1,8% de participação no mercado, contra 1% em 2020. Deste total, só 2.860 são elétricos – de qualquer modo, um crescimento de 257% sobre 2020.
E hoje já temos ao menos 25 elétricos à disposição. Nesta edição especial (clique para saber mais), com elétricos e híbridos do começo ao fim, trazemos testes e informações dos cinco modelos mais vendidos em 2021 (lista ao lado) em cada nível de eletrificação, com exceção de híbridos leves, pelo motivo explicado adiante, e avaliações exclusivas de alguns carros que estão chegando ao Brasil.
É até controverso híbridos leves, ou mild hybrids, terem benefícios como redução ou isenção de impostos e liberação de rodízio de veículos. O ranking dos modelos mais vendidos é dominado por modelos importados e gastões – SUVs enormes ou carros esportivos que, mesmo com o sistema, gastam muita gasolina e não têm nada de ecológico.
Entre os cinco da lista, só o novato Kia Stonic poderia ser chamado de “eco-friendly”. Para quem usa o carro principalmente na cidade e não quer gastar mais dinheiro em um híbrido completo, os híbridos leves podem ser uma solução. Ajudam a poupar (pouco) dinheiro com combustível e poluir (um pouco) menos no anda e para do trânsito diário.
Os híbridos completos são os “verdadeiros” híbridos, resultantes da determinação da Toyota de desenvolver, na década de 1990, um sistema de dupla propulsão. E é ela que domina o mercado brasileiro hoje, pois foi a única a investir no desenvolvimento de modelos nacionais, agora oferecidos a preços bem pouco superiores aos das versões a combustão – é por isso mesmo que o sedã Corolla e o SUV Corolla Cross, derivado dele, representaram quase 60% das vendas de híbridos no Brasil em 2021.
São modelos recomendados para quem usa o carro principalmente na cidade, onde eles mostram maior benefício na redução de consumo, pois reaproveitam a energia que seria desperdiçada em desacelerações e frenagens, usando-a na sequência.
Isso resulta em cerca de metade do tempo com o motor a combustão desligado e consumo urbano acima de 20 km/l com gasolina. Na estrada, em velocidade constante, a redução de consumo é menor, mas ao menos não é preciso se preocupar com a autonomia – nem com instalar um carregador em casa, como com os híbridos plug-in.
A vantagem dos híbridos plug-in, ou plugáveis, em relação aos “comuns” é que as baterias maiores deixam rodar distâncias mais longas no modo elétrico. Mas, para isso, é essencial que sejam carregados na rede elétrica. Carregando em uma tomada comum ou em um wallbox (em quatro horas) e rodando de 30 a 60 km por dia, dependendo do modelo, dá para passar muito tempo sem usar gasolina (o motor a combustão só será acionado em subidas fortes e acelerações com “pé na tábua”).
Já ao usar um híbrido plugável no modo híbrido, as marcas de consumo, enquanto houver carga na bateria, são melhores que nos híbridos comuns, chegando a 50 km/l ou mais. Mas, quando a energia elétrica acaba, o consumo piora.
Se você roda até 50 quilômetros entre as recargas, vai facilmente fazer médias de mais de 20 km/l, mesmo pegando estrada. Mas, depois disso, o consumo é até pior do que nos híbridos comuns. Estes modelos são indicados, portanto, para quem não faz muitas viagens longas, e só para aqueles que podem carregá-los sempre.
Apesar de alguns teoricamente rodarem mais de 600 quilômetros com uma recarga, os elétricos puros, a bateria, não servem bem a viagens longas. Na prática, a autonomia é sempre muito menor que a declarada: alguns modelos dificilmente rodam mais que 200 ou 300 quilômetros em condições normais e com ar-condicionado ligado.
Além disso, ainda não dá para depender dos raros carregadores públicos, que sempre podem estar ocupados quando você chegar. Assim, os carros 100% elétricos são recomendados hoje no Brasil para uso apenas urbano – ou, se muito, para quem roda no máximo 200 a 300 quilômetros por dia ou viagem, dependo do modelo, e tem wallbox em casa – leia mais aqui (na tomada comum, a carga pode levar mais de um dia).
Carros 100% elétricos não resolvem o problema do trânsito e, a depender do modo de produção e da origem da energia para recarga, ainda deixam suas pegadas de carbono por aí. Apesar disso, contribuem para a redução das emissões de gases e da poluição sonora. Essas vantagens são conhecidas por poucos, e a maior barreira é o preço: já há bastante interesse pela tecnologia.
Segundo o portal Webmotors, as buscas por esse tipo de veículo cresceram 23% na comparação entre o primeiro semestre deste ano e o mesmo período de 2021. Esse consumidor, contudo, não tem encontrado pechinchas.
O carro elétrico mais em conta à venda no Brasil é o Renault Kwid e-Tech, que custa R$ 147 mil. É um modelo diminuto, que não traz ajuste de altura do volante nem luxos como ar-condicionado automático ou partida por botão. Por esse valor, é possível comprar um SUV flex da moda com todos esses itens e mais espaço.
Esse Kwid que não queima gasolina é ruim? Se for comparado a outros subcompactos, a resposta é não. A conclusão veio após dois dias ao volante do modelo, que tem câmbio automático e se comporta muito bem no trânsito pesado. Mas diante de rivais de mesmo preço, fica muito atrás em conforto. O “luxo” é não emitir fumaça.
O custo elevado não é exclusividade do Brasil. A falta de componentes gerada pela crise sanitária atrasou os planos de eletrificação das montadoras em um momento de maior interesse pelos produtos. Há desejo, mas faltam opções.
Em maio de 2021, a Transport & Environment (federação europeia de transporte e meio ambiente) divulgou um estudo que apontava para a redução acentuada dos preços de acordo com o ganho de escala.
Segundo a pesquisa, um automóvel compacto elétrico seria mais barato que seu equivalente a gasolina já em 2027. O agravamento da crise dos semicondutores colocou a previsão sob dúvida, mas ainda há esperança.
Quem já investiu em micromobilidade elétrica tem obtido bons resultados. Laurent Barria, responsável pelo marketing global da marca Citroën, disse que a produção do compacto elétrico Ami não está dando conta da demanda na Europa.
Trata-se de um modelo de dois lugares que nem é chamado de carro, mas atendeu aos desejos tanto de quem deseja comprar como dos que querem apenas compartilhar. O preço ajuda: na França, custa o equivalente a R$ 40 mil.
Segundo o executivo, a série especial Ami Buggy teve seu estoque de 50 unidades esgotado em 18 minutos. As vendas foram feitas pela internet.
Esse é um raro caso em que veículo elétrico não é associado ao topo do mercado. Essa elitização dos produtos é vista também na disponibilidade dos pontos de recarga.
Davi Bertoncello, CEO da Tupinambá Energia, lembra que muitas das tomadas estão em shoppings premium, em que se veem carros que custam mais de R$ 600 mil plugados em pontos gratuitos. O preço cobrado é basicamente o valor do estacionamento.
Ele calcula que o Brasil tem um déficit de 4.000 carregadores públicos, e o aumento da oferta deve vir acompanhado da tarifação do serviço.
Hoje a Tupinambá tem alguns carregadores que funcionam mediante pagamento, mas o preço não ultrapassa os R$ 2 por kWh. Dessa forma, reabastecer as baterias de um Porsche Taycan Turbo S (R$ 1,1 milhão) custaria, no máximo, R$ 187. No caso do Renault Kwid E-Tech, a recarga que permite rodar cerca de 290 km sairia por R$ 54.
Com os luxuosos Tan e Han lançados no Brasil, ambos com preço ao redor dos R$ 500.000, a chinesa BYD se prepara para lançar novos modelos mais acessíveis no mercado nacional.
A marca agora foca, primeiro, em trazer híbridos ao país, apostando na criatividade para ser competitiva. Para depois, planeja o lançamento de elétricos mais acessíveis.
O próximo lançamento da marca será o BYD Song, que, conforme apurou QUATRO RODAS, será lançado em agosto. O SUV médio virá em versão híbrida plug-in, capaz de rodar até 50 km em modo elétrico, graças à bateria de 9,9 kWh.
O motor 1.5 aspirado de 111 cv atua tanto para tracionar o carro quanto para recarregar as baterias e alimentar o motor elétrico. Já o motor elétrico de 180 cv e 32,3 kgfm impulsiona o SUV na maior parte do tempo. Também existe uma versão com motor elétrico traseiro, compondo a tração integral, que soma 198 cv e 33,2 kgfm.
Desse modo, a BYD conseguirá vender um produto com boa performance e capaz de atender a maioria dos deslocamentos diários sem gastar gasolina. No caso de viagens mais longas, por exemplo, o condutor pode queimar gasolina e recarregar o carro, mantendo o desempenho do motor elétrico ou, se disponíveis, recorrer a eletropostos no caminho.
Sem o peso e custo das baterias mais fartas de híbridos plug-in e elétricos puros, o BYD Song poderá ter preços pouco acima dos R$ 250.000 – ou quase R$ 100.000 a menos que o Jeep Compass 4xe, que tem tração 4×4 e 240 cv. Teria preços próximos do Compass diesel.
Seria o híbrido plug-in mais barato do Brasil. Mas há um segundo rival importante que será lançado poucos meses depois, o Great Wall Haval H6, que roda até 200 km sem gastar gasolina. Mas sua bateria maior poderá pesar no preço final.
Outros pontos fortes do Song são os 2,76 metros de entre-eixos (o Compass tem 2,64 m) e o design diferente de outros modelos do segmento, com linhas que remetem ao sedã Han.
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Crente na força dos sedãs, a montadora também trabalha para lançar um sedã médio híbrido, embora o modelo escolhido ainda não tenha sido definido.
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A aposta natural é no Qin Pro, que inclusive foi flagrado em testes no Brasil. Mas uma reviravolta não é descartada, uma vez que o mercado chinês acaba de receber o Destroyer 05, evolução da linha Qin – que ainda inclui o Qin Plus.
Um pouco maior que o Toyota Corolla, o BYD Destroyer 05 é menos potente que o Song, devendo ser lançado com aproximadamente 200 cv, mas híbrido e com extensor de alcance. Seu preço estimado ficaria em torno de R$ 200.000 e, caso venha, a marca pode evitar que seu modelo mais barato esteja defasado em relação ao mercado do chinês.
Carro de aplicativo
Outro carro que a BYD testa no Brasil com segundas intenções é o monovolume D1. Ele foi criado em parceria com a gigante chinesa DiDi, dona do app 99 para ser um veículo exclusivo para motoristas da plataforma.
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Ele já está em testes no Brasil, onde tem chances de ser o carro elétrico de entrada da BYD. Isso, mesmo que seu foco seja no público corporativo, como é o caso do furgão elétrico eT3.
O BYD D1 tem 4,40 m de comprimento, 1,85 m de largura, 1,65 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. Foi criado para ser espaçoso por dentro e versátil. O painel é todo vertical com informações concentradas na central multimídia, o espaço traseiro é amplo e a porta traseira direita é corrediça, com abertura elétrica, enquanto a da esquerda é convencional.
Seu desempenho é limitado pelo motor elétrico de 130 cv que o permite chegar a uma máxima de 130 km/h. A bateria de 70 kWh garante autonomia de até 418 km, mas há opção de 53 kWh para rodar até 371 km com uma única carga.
A BYD poderia estar em busca de uma empresa de mobilidade para financiar um lote do D1. Foi o que aconteceu no México, onde 1.000 unidades do BYD D1 desembarcaram para serem usados pela empresa de locação Vemo. Parte desses carros, inclusive, serão usados pela Uber.
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O chinês Logigo Lliro já está disponível no mercado brasileiro por um preço de R$ 70 mil. Por esse valor o consumidor tem um alcance de 100 km por carga completa. Além da compra, os interessados também podem adquirir o modelo através de um plano de assinatura de R$ 2 mil.
Conheça o Logigo Lliro, o carro elétrico de R$ 70 mil e 100 km de alcance
Imagine poder comprar um carro elétrico no mercado brasileiro por R$ 70 mil, até parece algo irreal, uma vez que o carro mais barato do Brasil e com propulsão a combustão tem preço de R$ 65.890, um Fiat Mobi Like. No entanto, há uma pegadinha no novo modelo.
Por mais que o modelo pareça interessante inicialmente, devido ao valor bem mais reduzido que os atuais carros elétricos mais baratos do Brasil, o Caoa Chery iCar e o Renault Kwid E-Tech, a compra do veículo chinês se restringe para locomoção indoor, ou seja, não pode rodar em vias públicas do país.
VEJA TAMBÉM
O carro não está equipado com itens obrigatórios por lei no país, como freios ABS e airbags frontais. Por esse motivo, seu uso em vias públicas é proibido e fica restrito apenas para locais como condomínios fechados, estacionamentos de estabelecimentos comerciais e demais locais fechados.
Ou seja, de forma geral, como a própria marca explica, o carro chega para ser uma solução mais equipada no comparativo com os carrinhos de golfe, que são usados nesses ambientes citados.
No mercado nacional, é possível encontrar os carrinhos de golfe por valores superiores a R$ 100 mil. Dessa forma, o Logigo Lliro chega para ser uma alternativa mais acessível e completa, uma vez que trata-se de um carro fechado e mais equipado.
Conheça o modelo
O modelo tem capacidade para acomodar até quatro passageiros, incluindo o motorista. Sua carroceria não possui muitos detalhes, mas tem personalidade. Os faróis são em Led unidos pela grade frontal fechada, enquanto o para-choque ocupa grande para da frente do veículo.
O carro conta com rodas de liga leve, rack de teto, spoiler acima da tampa do porta-malas e lanternas mais compactas.
No quesito dimensão, ele tem 3,50 metros de comprimento, 1,54 metros de largura, 1,52 metros de altura e um entre-eixos com 2,30 metros.
Já no interior o destaque fica por conta das telas de 10” unificadas. Além disso, ele tem botão de partida por botão, e bancos com acabamento em couro sintético.
Em relação ao motor, o modelo é equipado com um motor de 3500 Watts, que gera potência de 5 cv. A velocidade máxima é de 42 km/h e a autonomia é de 100 km. Por fim, o carregamento do modelo pode ser feito através de tomadas convencionais.
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Os carros híbridos são os responsáveis por popularizar os eletrificados no mercado nacional. Porém, há diferenças no modo de propulsão entre os modelos vendidos, veja quais são eles.
Entenda as diferenças no modo de ação dos carros híbridos
Os veículos elétricos estão em constante crescimento no mercado nacional. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, 2022 teve o melhor mês de março da série histórica da ABVE, as vendas de veículos eletrificados leves no Brasil cresceram 115% no primeiro trimestre de 2022, chegando a 9.844 unidades, contra 4.582 no mesmo período de 2021.
Os 3.851 emplacamentos de eletrificados em março representam aumento de 106% sobre março do ano anterior (1.872) e de 12% sobre fevereiro de 2022 (3.435).
VEJA TAMBÉM
Março foi também o terceiro melhor mês da série histórica, só superado por dezembro e agosto de 2021, (respectivamente, 4.545 e 3.873 emplacamentos).
O desempenho do primeiro trimestre confirma o bom momento da eletromobilidade no Brasil, que entra no terceiro ano seguido de sólido crescimento, em contraste com a queda nas vendas domésticas totais.
A frota total de eletrificados leves no Brasil é de 86.986 veículos (janeiro de 2012 a março de 2022).
Mantendo-se a tendência atual, a frota eletrificada poderá chegar a 100 mil veículos já no final deste semestre.
Carros híbridos dominam o setor
De acordo com a entidade, os híbridos representaram 73% das vendas de eletrificados em março (2.825, de 3.851) e 68% no primeiro trimestre de 2022 (6.711, de 9.844). No entanto, há diferenças no tipo de propulsão da categoria.
Atualmente há algumas diferenças nos tipos de propulsão dos carros híbridos, entenda quais são elas:
Híbrido-paralelo: Nesse primeiro caso, como o próprio nome já diz, os motores a combustão e elétrico funcionam de forma paralela, ou seja, um não depende necessariamente do outro. Ambos são usados para tracionar as rodas do veículo.
Híbrido-série: Já nos carros híbridos-série o sistema de funcionamento é diferente, onde apenas o motor elétrico é usado para impulsionar as rodas, e o motor a combustão tem a função de alimentar a bateria do propulsor elétrico.
Híbrido-misto: Já em veículos onde o propulsor é híbrido-misto, é possível utilizar os dois motores de forma alternada. Nesse caso, o próprio sistema do carro avalia as condições de rodagem, como a velocidade, por exemplo, e seleciona o melhor modo de condução a ser aplicado.
Em alguns veículos, a seleção também pode ser feita pelo próprio condutor através do painel de controle ou de algum botão seletor no console central do carro.
E como funcionam os veículos híbridos plug-in?
Além dos sistemas citados acima, os carros híbridos podem ser plug-in, ou seja, são modelos onde a forma de alimentação das baterias é feita através de uma tomada que através do cabo de alimentação pode carregar o gerador do propulsor elétrico.
Dessa forma, além do modo de regeneração, usados pelos modelos da Toyota, por exemplo, onde não há um sistema de carregamento externo, há carros como o Volvo XC60 Recharge onde as baterias são carregadas através desse sistema externo.
Atualmente, os veículos híbrido plug-in podem ser carregados em uma tomada doméstica, Wallbox, e sistema de carregamos rápidos, geralmente instalados em locais públicos. Entenda as características de cada um deles.
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