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“Em 6 anos economizei R$ 65 mil de gasolina mesmo rodando 130 mil km” – 14/10/2022

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Quando chegou ao Brasil em 2014, o BMW i3, primeiro veículo elétrico da marca, era praticamente uma atração turística. As pouquíssimas unidades vistas nas ruas eram apontadas pelo público que acompanhava o mercado automotivo: “olha, aquele carro é elétrico”. Em seguida vinham os olhares curiosos e admirados. O design com detalhes pouco usuais ajudava a criar a atmosfera futurista.

Em 2016 – ano em que apenas 1.091 carros elétricos ou híbridos foram vendidos no país – o modelo ainda era novidade. Foi quando o administrador de empresas Leonardo Celli decidiu que era hora de tê-lo na garagem. Desde então, já rodou 130 mil quilômetros apenas com energia elétrica. Descontando o valor do carro – na faixa de R$ 180 mil, na época – e o investimento em uma usina de energia fotovoltaica em sua residência, Leonardo estima que tenha economizado cerca de R$ 65 mil com combustível.

O BMW i3 saiu de linha neste ano, após ter mais de 250 mil unidades vendidas em todo o mundo

Imagem: Divulgação

“Não comprei o carro pensando se ele se pagaria, mas ele se pagou há muito tempo. A sensação que tenho no dia a dia é de economia. O quilômetro rodado com energia – mesmo que eu não tivesse energia solar em casa – é 70% mais barato do que com gasolina. Gasolina é um gasto que não existe na minha rotina”, opina o administrador.

O i3 é um hatch de 170 cv de potência e 25,4 kgfm de torque, com autonomia para percorrer 140 quilômetros com uma recarga. Ele também é equipado com um extensor de autonomia à combustão, que permite que percorra mais de 150 km. No entanto, Leonardo sempre evitou usá-lo. Seu carro já fez – e ainda faz – inúmeras viagens de Jaguariúna, cidade onde mora, a São Paulo. Um percurso de 120 km.

“O extensor de autonomia deve ter sido utilizado em 10% dos 130 mil km que rodei com o carro. É o carro que uso no meu dia a dia, para tudo. Uso postos de abastecimento públicos ou nos locais que frequento, qualquer tomada vira posto”, conta.

Economia com manutenção

Além da economia com combustível, Leonardo relata redução de gastos com manutenção  - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal

Além da economia com combustível, Leonardo relata redução de gastos com manutenção

Imagem: Arquivo Pessoal

Até hoje, com seis anos de uso, as baterias que alimentam o motor elétrico não precisaram ser substituídas. Celli também conta que a necessidade de manutenção do carro é baixíssima, limitando-se basicamente à troca de óleo do gerador e de pneus.

Tudo isso se deve à condução diferenciada do carro elétrico. O sistema “one pedal”, que permite que o carro seja conduzido somente com o pedal do acelerador, reduzindo a velocidade quando o motorista tira o pé, evita o desgaste de peças como pastilhas de freio e amortecedor.

“As pastilhas de freio, amortecedores e molas são as originais, em uso desde 2016. É um carro que mal freia, por isso a mecânica segue preservada. O meu gasto com manutenção nesses anos foi mínimo. Sei que um dia terei que trocar a bateria ou de carro, mas não está perto”, avalia.

Com seis anos de uso, o i3 teve uma redução de 14,2% na bateria, de 140 km para 120 km.

Vida adaptada

Para viver com um carro elétrico em uma cidade do interior, Leonardo Celli precisou adaptar a sua vida. Um dos passos foi colocar placas de captação de energia solar em sua residência – além de mapear os pontos públicos de recarga pelos locais onde circula.

“Por incrível que pareça, hoje é mais difícil achar postos de recarga vagos, devido à demanda e baixa manutenção, do que seis anos atrás. Mas qualquer pessoa que entenda um pouco de engenharia sabe que motores elétricos são mais eficientes do que a combustão. Esse é o futuro, não tem jeito”, afirma o entusiasta.



carro híbrido ou híbrido plug-in?

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Tem o carro a combustão, o híbrido e o elétrico. Mas qual a diferença entre o carro  híbrido e o híbrido plug-in?

O híbrido vai rodar principalmente com o motor a combustão, mas enquanto estiver circulando, cada vez que se reduz a velocidade, tem um sistema regenerativo que vai recarregando uma bateria especial.

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Então, em diversas situações, essa bateria é que faz o carro andar eletricamente, proporcionando uma grande redução do consumo de combustível.

No caso do carro híbrido plug-in,  suas baterias são de muito maior capacidade. Você deixa o carro carregando na tomada durante a noite e na manhã do dia seguinte já se acumulou energia elétrica suficiente para se rodar cerca de cinquenta ou sessenta quilômetros. Sem gastar um pingo de combustível.

O plug-in é vantajoso sob esse aspecto. Entretanto, por ter baterias com muito maior capacidade, seu custo é bem maior.

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Carro elétrico é vantajoso para trabalhar como transporte por aplicativo?

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Quer economizar gasolina? 6 carros híbridos rodam 50km sem combustível

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  • Os modelos híbridos plug-in podem ser uma opção em uma fase de transição para a mobilidade totalmente elétrica e em meio aos reajustes de preços do diesel e da gasolina
  • A tabela analisa os modelos mais econômicos pelo consumo energético, medido em MJ/km (megajoule por quilômetro)

(Emylly Alves, especial para o E-Investidor) – Os carros híbridos e elétricos ainda pode ser  considerados novidade no mercado nacional. Mas, diante da possibilidade de economizar dinheiro com combustível, os veículos sustentáveis começam a receber mais atenção dos consumidores brasileiros.

No primeiro trimestre de 2022, o setor registrou um crescimento de 115% nos emplacamentos no País em comparação com igual período de 2021, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Os híbridos do tipo plug-in são opções em uma fase de transição para a mobilidade totalmente elétrica em meio aos reajustes de preços do diesel e da gasolina. Esses veículos possuem um motor a combustão e outro elétrico, alimentado por baterias recarregadas em tomadas.

Em junho deste ano, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) divulgou uma lista com os carros mais econômicos do Brasil. A tabela analisa os modelos mais econômicos pelo consumo energético, medido em MJ/km (megajoule por quilômetro).

A empresa de avaliação de veículos e pesquisa automotiva Kelley Blue Book avaliou os modelos híbridos plug-in mais econômicos do Brasil em 2022.

Os veículos elétricos com maior autonomia:

1. Volvo XC60 Recharge Inscription
Autonomia no modo elétrico: 78 km
Consumo cidade – 26,7 km/l
Consumo estrada – 24,3 km/l

2. Volvo XC90 T8 Recharge
Autonomia no modo elétrico: 71 km
Consumo cidade: 23,5 km/l
Consumo estrada: 21,2 km/l

3. BMW 330e M Sport
Autonomia no modo elétrico: 66 km
Consumo cidade: 21,7 km/l
Consumo estrada: 24,6 km/l

4. Mini Countryman SE All4
Autonomia no modo elétrico: 57 km
Consumo cidade: 23,3 km/l
Consumo estrada: 27 km/l

5. BMW 530e M Sport
Autonomia no modo elétrico: 56 km
Consumo cidade: 24 km/l
Consumo estrada: 25,8 km/l

6. Porsche Panamera 4S E-Hybrid
Autonomia no modo elétrico: 56 km
Consumo cidade: 18,3 km/l
Consumo estrada: 18,7 km/l

Vale a pena comprar um carro elétrico?

Para a planejadora financeira Rosi Ferruzzi, os carros elétricos vêm para minimizar o efeito dos custos dos combustíveis tradicionais, como gasolina e etanol. No entanto, a especialista destaca que comprar um carro elétrico no Brasil ainda é caro e longe da realidade da maioria dos brasileiros. Atualmente, o modelo mais barato não é vendido por menos R$ de 140 mil e o veículo mais caro ultrapassa R$ 1 milhão.

“Eles não são produzidos em larga escala e dependendo de onde são fabricados e montados, podem ficar ainda mais caros”, afirma Rosi Ferruzzi. O Brasil já tem algumas fábricas de automóveis elétricos, como a Movi Eletric, que iniciou a produção de mini veículos elétricos no interior do Paraná no ano passado.

Para quem pode pagar, a aquisição de um veículo sustentável pode trazer economia no médio e longo prazo, segundo a especialista. A empresa NeoCharge elaborou uma ferramenta que compara carros elétricos e os movidos a combustão. Os automóveis eletrificados podem ser até 85% mais econômicos do que os tradicionais.

A planejadora financeira também alerta que não é o melhor momento para financiar a compra desses veículos, por causa das taxas de juros altas.

“Independentemente da escolha de qual carro usar, é importante fazer um planejamento: ter todos os números para conhecer os impactos que podem trazer no médio, curto e longo prazo”, pontua.

PREÇO ALTO É O MAIOR OBSTÁCULO PARA O CARRO ELÉTRICO DESLANCHAR – Autoentusiastas

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A Global Management Consultancy Arthur D. Little, consultoria americana sediada em Bruxelas, Bélgica, publicou recentemente matéria sobre o Índice de Prontidão da Mobilidade Elétrica Global (Global Electric Mobility Readiness Indez, GEMRIX 2022). Conversamos com o Dr. Philipp Siedel, sócio principal da Arthur D. Little sobre os obstáculos para os carros elétricos (EV) serem adotados e as medidas que podem impactar positivamente sua aceitação maciça;

Poe David Leggett¹

 

A Noruega se destacou ao ser o primeiro país a abraçar o carro elétrico. O que você considera medidas-chaves na Noruega para isso ter ocorrido e podem elas ser replicadas em outros países?

A Noruega aplicou um elenco de medidas de estímulo ao EV — e isso bem no começo da mobilidade elétrica (início dos anos 2000). Mudar o comportamento do consumidor leva tempo — levando em conta que carros são trocados a cada 3-5 anos em média.

Exemplos dessas medidas: isenção de impostos e tarifas tornando os EVs muito mais baratos do que os de motor de combustão interna (internal combustion enginesI, ICE) — ao, mesmo tempo em que aumentaram-se os impostos dos ICEs baseados em consumo de energia. Além disso, altos investimentos e empenho na criação de pontos de recarga públicos para que fossem possíveis viagens mais longas e reduzir a ansiedade de alcance. A natural abundância de energia ‘limpa’ das hidrelétricas da Noruega também ajudou a haver energia elétrica barata (apesar de a Noruega ser rica em recursos fósseis) e atender aos desejos dos consumidores de reduzir as pegadas de CO2 para a mobilidade.

Quais ações ou políticas você considera serem mais eficazes para estimular a compra de EVs? E até certo ponto trata-se de tornar as alternativas (veículos ICE) relativamente menos atraentes?

Analisamos os obstáculos para os consumidores adotarem os EVs. Para encorajar as pessoas a passar para os EVs, esses obstáculos precisam ser removidos de maneira eficaz. O alto preço dos EVs comparado com o dos carros tradicionais são o obstáculo nº 1, dúvidas sobre usabilidade, conforto e confiabilidade, o nº 2. Dentro da perspectiva do consumidor final, para melhorar a questão de preços relativos dos EVs pode-se torná-los mais baratos ou os ICEs mais caros. Usuários ou consumidores provavelmente preferirão subsídios para os EVs para reduzir essas. diferenças.  Para um legislador, a elevação da carga tributária dos ICEs, por exemplo, com taxas de circulação baseadas nas emissões de CO2, são mais atraentes. As duas soluções precisam ser bem integradas aos regimes tributários nacionais ou regionais e aos níveis de preços de energia existentes, mas ambos podem ser igualmente eficazes.

Todavia, o obstáculo nº 2 não deve ser descartado. Medidas eficazes precisam incluir a criação de uma densa e disponível infraestrutura de carga para rodos os casos de uso (AC durante a noite e carregadores de alta potência nas estradas). Para baixar os obstáculos à adoção, organizações governamentais e municipalidades podem também desempenhar o papel de criadores de padrões e incrementar a eletrificação de suas próprias frotas (frotas municipais, veículos de serviços, etc.); A Noruega foi também quem deu o primeiro passo nessa direção;

Acha que o alto preço dos EVs continuará a ser um obstáculo significativo para que sejam adotados nos países mais pobres? E o que poderá ser feito para contornar isso?

O alto preço dos EVs é visto constantemente como obstáculo, ainda mais em países com baixos níveis de renda (esse é o motivo de termos incluído fatores macroeconômicos no GEMRIX). Mas deve-se sempre considerar os custos do ciclo de vida completos de um veículo ou o CTO (custo total de operação/de propriedade). Melhor CTO devido a menores custos de rodagem por quilômetro em energia e menores custos de manutenção e reparação é o que está levando à eletrificação de frotas de veículos comerciais, como os de entregas. Falando de países emergentes, exemplos de casos da consultoria na África e Sudeste da Ásia mostraram recentemente como o CTO dos veículos elétricos pode ser inferior ao dos de motor a combustão, de forma a incrementar negócios dos usuários comerciais como moto-táxis ou motoristas de serviços de entregas. Isso até é possível sem subsídios financeiros diretos para a compra de veículos e principalmente devido a menores custos de manutenção e de energia. Bom financiamento, aluguel e leasing com compra de veículos são capazes de derrubar obstáculos financeiros para a compra de veículos elétricos.  Se for tirado o custo da bateria na compra inicial do veículo também é uma opção; Isto implica no oferecimento de um sistema de troca de bateria em vez de uma infraestrutura de carga ou um modelo de negócio de aluguel ou leasing efetivo. Para muitos países emergentes a mobilidade elétrica oferece uma oportunidade única para reduzir a dependência da importação de combustíveis fósseis e estabelecer fontes de energia descentralizadas de energia solar, eólica ou hidráulica para a mobilidade.


¹Editor do portal inglês Just-Auto.

Esta entrevista foi publicado publicada no Just-Auto em 3/10 último, tradução do AE.

BS

Qual a melhor opção energética para o nosso automóvel?

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Dez anos atrás, quando o brasileiro Carlos Ghosn era o todo-poderoso comandante da aliança Renault-Nissan, ele disse numa entrevista que não acreditava no carro híbrido, pois questionava quem iria pagar a conta de dois motores num automóvel. E durante anos as duas marcas tentaram pular diretamente do carro com motor a combustão para o elétrico, sem transitar pelo híbrido.

Ghosn está hoje refugiado no Líbano (é cidadão libanês também), as marcas se renderam diante das evidências e ambas lançaram os híbridos que ele condenava. E não estava errado, à época. Mas surgiu outro fator a ser considerado: o custo das baterias é tão elevado que o híbrido plug-in tornou-se – por enquanto – mais acessível que o elétrico. E pode ser utilizado diariamente apenas com a energia da bateria.

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Como assim?

Os carros puramente elétricos estão envolvidos numa feroz concorrência para proporcionar uma gigantesca autonomia que já se aproxima (e até supera) de 1.000 km. Então o custo (e o peso) destes carros sobe proporcionalmente, até que se invente uma bateria mais leve, que não exija componentes tão nobres, acumule maior energia, emita menor volume de C02 em sua fabricação, seja recarregada mais rapidamente e tenha custo final reduzido. Nada impossível, mas não para as próximas semanas…

O híbrido plug-in, apesar dos dois motores (combustão e elétrico), tem custo de produção menor pois sua bateria oferece um alcance entre 50 e 80 km.

Caoa Chery Tiggo 8 Pro tem versão híbrido plug-in com autonomia declarada de quase 80 km (Foto: Caoa Chery | Divulgação)

Mas aí é que está o “pulo do gato”: está provado que o motorista raramente roda com o carro mais que 50 ou 60 km por dia. Então, se ele o deixa carregando durante a noite, terá bateria no dia seguinte para rodar apenas eletricamente. Se precisar de maior autonomia, nada do “fantasma” da pane seca como o elétrico:  tem o motor a combustão para rodar quantos quilômetros forem necessários. É só parar no posto e completar o tanque. Com gasolina ou etanol, se for flex.

Além disso, o híbrido plug-in, além de mais leve e barato que o elétrico, conta também com o mesmo sistema de freios regenerativos que amplia o alcance da bateria e reduz consideravelmente o consumo de combustível.

Para o Brasil

Especificamente no caso do Brasil, uma solução muito adequada seria o híbrido flex plug-in, que exige uma simples alteração do motor a combustão, de gasolina para flex. Que nossos engenheiros já fazem de olhos vendados. E então, mais uma inesperada vantagem nesta solução tupiniquim: feitas as contas well to wheel (do poço à roda), as emissões de um híbrido flex abastecido com etanol são inferiores às de um elétrico.

Existem, obviamente, algumas ponderações em relação às vantagens do hibrido flex. Uma delas é a competição do elétrico urbano, de baixa autonomia (entre 300 e 400 km). Sua bateria é bem mais leve e barata e seu custo final ainda é mais elevado, porem competitivo com o carro a combustão. E também possível de se rodar diariamente apenas com a bateria. Entretanto, não tem condições de ser o único carro da família por não se prestar para viagens.

Outros híbridos (não recarregáveis na tomada) também reduzem consumo e emissões, mas impossíveis de serem utilizados eletricamente no dia a dia.

9 toyota corolla cross hybrid 2022
Toyota Corolla Cross é exemplo de híbrido convencional (Foto: Toyota | Divulgação)

O resumo da ópera é que o elétrico está atingindo alcance superior a 1.000 km e permite sua utilização no trânsito urbano e nas rodovias. Mas seu custo, por enquanto, o torna inacessível para a grande maioria dos motoristas. Enquanto isso, o híbrido flex (com etanol) é muito mais acessível, não tem limite de quilometragem e um nível inferior de emissões de gases poluentes que o elétrico. Só não é uma solução quase perfeita para o mercado brasileiro, pois entra em jogo – eventualmente – o fuel-cell (célula a combustível) movido a etanol.

Mas, aí vem uma outra – e prolongada – conversa…

Conheça a versão híbrida plug-in do Tiggo 8 Pro; veja o vídeo:

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Comparativo: Renault Kwid E-Tech, Chery iCar ou JAC E-JS1, qual é o melhor carro elétrico “popular”? | Comparativo

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O desafio é gigante para cada uma das fabricantes, e já começa no convencimento dos interessados em gastar muito dinheiro por meros subcompactos que não oferecem equipamentos, segurança e versatilidade como um carro a combustão desse preço.

Por outro lado, são amigos do meio ambiente e vão fazer você rir ao olhar um posto de gasolina. Se essa hora chegou, aqui vai tudo (e mais um pouco) do que você precisa saber sobre cada um dos três compactos.

Veterano do trio, o JAC E-JS1 foi lançado em julho do ano passado por R$ 149.900 e manteve o posto de carro elétrico mais barato do Brasil durante quase um ano. Atualmente, é o mais caro deles, partindo de R$ 159.990. E o carrinho de nome difícil é o primeiro produto da JAC feito em parceria com a Volkswagen por meio da Si Hao, joint venture criada pelas duas fabricantes.

Sua plataforma é a mesma dos JAC iEV20 e J2, mas ele passa a impressão de ser um “falso pequeno”. São 3,65 metros de comprimento, 1,67 m de largura, 1,49 m de altura e 2,39 m de entre-eixos. Este último número, que revela como é o espaço para quem vai dentro do carro, me surpreendeu, na medida do possível.

A suspensão da JAC traz o melhor ajuste para enfrentar o asfalto ruim das cidades — Foto: Renato Durães

Sentado no banco do motorista, que tem ajustes manuais, nem precisei levar o assento para trás no trilho até o máximo e já encontrei uma boa posição de dirigir. Lembrando que tenho 1,87 m.

O desconforto fica por conta do volante, que tem o raio bem grande e fica estranho visualmente dentro de um carro tão compacto e com linhas delicadas no painel — de plástico, cheio de texturas e cores. Porém, o incômodo não é só visual: o enorme volante também atrapalha na hora de dirigir, pois em muitos momentos bate no joelho durante algumas manobras.

Com o kit o preço vai para R$ 174.900 — Foto: Renato Durães/Autoesporte

Em relação ao espaço no banco traseiro, é difícil imaginar alguém que tenha mais de 1,60 m viajando com conforto ali.

O banco traseiro do JAC E-JS1 só é bom para pessoas de baixa estatura — Foto: Renato Durães

O seletor de marchas fica na haste direita atrás do volante, como nos carros da Mercedes-Benz, portanto é preciso se familiarizar para não mudar a marcha ao tentar acionar o limpador de para-brisa. O motor entrega 62 cv e 15,3 kgfm de forma instantânea, como qualquer carro elétrico.

Os números são humildes, mas o pequenino é bem esperto, principalmente porque pesa 1.180 kg, o que é pouco para um carro elétrico, mesmo sendo o mais pesado do trio deste comparativo. O banco tem posição elevada, parecido com o de um SUV, e é muito macio, mas isso só é bom a curto prazo. Depois de uns 40 minutos dirigindo é inevitável que o seu corpo “afunde” no assento, deixando sua postura incorreta e podendo causar uma indesejável dor nas costas.

JAC E-JS1 tem a cabine mais colorida dos três — Foto: Renato Durães

O “ajuste Volkswagen” é sentido na boa dinâmica de condução, com respostas precisas da direção, e na ótima suspensão, que é valente para enfrentar o péssimo asfalto de São Paulo e coloca o JAC no posto de melhor e mais confortável suspensão dentre os avaliados.

A marca de zero a 100 km/h e feita em 10,7 segundos, de acordo com a JAC, e a velocidade máxima é limitada a 110 km/h. Ressalta-se aqui que a proposta não é desempenho, mas sim eficiência. Falando nisso, a autonomia divulgada pela fabricante é de 302 km no ciclo NEDC ou aproximadamente 260 km no WLTP, medição mais rigorosa e usada como padrão internacional.

A versão testada traz o pacote EXT, que traz suspensão 50 mm mais alta, pneus de uso misto, rack de teto e faixa lateral decorativa — Foto: Renato Durães

A lista de equipamentos de série traz central multimídia com tela de 10,25 polegadas — sem conectividade com Apple CarPlay e Android Auto —, câmera de ré, freio de estacionamento eletrônico com Auto Hold, direção elétrica, controles de tração e de estabilidade, chave presencial com partida por botão, faróis de LED, ar-condicionado digital e controle de cruzeiro.

Com o kit, opcional o preço vai para R$ 174.900 — Foto: Renato Durães

O JAC E-JS1 cumpre bem seu papel urbano no dia a dia e chega a quase empatar com o Kwid, mas o fator crucial que o deixa com a medalha de bronze é a diferença de preço: em relação ao Chery iCar, de R$ 10 mil; já em comparação ao Renault, atinge R$ 13 mil.

2º lugar: Renault Kwid E-Tech

O Kwid E-Tech é o carro mais popular dos três, em três sentidos. É o mais conhecido pelo público, é o mais simples em questão de acabamento e é o mais barato: R$ 146.990. As medidas são as mesmas do modelo a combustão: 3,73 metros de comprimento, 1,77 m de largura, 1,50 m de altura, 2,42 m de entre–eixos e porta-malas de 290 litros.

Essas dimensões colocam o francês como o maior do comparativo. O motor também é o mais potente, com 65 cv, mas o torque de 11,4 kgfm é menor que o dos rivais.

O logotipo da Renault na grade tem acionamento elétrico para acessar a tomada do carregador — Foto: Renato Durãs

Por fora, o design do elétrico é praticamente igual ao do Kwid reestilizado em janeiro deste ano . O que muda é a grade frontal fechada e com um acionamento elétrico para levantar a parte central — onde fica o logotipo da Renault — para acessar o conector do carregador. Nas laterais, as rodas aro 14 têm quatro parafusos, e não três como o Kwid térmico. Já na traseira o desenho das lanternas têm alguns detalhes diferentes, os refletores são verticais e o para-choque muda muito pouco.

O interior, feito só de plástico, traz botões do ar-condicionado simples e, ao contrário dos rivais, que possuem freio de estacionamento eletrônico e partida por botão, o Kwid E-Tech tem o freio de estacionamento manual e a chave é do tipo canivete.

Renault Kwid E-Tech tem o interior bem simples e com muito plástico — Foto: Renato Durães

Para o motorista, o espaço para as pernas é o melhor dos três. Entretanto, não há ajuste de altura do banco e a regulagem manual de inclinação fica do lado esquerdo, sobrando um espaço mínimo entre a lateral do assento e a porta para você colocar sua mão e fazer o ajuste desejado. No banco traseiro, o espaço é melhor do que o do JAC, mas continua extremamente reduzido para um adulto.

Pontos onde há maior corrente elétrica são sinalizados em laranja fluorescente — Foto: Renato Durães

E o que a Renault traz de itens de série para compensar esse interior de carro popular em um modelo de quase R$ 150 mil? Controles de tração e de estabilidade, seis airbags, assistente de partida em rampas, conectividade com Apple CarPlay e Android Auto sem necessidade de cabo, câmera de ré e sensor de estacionamento traseiro.

Com tudo ajustado, giro a chave canivete e o silêncio permanece a bordo, sem a vibração típica do motor de três cilindros 1.0 do Kwid a combustão. O “Ready” no painel de instrumentos digital com tela de 7 polegadas indica que o carro está pronto para sair. Aciono o modo D (Drive) no seletor giratório do console central e lá vou eu.

Renault Kwid E-Tech tem o melhor espaço dos três para as pernas de quem vai no banco traseiro — Foto: Renato Durães/Autoesporte

O pequenino continua com posição elevada de dirigir, tem uma direção leve e precisa e bom fôlego nas arrancadas para sair da inércia e rodar na cidade. O desconforto fica a cargo da suspensão rígida, que dá muita batida seca e sacoleja quem vai na cabine. O torque instantâneo dos carros elétricos exige cuidado para não perder a aderência com o solo, e no Kwid eu senti bastante isso.

A aceleração de zero a 100 km/h é feita em longos 14,6 segundos, mas a arrancada até os 50 km/h é muito rápida (4,1 s). É depois disso que ele perde força. Então, vai uma dica: tome cuidado com o pé pesado.

Renault Kwid E-Tech também tem o maior porta-malas dos três — Foto: Renato Durães/Autoesporte

Uma característica muito boa do Kwid é o grau de regeneração da bateria no modo Eco. Quando acionado esse modo, a potência fica em 45 cv e a perda de força é muito evidente. No entanto, o grau de energia regenerada na desaceleração é ótimo, fazendo com o que os 298 km de autonomia no ciclo urbano sejam bem duradouros. É importante dizer que o Kwid é o carro mais leve de todos, com 977 kg.

Renault Kwid E-Tech tem a suspensão bem rígida — Foto: Renato Durães/Autoesporte

O franco-indiano ganha dos concorrentes em espaço e tem suas virtudes, todavia é muito simples para um carro de R$ 146.990. Por isso, a medalha de prata está de bom tamanho.

1º lugar: Caoa Chery iCar

A medalha de ouro vai para o novato iCar, de R$ 149.990, mas pode chamá-lo de microcarro. São apenas 3,20 metros de comprimento, 1,67 m de largura, 1,59 m de altura e 2,15 m de distância entre-eixos. As medidas são reduzidas, mas a autonomia é grande: 282 km.

O motor entrega 61 cv e 15,3 kgfm, exatamente os mesmos números do JAC. A diferença é que o iCar pesa 995 kg, ou seja, quase 200 kg a menos.

O iCar é o menor de todos, mas um dos mais divertidos de guiar, além de caber em qualquer vaga na rua — Foto: Renato Durães/Autoesporte

Aqui vai um detalhe curioso: enquanto a maioria dos carros de luxo usa fibra de carbono para reduzir o peso, o iCar utiliza plástico. É isso mesmo, plástico. Sua estrutura é quase toda feita de alumínio, mas as portas, a tampa do porta-malas e até o capô são de plástico polímero.

Se você acionar a abertura do capô a tampa desencaixa do local e você pode remover a peça com a própria mão, porque é leve. E encaixar de volta é bem prático.

O capô — de plástico — pode ser removido pelo próprio motorista — Foto: Renato Durães/Autoesporte

De acordo com a fabricante, o iCar pesa 180 kg a menos do que pesaria se fosse feito com estamparia de aço. Carros como BMW iX e M3, por exemplo, também usam reforços de polímero nas portas e no para-lama.

Caoa Chery iCar é o único com materiais sofisticados no interior — Foto: Renato Durães/Autoesporte

Partindo para dentro do iCar, é ali que ele se distancia dos seus rivais e chega mais perto de ter acabamentos dignos da faixa de preço.

Há material macio no painel e nas portas, plástico que imita aço escovado, ajustes elétricos nos dois bancos dianteiros, acionamento elétrico do banco do passageiro para dar acesso ao assento traseiro, freio de estacionamento eletrônico com Auto Hold, carregador de celular por indução, bancos de couro sintético (material que também reveste o volante), ar-condicionado digital, teto panorâmico e chave presencial com partida por botão.

Caoa Chery iCar é recomendado apenas para crianças andarem no banco de trás — Foto: Renato Durães

Além disso, há faróis e lanternas de LED, rodas de liga leve aro 15, controles de tração e de estabilidade, assistente de partida em rampa, freios a disco nas quatro rodas, sensores de estacionamento traseiro e câmera de ré.

A empunhadura desse volante é a melhor dos três e o banco é bem confortável. O seletor de marchas também é giratório. Coloco no D (Drive) para começar a saga pela cidade. Assim como acontece com seus rivais, a arrancada até os 50 km/h é muito rápida e, depois, a aceleração fica mais lenta.

O iCar tem o porta-malas minúsculo — Foto: Renato Durães

Segundo a Caoa Chery, o iCar faz o zero a 100 km/h em 12,8 segundos e a velocidade máxima chega a 100 km/h. Todos vão bem no trânsito caótico de São Paulo, mas o iCar é o que melhor se encaixa, pois é compacto demais e, ao mesmo tempo, arisco. Então, mudar de faixa ou encontrar uma vaga na rua é muito mais simples. A suspensão é um pouco rígida para um asfalto irregular; consegue ser mais macia do que a do Kwid, mas não supera o conforto proporcionado pela suspensão do JAC E-JS1.

O pequenino da Chery está homologado para quatro passageiros e a área útil do porta-malas é de apenas 100 litros. Porém, rebaixar os assentos traseiros é prático: basta puxar uma alça e empurrá-los para a frente. Desse modo, a capacidade do compartimento salta para 380 litros.

Caoa Chery iCar tem muita personalidade no visual — Foto: Renato Durães

Sejamos racionais, ninguém vai comprar algum desses três carros para transportar a família. O foco é totalmente voltado para um público-alvo de solteiros ou casais com, no máximo, uma criança pequena. O bom acabamento, a vasta lista de equipamentos de série e a praticidade do iCar na cidade dão a ele o posto mais alto nesse universo paralelo dos carros elétricos de entrada.

Renault Kwid E-Tech, JAC E-JS1 e Caoa Chery iCar lado a lado — Foto: Renato Durães

iCar, Kwid e E-JS1 são carros elétricos estritamente urbanos e têm boa autonomia declarada, como mostra a tabela mais abaixo. Mas, na vida real, tudo vai depender do modo como você dirige.

Caoa Chery iCar tem 282 km de autonomia — Foto: Renato Durães

Caoa Chery iCar: O pequenino tem baterias de íons de lítio de 30,8 kWh e tomada de padrão europeu. Carrega 80% da bateria em 5 horas no Wallbox de 6,6 kW (AC), vendido à parte, ou em 11 horas em um carregador portátil de 3 kW (AC), também vendido à parte. Em estações de recarga rápida (50 kW), o tempo é de 36 minutos.

Renault Kwid elétrico tem 292 km de autonomia — Foto: Renato Durães

Renault Kwid E-Tech: O francês tem baterias de íons de lítio de 26,8 kWh com o padrão europeu. No Wallbox doméstico de 7,4 kW (AC), vendido à parte, o tempo de recarga de 15% para 80% da bateria é de 2h54. Já em um posto de carga rápida, de 30 kW (DC), o motorista vai precisar de apenas 40 minutos para atingir a mesma marca.

A estimativa, no ciclo WLTP, é de que o Jac tenha 260 km de autonomia — Foto: Renato Durães/Autoesporte

JAC E-JS1 – O carro tem baterias de fosfato de ferro-lítio com capacidade máxima de 30,2 kW. O padrão de tomada é o chinês, que não é utilizado no Brasil. Por isso, a JAC oferece um adaptador com padrão europeu. No Wallbox doméstico de 7 kW (AC), vendido à parte, a recarga de 20% para 100% é feita em cerca de 3h30.

Caoa Chery iCar: a central multimídia de 10,25 polegadas com formato vertical é o que mais chama a atenção — Foto: Renato Durães/Autoesporte

Renault Kwid E-Tech: a tela é de apenas 7 polegadas, mas é a única que tem conexão com Apple CarPlay e Android Auto — Foto: Renato Durães/Autoesporte

JAC E-JS1:a tela de 10,25″ do multimídia é bem funcional, mas com as particularidades da fabricante — Foto: Renato Durães/Autoesporte

Dados da montadora

Caoa Chery iCar Renault Kwid E-Tech JAC E-JS1
Preço R$ 149.990 R$ 146.990 R$ 159.900
Motor Elétrico Elétrico Elétrico
Bateria 30,8 kWh 26,8 kWh 30,2 kWh
Potência combinada 61 cv 65 cv 62 cv
Torque 15,3 kgfm 11,5 kgfm 15,3 kgfm
Velocidade Máxima 100 km/h 130 km/h 110 km/h
Câmbio Automático, 1 marcha Automático, 1 marcha Automático, 1 marcha
Direção Elétrica Elétrica Elétrica
Suspensão Indep. McPherson (diant.) e eixo de torção (tras.) Indep. McPherson (diant.) e eixo de torção (tras.) Indep. McPherson (diant. e tras.)
Freios Discos ventilados (diant.) e sólidos (tras.) Discos ventilados (diant.) e tambores (tras.) Discos sólidos (diant.) e tambores (tras.)
Pneus 165/65 R15 175/70 R14 165/65 R14
Tração Traseira Dianteira Dianteira
Comprimento 3,20 m 3,73 m 3,65 m
Largura 1,67 m 1,77 m 1,67 m
Altura 1,59 m 1,50 m 1,49 m
Entre-eixos 2,15 m 2,42 m 2,39 m
Peso 995 kg 977 kg 1.180 kg
Porta-malas (Fabricante) 100 l 230 l 121 l
Autonomia da fabricante (WLTP) 282 km 298 km 260 km (estimativa)

Itens

Caoa Chery iCar Renault Kwid E-Tech JAC E-JS1
Partida por botão Série Não Disponível Série
Freio de estac. elétrico Série Não Disponível Série
Airbags laterais Não Disponível Série Não Disponível
Airbags de cortina Não Disponível Série Não Disponível
Carregador de cel. por indução Série Não Disponível Não Disponível
Apple CarPlay Não Disponível Série Não Disponível
Android Auto Não Disponível Série
Câmera de ré Série Série Série
Painel digital Série Série Série
Faróis de LED Série Não Disponível Série
Contole de tração Série Série Série
Controle de estabilidade Série Série Série
Isofix Série Série Série
Controle de cuzeiro Não Disponível Não Disponível Série
Freio regenerativo Série Série Série
Teto solar Série Não Disponível Não Disponível
Rack de teto Série Série Opcional
Rodas de 15 polegadas Série Não Disponível Não Disponível

Notas

Caoa Chery iCar Renault Kwid E-Tech JAC E-JS1
CONFORTO
Acabamento 8 4 7
Espaço interno 4 7 6
Porta-malas 3 7 4
Ergonomia 6 5 7
Equipamentos de série 8 5 6
Equip. de segurança 8 7 6
Subtotal 37 35 36
DINÂMICA
Motor 6 7 7
Frenagem
Suspensão 7 6 8
Desempenho 6 7 7
Autonomia (WLTP) 7 8 6
Sensação ao volante 7 6 7,5
Subtotal 33 34 35,5
MERCADO
Preço 5,5 6 3
Atualidade 7 6 5
Subtotal 11,5 11 8
TOTAL 81,5 80 79,5

Rodapé Um Só Planeta — Foto: Divulgação

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Vídeo: BMW mais potente já feito é SUV híbrido de 748 cv com design exótico | Vídeos

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Tenho que admitir. Antes de ver o BMW XM pessoalmente pela primeira vez, tinha algumas restrições quanto ao seu design. Mas depois de alguns instantes diante do primeiro SUV preparado pela divisão Motorsport, tenho que admitir: o XM é cheio de personalidade.

Ainda não foi possível dirigir o XM, já que o SUV estava posicionado de forma estática em um estúdio montado no hotel base do lançamento da sétima geração do Série 7 na Califórnia (Estados Unidos). Assim, o primeiro contato foi apenas para reconhecimento das linhas exteriores e do exótico interior.

Quem vê o XM pela primeira vez, pode achar que se trata de um carro conceito. De fato, boa parte dos traços do XM Concept foram preservados na versão final, mostrando que a ousadia estilística é proposital.

Os principais elementos são a generosa grade frontal com as bordas iluminadas, para-choques repletos de vincos e conjunto ótico dividido em dois andares – acima o DRL, abaixo, a peça principal.

XM não tem logotipos da BMW na posição convencional — Foto: Divulgação

As enormes rodas de 23 polegadas são as maiores já vistas em um carro de produção da BMW. Ainda na lateral, logo após a caixa de roda dianteira tem início uma peça dourada que emoldura as janelas e termina só na coluna C. Mais uma prova de quão exótico é o XM.

Atrás, a referência ao M1, primeiro BMW desenvolvido pela Motorsport está nos logotipos aplicados nas laterais superiores dos vidros. No esportivo dos anos 1970, acontecia o mesmo.

BMW XM traz logotipos da marca nas extremidades superiores dos vidros traseiros — Foto: Divulgação

Já no interior, não há a menor menção a carros do passado. A cabine é futurista e traz grandes telas para a central multimídia (14,9 polegadas) e quadro de instrumentos (12,3 polegadas).

Mas o ponto alto é o sistema de iluminação. São 100 luzes de LED que formam um desenho de prisma no teto. Os bancos são elétricos, obviamente, e com aquecimento, inclusive para os ocupantes da segunda fila.

Cabine do XM pode ser revestida com material vegano — Foto: Divulgação

O BMW XM terá duas versões. A mais extrema, chamada Label Red é apenas o carro de produção em série mais potente já feito pelos alemães. São 748 cv e 102 kgfm derivados do motor V8 4.4 a combustão combinado com um elétrico. O câmbio é automático de oito marchas.

Na opção menos potente, são 653 cv, sendo que 489 cv vêm do V8 4.4 biturbo a gasolina e outros 197 cv do motor elétrico. Nessa configuração, o SUV de mais de cinco metros acelera de 0 a 100 km/h em 4,3 segundos. Os números do Label Red não foram revelados.

BMW XM tem grade iluminada e faróis divididos — Foto: Divulgação

três modos de condução: Elétrico, Híbrido e eControl. No totalmente elétrico, o XM pode chegar a 140 km/h com autonomia de até 88 km, graças à bateria de 25,7 kWh – grande para um carro híbrido.

O BMW XM chega às lojas dos mercados mais importantes da marca (leia-se Europa e Estados Unidos) ainda em 2022. No caso do Brasil, o lançamento deve acontecer em algum momento do ano que vem.

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Lidl já opera rede de 100 lojas com postos de carregamento elétrico

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A cadeia de supermercados Lidl chegou recentemente à centena de postos de carregamento para veículos elétricos junto às suas lojas, numa oferta importante para auxiliar a mobilidade elétrica dos seus clientes e bem demonstrativa do compromisso com a sustentabilidade.

O Lidl tem atualmente 270 lojas a operar em Portugal e é intenção dos responsáveis continuar a proporcionar serviços de carregamento elétrico em zonas onde essa oferta possa fazer a diferença (vê aqui onde há postos de carregamento).

A tarifa OPC (Operador de posto de carregamento) é de 0,08 euros por minuto, sem taxa de ativação e sem custos associados. Os postos são equipados com carregadores de potência até 50 kW que poderá proporcionar um carregamento rápido de até 80% da bateria, em apenas 30 minutos, de um carro elétrico de média capacidade.

Loja Lidl em Sintra (foto: divulgação)

A filial portuguesa da cadeia de distribuição alemã tem vindo a investir na transição energética e em ações que visam mitigar os consumos de energia. Atualmente o Lidl recorre apenas a energia 100% renovável nas suas lojas através de contratos que asseguram a fonte.

Nos últimos anos os supermercados Lidl têm vindo a ser modernizados e, tal como as novas lojas, recebem novas luminárias em LED e, por exemplo, tem arcas frigorificas com consumo inferior até 40% e painéis solares no topo do edifício.

Carro a combustão ou eletrificado: confira qual vale mais a pena para o seu bolso

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Um recente anúncio de uma montadora brasileira mostra que o carro eletrificado é um caminho sem volta.

Após fechar a fábrica em Jacareí (SP) para reformas e adaptar a planta para receber linhas de híbridos e elétricos a partir de 2025, a Caoa Chery, que também produz veículos em Anápolis (GO), anunciou que todo o line-up de veículos seria eletrificado.

Ou seja, a linha de carros passa a ter opções térmicas (flex ou gasolina) e eletrificadas (híbridos leves, híbridos plug-in e elétricos).

Enquanto algumas montadoras e importadoras preferem lançar elétricos e híbridos em doses homeopáticas, adicionando aos poucos as novidades (Toyota, Nissan e Renault, por exemplo), há outras eletrificando todos os veículos — caso de JAC, Volvo e Lexus, que não vendem mais no Brasil modelos apenas a gasolina.

A estratégia da Caoa Chery é justamente não dar um passo inalcançável. Ao oferecer opções eletrificadas e flex ou só a gasolina, a montadora consegue avaliar essa demanda e atender melhor os consumidores.

Pequena diferença de preço coloca o híbrido, mesmo sendo leve, em vantagem – Imagem: Divulgação

Dentro dos portfólios, as marcas também decidem se trazem um carro exclusivamente elétrico ou híbrido, ou se estendem a oferta como uma nova versão àquela linha já existente.

Vamos citar o caso da Toyota: um RAV-4 só existe na versão híbrida enquanto o Corolla Cross pode ser adquirido com motor flex ou híbrido flex. Ou ainda no caso da Peugeot, com o e-208 que se soma às demais versões térmicas do hatch.

Outros nascem puramente elétricos, como o novo BMW ix e o Porsche Taycan.

Nesta reportagem, vamos comparar os carros que possuem versões a combustão com similares eletrificados e colocar na ponta do lápis o preço, o consumo e a autonomia.

No caso dos veículos flex, considerarmos o consumo quando abastecidos com gasolina, já que com o combustível fóssil os números são mais favoráveis.

Para ficarem mais equilibradas, as comparações são feitas com os modelos mais próximos em potência e torque — por exemplo, no caso do Peugeot 208, foi escolhida a versão 1.6 e não a 1.0. Confira a seguir:

Modelos elétricos x versões similares térmicas


Modelo

Propulsão

Autonomia

Consumo
(cidade/estrada)

Potência/
torque

Preço
mínimo
*
Renault Kwid
E-Tech
elétrico 298 km —   65 cv / 11,5 kgfm R$ 146.990
Renault Kwid flex 589 km 15,5 km/l 68 cv /
9,4 kgfm
R$ 64.690
Peugeot 208 e-GT elétrico 340 km 136 cv / 26,5 kgfm R$ 276.990
Peugeot 208 flex 564 km 12 km/l 120 cv / 15,7 kgfm R$ 94.990
Mini Cooper
S E 3P (BEV) Exclusive
elétrico 234 km 184 cv / 27,5  kgfm R$ 248.590
Mini Cooper S 3P Exclusive gasolina 453 km 11,7 km/l 192 cv /  28,5 kgfm R$ 228.290
Citroën e-Jumpy elétrico 330 km 136 cv / 26,5 kgfm R$ 329.990
Citroën Jumpy turbodiesel 704 km 10,2 km/l 120 cv/
30 kgfm
R$ 161.990
Peugeot e-Expert elétrico 330 km 136 cv / 26,5 kgfm R$ 329.990
Peugeot Expert turbodiesel 704 km 10,2 km/l 120 cv/
30 kgfm
R$ 161.990
Fiat e-Scudo elétrico 330 km 136 cv / 26,5 kgfm R$ 329.990
Fiat Scudo turbodiesel 800 km 12,4 km/l 120 cv/
30 kgfm
R$ 187.490
Fonte: Montadoras
*Os preços, sujeitos a alteração, são baseados em Brasília e podem variar conforme o ICMS de cada estado

Elétrico ou térmico, qual carro vale mais a pena?

Os carros puramente elétricos tendem a ser mais caros que os similares a gasolina, flex ou diesel, mas é preciso fazer contas.

Primeiramente, se considerar que as recargas são — ainda — gratuitas em wallbox (unidade de carregamento) de eletropostos públicos, o que ocorre na grande maioria, o custo será nulo.

Se o dono do carro abastecer em casa, o custo com a energia chega a ser 25% do que se gasta com gasolina. Se tiver placas de energia solar em casa, o custo de recarga será de 7% em relação à gasolina.

Outra vantagem econômica do carro elétrico é a manutenção: sem filtros, lubricantes, velas, cabos, sistema de escape e tantos outros, as revisões são muito mais em conta. Afinal, de uma média de 2.400 peças de um modelo a combustão, o elétrico é reduzido a 250.

Por ser mais eficiente e aproveitar melhor a energia, o carro 100% elétrico também sofre menos desgastes.

Na comparação de um Peugeot 208, por exemplo, após rodar 60 mil quilômetros, seu dono terá desembolsado cerca R$ 5 mil em revisão. Já a do similar elétrico custará R$ 2.100.

Se for considerar apenas o bolso, devido ao alto custo do elétrico, ainda vale mais a pena levar os modelos térmicos de Peugeot 208 e Renault Kwid e as versões comerciais dos furgões de Peugeot, Citroën e Fiat.

Mas é curioso ver o caso do Mini Cooper: por uma diferença de R$ 20 mil já é possível pensar em todos os benefícios de um carro elétrico na garagem.

Híbridos x versões similares térmicas


Modelo

Motor

Autonomia

Consumo
(cidade/estrada)

Potência combinada/
torque

Preço
mínimo
*
BMW 330e M Sport Híbrido plug-in e gasolina 952 km (cidade) e 1.072 (estrada) 25,3 km/l 292 cv / 42,8 kgfm R$ 379.950
BMW 320i GP flex  708 km 12 km/l  184 cv /
30,5 kgfm
R$ 300.950
BMW X3 xDrive30e X Line híbrido plug-in e gasolina  1.517 km 30,3 km/l 292 cv / 42,8 kgfm R$ 399.950
BMW X3 M40i gasolina 559 km 8,6 km/l 387 cv /  50,9 kgfm R$ 589.950
Mini Cooper S E Countryman ALL4 (PHEV) Exclusive híbrido plug-in e gasolina 57 km (só elétrico)
490 km (combinado)
23,6 km/l 224 cv /  39,3 kgfm R$ 272.990
Mini JCW Countryman ALL4 gasolina 532 km 10,4 km/l 192 cv /  28,6 kgfm R$ 347.290
Jeep Compass 4xe híbrido gasolina 44 km (só elétrico)
927 km (combinado)
25,4 km/l 240 cv /   27,5 kgfm R$ 349.990
Jeep Compass
TD 350
turbodiesel 711 km 11,8 km/l 170 cv /  35,7 kgfm R$ 220.490
Toyota Corolla Hybrid híbrido flex 662 km 13,1 km/l 122 cv / 16,6 kgfm R$ 187.090
Toyota Corolla Altis flex 637 km 12,7 km/l 177 cv / 21,4 kgfm R$ 175.390
Toyota Corolla Cross Hybrid XRV híbrido flex 556 km 15,4 km/l 122 cv / 16,6 kgfm R$ 196.290
Toyota Corolla Cross XRE flex 571 km 12,1 km/l 177 cv / 21,4 kgfm R$ 171.290
Caoa Chery Tiggo 5X Pro 1.5T flex Hybrid híbrido leve flex 816 km 16,2 km/l 160 cv / 25,5 kgfm R$ 169.990
Caoa Chery Tiggo 5x Pro flex 546 km 10,7 km/l 150 cv / 21,4 kgfm R$ 154.490
Caoa Chery Tiggo 7 Pro 1.5T flex Hybrid híbrido leve flex 800 km 15,7 km/l 160 cv / 25,5 kgfm R$ 199.990
Caoa Chery Tiggo 7 Pro gasolina 551 km 10,8 km/l 187 cv/ 28 kgfm R$ 193.790
Caoa Chery Tiggo 8 Pro 1.5T Hybrid Plug-in híbrido  plug-in gasolina 77 km (só elétrico)/
810 km (combinado)
42,7 km/l 317 cv / 56,6 kgfm R$ 269.990
Caoa Chery Tiggo 8 gasolina 563 km 11 km/l 187 cv /
28 kgfm
R$ 210.990
Fonte: Montadoras
*Os preços, sujeitos a alteração, são baseados em Brasília e podem variar conforme o ICMS de cada estado

Híbrido ou a combustão, qual carro vale mais a pena?

Os exemplos de carros híbridos são mais numerosos no mercado brasileiro e não é à toa. Primeiramente porque no Brasil, o custo de importação eleva bastante o valor dos elétricos, já que todos eles vêm de fora — nenhum tem produção nacional.

Há também uma explicação “cultural” à maior oferta de híbridos. Além do preço mais acessível em relação aos elétricos, a falta de estrutura em eletrocarga preocupa pessoas interessadas em gastar menos com combustível e evitar a poluição.

Por isso, para muitos brasileiros, faz mais sentido comprar um híbrido, que tem preço mais acessível e melhor consumo e esperar mais alguns anos (e mais confiança) para ter um 100% elétrico.

Hoje, a tecnologia híbrida oferecida por aqui tem três formatos: híbrido leve, híbrido e híbrido plug-in. Vamos explicar cada um.

Versões híbrida e gasolina do Mini Countryman: raro caso que a eletrificada custa bem menos – Imagem: Divulgação

Híbrido leve estende a autonomia do carro

O híbrido leve é chamado também de extensor de autonomia. Ele funciona assim: um gerador/motor BSG substitui o alternador e o sistema recupera a energia cinética gerada nas frenagens. Essa energia é armazenada em uma bateria 48V e utilizada para auxiliar e aumentar o torque e a potência vindos do motor a combustão quando solicitados.

Na prática, o carro tem um ganho por volta de 15% no consumo.

Os novos Caoa Chery Tiggo 5x e Tiggo 7 são exemplos de modelos que usam essa tecnologia. Por isso, os ganhos de potência e torque não são tão elevados, embora haja uma expressiva economia de combustível. As diferenças de preço desses modelos podem compensar o menor consumo.

Já o sistema da Toyota mais evoluído é o híbrido, que possui um propulsor elétrico que trabalha em conjunto com o motor a combustão.

Nesse tipo, não há recarga na tomada nem o motorista decide qual sistema opera, já que ele é automático. A bateria é recarregada pela energia na regeneração das frenagens.

Os motores da Toyota são distintos: enquanto o híbrido utiliza a opção flex 1.8, a outra versão utiliza um flex 2.0 bem mais potente.

No caso do Corolla sedã, a diferença de preço do híbrido (R$ 12 mil) pode valer a pena se o motorista rodar mais na cidade (onde ele é mais econômico) e não fizer questão de mais potência.

Nessas mesmas condições, o SUV Corolla Cross híbrido custa R$ 25 mil a mais.

Veja também: Do salário mínimo ao milhão? O passo a passo para conquistar a liberdade financeira

A evolução da espécie

Os híbridos plug-in são mais evoluídos ainda que o híbrido leve e o híbrido convencional porque as baterias lhe dão mais alcance.

No geral, esses veículos utilizam dois motores elétricos para tracionar e permitem que o motorista escolha se roda apenas no elétrico ou na gasolina (ainda não temos um híbrido plug-in flex). No modo elétrico, é possível atingir autonomia de até 80 quilômetros, conforme o modelo.

Embora também tenham sistema de regeneração, as baterias requerem carga pela tomada. Mas o motorista não fica na “mão”. Se a carga zerar, o motor a gasolina o leva até onde for preciso ou, pelo menos, será mais fácil e rápido reabastecê-lo.

Se antes as opções plug-in no mercado brasileiro eram restritas a Volvo, Porsche e BMW, hoje passamos a ter mais alternativas acessíveis, como o Jeep Compass e o Caoa Chery Tiggo 8.

No caso do Jeep, é mais vantajoso apostar no híbrido aquele motorista que roda bastante e quer compensar no consumo. São R$ 130 mil que separam a versão híbrida que faz média de 25 quilômetros por litro (km/l) de gasolina em relação à turbodiesel, mais acessível e que faz quase 12 km/l.

A diferença é bem menor no Tiggo 8: por R$ 59 mil a mais, o híbrido promete média acima de 40 km/l e muito mais potência e torque — o SUV vem equipado com motor 1.5 a gasolina que opera com outros dois elétricos.

No consumo combinado, a Caoa Chery promete autonomia de 810 km antes de reabastecê-lo com gasolina ou eletricidade.

Exceções de carros híbridos mais baratos que similares a gasolina

Neste comparativo, chamam a atenção dois exemplos de carros que são mais baratos nas versões híbridas do que nas movidas a gasolina.

Embora mais potente, o BMW X3 M40 i “beberrão” custa R$ 190 mil a mais que o modelo híbrido plug-in mais próximo, o X3 xDrive30e X-Line.

Além disso, o eletrificado chega a oferecer três vezes mais autonomia em relação ao modelo somente a gasolina. O interessado pode ficar naquele dilema entre emoção e razão.

Outro exemplo é o Mini Cooper Countryman. A versão híbrida é mais potente, mais econômica e mais barata: R$ 273 mil. O similar a gasolina custa R$ 347.290 e bebe o dobro. Neste caso, não há dúvidas que levar o híbrido é o melhor negócio.   

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