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Nissan híbrido que faz 25 km/l será lançado no Brasil em 2023 | Elétricos e Híbridos

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A Nissan confirma que terá um carro híbrido com a tecnologia e-Power no Brasil no ano que vem, mas não especificou qual será o modelo. A marca japonesa pretende focar no uso do etanol como alternativa mais sustentável.

Não é a primeira vez que a Nissan cita o e-Power como uma alternativa para o Brasil. A marca considera lançar um carro híbrido com a tecnologia desde 2017 e chegou a fazer estudos com o Kicks, produzido em Resende (RJ). Os planos foram adiados com o avanço da pandemia e da crise econômica, e a marca passou a desconversar quando questionada sobre o assunto.

O e-Power é um sistema híbrido exclusivo da Nissan, bem diferente da tecnologia utilizada por outras fabricantes, como a rival Toyota. O sistema também é composto por dois motores, um a combustão e outro elétrico, mas unidade térmica fica responsável por queimar o combustível e convertê-lo em eletricidade, como um gerador.

Diferentemente dos híbridos convencionais, os carros e-Power são movidos o tempo todo por eletricidade — Foto: Divulgação

A energia elétrica fica armazenada em um conjunto de baterias. Ela então é direcionada para o motor elétrico, que faz as rodas do carro girarem e seus sistemas eletrônicos funcionarem. A grande vantagem dessa tecnologia é que o conjunto de baterias pode ser menor em comparação com o de um híbrido convencional.

Diferentemente dos carros dessa categoria, como o Corolla Cross, os veículos e-Power são movidos o tempo todo por eletricidade, ainda que derivada da queima do combustível. A Nissan enxerga no etanol uma forma de deixar o sistema ainda mais sustentável, já que o combustível de cana-de-açúcar causa menos impactos ao meio ambiente que a gasolina.

O primeiro e-Power do Brasil

Nova geração do Sentra é candidata a ter o sistema e-Power no Brasil — Foto: Divulgação

A Nissan faz mistério sobre qual carro deverá ser o seu primeiro híbrido no Brasil, mas a tendência é que a fabricante escolha entre três modelos: Sentra, X-Trail e Kicks. O sedã médio será vendido no Brasil a partir do primeiro semestre do ano que vem e tem em sua linha uma versão e-Power que roda até 25 km/l.

Nissan X Trail é conhecido como Rogue nos Estados Unidos — Foto: Divulgação

O X-Trail, por sua vez, é um sonho antigo da Nissan do Brasil. O SUV foi mostrado no Salão do Automóvel de 2018 em uma versão híbrida convencional, mas nunca foi lançado por aqui. Além do sistema e-Power, a nova geração do modelo tem tração 4×4.

O Kicks é outro candidato forte, mas uma versão e-Power também teria de ser importada. Incorporar uma tecnologia como essa em um carro nacional demandaria muitos investimentos na modernização na fábrica de Resende.

A Nissan já quis produzir o Kicks e-Power no Brasil, mas foi frustrada pela pandemia e a crise econômica — Foto: Divulgação

Esse foi o caminho adotado pela Jeep no lançamento do Compass 4xe. Enquanto as versões a combustão são produzidas em Goiana (PE), o modelo híbrido é importado da Itália. O Kicks poderia seguir o mesmo caminho, porém, vindo do México.

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A curiosa contribuição da banda A-ha para o ‘boom’ de carros elétricos – 04/11/2022

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Há mais de meio milhão de veículos elétricos no país, para uma população de apenas 5,4 milhões de pessoas.

Quando o assunto são os carros elétricos, a Noruega está quilômetros à frente do Reino Unido. Grande parte dessa liderança deve-se a uma improvável colaboração entre os ativistas ambientais e a banda norueguesa A-ha.

Nos anos 1980, dois ativistas trabalhavam como verdadeiros faróis no movimento ambiental nórdico, promovendo a tecnologia dos veículos elétricos, mas não conseguiam chamar a atenção do público.

Até que eles recrutaram a maior banda de rock do país para ajudar na divulgação.

Era a banda A-ha, uma das mais populares do mundo na época, com sucessos internacionais como Take on Me e Sun Always Shines on TV. Eles chegaram a gravar a música-tema do filme de James Bond 007 – Marcado para Morrer, em 1987.

Juntos, os ativistas e o grupo foram até Berna, na Suíça, onde compareceram ao Tour de Sol – rali de veículos movidos a energia solar – em 1989. Lá, eles viram um carro Fiat Panda cujo motor a gasolina havia sido convertido para eletricidade.

Eles importaram um carro similar e usaram o primeiro veículo elétrico moderno nas estradas da Noruega, lançando uma campanha de desobediência civil. A ideia era mostrar que era preciso desenvolver uma alternativa aos combustíveis fósseis poluentes.

Eles acumularam multas atravessando pedágios sem pagar, estacionando em locais proibidos e recusando-se a pagar os impostos do veículo, argumentando que a nova forma de transporte sustentável deveria ser livre desse tipo de custos para que fosse mais atraente.

O vocalista do A-ha, Morten Harket, declarou à BBC que “não achava que estivesse fazendo papel de rebelde, na verdade. Percebi que era isso, mas era apenas o necessário. Era o que precisávamos fazer. E fez todo o sentido, sabe?”

Os assentos traseiros do Fiat Panda foram retirados para criar espaço suficiente para abrigar as baterias necessárias para alimentar o carro, mas seu alcance era limitado a apenas 45 km. E ele levava 48 horas para recarregar.

Carro apreendido diversas vezes

A ideia foi do professor Harald N. Rostvik, da Universidade de Stavanger, na Noruega. Ele conta que, na época, as pessoas simplesmente riam dele.

“Era difícil até comunicar o que estávamos querendo porque não existia uma palavra como ‘sustentabilidade’.”

“A ideia era constranger o governo, até que, apenas um ano depois de dirigirmos o carro pela primeira vez, eles começaram a implementar os melhores incentivos do mundo, conforme nossas exigências”, relembra ele.

Os incentivos incluíram permitir que os veículos elétricos trafegassem pelos corredores de ônibus, estacionamento grátis, transporte grátis por balsa e imposto zero.

Segundo Frederic Hauge, fundador da ONG ambiental Fundação Bellona, “antes que fizéssemos a importação do carro elétrico juntos, as pessoas só se concentravam nos problemas”.

“Foi um dos primeiros debates amplamente concentrados na solução”, afirma ele. “Levou um ano para abrir caminho com aquele pequeno Fiat Panda até [que surgissem] as regulamentações na Noruega.”

Na verdade, a campanha durou cerca de sete anos até que todos os incentivos fossem adotados.

Nesse período, o carro foi apreendido pelo governo e recuperado pelos apoiadores pelo menos uma dúzia de vezes, mas eles acreditavam que era importante que a Noruega liderasse a redução de carbono do setor de viagens.

Desde meados dos anos 1970, a Noruega é um dos países produtores de petróleo mais ricos do mundo. O país tem um fundo soberano de quase 1 trilhão de libras (cerca de R$ 5,7 trilhões) acumulado com as receitas dos seus campos de petróleo, que servirá de “fundo de pensão” quando eles se esgotarem.

Para o membro do A-ha Magne Furuholmen, “nossas mãos estão manchadas pelo petróleo que nos fez ricos”.

“Por isso, acho que temos uma certa responsabilidade de sair na frente, liderar o caminho”, afirma ele.

“Aquele carrinho abriu o caminho para o estacionamento grátis para os carros elétricos na cidade, com estações de carregamento, e para o não pagamento de pedágio.”

Rostvik afirma que agora tudo é diferente na Noruega. Há mais de meio milhão de veículos elétricos no país, para uma população de apenas 5,4 milhões de pessoas. A Noruega tem a população da Escócia, que tem cerca de 50 mil veículos elétricos (10% dos noruegueses).

No primeiro semestre de 2022, 78% dos carros novos vendidos na Noruega eram totalmente elétricos. O país pretende proibir a venda de novos carros a gasolina e diesel até 2025 – cinco anos antes do Reino Unido. E eles estão otimistas sobre o futuro.

“Agora, 33 anos depois, nós somos adultos e temos filhos. Todos nós temos responsabilidade com as nossas próprias famílias, o nosso país e a comunidade global”, afirma Rostvik.

E Harket também é otimista sobre o futuro.

“O mundo só está assim hoje porque nós o mantivemos assim”, afirma ele. “Porque o padrão de como fazemos as coisas, como tratamos das coisas, pode mudar com muita rapidez se decidirmos mudar.”



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