Comprar um carro elétrico é um desejo cada vez maior da grande maioria dos portugueses. Mas muita gente ainda se questiona sobre as diferenças de condução face a um tradicional veículo com motor a combustão. Elas existem, mas não são muitas e permitem uma fácil adaptação.
A maior delas é a ausência da caixa de velocidades. Para quem está habituado a conduzir veículos com mudanças automáticas, a transição será mais fácil. Tal como nestes carros, os elétricos apenas possuem dois pedais: um para acelerar e outro para travar. Mas é neles que o condutor pode sentir a maior necessidade de adaptar o seu comportamento ao volante. Vamos por partes. Os carros elétricos são conhecidos por terem uma capacidade de arranque muito rápida. Isto deve-se ao facto de estes motores disponibilizarem o binário, ou seja, a força rotacional exercida sobre o eixo, na sua totalidade assim que pisamos o acelerador. Num primeiro contacto com o carro, poderá sentir alguns arranques mais bruscos. No entanto, este é um processo ao qual nos adaptamos muito rapidamente. Se é daqueles que receiam estas arrancadas mais bruscas, não tema, pois a maioria dos construtores de automóveis está a limitar eletronicamente esta disponibilidade da potência para, por um lado, tornar o veículo menos “nervoso” e, por outro, ajudar a economizar a eletricidade armazenada nas baterias.
É na utilização dos pedais que mais se nota a diferença de condução entre um veículo elétrico e um tradicional
Outra das diferenças que irá sentir é a capacidade que terá de travar o veículo com… o acelerador. Parece algo complicado, mas não é. Para aumentar a autonomia, estes carros tentam aproveitar ao máximo toda a energia que é gerada. Quer isso dizer que, quando efetuamos uma travagem, essa energia é transformada em eletricidade e armazenada na bateria. A maioria dos carros elétricos permite que o condutor escolha vários modos de regeneração na travagem. Nalguns casos, basta aliviar ligeiramente o pedal do acelerador para que o veículo comece imediatamente a travar.
Mas há mais. Regra geral, estes veículos têm o chamado centro de gravidade mais baixo, devido ao elevado peso das baterias. Em termos práticos de condução, isto significa que o carro, nomeadamente quando descrevemos uma curva, torna-se mais estável e mais “agarrado ao chão”.
Em circuitos urbanos, sobretudo em ruas estreitas, naquelas em que os carros quase “convivem” lado a lado com os peões, o condutor deve ter uma atenção redobrada. Como os motores elétricos não emitem ruído, por vezes pode ser surpreendido com alguns transeuntes que se colocam na sua trajetória sem se aperceberem que vem um carro na sua direção. Para minimizar este efeito, a maioria dos modelos tem uma espécie de um barulho de motor induzido sempre que o carro está em circulação.
Avanço de carros 100% elétricos no Brasil, nos próximos anos, estará concentrado no segmento de marcas premium cuja definição ultimamente vem apresentando certa elasticidade de interpretação, além de discussões intermináveis que pretendo abordar numa coluna futura.
A barreira do preço elevado para os elétricos ainda vai demorar para ser superada. Em mercados emergentes como o brasileiro é natural que clientes com dois ou mais carros na garagem tenham a iniciativa de sentir de perto a alta aceleração, ausência de ruídos e vibração, além, é claro, de uma pegada local amiga do meio ambiente, entre motor e rodas, pela zero emissão de CO2.
Também há a vantagem do baixo preço baixo da energia elétrica para recarregar a bateria, apesar de não existir garantia de que isso se manterá para sempre pelo que se observa hoje no exterior. Mudar a matriz energética para zero emissão de CO2 do poço à roda e criar uma rede capilar de recarga em estradas exigem investimentos de grande monta.
Marcas como Audi, BMW e Mercedes-Benz preveem que até 10% de todas as suas vendas em 2023, no Brasil, sejam de modelos elétricos a bateria (sem incluir híbridos comuns e/ou plugáveis). Cada uma delas terá de quatro a cinco modelos com essas características.
A Mercedes-Benz acaba de lançar três elétricos simultaneamente: EQA 250 (R$ 480.900), EQB 250 (R$ 502.900) e EQE 300 (R$ 709.900) já incluídos carregador de parede instalado e as três primeiras manutenções preventivas. Modelos elétricos estão isentos do imposto de importação de 35%. Os dois primeiros são SUVs de cinco e sete lugares, respectivamente, cujas arquiteturas derivam dos modelos com motor a combustão. O terceiro é um sedã equivalente ao Classe E, porém trata-se de desenvolvimento específico.
Primeiro contato com os três modelos foi bem curto e rápido no entorno do Parque Ibirapuera em São Paulo (SP). Os dois SUVs têm rodagem firme e agradável, acabamento e materiais no mesmo padrão elevado da marca, mas sentem a massa total de 2.040 kg (EQA) o que afeta o desempenho, em especial o EQB (2.110 kg). Ambos têm o mesmo motor de 190 cv de potência e 39,2 kgf.m de torque.
O sedã médio-grande EQE 300 de 245 cv e 56,1 kgf.m vai bem melhor no para e anda do trânsito com acelerações mais fortes, apesar dos 2.380 kg de massa. Apresenta quadro de instrumentos e tela multimídia com mais recursos tecnológicos, além de vários comandos no volante de três raios vazados. A distância entre eixos de nada menos que 3.120 mm (10 mm superior ao Classe S) proporciona espaço extraordinário para as pernas de quem senta no banco traseiro.
Outro SUV interessante é o iX3 (R$ 475.950) cedido pela BMW para avaliação por cerca de uma hora em estradas na Grande Campinas (SP). Versão elétrica do X3 tem 286 cv, 40,8 kgf.m e 2.185 kg de massa. Tração traseira e comportamento mais agradável em curvas que o EQA de tração dianteira, além de melhor desempenho. Na viagem a regeneração de frenagem dispensou totalmente o uso dos freios. Isso é comum em trânsito urbano, porém em estradas é necessário manter um pouco mais de distância do veículo à frente e o sensor de radar do carro também ajuda.
BYD produzirá elétricos e híbridos na Bahia
Os rumores já existiam, porém no último dia 28 o governo baiano anunciou um protocolo de intenções com a chinesa BYD para começar a produzir chassis de ônibus e caminhões elétricos a partir de 2024. Haverá subsídios estaduais por 10 anos. Mesmo sem pormenores é fácil concluir que SUV e picape elétricos, além de híbridos plugáveis, estão previstos para 2025. Desde o começo deste ano comenta-se que parte das instalações da Ford, em Camaçari (BA), onde se produziam Ka e EcoSport até o início de 2021, seria a base de uma segunda operação da BYD no Brasil. A empresa produz ônibus elétricos em Campinas (SP) desde 2015 com baixo índice de conteúdo local e em volume quase simbólico.
Como sempre acontece nesses casos, a marca (ainda) não confirmou que produzirá veículos leves na Bahia. Muito menos a Ford se pronunciou, mesmo porque as instalações e o parque de fornecedores em volta da fábrica inaugurada há 21 anos são bem maiores do que as necessidades da BYD e ainda restará uma grande área industrial. O acordo com o governo baiano inclui a produção de ônibus elétricos para as regiões Nordeste e Norte.
Por que motivo haveria duas fábricas de ônibus? A prefeitura de São Paulo anunciou no mês passado que novos ônibus a diesel não poderão circular e serão substituídos por elétricos. Por motivo de escala produtiva, é provável que tudo fique concentrado mesmo em Camaçari.
Híbridos flex são prioridades de Stellantis e VW
O etanol está na rota de alternativas para o Brasil como uma transição dos motores a combustão para os elétricos. Stellantis e Volkswagen confirmaram que os planos estão em marcha durante o Congresso Autodata Perspectivas 2023, que se encerrou em 28 de outubro. A tecnologia não esconde segredos, mas se trata de decisão estratégica. Afinal, um híbrido flex abastecido com etanol produzido no Brasil apresenta emissões de CO2, quando se calcula o ciclo do poço à roda, bem abaixo de um carro 100% elétrico fabricado hoje na Europa com a matriz energética existente no continente.
Antônio Filosa, CEO da Stellantis, afirmou que o etanol exige menos investimentos por parte das fabricantes, dos fornecedores e do próprio governo e com resultados muito positivos para o meio ambiente. A tecnologia híbrida flex pode ser exportada para países vizinhos e outros continentes, em especial para a Índia, que é grande produtora de cana-de-açúcar e já tem etanol disponível.
O presidente da VW, Ciro Possobom, defende igual ponto de vista e anunciou que este mês será inaugurado o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Biocombustíveis, na fábrica de São Bernardo do Campo (SP).
Quanto à expansão do mercado interno de veículos leves em 2023 o presidente da Renault, Ricardo Gondo, espera crescimento de 5% a 10%. Confirmou um novo SUV produzido no Brasil com a mesma arquitetura CMF-B hoje existente na Europa e a produção aqui do motor 1-litro turbo. Este será flex, embora não tenha entrado em pormenores.
Carro elétrico só não é sucesso maior, porque ainda custa muito caro. E mesmo quem tem saldo para comprá-lo ainda passa por uns sustos ao utilizá-lo. E o maior é o da pane seca, ficar sem bateria no meio da rua.
VEJA TAMBÉM:
Mas existem outros probleminhas. E um deles é o pneu, porque existe um específico para o carro elétrico. E qual a diferença? São várias. A primeira, é que ele tem que resistir a um torque brutal quando o motorista pisa fundo no acelerador.
O segundo é o nível de ruído que tem que ser mais baixo, porque o carro elétrico não faz barulho nenhum.
E, finalmente, tem que ter uma resistência menor ao rolamento. Ou seja, menor atrito com o asfalto para redução de consumo, pois se ele já é importante no carro a combustão, imagina no elétrico onde a autonomia é fundamental.
Newsletter
Receba semanalmente notícias, dicas e conteúdos exclusivos que foram destaque no AutoPapo.
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, procure o AutoPapo nas principais plataformas de podcasts:
De quais lançamentos de Kia e Hyundai nos últimos anos você consegue se lembrar? Se o leitor pensa muito mais na fabricante do HB20 do que na irmã menor, é porque, de fato, a glória esteve mais ao lado da Hyundai nos últimos anos – principalmente no Brasil.
Mas a Kia está com saudade dos holofotes, e o Brasil vem recebendo alguns dos melhores carros fabricados pela coreana. O Kia Niro é um deles.
Ele chega em duas versões, EX (R$ 204.990) e SX Prestige (R$ 239.990).
Desde a EX, há um bom nível de equipamentos e atenção aos detalhes, além da mecânica híbrida. A topo de linha vai além e acrescenta elementos que tornam o Niro um carro digno de chamar bastante atenção.
Nos Kia mais novos, o exterior dos carros é bem particular e a cabine praticamente igual.
Desse modo, o visual do Niro é totalmente diferente de qualquer outro modelo da marca à venda. As lanternas chamam atenção pelo formato de bumerangue e estão na coluna C – deixando a tampa do porta-malas limpa.
O sentido vertical do par de luzes parece “empinar” a traseira do SUV e, de vez em quando, durante nosso test-drive, algum curioso, induzido pela aparência, perguntava se ele é superior ao novo Sportage.
Em termos de preço não é (o Sportage custa entre R$ 224.990 e R$ 259.990), mas o Niro é mais eletrificado do que o híbrido leve e, mesmo menor no porte, tem entre-eixos maior.
“O Sportage está com uma fila de espera considerável. Vários concessionários ofereceram o Niro como alternativa e mais da metade do primeiro lote de 145 unidades foi vendido assim”, contou o presidente da Kia do Brasil, José Luiz Gandini.
Esses clientes trocaram um motor turbo e hibridização leve por um motor aspirado em um híbrido convencional: automóvel que, a exemplo do Toyota Corolla Cross, tem um motor elétrico capaz de tracionar o carro, mas sem conexão à tomada.
Esse conjunto costuma favorecer as arrancadas. Mas o Niro deixa a desejar em cenários como a ultrapassagem em pista simples, uma vez que acima dos 100 km/h as retomadas são lentas.
Com 141 cv e 27 kgfm, o modelo é só um pouco mais potente que o Fiat Pulse 1.0 turbo, mas tem torque de Jeep Compass 1.3 turbinado.
Isso ocorre por conta do motor elétrico, que favorece bastante o torque; principalmente nas acelerações urbanas, o carro tem agilidade bem superior à de um modelo convencional.
Surpresa na pista
O grande acerto está na forma de harmonizar os dois motores em busca de eficiência máxima.
Surpreendidos pelos resultados apontados pelo Inmetro (19,8 km/l de gasolina, cidade), nos apressamos em levar o Niro à pista de testes, onde a surpresa foi maior.
Na nossa prova, ele atingiu 21,7 km/l na cidade e 20,2 km/l na estrada, superando os 18,3 km/l e 16,9 km/l do Corolla Cross.
São raras as ocasiões em que o 1.6 do Niro está ligado na cidade, e o torque instantâneo do motor elétrico dá agilidade em saídas do repouso.
Em médias velocidades, o motor térmico começa a trabalhar, afinal de contas o elétrico tem apenas 43 cv e as baterias, meros 1,6 kWh (um carro 100% elétrico pode ter 60 vezes isso).
Continua após a publicidade
A partir daí, o computador do veículo trabalha ativamente e, em um 1 km, pode mudar o modo de condução mais de dez vezes, segundo a fábrica.
A maioria dessas mudanças é imperceptível ao motorista e envolve desligar o motor 1.6 em descidas, utilizar ambos ao mesmo tempo para ultrapassagens, usar o 1.6 para carregar as baterias ou simplesmente desligar tudo, aproveitando a frenagem em descida para recarregar o conjunto de células.
Um programa de computador bem projetado, vale destacar, já é tão importante para um carro híbrido quanto a qualidade mecânica de seus outros componentes.
O Niro é fabricado sobre a nova plataforma global do Grupo Hyundai/Kia, K3.
Ela tem como característica um vão livre menor, o que pode fazer o Niro raspar em rampas ingratas. Ao mesmo tempo, sua proporção mais larga e mais baixa traz bastante estabilidade em curvas.
Um Quê futurista
O conjunto de suspensão colabora e filtra as vibrações, amenizando a circulação em vias esburacadas.
O isolamento acústico nas caixas de rodas completa a lista, favorecendo o silêncio interno.
Mesmo a versão de entrada vem com sete airbags, e o trabalho estrutural na plataforma fez o Niro obter 5 estrelas nos testes de segurança como os criteriosos Euro NCAP e NHTSA.
A versão de topo amplia a proteção com o pacote de automação veicular e inclui sistemas que previnem colisões.
No Niro, a Kia repetiu o interior de modelos como o Sportage e o prestigiado elétrico EV6.
Todos contam com o mesmo painel, com duas telas de 10,25 polegadas unidas sob a mesma moldura, que funcionam como quadro de instrumentos e central multimídia.
No console central, um disco substitui a alavanca de câmbio e o volante de dois raios nos remete aos anos 1970, quando esse desenho era moda.
Comparado a outros SUVs médios, de marcas generalistas, o Niro tem nível de acabamento acima da média, com pouco plástico duro e visual de luxo e atenção aos detalhes.
Há um quê futurista nas telas e na barra de comandos touchscreen, que serve para a multimídia e o ar-condicionado bizona e todo o acabamento interno tem variedade de texturas.
Em tempos em que é difícil se sentir especial dentro de um carro, o modelo da Kia parece fazer questão de mostrar cuidado em sua montagem. O Niro não é barato, mas sem dúvida faz questão de lembrar, o tempo todo, que o seu dinheiro foi bem gasto.
Veredicto Quatro Rodas
Cumpre o que se espera de um SUV médio híbrido na faixa dos R$ 200.000. Logo, sem esportividade.
Teste Quatro Rodas
Aceleração 0 a 100 km/h: 11,5 s 0 a 1.000 m: 32,9 – 159 km/h Velocidade máxima Retomadas D 40 a 80 km/h: 5,6 s D 60 a 100 km/h: 7,5 s D 80 a 120 km/h: 9,1 s Frenagens 60/80/120 km/h a 0: 13,5/24,1/54,2 m Consumo Urbano: 21,7 km/l Rodoviário: 20,2 km/l Ruído interno Neutro/RPM máx.: 45,2/66,7 dBA 80/120 km/h: 62,5/69,8 dBA Aferição Velocidade real a 100 km/h: 98 km/h Rotação do motor a 100 km/h: 1.900 rpm Volante: 2,5 voltas Seu Bolso Preço básico: 239.990 Garantia: 5 anos Condições de teste: alt. 660 m; temp., 29 °C; umid. relat., 49,5%; press., 1.010 kPa. Realizado na Pista de Testes ZF
Assinando um dos títulos Abril você também tem acesso aos conteúdos digitais de todos os outros* Lançamentos, comparativos, notícias e o conteúdo certo para cuidar bem do seu carro ou escolher melhor o próximo.
*Acesso digital ilimitado aos sites e às edições das revistas digitais nos apps: Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Placar, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH. **Pagamento único anual de R$52, equivalente à R$1 por semana.
A disputa pelo título de carro elétrico mais barato do país segue acirrada entre as grandes fabricantes. Porém, a Mileto quer ser uma alternativa às grandes empresas produzindo veículos elétricos de baixo custo, em solo nacional, a partir de R$ 99.990. Isso inclui até um carro impresso que permite mudar de visual sem precisar de ser trocado.
Assine as newsletters QUATRO RODAS e fique bem informado sobre o universo automotivo com o que você mais gosta e precisa saber. Inscreva-se aqui para receber a nossa newsletter
Cadastro efetuado com sucesso!
Você receberá nossa newsletter todas as quintas-feiras pela manhã.
Com fábrica instalada em Porto Real (RJ), a Mileto diz que “nasceu com a missão de democratizar a mobilidade no Brasil para pessoas, empresas e governos de forma sustentável”. Por enquanto, apenas empresas podem comprar seus modelos. Pessoas físicas poderão comprá-los a partir de 2023.
A restrição acontece já que, por ora, a empresa só tem veículos dedicados ao uso comercial urbano, sendo três motos e um utilitário, todos com garantia de dois anos.
O Fortis é um utilitário de caçamba que pode levar até 800 kg de carga e chegar aos 65 km/h. Sua autonomia projetada é de até 150 km e a marca promete uma recarga completa em até 8 horas em tomada 220V, e 40 minutos em carga rápida. Ele custa R$ 98.990, mas ainda é bem artesanal, com muita simplicidade em desenho e acabamento.
Entre as motos, essas mais caprichadas, a Raiden pode chegar aos 90 km/h e rodar até 130 km com uma carga – ela leva até 8 horas para ser recarregada em uma tomada 220V. O modelo tem uma aparência mais jovial e próxima de um scooter, com dimensões reduzidas (embora seja a mais pesada, com 115 kg), variedade de tons e faróis de led.
Além do tempo de recarga, o preço da Raiden, R$ 18.990, é exatamente o mesmo da Minato, que aposta em um visual mais inspirado nas custom — embora sua proporções sejam reduzidas. Outra diferença está na velocidade máxima da Minato, que pode alcançar os 100 km/h, e no peso, de 100 kg, ainda que a autonomia permaneça nos estimados 130 km.
Por fim, a Rivia tem as mesmas especificações da Minato, mas com linha mais esportivas, pneus maiores e com 5 kg a mais. Os aprimoramentos também influenciam no preço, que vai a R$ 25.990.
Continua após a publicidade
Compartilhe essa matéria via:
Carros de passeio e carro impresso
A Mileto começará sua participação nas vendas para pessoas físicas com dois hatches elétricos, o Primis e o Duo. Ainda sem imagens, os modelos já têm as especificações técnicas e os preços divulgados pela marca. O mais interessante, porém, fica para um futuro carro feito em impressoras 3D.
A empresa ainda não diz se algum dos futuros hatches já será produzido dessa maneira, mas detalha um pouco do processo, que promete ser flexível, eficiente e rápido. “A nossa tecnologia permite menos componentes, atualizações técnicas mais rápidas e ciclos de produção significativamente reduzidos. Também reduz drasticamente os custos de produção, o que significa que a economia pode ser repassada aos nossos clientes”, apota a Mileto.
Outra vantagem, segundo a marca, fica na atualização dos modelos. Com os modelos impressos, será possível promover reestilizações nos carros que os clientes já possuem, sem a necessidade de trocá-los. Bastará imprimir os novos componentes e realizar a troca pontual.
Agora sim, falaremos sobre os modelos já prontos. Pouco maior que um Renault Kwid, o Primis, de R$ 99.990, tem 3,77 metros de comprimento e 2,45 metros de entre-eixos, e pesa 1.100 kg. O motor elétrico é instalado na dianteira e entrega até 81 cv de potência, suficientes para levá-lo à velocidade máxima de 115 km/h, segundo a empresa.
A lista de equipamentos é satisfatória, com ar-condicionado, sensores de estacionamento e câmera de ré, chave presencial, airbag duplo, freios ABS, vidros elétricos nas quatro portas, saídas de ar-condicionado para o banco traseiro, retrovisores externos rebatíveis e limpador traseiro. A marca não fala em sistemas multimídia.
Já o Duo, de R$ 139.990 (portanto, próximo a Caoa Chery iCar e Renault Kwid E-Tech), tem dimensões muito semelhantes às de um Toyota Yaris hatch, com 4,16 metros de comprimento e 2,56 metros de entre-eixos.
De acordo com a ficha técnica do modelo, ele é mais pesado e menos potente que o “irmão” mais barato, mas atinge velocidades maiores. São 1.490 kg e 68 cv que permitem chegar aos 120 km/h.
Na lista de equipamentos, além dos presentes no Primis, também há airbags laterais dianteiros, monitoramento de pressão dos pneus, ESP, teto solar, bancos com material que imita couro, central multimídia com GPS nativo, bluetooth, faróis de led, retrovisores aquecidos e ajuste do facho dos faróis.
Continua após a publicidade
Quatro Rodas pelo menor preço do ano!
Assinando um dos títulos Abril você também tem acesso aos conteúdos digitais de todos os outros* Lançamentos, comparativos, notícias e o conteúdo certo para cuidar bem do seu carro ou escolher melhor o próximo.
*Acesso digital ilimitado aos sites e às edições das revistas digitais nos apps: Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Placar, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH. **Pagamento único anual de R$52, equivalente à R$1 por semana.
Quando desço a Imigrantes voltando para casa, sempre me chamou a atenção o número de motoristas que desconhecem a existência do freio-motor. Muitos só conhecem o “freio do pé” e não desistem dele de modo algum na descida da Serra do Mar pelo trecho da estrada que está para completar 20 anos de idade.
Tem gente que freia a cada segundo, sempre de olho nos absurdos 80 km/h de máxima permitida ali. Mas, certo dia, peguei pela frente o motorista de um Volvo (modelo nem hibrido nem elétrico) em que as luzes de freio ficaram acesas durante os 20 quilômetros do trecho de serra, sendo 8,23 km de túneis e 4,27 km de nove viadutos. Tudo isso para manter os 80 km/h.
A foto de abertura é apenas ilustrativa para mostrar as luzes de freio numa situação de uso. Note que o carro em primeiro plano à esquerda está sem usar freio, porém com todas as luzes desligadas, ignorando a regra de trânsito que obriga usar farol baixo nos túneis (CTB Art. 40 Inciso I).
Eu fiquei ali, atrás dele, esperando as luzes se apagarem. Ele passou pelo túnel 1, com seus 3,146 km de extensão (o maior rodoviário do Brasil); seguiu com seu pé no pedal do freio, passando pelo 2 (3,005 km) e também pelo 1 o menor deles, com 2,080 km de extensão. Depois que ele entrou na pista para o Litoral Norte, não vi mais suas luzes de freio acesas. Eu segui para Santos.
Quem dirigia aquele Volvo nem imagina o risco que correu mantendo o pé no feio do carro por toda a descida de serra. Isso causa superaquecimento dos discos e pastilhas, pelo atrito constante, prejudicando o sistema de freio ao aquecer demais as pinças e levar o fluido hidráulico em seu interior a ferver — embora os fluidos mais modernos tenham um ponto de ebulição mais alto que os antigos e reduz, mas não impede, a possibilidade de o fenômeno ocorrer. Quando isso acontece o freio simplesmente não funciona mais.
Mas mesmo que não chegue a esse ponto, a alta temperatura devido ao frear constante causa o fading (perda de ação por superaquecimento) e pode deixar o veículo sem freio enquanto seus componentes não voltarem à temperatura normal.
Isso não acontece com o veículo híbrido ou elétrico, pois quando tiramos o pé do acelerador o sistema entra no modo de regeneração de energia elétrica para recarregar a bateria e faz acender, automaticamente, as luzes de freio do veículo (que não era o caso do Volvo em questão).
A descida da Imigrantes vai completar 20 anos logo mais, no dia 17 de dezembro. Ela foi construída por 45 mil trabalhadores em quatro anos e três meses, sendo entregue com cinco meses de antecedência. Usou o mesmo sistema da pista ascendente para abertura de túneis, o NATM (New Austrian Tunneling Method). O projeto, de 1986, foi alterado e assim a devastação da Mata Atlântica caiu, de 1.600 hectares, para apenas 40.
Disque 0800 0197878
Se você quiser informações sobre o Sistema Anchieta-Imigrantes, ligue para este número. É o telefone da Ecovias, concessionária dessas rodovias. Por intermédio dele receberá informações sobre as condições das duas estradas. E preste atenção na voz feminina que passa essas informações. A pronuncia dela da palavra QUILÔMETRO é hilária. Neste número falará também com a Ouvidoria. Ligue lá!
CL
A coluna “Histórias & Estórias” é de exclusiva reponsabilidade do seu autor.
A Mullen ainda é uma marca pouco conhecida globalmente, considerada startup. A norte-americana apareceu pela primeira vez ao mundo em 2021, no Salão do Automóvel de Los Angeles, com o Five Concept, um SUV elétrico com porte de Tesla Model Y. Mas antes de apresentar a versão de produção desse SUV, a Mullen lançará o carro elétrico mais barato do mundo.
Ele o I-Go será vendido na Europa como uma solução barata para quem busca um carro elétrico. Será oferecido na Alemanha, Espanha, França, Irlanda e Reino Unido, como um concorrente do Dacia Spring EV, o Renault Kwid elétrico. Só que, na verdade, ele não foi desenvolvido pela Mullen e sim pela Henan Henrey, uma marca chinesa.
O rebadge serve para dar o pontapé inicial na venda de automóveis até a chegada do Five de produção. Na Europa, o Mullen I-Go será vendido por 11.999 euros, equivalente a R$ 60 mil em conversão simples. O carro será produzido pela marca chinesa, que vai apenas trazer o logotipo da Mullen na dianteira, traseira e volante. Ao chegar na empresa norte-americana, o carro deve receber alguns preparos a mais.
Na Europa, uma das suas principais funções será a de ser um carro de carga urbana e leve, que vai expandir a Mullen num segmento que tende a crescer. Com a aposta citadina, o I-Go também poderá ser vendido para pessoa física e espaço para quatro ocupantes. Na Europa, o hatch será vendido com um motor elétrico de 46 cv e 10,4 kgfm de torque. O motor é ligado a uma bateria de 16,5 kWh, que oferece 200 quilômetros de autonomia.
Com esse conjunto, ele acelera até os 100 km/h de máxima. Simpático, o hatch tem linhas simples, com faróis arredondados e com o logotipo da marca ao centro. O para-choque traz uma entrada de ar inferior e duas falsas entradas de ar nas extremidades. O I-Go tem 2,43 m de entre-eixos e pesa apenas 795 kg.
A Ferrari mostrou pela primeira vez o 499P, seu novo hipercarro híbrido de corrida que estreia nas pistas em 2023. O modelo, que já havia aparecido antes em testes na Itália, marca o retorno da montadora italiana às 24 horas de Le Mans após um hiato de 50 anos, uma das provas de longa duração mais tradicionais do automobilismo mundial.
Em entrevista ao Autocar, Antonella Coletta, chefe da divisão de corrida da empresa, disse em julho que a Ferrari chega para concorrer pela vitória no ano que vem (a marca venceu em Le Mans pela última vez em 1965).
publicidade
O modelo passou por 18 meses de desenvolvimento e seu nome é inspirado em outros carros vencedores da empresa apresentados ao longo da década de 1960 e 1970 (dois exemplo são o 250 P e 330 P). Sua primeira aparição oficial ocorreu no Finali Mondiali, um evento anual criado pela Ferrari para celebrar o fim das temporadas de corrida.
Veja também:
Já no visual, o veículo remete ao 312 PB, o que faz sentido, já que foi o último carro usado pela Ferrari na prova francesa em 1973.
Na parte traseira, uma barra iluminada dá um toque mais moderno e também faz com que o carro não passe despercebido na pista, algo essencial quando anoitece.
O esportivo possui monocoque feito em fibra de carbono, tração integral e vem equipado com um motor V6 3.0 biturbinado. A unidade a combustão funciona em conjunto com um motor elétrico de 271 cv que fica no eixo dianteiro.
Uma bateria de 900 V, baseada na mesma tecnologia usada na equipe de Fórmula 1 da Ferrari, alimenta o motor elétrico e também recupera energia nas frenagens. Para cumprir as regras da FIA (a Federação Internacional de Automobilismo), o sistema não pode ultrapassar 680 cv de força.
A primeira corrida do 499P será no dia 17 de março de 2023 nas ‘1.000 Milhas de Sebring’, na Flórida, EUA. Por enquanto, a Ferrari ainda não anunciou quais serão os pilotos que vão guiar o carro.
Imagem principal: Ferrari/Divulgação
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!
Avanço de carros 100% elétricos no Brasil, nos próximos anos, estará concentrado no segmento de marcas premium cuja definição ultimamente vem apresentando certa elasticidade de interpretação, além de discussões intermináveis que pretendo abordar numa coluna futura.
A barreira do preço elevado para os elétricos ainda vai demorar para ser superada. Em mercados emergentes como o brasileiro é natural que clientes com dois ou mais carros na garagem tenham a iniciativa de sentir de perto a alta aceleração, ausência de ruídos e vibração, além, é claro, de uma pegada local amiga do meio ambiente, entre motor e rodas, pela zero emissão de CO2.
Também há a vantagem do baixo preço baixo da energia elétrica para recarregar a bateria, apesar de não existir garantia de que isso se manterá para sempre pelo que se observa hoje no exterior. Mudar a matriz energética para zero emissão de CO2 do poço à roda e criar uma rede capilar de recarga em estradas exigem investimentos de grande monta.
Marcas como Audi, BMW e Mercedes-Benz preveem que até 10% de todas as suas vendas em 2023, no Brasil, sejam de modelos elétricos a bateria (sem incluir híbridos comuns e/ou plugáveis). Cada uma delas terá de quatro a cinco modelos com essas características.
A Mercedes-Benz acaba de lançar três elétricos simultaneamente: EQA 250 (R$ 480.900), EQB 250 (R$ 502.900) e EQE 300 (R$ 709.900) já incluídos carregador de parede instalado e as três primeiras manutenções preventivas. Modelos elétricos estão isentos do imposto de importação de 35%. Os dois primeiros são SUVs de cinco e sete lugares, respectivamente, cujas arquiteturas derivam dos modelos com motor a combustão. O terceiro é um sedã equivalente ao Classe E, porém trata-se de desenvolvimento específico.
Primeiro contato com os três modelos foi bem curto e rápido no entorno do Parque Ibirapuera em São Paulo (SP). Os dois SUVs têm rodagem firme e agradável, acabamento e materiais no mesmo padrão elevado da marca, mas sentem a massa total de 2.040 kg (EQA) o que afeta o desempenho, em especial o EQB (2.110 kg). Ambos têm o mesmo motor de 190 cv de potência e 39,2 kgf.m de torque.
O sedã médio-grande EQE 300 de 245 cv e 56,1 kgf.m vai bem melhor no para e anda do trânsito com acelerações mais fortes, apesar dos 2.380 kg de massa. Apresenta quadro de instrumentos e tela multimídia com mais recursos tecnológicos, além de vários comandos no volante de três raios vazados. A distância entre eixos de nada menos que 3.120 mm (10 mm superior ao Classe S) proporciona espaço extraordinário para as pernas de quem senta no banco traseiro.
Outro SUV interessante é o iX3 (R$ 475.950) cedido pela BMW para avaliação por cerca de uma hora em estradas na Grande Campinas (SP). Versão elétrica do X3 tem 286 cv, 40,8 kgf.m e 2.185 kg de massa. Tração traseira e comportamento mais agradável em curvas que o EQA de tração dianteira, além de melhor desempenho. Na viagem a regeneração de frenagem dispensou totalmente o uso dos freios. Isso é comum em trânsito urbano, porém em estradas é necessário manter um pouco mais de distância do veículo à frente e o sensor de radar do carro também ajuda.
BYD produzirá elétricos e híbridos na Bahia
Os rumores já existiam, porém no último dia 28 o governo baiano anunciou um protocolo de intenções com a chinesa BYD para começar a produzir chassis de ônibus e caminhões elétricos a partir de 2024. Haverá subsídios estaduais por 10 anos. Mesmo sem pormenores é fácil concluir que SUV e picape elétricos, além de híbridos plugáveis, estão previstos para 2025.
Desde o começo deste ano comenta-se que parte das instalações da Ford, em Camaçari (BA), onde se produziam Ka e EcoSport até o início de 2021, seria a base de uma segunda operação da BYD no Brasil. A empresa produz ônibus elétricos em Campinas (SP) desde 2015 com baixo índice de conteúdo local e em volume quase simbólico.
Como sempre acontece nesses casos, a marca (ainda) não confirmou que produzirá veículos leves na Bahia. Muito menos a Ford se pronunciou, mesmo porque as instalações e o parque de fornecedores em volta da fábrica inaugurada há 21 anos são bem maiores do que as necessidades da BYD e ainda restará uma grande área industrial. O acordo com o governo baiano inclui a produção de ônibus elétricos para as regiões Nordeste e Norte.
Por que motivo haveria duas fábricas de ônibus? A prefeitura de São Paulo anunciou no mês passado que novos ônibus a diesel não poderão circular e serão substituídos por elétricos. Por motivo de escala produtiva, é provável que tudo fique concentrado mesmo em Camaçari.
Híbridos flex são prioridades de Stellantis e VW
Etanol está na rota de alternativas para o Brasil como uma transição dos motores a combustão para os elétricos. Stellantis e Volkswagen confirmaram que os planos estão em marcha durante o Congresso Autodata Perspectivas 2023, que se encerrou em 28 de outubro.
A tecnologia não esconde segredos, mas se trata de decisão estratégica. Afinal, um híbrido flex abastecido com etanol produzido no Brasil apresenta emissões de CO2, quando se calcula o ciclo do poço à roda, bem abaixo de um carro 100% elétrico fabricado hoje na Europa com a matriz energética existente no continente.
Antônio Filosa, CEO da Stellantis, afirmou que o etanol exige menos investimentos por parte das fabricantes, dos fornecedores e do próprio governo e com resultados muito positivos para o meio ambiente. A tecnologia híbrida flex pode ser exportada para países vizinhos e outros continentes, em especial para a Índia, que é grande produtora de cana-de-açúcar e já tem etanol disponível.
O presidente da VW, Ciro Possobom, defende igual ponto de vista e anunciou que este mês será inaugurado o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Biocombustíveis, na fábrica de São Bernardo do Campo (SP).
Quanto à expansão do mercado interno de veículos leves em 2023 o presidente da Renault, Ricardo Gondo, espera crescimento de 5% a 10%. Confirmou um novo SUV produzido no Brasil com a mesma arquitetura CMF-B hoje existente na Europa e a produção aqui do motor 1-litro turbo. Este será flex, embora não tenha entrado em pormenores.
Quer ler mais sobre o mundo automotivo e conversar com a gente a respeito? Participe do nosso grupo no Facebook! Um lugar para discussão, informação e troca de experiências entre os amantes de carros. Você também pode acompanhar a nossa cobertura no Instagram de UOL Carros.
SUV híbrido será equipado de série com um pacote de tecnologias de assistência à condução
Conforme anunciado em abril, o SUV híbrido Haval H6 PHEV será o primeiro carro da Great Wall Motors no Brasil. A promessa da marca chinesa é iniciar a pré-venda do modelo ainda este ano, com chegada às concessionárias no primeiro trimestre de 2023.
ANTES DE COMPRAR OU VENDER SEU CARRO, DESCUBRA O PREÇO CERTO PARA FAZER O MELHOR NEGÓCIO.
Selecione uma das marcas ao lado e siga os passos indicados nas páginas seguintes para encontrar o Preço KBB de carros novos ou usados.
O Haval H6 PHEV será inicialmente importado da China em versão híbrida plug-in para concorrer na categoria de Toyota RAV4 Hybrid e o futuro Volkswagen Tiguan híbrido numa faixa de preços acima de R$ 250 mil. Num segundo momento, provavelmente a partir do ano que vem, o SUV será produzido em Iracemápolis (SP), na fábrica que a GWM adquiriu da Mercedes-Benz no ano passado.
A Great Wall Motors chegou a anunciar que o Haval H6 PHEV sofrerá diversas modificações na suspensão para suportar as condições de rodagem das ruas e estradas brasileiras. Já a motorização será adaptada para ser abastecida com a nossa gasolina, que possui até 27% de etanol em sua composição.
Enquanto não lança o seu primeiro carro no país, a Great Wall antecipou algumas tecnologias que serão aplicadas nos modelos que serão comercializados no Brasil. O destaque é a assistência de condução semiautônoma com reconhecimento facial do motorista. O recurso permite gravar até cinco pessoas.
A marca chinesa adiantou que nenhuma tecnologia será oferecida como opcional. Todas as tecnologias de assistência do condutor estarão entre os itens de série. A única variação será a motorização dos carros, que poderá ser híbrida ou híbrida plug-in (pode ser recarregada em tomadas e eletropostos).
Para auxiliar o condutor, os carros serão equipados com um sistema que detecta piscadas longas e bocejos do motorista durante o trajeto, sugerindo uma pausa para descanso. A tecnologia também é capaz de reconhecer, por meio do ângulo da cabeça e dos olhos, se o condutor está se distraindo durante a viagem.
Os carros também serão equipados de série com sistema de câmeras com visão em 360°, assistente de estacionamento automático (Park Assist), controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma emergencial, head-up display, sensor de ponto cego, alerta de permanência em faixa, entre outros.
Um interessante sistema que grava o trajeto dos últimos 50 metros em velocidades de até 50 km/h também estará presente. Quando acionada, a tecnologia manobra o carro sozinha em marcha à ré, inclusive fazendo curvas e desviando de obstáculos.
Sem marcas de dedos
A central multimídia do Haval H6 PHEV terá interface em português com projeção sem fio de smartphones Android e Apple. A tela de 12,3 polegadas será como as dos carros da Tesla, antirreflexo e que não deixa marcas de dedos dos usuários.
Como é o Haval H6 PHEV
O Haval H6 PHEV mede 4,65 metros de comprimento, 1,88 m de largura e 2,74 m de distância entre-eixos. A Great Wall não divulgou as informações técnicas do modelo, mas o Haval H6 PHEV vendido na China pode ser equipado com um motor dianteiro a combustão 1.5 turbo de ciclo Miller, combinado a um ou dois propulsores elétricos alimentados por uma bateria de 41,5 kWh de capacidade. Segundo a marca chinesa, o SUV pode rodar até 200 km no modo totalmente elétrico, de acordo com as medições padronizadas pelo ciclo chinês NEDC.
Na configuração com apenas o motor elétrico dianteiro, o conjunto híbrido gera 330 cv de potência e 54 kgfm de torque. Na versão com propulsor extra instalado no eixo traseiro, os números sobem para 430 cv e 77,7 kgfm, respectivamente.
Além da variante híbrida plug-in (pode ser recarregada em tomadas e pontos de recarga), o Haval H6 deverá ter também uma versão híbrida convencional sem recarga externa. Dotado apenas do motor elétrico dianteiro, combinado à unidade a combustão, o SUV possui entre 230 e 260 cv, com torque máximo de 42 kgfm. Essa configuração deve estrear no ano que vem já produzida no interior paulista.
Mais nove lançamentos no Brasil
Além do Haval H6, a GWM pretende lançar mais nove modelos elétricos e híbridos no país. O SUV Jolion e a picape média Poer estão entre as futuras novidades da fabricante chinesa, previstas no aporte de R$ 10 bilhões que serão investidos no Brasil nos próximos dez anos.