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Após 300km rodando com o esportivo elétrico da Ford é possível chegar ao litoral norte com uma carga?
Quando se fala em esportivos emblemáticos, o nome Mustang é facilmente lembrando pelos apaixonados por velocidade, pois o “pony car” atravessou gerações e hoje é produzido, com muito mais tecnologia embarcada. Além da nova geração do Mustang com motor V8 a Ford oferece também o Mach-E que é uma outra proposta e outra plataforma.
Visando os novos tempos, novas tecnologias, meios de condução e sustentabilidade, a Ford resolveu ampliar a sua gama de veículos voltados a performance com o lançamento do Mustang Mach-E GT Performance. Mas, diferente da linha Mustang que todos estão acostumados, o Mach-E traz uma nova proposta, ser um SUV totalmente elétrico voltado a performance.
DNA esportivo
O DNA esportivo presente no Mustang Mach-E GT Performance, não se dá apenas pela potência gerada por seus dois motores elétricos, localizados um em cada eixo do veículo, com potência combinada de 487 cv e 87,7 kgfm de torque, que é praticamente instantâneo ao pisar no pedal do acelerador.
Com essa disposição dos motores, o Mach-E desfruta de uma tração integral, complementada pela suspensão adaptativa MagneRide, que utiliza amortecedores com fluido viscoso eletromagnético para ajustar o comportamento da suspensão instantaneamente em cada situação de rodagem.
Um detalhe sobre essa suspensão, é que em vias muito esburacadas ou recapeadas, essas imperfeições são sentidas por todos os ocupantes dentro da cabine, de maneira pouco suavizada. Em comparação com outros veículos SUV, é nítido que o conjunto de suspensão é voltado a performance, por ser mais firme, o que faz jus o seu comportamento em estrada, onde a pavimentação da via, geralmente, é melhor.
Nesse momento, o Mustang Mach-E tem um destaque digno de esportivo, não só pela suspensão, mas a combinação com os pneus Pirelli P-Zero e os freios Brembo de 4 pistões com 44 milímetros de diâmetro e discos ventilados de 385 milímetros, lhe dão toda a segurança de acelerar para realizar ultrapassagens com o carro “nas mãos”, além de garantir que nos momentos de frenagem, o sistema de freios da conta dos 487 cv de potência, capazes de uma aceleração de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos.
Interior e modos de condução
No interior do Mach-E, de cara a central multimídia com sistema Sync 4 de 15,5 polegadas chama atenção, principalmente pela orientação vertical. A Sync 4 possui compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay sem fio. O painel digital também chama atenção pela sua alta definição de imagem.
Através da central multimídia, é possível alternar os três modos de condução que o SUV disponibiliza. O modo Whisper, visa uma experiência mais conservadora do esportivo, com ajustes na resposta do acelerador e direção do veículo, a fim de evitar acelerações abruptas e otimizando o consumo da bateria de alta voltagem, garantindo maior autonomia do SUV.
Já o modo Engage traz parâmetros que deixam o Mach-E mais equilibrado. Neste modo de condução, você tem a experiência comum entre os veículos elétricos referentes a aceleração. O conjunto de suspensão também fica mais equilibrado e o consumo de bateria é relativamente normal.
Porém, quando é alternado para o modo Unbridle, as coisas mudam de figura. O Mustang Mach-E proporciona uma excelente experiência esportiva. Logo ao selecionar este modo, os Leds posicionados no interior do veículo ficam em cor alaranjada (lembrando que todos os modos mudam a coloração ao serem selecionados), o volante fica mais firme e o conjunto de suspensão trabalha para que o SUV apresente maior estabilidade. Além das acelerações que fazem você chegar a mais de 100 km/h facilmente, principalmente nas retomadas.
No painel, ao começar a rodar com o veículo, é apresentado algumas linhas alaranjadas que aparecem apenas neste modo. Outro detalhe que se faz presente apenas no modo Unbridle é o som emitido dentro da cabine que simula um motor em suas acelerações. Essa opção pode ser ativada em todos os modos, porém, apenas no Unbridle essa simulação é presente.
Exterior e segurança
Ao analisar o design do Mach-E, a dianteira é quase totalmente fechada, com detalhes nas laterais para passagem do ar. Quase no fim do para-choque dianteiro, abaixo da placa é possível ver o desenho de seis retângulos, que na verdade são aletas que se abrem, conforme você conduz o veículo para que o ar passe para o radiador e ajude no controle do arrefecimento do conjunto de baterias.
Na parte traseira, as lanternas lembram as do Mustang com motor a combustão, emblema GT é em black piano. Muitos detalhes no Mach-E são em black piano ou em tons escurecidos. O SUV tem uma interação com a chave de presença que, ao se aproximar do veículo com a chave, sem apertar nenhum botão, as portas do Mach-E são destravadas, os retrovisores laterais voltam a posição de utilização, faróis e lanternas são acesos e é projetado no chão o símbolo do Mustang nas laterais perto das portas.
Tanto na dianteira, traseira e abaixo dos retrovisores laterais, é possível ver as câmeras que fazem o auxílio à condução para os motoristas com visão 360°. O pacote ADAS do Mach-E é bem completo, com piloto automático adaptativo com Stop and Go e centralização em faixa, sistema de monitoramento de ponto cego, assim como o aviso de ponto cego nos retrovisores laterais, frenagem autônoma com detecção de pedestres e sistema de pré-colisões, assistente de frenagem em marcha ré para evitar possíveis colisões traseiras ao manobrar o veículo e assistente de manobras evasivas.
Autonomia
Baseada nos dados do INMETRO, a Ford divulga uma autonomia 379 km para o Mustang Mach-E GT Performance. Porém, com 95% de bateria o próprio painel indica que o Mustang tem autonomia superior aos 400 km.
Fizemos um teste indo para o litoral norte de São Paulo, na Praia de Riviera de São Lourenço, em Bertioga (SP). Pelo aplicativo de mapas da Google, uma distância de 115 km, o que em teoria sobra bateria suficiente, e foi exatamente isso que ocorreu. Inclusive, durante a descida da serra foi o momento em que a regeneração de bateria atuou muito bem.
Saindo da região oeste da cidade de São Paulo, a carga de bateria estava em 95% e a autonomia apresentada era de 399 km. Foi feita uma parada na região leste, no qual o nível de carga era de 89% e autonomia de 369 km. Partindo sentido litoral norte, foi utilizado o modo Engage de condução durante todo o trajeto. Após a chegada no litoral, o nível de carga da bateria apresentado era de 68% e com autonomia de 288 km.
Em tese, foram utilizados 111 km da autonomia do Mustang Mach-E, mas vale lembrar que muito se deve a regeneração de bateria durante as frenagens no trecho de serra. Pois, ao iniciar a descida da serra, a autonomia apresentada era de 273 km que bateu um pico de 300 km ao final do trecho.
Ao estacionar de vez o elétrico, os níveis de carga da bateria estavam em 68% e autonomia para percorrer 288 km, o que em teoria é capaz de voltar para a zona oeste de São Paulo com a mesma carga. Porém, vale lembrar que o consumo de energia da bateria está ligado diretamente ao modo de condução do e ao trajeto. Veículos elétricos tendem a consumir mais energia da bateria durante a subida de uma serra.
Para evitar qualquer problema durante o trânsito na estrada no percurso de volta, recarregamos a bateria em um dos carregadores de carga rápida disponível na região durante a noite. O ponto de carregamento dispõe dos conectores CCS2 e CHAdeMO para recarga.
Os níveis de bateria foram de 63% para 93% em 32 minutos de recarga. Na faixa entre 20% e 80% a bateria é recarregada de maneira mais rápida, após os 80% de nível de carga, o carregamento se torna mais lento para preservar o conjunto de baterias de alta tensão.
Nessa recarga a tarifa de energia estava em R$ 1,95/kWh e ao todo, foram consumidos 28,91 kWh, mais a taxa R$ 2,00 de desbloqueio do carregador, o custo total foi R$ 58,38.
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Fonte: Mustang Mach-E traz DNA esportivo e com motor totalmente elétrico