Com a chegada do novo ano, o mercado automotivo no Brasil enfrenta mudanças significativas. A partir de 1º de janeiro, todas as montadoras ficaram sujeitas a pagar um imposto de importação para vender carros híbridos e elétricos no país. Essa medida, encomendada pela Anfavea ao governo, tem como objetivo proteger a indústria nacional e incentivar a produção desses veículos dentro do Brasil.
A exceção é a Toyota, que fabrica os modelos Corolla Hybrid e Corolla Cross Hybrid no país. Todas as outras montadoras terão que pagar imposto de importação para comercializar carros híbridos e elétricos, o que representa um desafio para o mercado.
A medida afeta diretamente as montadoras e os consumidores, uma vez que impacta o valor final dos veículos. A previsão é de que os carros híbridos tenham um acréscimo de 15% e 12% no valor, enquanto os carros elétricos passam a pagar 10% de importação. Além disso, os automóveis elétricos para transporte de carga terão uma taxa ainda maior, de 20% de importação.
Essa mudança traz incertezas para o mercado, uma vez que os preços dos modelos populares, como BYD Dolphin, BYD Song Plus, Haval H6 (GWM), Ora 03 (GWM), Renault Kwid, Nissan Leaf, Volvo XC40, JAC E-JS1, Peugeot 2008, Caoa Chery iCar e Caoa Chery Tiggo 8 PHEV, podem ser impactados. O governo também ofereceu cotas livres do imposto, porém, ainda não foram divulgados os detalhes de como as montadoras irão utilizar essas cotas.
Além disso, sete marcas, incluindo Caoa Chery, Fiat, Hyundai, JAC, Jaguar, Nissan e Seres, ficaram fora das cotas automáticas, o que indica que essas empresas terão que arcar com 10% de imposto de importação. Esse cenário cria uma corrida contra o tempo para que as montadoras tradicionais e as chinesas BYD e GWM passem a produzir localmente carros híbridos e elétricos.
A medida também deve impulsionar investimentos em infraestrutura para carros elétricos, como a instalação de carregadores rápidos em postos de combustível. Além disso, as montadoras buscarão viabilizar o carro híbrido flex, explorando a potencialidade do etanol. No entanto, o desafio será convencer o público a abandonar o abastecimento com gasolina, que ainda é a preferência de 70% dos usuários.
Em suma, o mercado de carros híbridos e elétricos no Brasil passa por um momento de transição e desafios. As montadoras terão que se adaptar às novas regras e investir em tecnologias mais sustentáveis, enquanto os consumidores poderão enfrentar um aumento nos preços dos veículos. A tendência é que essa mudança impulsione a produção local e a infraestrutura necessária para a popularização dos carros elétricos no país.
Fonte: Carros híbridos e elétricos começam a pagar imposto de importação