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Pesquisa avaliou o período de aumento do custo mundial do petróleo;
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Ao invés disso, buscas por etanol subiram no período;
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Ainda assim, Brasil tem maior volume de pesquisas por carro elétrico
Com a invasão da Rússia, terceiro maior produtor mundial de petróleo, à Ucrânia e as subsequentes sanções impostas ao país pelos Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, o mundo viu o preço do petróleo subir e atingir seu maior patamar desde 2014.
Esse fato para muitas pessoas ao redor do mundo adiantou um prognóstico que, segundo especialistas da área, ainda deve demorar alguns anos para se realizar completamente: a adoção popular de carros elétricos.
Com a disparada dos custos dos combustíveis, muitas pessoas ao redor do mundo se interessaram em comprar carros elétricos. É o que demonstra o aumento nas pesquisas pelo termo no Google e em sites de vendas de automóveis, como o cars.com. Menos no Brasil. O país foi um dos únicos ao redor do globo que não registrou um pico de interesse nessa época.
No país, os modelos ainda têm a fama (justificada) de serem muito caros para serem vistos como uma opção para a maior parte das pessoas. O carro mais barato no Brasil atualmente é o Renault Kwid Life, que sai por R$ 59.090, enquanto o modelo 100% elétrico mais barato do país, o JAC EJSI, não sai por menos de R$ 165 mil.
Buscas por etanol subiram no período
No entanto, isto não quer dizer que o brasileiro não se incomodou com a subida dos preços, ou que foi compreensivo até demais. Ao invés das buscas por carros elétricos aumentarem no período, o que ocorreu na verdade foi o aumento da pesquisa pelo etanol, que é mais próximo da realidade de muitos brasileiros. O próprio Renault Kwid Life pode vir com motor flex, por exemplo.
Essas pesquisas, ao contrário do que podem parecer, mostram apenas um dado isolado do cenário. O futuro da automobilística mundial tem se apontado cada vez mais para os motores elétricos, e as análises comparativas entre pesquisas por carro elétrico e carros flex mostram um volume muito maior de pesquisas por carros elétricos, mostrando que o brasileiro também está seguindo a onda mundial, e não ficando para trás da tendência.