Dos híbridos aos “Fuel Cell”, passando pelos modelos 100% elétricos, a Hyundai celebra em 2020 a bonita soma de 30 anos a investir na mobilidade elétrica.

O fornecimento de uma mobilidade pura e a promoção de um futuro sustentável são os elementos chave relacionados com a mentalidade da Hyundai e que a está a levar para um futuro eletrificado.

O primeiro carro 100% elétrico da Hyundai foi revelado em 1991.

Década de 90 do século passado: desenvolvimento dos primeiros modelos

A Hyundai deu os seus primeiros passos no desenvolvimento de veículos elétricos no início dos anos 90. A empresa apresentou o seu primeiro 100% elétrico, Sonata Electric Vehicle, em 1991. Um protótipo baseado no Hyundai Sonata Sedan, que apresentava uma bateria de chumbo-ácido e oferecia uma autonomia de 70 quilómetros, assim como uma velocidade máxima de 60km/h (!).

Nos anos seguintes, foram sendo mostrados mais protótipos de carros elétricos com bateria de chumbo-ácido. Por exemplo, em 1992, um carro 100% elétrico baseado no Excel, tinha uma autonomia de 100 quilómetros e uma velocidade máxima de 100km/h. No ano seguinte chegou outro modelo elétrico baseado no Sonata, com uma autonomia de 140 quilómetros e uma velocidade máxima de 120km/h. Em 1994, foi revelado um EV baseado no S coupe com um alcance de 140 quilómetros e uma velocidade máxima de 120km/h.

A abertura do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Namyang, na Coreia do Sul, em 1995, deu novo impulso à pesquisa e desenvolvimento da tecnologia. Surgiram os veículos elétricos com baterias de níquel metal hídrico, como o Accent EV, uma autonomia de 390 quilómetros e uma velocidade máxima de 140km/h. Durante este período, a Hyundai também realizou as suas primeiras experiências com sistemas de propulsão híbrida. O primeiro veículo híbrido-elétrico da marca, o concept FGV-1, foi apresentado no Salão Automóvel em Seul, em 1995.

Década de 2000 – Fuel Cell

As preocupações ambientais começaram a ser uma tendência e a Hyundai subiu mais um patamar desenvolvendo a tecnologia “fuel cell” em 1998, apresnetando o primeiro fruto dessa pesquisa com o protótipo Santa Fe Fuel Cell, em 2000. Tinha um tanque de hidrogénio de 350-bar, era equipado com uma pilha de combustível de 75 kW e oferecia uma autonomia de 230 quilómetros. Mas a falta de infraestruturas para veículos movidos a hidrogénio, acabaram por obrigar a Hyundai a colocar de lado os veículos fuel cell por não serem viáveis para produção em massa.

Quatro anos depois, no Salão de Genebra, a Hyundai anunciou a segunda geração “Fuel Cell” , o Tucson FCEV, equipado com uma nova bateria de polímero de lítio, uma pilha de combustível de 80kW e uma autonomia de 300 quilómetros, graças ao tanque de armazenamento de hidrogénio de 152 litros. No final da década de 2000, a tendência foi para a produção de veículos híbridos. A Hyundai revelou o Avante LPI Hybrid em 2009, o primeiro veículo a ser movido por um motor interno de combustão, construído para funcionar com gás de petróleo liquefeito como combustível. O LPI Hybrid foi o primeiro veículo de produção a adotar baterias de polímero de lítio, baterias que a Hyundai desenvolveu em conjunto com os seus parceiros.

Década de 2010 – Mobilidade urbana

Após duas décadas de pesquisa e de lançamento de vários protótipos na eletrificação, a Hyundai mudou de foco e apontou, literalmente, baterias aos modelos elétricos na madrugada da década de 2010. Em setembro de 2010, lançou o BlueOn, o seu primeiro veículo elétrico de produção me série. Baseado no Hyundai i10, apresentava uma autonomia de 140 quilómetros e uma velocidade máxima de 130km/h. Estava equipado com uma bateria de polímero de lítio de 16,4 kWh e um tempo de carregamento de seis horas. O carro só foi vendido na Coreia do Sul e utilizado por agências governamentais.

Mas em 2011, a Hyundai lançou-se na venda do Hyundai Sonata Hybrid, anunciado no Salão de Los Angeles de 2008. Para além de ser o primeiro veículo híbrido convencional a utilizar baterias de polímero de iões de lítio, o Sonata Hybrid estava equipado com a tecnologia “Blue Drive”. Foi também o primeiro híbrido a operar com o sistema“Transmission Mounted Electric Device” (TMED), que incluía o motor elétrico na transmissão, num desenvolvimento da Hyundai.

O ix35 Fuel Cell lançado em 2013 foi um marco para a Hyundai, pois tornou-se no primeiro veículo movido a hidrogénio no mundo a ser produzido em massa. Tinha uma potência de 100kW, um tanque capaz de armazenar 5,64kg de hidrogénio, assim como uma bateria de polímero de lítio de 24 kWh. Tinha autonomia de 600 quilómetros.

Em 2016, surgiu o Ioniq, o primeiro carro no mundo a oferecer três motorizações ecológicas na mesma carroçaria: Hybrid, Plug-in Hybrid e Electric.

Em 2018 surgiu o Nexo, a segunda geração de veículos Fuel Cell com 666 quilómetros de autonomia. Acelerando a sua envolvência na mobilidade elétrica, a Hyundai revelou no final de 2018 o Kauai Electric, disponível com duas baterias, 39,2 kWh e 64 kWh, oferece uma autonomia até 484 quilómetros com uma única carga.

2020 – o ano da eletrificação da Hyundai

Após 30 anos, a Hyundai oferece uma gama diversificada de veículos elétricos que vão desde os híbridos convencionais aos elétricos a hidrogénio, passando pelos híbridos Pliug In e pelos modelos 100% elétricos alimentados por baterias. O Ioniq está já na segunda geração e o Kauai Electric tem sido bem-sucedido. Por isso, 2020 é o ano da eletrificação da Hyundai. A marca coreana quer disponibilizar mais de três quartos da sua gama na Europa com uma versão eletrificada até ao final do ano, assim como tornar-se num dos maiores fornecedores de veículos com 0% de emissões na Europa. Esta eletrificação não irá passar apenas pelos veículos passageiros, a marca sul coreana levará a mobilidade ecológica aos veículos de competição e camiões. Até 2025, a Hyundai pretende ser um dos três principais fornecedores de veículos elétricos na Europa.

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