Nos últimos dias duas imagens curiosas divulgadas pelo corpo de bombeiros da Bélgica chamaram a atenção. Nas fotos, um Volvo V60 aparentemente intacto é completamente mergulhado em um tanque de água por veículos de emergência.

É óbvio que o motivo desse procedimento envolve o combate às chamas. O que muda, neste caso, é que o veículo em questão é um híbrido do tipo plug-in — e é justamente por isso que as autoridades adotaram esse protocolo extremo de contenção.

A água usada no tanque é recolhida depois para ser reciclada e filtrada antes do descarte — Foto: Divulgação

Segundo postagem nas redes sociais, os bombeiros foram chamados na cidade de Lovaina para controlar um princípio de incêndio em uma Volvo V60. Ao chegar lá, notaram que as chamas se originavam da bateria de alta tensão da perua híbrida.

Baterias de íon-lítio são usadas pela grande maioria dos veículos elétricos e híbridos, mas têm um problema extra além da dificuldade de reciclagem. Caso haja um curto-circuito ou dano interno que provoque o superaquecimento do componente, é muito mais difícil controlar o incêndio químico.

Incêndios em elétricos e híbridos se tornaram a nova preocupação das autoridades — Foto: Autoesporte

Esse problema é tão grave que não é comum que veículos elétricos acidentados corram o risco de pegar fogo novamente horas ou até dias depois do início da falha. E por isso o protocolo de extinção das chamas é tão radical e envolve mergulhar o veículo inteiro em um tanque de água.

O processo é feito logo após a extinção das chamas e impede o contato do oxigênio com a bateria, eliminando o risco de novos incêndios. Somente após especialistas confirmarem que o acumulador está estável — algo que pode levar semanas — é que a água é drenada e o carro é separado para reciclagem.

Os bombeiros reforçam que esse procedimento não altera o prejuízo do proprietário, já que o dano na bateria por si só provoca a perda total do veículo. E, não custa lembrar, vale tudo para evitar que as chamas de um carro provoquem mais estragos ao redor.

Esse método radical é velho conhecido na indústria. Nos laboratórios do automóvel clube alemão (ADAC), onde os testes do NCAP são realizados, sempre há um tanque de água próximo à área de ensaios para que carros eletrificados que tenham a bateria danificada sejam rapidamente mergulhados. A água usada no processo é contaminada, por isso ela passa por um processo de limpeza antes de ser despejada no meio ambiente.

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