Diz o ditado que “tempo é dinheiro”. E embora as fabricantes estejam se esforçando para oferecer carros elétricos com autonomia cada vez maior e tempo de carregamento cada vez menor, a demora para encher as baterias tem desestimulado alguns consumidores, mesmo aqueles que já deram uma primeira chance ao carro elétrico. 

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De acordo com o estudo citado acima, 20% dos compradores de carros elétricos voltaram para modelos movidos por combustíveis fósseis. É um número relativamente baixo, considerando que o carro elétrico ainda proporciona uma experiência totalmente nova para a maior parte do mundo. Mas não deixa de ser curioso. 

Outro fator de desistência é as formas de carregamento. Mesmo se tratando de um país mais bem desenvolvido, os donos de carro elétrico ainda enfrentam dificuldades para carregar seus veículos com a mesma comodidade com que param para reabastecer uma picape com 60 litros de gasolina ou diesel. 

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Carregador doméstico ainda é raridade nos EUA

Enquanto no Brasil o principal empecilho para a popularização do carro elétrico é o preço, nos Estados Unidos um dos maiores entraves está na falta de carregadores domésticos para recarregar os veículos no conforto da própria casa. 

Ainda de acordo com dados da pesquisa da Universidade da Califórnia, no país da América do Norte o padrão das tomadas residenciais é de nível 1, ou seja, 120 Volts de energia. Já o nível 2, que equivale a 240 Volts, está disponível apenas para 30% dos domicílios, o que torna inviável a instalação de carregadores domésticos na residência de 70% dos usuários. 

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Em Terras Tupiniquins, tem se tornado cada vez mais comum encontrar carregadores em grandes prédios comerciais e estacionamento de shoppings, especialmente em São Paulo. Já no país do tio Sam, é muito difícil se deparar com este tipo de conexão no trabalho, por exemplo. 

Embora o tempo de carga seja alto, podendo levar oito, nove ou dez horas em um carregamento doméstico, o fato de se poder re-energizar a bateria do carro enquanto dormimos, assim como já adquirimos o hábito de carregar o celular durante a noite para que ele esteja 100% quando acordamos, é um incentivo que os americanos não vêm encontrando com tanta facilidade. 

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Carregadores ultrarrápidos 

Se por um lado existe a frustração da escassez de carregadores domésticos, por outro os estadunidenses contam com postos de recarga ultrarrápida da Tesla. As tomadas de 480 Volts permitem que em pouco mais de uma hora o carro esteja 100% carregado. 

Apesar de ser muito mais rápido, o tempo de espera ainda é longo se comparado com os cinco minutos gastos para abastecer um carro comum. Isso contribui para que os carros elétricos sejam muito desejados, mas ainda não tão viáveis para uso no dia a dia corrido de um trabalhador americano. 

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Um em cada dez britânicos não deixariam o carro elétrico 

Do outro lado do Oceano Atlântico, no Reino Unido, 91% dos britânicos que possuem um carro elétrico dizem que não voltariam para os carros movidos a gasolina ou diesel, segundo estudo feito por serviço de mapas de pontos de recarga Zap-Map.

Isso mostra que, na Europa, a preparação para a popularização dos elétricos vem ocorrendo de maneira mais eficaz do que nos EUA, pelo menos por enquanto.

Carros elétricos no Brasil

Segundo pesquisa com donos de veículos 100% elétricos, um em cada cinco usuários desiste do sistema e volta para os modelos térmicos

Os automóveis 100% elétricos ainda estão engatinhando se comparado a outros segmentos de carros no Brasil, mas vêm ganhando músculos nas pernas (ou nas rodas): se em 2019 tivemos 559 unidades vendidas no país, em 2020 foram 857 emplacamentos. Aos poucos os carros movidos somente a eletricidade vão ganhando seu espaço no mundo.

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O nosso maior gargalo ainda é o preço. Atualmente, o carro 100% elétrico mais barato à venda no país é o chinês JAC iev20, ofertado por R$ 159.900. O segundo é o recém-lançado Renault Zoe E-Tech de R$ 204.990. 

Mas o modelo mais vendido em 2020 foi o Audi E-tron, que passa dos R$ 500 mil. Em 2021 a régua vem subindo mais ainda, pois quem liderou o segmento dos elétricos nos primeiros quatro meses do ano foi Porsche Taycan, comercializado por quase R$ 1 milhão.

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