A Rolls-Royce Motor Cars, pertencente ao grupo BMW, anuncia início dos testes “de rua” com primeiro automóvel 100% elétrico, que chegará ao mercado até o final de 2023, depois de uma avaliação prevista de 2,5 milhões de quilômetros – equivalentes a 400 anos de utilização.
Pensando bem, carros elétricos e Rolls-Royce têm mesmo tudo a ver. Afinal, a marca inglesa se tornou célebre, ainda nas primeiras décadas do século XX, por construir automóveis extremamente confiáveis (algo não muito comum até então) e silenciosos que trazem nomes como “fantasma prateado (Silver Ghost), “sombra prateada” (Silver Shadow) e outros do gênero justamente por causa disso.
Segundo o CEO da Rolls-Royce, Torsten Müller-Ötvös, a escolha do nome para o novo modelo, embora inédito, seguiu a mesma lógica: “Tinha de ser um nome que seja forte e evocativo, assim como os demais modelos que tão perfeitamente nos serviram no século passado – como Phantom, Ghost e Wraith. Ele se ajusta perfeitamente ao entorno etéreo e consagrado onde estão nossos produtos”, diz o executivo.
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Não por acaso, um de seus fundadores, Charles Rolls, ainda em abril de 1900, previu que o futuro pertenceria a esse tipo de veículo. Ele acabara de guiar um modelo a baterias chamado Columbia e se mostrou impressionado com o quão silencioso e limpo era o veículo.
“Não há nenhum odor ou vibração e será muito pertinente, quando estações de recarga forem uma realidade. Mas não acredito que sejam operacionais neste momento, ao menos por muitos anos”, disse então.
Vale lembrar que, na verdade, os carros elétricos chegaram a ser populares no mercado norte-americano até meados dos anos 1920, quando a indústria acabou optando em peso pelos motores a explosão, principalmente por questões relacionadas à autonomia e facilidade de abastecimento.
Com o novo carro, a Rolls pretende marcar o início do processo de eletrificação de todo o seu portfólio de produtos, previsto para acontecer até 2030.
A empresa não divulgou mais detalhes sobre a propulsão do Spectre, suas baterias, performance ou autonomia. Manter números como potência e torque em segredo, aliás, é também uma das marcas registradas da Rolls-Royce que, até o final do século passado, costumava preencher essas lacunas em suas fichas técnicas com palavras como “suficiente”.
Mas é previsível que seja utilizada a mesma tecnologia empregada nos carros mais caros da gama elétrica da BMW, que já provê os motores a combustão dos demais modelos atuais da RR. De certo, mesmo, apenas o altíssimo luxo e os preços situados no alto do segmento mais caro do mercado.
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