Construído em parceria com a Eletra Industrial e MIB Blindados, o primeiro protótipo de um carro-forte totalmente elétrico da Protege tem emissão de poluentes zerada e pode rodar 75 quilômetros com uma carga completa das baterias.

Os testes serão realizados em São Paulo, e a tecnologia usada no veículo é 100% nacional. Durante 18 meses, profissionais da Protege em conjunto com a Eletra Industrial, empresa especializada em transporte sustentável do grupo Auto Viação ABC, investiram mais de R$ 1 milhão no desenvolvimento do veículo blindado elétrico.

O projeto visa valorizar a sustentabilidade e se r uma alternativa para os anos futuros, quando a demanda por veículos elétricos vai ser cada vez maior.

O modelo foi estruturado em um chassi de carro-forte retirado de circulação, mitigando danos ambientais e incentivando o reaproveitamento de peças. Todos os elementos que não foram contemplados no novo projeto, como motor a diesel, por exemplo, foram destinados para reciclagem. O novo layout também foi elaborado para propiciar maior segurança, mobilidade e conforto a equipe de vigilantes.

“Trata-se de um projeto olhando para o futuro, alinhado com uma tendência mundial de pensar em soluções de menor impacto ambiental. Além da emissão zero e investimento em tecnologia 100% nacional, fizemos o retrofit de um chassi desmobilizado e encaminhamos o motor diesel e o sistema de transmissão anteriores para reciclagem”, disse Marcelo Baptista de Oliveira, presidente do Grupo Protege.

Tecnologia

O veículo pode ser recarregado em duas horas e meia, roda 75 quilômetros com uma carga completa e não emite nenhum poluente durante sua operação. Só por isso, já seria um ganho significativo, mas o veículo ainda oferece mais segurança, por não ter pontos de entrada de ar para o motor, e tem aceleração mais rápida, devido ao torque imediato do motor elétrico, podendo se evadir mais rapidamente em caso de tentativa de roubo.

Quando o veículo se encontra em operação, o sistema de baterias é continuamente recarregado pela tecnologia de frenagem regenerativa. Essa tecnologia amplia a autonomia do veículo e consome menos energia elétrica para o abastecimento. Também foi instalado, estrategicamente, um carregador fixo na base operacional do Grupo Protege na capital paulista.

Um dos principais impactos do carro-forte elétrico é o benefício para o meio ambiente. A redução média na emissão de carbono será de 1,4 toneladas de CO² por mês. Inspirado na evolução da indústria automobilística, com a fabricação de ônibus e caminhões elétricos, o carro-forte elétrico é tracionado por um motor elétrico cuja única fonte de energia é um banco de baterias, instalado a bordo do veículo.

A substituição do diesel por tração puramente elétrica também refletirá em redução dos custos operacionais: o Grupo Protege tem uma expectativa de redução de 65% no valor gasto por km rodado. Além da economia de combustível, outra possível vantagem que será estudada no projeto piloto é a performance operacional do veículo, uma vez que o sistema de tração elétrica requer, em tese, menor tempo de parada para manutenções.

Rafael Brusque – Blog do Caminhoneiro

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