Desde o seu lançamento, em 2019, o Série 3 recebeu o selo Qual Comprar do ano passado e conquistou o prêmio de Carro Premium do Ano na edição Carro do Ano 2020. Tantas honrarias não vêm sem razão: a sétima geração do sedã mais vendido da BMW foi renovada, sem perder sua essência. Embaixo do capô, um 2.0 turbo de 258 cv e 40,8 kgfm faz o zero a 100 km/h em 6,2 s.

Mas são os recursos tecnológicos que saltam aos olhos: a assistência semiautônoma é uma das mais precisas, além do prático assistente de marcha a ré, que ajuda a sair de estacionamentos complicados. Os comandos por gestos e voz são os mesmos dos topo de linha da BMW, mas ainda é mais fácil acessar as funcionalidades por meio do volante.

O destaque negativo fica por conta do porta-malas, o menor entre os sedãs premium. A versão sugerida, que custa R$ 226.950, conta com o mesmo desempenho e funcionalidades da topo de linha de motor 2.0 turbo e 258 cv, mas custa R$ 30 mil a menos por não oferecer o pacote visual esportivo M.

PONTO POSITIVO: A proposta de respeitar a tradição sem deixar a tecnologia em segundo plano garante a vitalidade do projeto e o mantém como a melhor opção de compra
PONTO NEGATIVO: Entre os sedãs premium, possui o menor porta-malas. Os serviços de manutenção estão entre os mais elevados da categoria, mas na média de seus concorrentes diretos

Ficha A3 Sedan – Qual Comprar — Foto: Autoesporte

Esse é o sedã premium com a geração mais antiga ainda em atividade no país e, por isso, prepara um rejuvenescimento completo para 2021. Se isso não o incomoda, leve em conta o fato de que o Audi A3 Sedan tem o seguro mais barato de sua categoria.

E que a versão especial Perfomance Black, de R$ 214.990, é equipada com um motor 2.0 turbo que gera 220 cv (o câmbio é automatizado de 6 marchas). Quanto ao conforto, há banco de couro esportivo, ar-condicionado de duas zonas, sensor de estacionamento traseiro e dianteiro e câmera de ré. Nada muito mais extravagante que isso.

Ficha A4 – Qual Comprar — Foto: Autoesporte

Na eterna briga entre o trio alemão nesse segmento, o A4 Sedan Prestige Plus é aquele que tem o melhor preço e o motor mais potente em relação ao BMW Série 3 e ao Mercedes Classe C (isso sem levar em conta as edições especiais esportivas).

A versão sugerida oferece faróis full LED com luz de direção dinâmica, ar-condicionado automático de três zonas e painel de instrumentos digital, em uma tela de 12,3″. Isso sem contar, é claro, o motor 2.0 TFSI, capaz de sair da inércia e atingir os 100 km/h em 7,8 segundos. Nos próximos meses será feita uma discreta reestilização.

Ficha A5 Sportback – Qual Comprar — Foto: Autoesporte

Aproveitar um passeio com o teto solar panorâmico, motor 2.0 turbo de 252 cv e tração integral quattro da versão Performance pode até fazer esquecer o fato de que o sedã com perfil cupê tem a maior desvalorização entre os modelos premium: -36,4%.

Se as linhas esportivas agradam, o A5 poderia proporcionar mais segurança e tecnologia de fábrica. O controle de cruzeiro adaptativo e o sistema de frenagem autônoma de emergência, por exemplo, são oferecidos apenas como opcionais, mesmo nas versões topo de linha. O espaço interno, naturalmente, é menor do que o do A4.

Série 2 Gran Coupé – Qual Comprar — Foto: Autoesporte

A versão topo de linha M235i passou por saltos de preço em questão de meses: se no início do ano custava praticamente R$ 100 mil a menos que um AMG, hoje seu valor é praticamente o mesmo do concorrente.

Ainda assim, vale lembrar que o propulsor presente na versão esportiva é o mais potente que a BMW já lançou entre os quatro-cilindros, com 306 cv distribuídos nas quatro rodas. Se quiser manter os pés no chão, resta o 218i com motor 1.5 turbo de três cilindros, 142 cv e tração dianteira, no limite de potência aceitável para uso urbano em um carro nessa faixa de preço.

Ficha Accord – Qual Comprar — Foto: Autoesporte

Os números falam por si: o menor custo de manutenção entre os sedãs premium, o segundo seguro mais em conta, consumo de 13,7 km/l e R$ 52 mil mais barato que o rival Toyota Camry. Além de agradar o bolso, o Accord utiliza um motor 2.0 turbo de 256 cv e 37,7 kgfm, aliado a um câmbio automático de 10 marchas mais do que eficiente — o zero a 100 km/h é feito em 6,4 segundos. As tecnologias não chegam a impressionar, mas estão ali, como o controle de cruzeiro adaptativo. Transportar bagagens também não é um problema em virtude do volume de 574 litros do porta-malas.

Ficha XE – Qual Comprar — Foto: Autoesporte

Desde o final do ano passado, o XE está com novo visual. Mas nada de muito revolucionário: as mudanças estão na região frontal, com novo para-choque, grade dianteira e os faróis de leds redesenhados.

Como em time que está ganhando não se mexe, o motor é o 2.0 turbo, capaz de alcançar 100 km/h em 7 s. Para deixar a temperatura da cabine mais amena, há uma uma terceira tela exclusiva para ajustar o ar-condicionado, reforçado pelas telas no painel de instrumentos e da central multimídia. O seguro está na casa dos R$ 7 mil, mas o modelo tem uma das menores desvalorizações.

Ficha XF – Qual Comprar — Foto: Autoesporte

Apesar de ter o maior entre-eixos entre os sedãs premium, de 2,96 m, leva apenas quatro passageiros com razoável conforto (assim como seus concorrentes). Mas isso é apenas um detalhe diante do desempenho do motor Ingenium 2.0 turbo de 250 cv de potência e 37,2 kgfm de torque — como a carroceria é feita com 75% de alumínio e 25% de aço, seu poder fica ainda mais marcante.

Em comparação ao Jaguar XE, tem a cesta de peças ligeiramente mais em conta. A desvalorização, de -32,3%, é uma das mais elevadas, mas é um índice compreensível diante do tempo de estrada do modelo.

Ficha Stinger – Qual Comprar — Foto: Autoesporte

Tudo o que envolve o Stinger é superlativo: é o sedã premium mais caro (só não ficou de fora dos critérios do Qual Comprar por uma margem de R$ 10) e acumula o seguro e os serviços de manutenção que mais pesam no bolso.

Em contrapartida, o modelo tem o maior porta-malas e o motor mais potente, vencendo a concorrência sem grandes esforços: o V6 3.3 biturbo alcança 370 cv e faz o zero a 100 km/h em 4,9 s. Se acelerar o Stinger deixa a emoção à flor da pele, é bom não se esquecer da racionalidade: um facelift discreto do sedã será lançado no Brasil no ano que vem.

Ficha CLA – Qual Comprar — Foto: Autoesporte

A nova geração do “sedã quase cupê” passou por uma profunda repaginação tecnológica. Além de head-up display, tela central de comandos de 10,25 polegadas e um touchpad para facilitar a navegação, o CLA 250 é equipado com o novo sistema MBUX, ativado por comando de voz (mas que ainda enfrenta as limitações de compreensão de uma Siri ou Alexa).

Porém, não é apenas a tecnologia que se destaca: o motor 2.0 turbo entrega 224 cv e possibilita uma velocidade máxima de 250 km/h. Os serviços de manutenção estão entre os mais baratos considerando os sedãs premium da fabricante alemã.

Ficha Classe A Sedan – Qual Comprar — Foto: Autoesporte

De visual renovado (e que visual!), a nova geração do Classe A também não decepciona em seu interior. Na versão sugerida, o motorista terá à disposição duas telas de 10,25 polegadas que tomam conta do painel (e substituem os botões físicos), ar-condicionado digital com duas zonas e teto solar panorâmico.

O motor 1.3 turbo desenvolvido junto com a Renault substitui o antigo 1.6 e gera 163 cv, poder superior ao de seus concorrentes imediatos alemães, inclusive o Classe C 180 Avantgarde, R$ 24 mil mais caro). Soma-se a tudo isso o seu baixo índice de desvalorização (-1,4%).

Ficha Classe C – Qual Comprar — Foto: Autoesporte

Uma nova geração do Classe C prepara sua chegada ao Brasil para 2021, com mudanças no visual e um salto tecnológico (afinal, a atual geração é de 2014). O veterano sente os sinais do tempo e tem a cesta de peças mais cara entre os Mercedes dessa categoria (em comparação ao A5 Sportback, por exemplo, custa mais que o dobro).

Aqui, a escolha da versão é uma questão de gosto: o C180 Exclusive custa exatos R$ 1 mil a mais que o C180 Avantgarde e oferece painel com acabamento de madeira e relógio analógico, além da tradicional estrela no capô, ao invés de fixada na grade.

Ficha WRX – Qual Comprar — Foto: Autoesporte

A Subaru prepara uma nova geração inspirada no Levorg para 2021. Mas nem essa notícia e o fato de ter o menor entre-eixos de sua categoria desanimarão aqueles que buscam momentos divertidos com a versão WRX e o câmbio manual de seis marchas (vendido sob encomenda), com motor 2.0 turbo de quatro cilindros boxer que gera 268 cv.

E antes de procurar entender na prática o significado da sigla que batiza o modelo (World Rally eXperimental, adaptado das competições off-road para uso no asfalto), vale destacar que o valor de revisões está abaixo da média da concorrência.

Ficha Camry – Qual Comprar — Foto: Autoesporte

Um dos poucos que não aderiram à era turbo, mas isso porque tem personalidade própria: seu motor V6 3.5 gera 310 cv e 37,7 kgfm a 4.700 rpm, fazendo o zero a 100 km/h em 7,1 s. O porta-malas é um dos maiores da categoria e o entre-eixos, de 2,82 m, fica na média da concorrência.

Números para não fazer feio, assim como os custos de manutenção, avaliados em R$ 25.650, valor que é são menos atrativo do que o do rival Honda Accord. Mas o Camry peca na ausência de itens como controle de cruzeiro adaptativo e frenagem automática de emergência (disponíveis no Corolla).

Ficha S60 – Qual Comprar — Foto: Autoesporte

O modelo sueco faz o dever de casa como sedã premium: motor 2.0 turbo que produz 254 cv (na versão T5 Inscription), tecnologias diversas — com destaque para o Pilot Assist — e uma experiência que preza pela segurança e conforto. A cesta custa R$ 61.546, uma das mais caras da categoria, pode deixá-lo com o pé atrás.

Mas a questão mesmo está na concorrência dentro de casa: por R$ 50 mil a mais, você pode comprar o híbrido plug-in R-Design, com dois motores de 407 cv de potência combinada, e ter a certeza de que visitará o posto de combustível com muito menos frequência.

Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here