A Toyota surpreendeu na nova geração do Corolla com uma versão que abalou o segmento: primeiro híbrido flex do mundo, primeiro híbrido produzido no Brasil e híbrido mais barato do mercado nacional. Adicione ainda inéditos sistemas de condução semiautônomos, pós-venda de referência, valor de seguro convencional, revisões iguais às de qualquer outro sedã médio e uma das cestas de peças mais baratas do segmento para encontrar o campeão do Qual Comprar 2020 na categoria de híbridos e elétricos.

O sedã toma o posto do UX 250h, mas está tudo em casa, pois a Lexus faz parte do Grupo Toyota. São três motores, sendo dois elétricos (72 cv e 16,6 kgfm) e um 1.8 flex aspirado (101 cv e 14,5 kgfm) — a Toyota não divulga os números combinados. O desempenho, claro, não é o seu destaque: o zero a 100 km/h é feito em quase 13 s. Por outro lado, o consumo é de 16,7 km/l na cidade e de 12,7 km/l na rodovia. Indicamos a versão inicial, a Altis. Mas se você tiver R$ 7.700 para gastar, a Altis Premium traz itens como ar-condicionado de duas zonas e teto solar, entre outros.

Qual Comprar – Híbrido e Elétrico — Foto: Divulgação

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PONTO POSITIVO: A tecnologia híbrida e o inédito pacote de segurança jogam a favor do Corolla. O sedã ainda tem cinco anos de garantia total e oito para o conjunto híbrido.
PONTO NEGATIVO: O freio de mão ainda é convencional e faltam entradas USB e saídas de ar no banco traseiro. Equipamentoscomo teto solar e ar de duas zonas, são “opcionais”.

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O BMW i3 foi um dos pioneiros no quesito carros elétricos no Brasil. Lançado em 2014, o modelo já passou por um leve facelift e até hoje é uma boa opção para quem quer entrar nesse mundo — e no de carros premium. Ótimo para o dia a dia, o i3 tem 170 cv e 25,5 kgfm de torque. É ágil e o tamanho diminuto ajuda a estacionar em qualquer lugar. A autonomia é de 335 km, mas nosso conselho é escolher uma versão com o extensor de autonomia (Rex), um pequeno motor de 600 cm³ a combustão que tem a exclusiva função de gerar energia para as baterias. Ele fornece até 150 km adicionais.

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A versão híbrida do BMW Série 3 é recente — estreou em junho por aqui. É para quem gosta de acelerar e, ao mesmo tempo, tentar salvar o meio ambiente. Com o 2.0 turbo aliado a um motor elétrico, o 330e tem até 292 cv. Vai de zero a 100 km/h em 6,1 s, mais rápido que um VW Golf GTI. Já o consumo é melhor que o do VW Up! TSI, por exemplo: 24,2 km/l na cidade e 17,2 km/l na estrada, podendo rodar até 66 km sem gastar uma gota de combustível. Fique atento à cesta de peças, uma das mais caras entre híbridos e elétricos abaixo dos R$ 350 mil — só o farol custa mais de R$ 18 mil.

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O elétrico da Chevrolet talvez seja o melhor entre os hatches híbridos e elétricos. Apesar do preço elevado, tem 416 km de autonomia e desempenho de esportivo: 203 cv e vai de zero a 100 km/h em 7,3 s.

O torque instantâneo de 36,7 kgfm proporcionado pelo motor elétrico o ajuda na hora de arrancar velozmente. Com 2,68 m de entre-eixos e 478 l no porta-malas, o Bolt garante bastante espaço para ocupantes e bagagens. Traz painel de instrumentos digital, central multimídia de 10,2”, carregador por indução para smartphones e som premium Bose. A bateria tem garantia de oito anos.

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O carro elétrico mais barato do Brasil. Esse é o título que acompanha o iEV20, mas ele está R$ 15 mil mais caro desde o início do ano, quando era vendido a R$ 124.990. A proposta, a princípio, parece ser tentadora pelo custo/benefício. A autonomia pode chegar a 400 km, segundo a JAC, no modo de condução mais econômico, porém a velocidade fica limitada a 65 km/h e o ar-condicionado, mais fraco. A recarga pode levar até 18 horas dependendo da fonte de energia. Os custos de revisão e peças são os menores da categoria, assim como o porta-malas, que mal leva uma mochila.

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O iEV40 deu o pontapé inicial dos carros elétricos chineses no Brasil. A versão eletrificada do conhecido T40 tem o equivalente a 115 cv e 27,6 kgfm. De acordo com a marca, o carro pode rodar até 300 km com uma carga. Com uma proposta de SUV compacto, o iEV40 é mais sofisticado: painel revestido de couro artificial, materiais em black piano e detalhes cromados, multimídia de 8″, ventilação nos bancos e freio de mão elétrico. Custava na casa dos R$ 150 mil, mas o efeito coronavírus e a alta do dólar fizeram o valor aumentar – com isso, perdeu um pouco de seu apelo.

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Se você busca um hatch híbrido por aqui, só há duas opções: o Golf GTE e o CT 200h. E, acredite, o Lexus é mais barato. Só que o primeiro carro híbrido da marca de luxo da Toyota no Brasil… ainda é o mesmo carro de 2013, passou apenas por um facelift em 2017 e aumentou de preço. O modelo continua usando o conjunto do Prius de 2011: o 1.8 a gasolina de 99 cv aliado ao motor elétrico de 82 cv. São 14,9 km/l de média e zero a 100 km/h moroso: 12,6 s. A favor do hatch estão o acabamento e a lista de itens de série, com oito airbags, multimídia de 10,3″, GPS e câmera de ré.

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Com quase 5 metros de pura imponência, o veterano sedã da Lexus impressiona pela quantidade de cromados e, claro, pela gigantesca grade dianteira. O modelo atual tem 217 cv (resultado da junção do 2.5 a gasolina com um motor elétrico). Com câmbio CVT e tração integral, o zero a 100 km/h é feito em bons 8,9 s, já o consumo é de 16 km/l na cidade e 15,4 km/l na estrada. Há ainda dez airbags, carregamento de celular por indução, controle de cruzeiro adaptativo e faróis de LED. Só que o ES 300h como conhecemos hoje está aí desde 2012. Ou seja, uma nova geração se aproxima.

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Desde 2018, seguindo as diretrizes da Lexus, o SUV médio de luxo só é vendido em versões híbridas. O conjunto híbrido é formado por um 2.5 a gasolina e um motor elétrico — o mesmo conjunto do RAV4. Porém, o modelo tem menos potência: 200 cv. O consumo não impressiona: 12,6 km/l na cidade e 11,1 km/l na rodovia. Ao menos os itens de série são relevantes: desde a versão de entrada há oito airbags, alerta de mudança de faixa e controle de cruzeiro adaptativo. Fique de olho nas revisões, que custam mais de R$ 7 mil até os 60 mil km, e na cesta de peças de quase R$ 33 mil.

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Vencedor da categoria em 2019, o Lexus UX 250h perdeu seu posto para o Toyota Corolla Hybrid. Mas o instigante crossover continua a impressionar pelo visual e pelo consumo: em média, 17,9 km/l. O motor 2.0 a gasolina é aliado a um elétrico. São 181 cv e zero a 100 km/h feito em 8,7 s. O desempenho não é seu grande trunfo, porém não deixa a desejar. O preço aumentou, mas a diferença entre as versões diminuiu — de R$ 40 mil para R$ 33 mil. Apesar de ser menor e ter porta-malas de hatch (320 litros), o crossover esbarra no preço do RAV4, entretanto é mais luxuoso e bonito.

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O C 200 EQ Boost encareceu mais de R$ 50 mil em um ano – e ainda é R$ 41 mil mais caro que a versão C 180. Além disso, o Classe C está uma geração atrás dos produtos atuais da Mercedes. A nova geração será lançada no início de 2021 e logo poderá estrear por aqui. Fora isso, o sedã traz a solução eletrificada que utiliza um motor de arranque que funciona como alternador para carregar a bateria de 48V e auxiliar para o motor 1.5 turbo. São 14 cv extras – um total de 197 cv, o que garante um zero a 100 km/h em 7,7 s e 11,5 km/l de média. A cesta de peças é uma das mais caras.

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No Brasil desde 2018, a versão híbrida do Countryman ficou melhor na linha 2020. A bateria foi ampliada, de 7,7 kWh para 10 kWh. O resultado é um ganho de 12 km na autonomia no modo elétrico — pulando para 52 km. O 1.5 turbo se junta ao motor elétrico para produzir 224 cv, 6,8 s de zero a 100 km/h e 22,3 km/l na cidade e 23,6 km/l na rodovia. Os números são parecidos com os de uma picape diesel, pois é necessário rodar quase 850 km antes de reabastecer. A recarga leva cinco horas em uma tomada 220V. Por outro lado, a desvalorização pode passar dos 20% em um ano.

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O elétrico da Nissan estreou juntamente com o Chevrolet Bolt no Salão do Automóvel de 2018. Dois anos e uma pandemia depois, o modelo japonês é cerca de R$ 13 mil mais barato que o norte-americano, porém é bem menos potente: 149 cv contra 203 cv. Segundo a Nissan, uma carga completa na bateria garante uma autonomia que varia entre 241 km e 389 km, dependendo do trânsito e do estilo de condução. Já o Bolt percorre 383 km. É possível dirigir usando só o acelerador, e a recarga pode levar 40 minutos (carga rápida), 8 horas (WallBox) ou 20 horas (tomada convencional).

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Queridinho das startups de compartilhamento de veículos em grandes centros urbanos, o Zoe é opção para quem deseja um subcompacto e, ao mesmo tempo, é amigo do Greenpeace. Tem bateria de 41 kWh e entrega 92 cv, 22,4 kgfm e velocidade máxima de 135 km/h. Sua autonomia é de 300 km, segundo a Renault. A bateria pode levar de 3h a 10h para recarregar e não comporta recargas rápidas. O zero a 100 km/h é moroso: 13,2 s. Porte e autonomia não fazem do Zoe um carro para a família ou viagens longas — até porque há poucos pontos de recarga. O valor do seguro é um dos mais em conta.

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Com a chegada do Corolla Hybrid, o Prius se tornou alternativa apenas para os fãs do design ousado. Isso porque o “irmão” nacional tem um trem de força mais avançado e ainda é mais barato. Porém, o modelo tem suas qualidades, como bom espaço interno, suavidade e conforto para os passageiros. Os 111 cv dão um desempenho de carro 1.6 aspirado: 11,1 s até os 100 km/h. Mas o consumo pode chegar a 23 km/l. Visualmente, o carro ficou menos exótico com o facelift que mexeu drasticamente nas lanternas. Os custos de manutenção também são um pouco mais caros que os do Corolla.

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Se o Corolla híbrido não existisse e o RAV4 não tivesse aumentado de preço absurdamente desde a estreia, o SUV seria um forte candidato ao título. Ele chegou ao Brasil com um pacote interessante e valor competitivo. São 222 cv de potência combinada, o que o torna bem esperto. A Toyota afirma que o consumo é de 14,3 km/l na cidade e 12,8 km/l na estrada. Por não ser do tipo plug-in, a bateria é recarregada durante as desacelerações e as frenagens, assim como no Prius ou no Corolla. A plataforma TNGA garante bastante espaço e porta-malas de 580 l — o maior da categoria.

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A Volkswagen demorou para entrar entrar no segmento “verde” no Brasil. A versão híbrida do icônico Golf chegou ao país no final de 2019, mas foi lançada em 2014 no exterior e já estava até fora de linha. Por isso a marca só importou 99 unidades do hatch, que traz o 1.4 turbo aliado a um motor elétrico. Com 204 cv, o GTE é rápido (zero a 100 km/h em 6,7 s, marca próxima à do GTI) e econômico: faz mais de 20 km/l. O VW pode ser carregado na tomada e roda até 50 km no modo totalmente elétrico, alcançando máxima 130 km/h nesse modo. O seguro faz jus ao nome Golf: quase R$ 7 mil.

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Segundo sedã premium mais vendido neste ano (atrás do BMW Série 3), o S60 é uma boa opção no segmento, que tem ainda Audi A4 e Mercedes-Benz Classe C. Se você não quiser ser modinha, o Volvo tem ótimos predicados, assim como toda a linha da marca sueca. Também usa o 2.0 turbo aliado a um motor elétrico com 407 cv que faz média de 22,2 km/l. O rival direto é o BMW 330e, R$ 15 mil mais caro. O túnel central alto pode incomodar o ocupante do banco traseiro que ficar no meio. Só não estrague o farol ou o para-choque, caso contrário você vai precisar de mais de R$ 30 mil.

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O XC40 híbrido é o mais recente membro da família ecologicamente correta da Volvo no Brasil — e também o mais barato, apesar de custar R$ 245.950. Estreou neste ano com um conjunto diferente dos outros híbridos da marca: o motor 1.5 turbo de 180 cv aliado a um elétrico de 82 cv podem entregar 262 cv apenas no eixo dianteiro.

Traz tudo o que um SUV compacto de luxo precisa: desempenho (7,3 s até atingir os 100 km/h), consumo (14,6 km/l de média), espaço, tecnologia e segurança. O seguro é honesto, porém as manutenções até 60 mil km e a cesta de peças jogam contra.

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O modelo mais vendido da Volvo no Brasil é o XC60. O sucesso é tanto que agora praticamente todas as versões comercializadas por aqui são híbridas. Assim como o XC40, porém em uma embalagem maior, o utilitário reúne conforto, potência e luxo. São 407 cv, 19,5 km/l de consumo médio e zero a 100 km/h de esportivo: 5,3 s. Sem falar que é um dos carros mais seguros do mundo.

Vale ficar atento às revisões e à cesta de peças (só os amortecedores custam R$ 22 mil). Talvez a vida do XC60 se complique com a chegada do BMW X3 híbrido. A favor do Volvo está o preço mais em conta.

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