Virou lugar comum dizer que brasileiro é apaixonado por carro. Mas, todo ano, esse sentimento se confirma como verdadeiro, quando fazemos a pesquisa Os Eleitos, pesquisa exclusiva da QUATRO RODAS realizada há 21 anos e que é o grande destaque da edição de novembro (763).
Os Eleitos revela os melhores veículos do ano na opinião de seus próprios donos, que são quem aponta os pontos fortes e fracos de cada modelo, bem como do atendimento pós-venda das marcas.
A pesquisa parte dos 50 carros mais vendidos do mercado e pede aos proprietários que analisem seus veículos sob 23 aspectos, divididos em nove categorias: custos, confiança na marca, cobertura da rede, design, desempenho, segurança, dirigibilidade, conforto e manutenção. As respostas resultam em pontuação, que leva em conta a expectativa e a satisfação dos motoristas em relação aos modelos, o que permite comparar o desempenho dos carros entre seus pares e também entre modelos de segmentos diferentes.
O número de participantes e o conteúdo das declarações que eles fazem atestam que carro está entre os objetos mais queridos de nos sos motoristas. Na edição deste ano, não foi diferente. Passada a pandemia, o número de participantes mais que dobrou, foi de 928 para 2.289 inscritos.
Apresentamos a avaliação de 20 modelos divididos em seis categorias: hatches compactos, sedãs compactos, sedãs médios, SUVs compactos, SUVs médios e picapes. O resultado está imperdível e vale conferir!
Confira os campeões de todas as categorias de Os Eleitos 2022:
Honda Civic vence Os Eleitos 2022; proprietários destacam a confiabilidade
Confira outros destaques da edição de novembro
Comparamos os carros mais baratos do Brasil – O pequeno grupo de carros abaixo dos R$ 70.000 ganhou um novo integrante: o Citroën C3. O modelo, que também inaugura o novo posicionamento da marca no Brasil, um degrau abaixo do ocupado pela Peugeot, faz companhia a Renault Kwid e Fiat Mobi.Apesar de bem diferente dos subcompactos nas dimensões, o francês produzido em Porto Real (RJ) tem nos preços dois alvos bem definidos: as versões de entrada brigam com Kwid e Mobi, enquanto as intermediárias e topo de linha querem atingir hatches compactos como Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e o próprio Peugeot 208.
Aqui, colocamos o C3 em sua faixa mais acessível contra seus concorrentes, em suas versões equivalentes em preços. O Citroën considerado é o Live, que parte de R$ 68.990, contra Mobi Trekking, topo de linha, de R$ 69.580, e Kwid Intense, intermediário, que sai por R$ 69.490. Quem será que levou a melhor?
BMW IX1 XDRIVE30 – Primeiro carro elétrico da BMW na era moderna, o i3 teve a sua produção encerrada em meados deste ano por dois principais motivos: altos custos de produção e a iminente estreia de seu substituto, o inédito iX1.
O modelo, que também chega para ocupar o posto de elétrico mais barato da marca, debuta nas lojas alemãs neste mês de novembro e tem chances de chegar ao Brasil em 2023. Bem antes disso, porém, QUATRO RODAS foi até Regensburg, na Alemanha, onde o iX1 é produzido, para conhecê-lo de perto e saber se ele tem o mesmo potencial revolucionário de seu antecessor.
BYD SONG PLUS A BYD, que é a maior fabricante de automóveis da China, demorou para entrar no mercado de automóveis do Brasil. Agora, porém, quer recuperar o tempo perdido, a julgar pelos lançamentos que estão em curso.
Este mês estreia o primeiro SUV híbrido plug-in da marca, o Song Plus DM-i. E já chega sem pedir licença: se anunciando como o híbrido plug-in mais barato do país. Na fase pré-venda (que a fábrica não diz quanto tempo vai durar) ele custa R$ 269.990.
A unidade mostrada aqui foi uma das primeiras a desembarcar no país e, por isso, segundo a fábrica, ainda sem os ajustes finais das versões que vão chegar ao mercado a partir de dezembro.
Fiat Cronos 1.0 Drive – Substituir um carro que saiu de linha é uma tarefa árdua, em especial quando o antigo não era um sucesso em vendas e o novo modelo tem a missão de melhorar a situação. É exatamente essa a tarefa do Fiat Cronos 2023 equipado pela primeira vez com o motor 1.0 Firefly (75 cv/10,7 kgfm). Ele toma o lugar do Grand Siena, que foi descontinuado na virada do ano. Na linha 2023, o sedã compacto ganhou duas versões com o motor tricilíndrico, a de entrada (sem nome) e a Drive que convocamos para essa avaliação.
Volkswagen Polo 2023 – Se o Volkswagen Polo 2023 viesse embalado, seu rótulo indicaria “Nova fórmula” e algumas frases convincentes como “Menor consumo” e “Preço reduzido”. Mas nem mesmo a versão mais completa, como o Polo Highline Vermelho Sunset das fotos, é como antes. O Polo mudou mais do que parece e até ficou mais barato, mas é possível se acostumar a essa nova receita? Nós te contamos!
Kia Niro De quais lançamentos de Kia e Hyundai nos últimos anos você consegue se lembrar? Se o leitor pensa muito mais na fabricante do HB20 do que na irmã menor, é porque, de fato, a glória esteve mais ao lado da Hyundai nos últimos anos – principalmente no Brasil.
Mas a Kia está com saudade dos holofotes, e o Brasil vem recebendo alguns dos melhores carros fabricados pela coreana. O Kia Niro é um deles. Ele chega em duas versões, EX (R$ 204.990) e SX Prestige (R$ 239.990). Desde a EX, há um bom nível de equipamentos e atenção aos detalhes, além da mecânica híbrida. A topo de linha vai além e acrescenta elementos que tornam o Niro um carro digno de chamar bastante atenção.
Honda HR-V Touring – passa longe de ser um SUV médio, pelo menos no que diz respeito às dimensões externas. Mas as versões com motor 1.5 turbo talvez tenham carisma suficiente para convencer o consumidor de que podem ser uma opção aos Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos, pelo menos nas versões mais bararas.
Se os novos HR-V EX e EXL, lançados dois meses antes, apostavam no baixo consumo após a troca do motor 1.8 de 140 cv pelo 1.5 com injeção direta de 126 cv, as novas versões Advance e Touring se sustentam no desempenho proporcionado pelo motor 1.5 turbo com injeção direta, que agora é flex. Além de novos componentes que resistem ao poder corrosivo do álcool, agora são 177 cv (um ganho de 4 cv) e 24,5 kgfm (2,1 kgfm a mais). A montagem dele e do câmbio automático CVT agora é feita no Brasil, em uma nova instalação próxima ao Porto de Itajaí (SC).
Hyundai HB20 Comfort 1.0 Na linha 2023, o Hyundai HB20 mudou de forma significativa em design e conteúdo com o objetivo de manter a liderança nas vendas do segmento. Mas o conjunto motor e câmbio que equipa as versões de entrada do hatch desde o seu lançamento, há dez anos, seguiu inalterado nesta reestilização.
Trata-se do motor Kappa 1.0 aspirado, que rende 80 cv de potência e 10,2 kgfm de torque, oferecido com o câmbio manual de seis marchas. E ele equipa as três versões mais baratas do modelo: Sense, Comfort e Limited. A versão mostrada aqui é a intermediária Comfort, que partindo de R$ 80.490 já traz um pacote de equipamentos de série bem interessante.
Carta ao leitor: Jornalista x Influencer
Jornalista não é influencer. Influencer não é jornalista. O fato de estarem presentes nos mesmos canais de comunicação, principalmente os digitais, não os torna iguais. Jornalista compartilha notícias, serviços, opinião. Influencer comunica suas atividades, seus gostos, informação de seu interesse.
O fruto do trabalho do primeiro é jornalístico. Do segundo é publicitário (seja para promover o próprio influencer ou produtos). O jornalista deve evitar ser notícia, enquanto o influencer busca servir de modelo, ser imitado, seguido, idolatrado. A produção do jornalista se orienta por princípios de importância, clareza, precisão, isenção. A do influencer segue critérios comerciais, embora deva ter coerência, sob pena de soar falsa aos seguidores e também esteja sujeita aos efeitos das leis, como o Código de Defesa do Consumidor. Jornalista e influencer influenciam pessoas porque qualquer informação compartilhada, até mesmo em uma conversa de amigos, tem esse poder. Mas o objetivo de cada profissional é diferente.
O jornalista quer informar e o influencer, persuadir. Em seu livro Fake News e Inteligência Artificial – O Poder dos Algoritmos na Guerra da Desinformação, a autora, Magaly Prado, citando J. P. Sousa, diz:
“Quando comunicamos intencionalmente para influenciar, entramos no domínio da comunicação persuasiva, a que se recorre, por exemplo, na publicidade e propaganda […] Quando informar é o objetivo principal, circunscrevemo-nos ao domínio da comunicação informativa, normalmente patente no jornalismo […]”.
O conteúdo divulgado pelo jornalista vem das fontes de informações, enquanto o do influencer pode ser fornecido por quem o paga.
Antes do advento da internet, veículos de comunicação transmitiam informação, entretenimento e mensagens de publicidade em espaços separados. Por mais distraído que fosse, o público sabia quando era jornalismo e quando se tratava de publicidade. Agora, principalmente nas redes sociais, nem sempre isso fica claro. Mas, na QUATRO RODAS (revista, site e redes sociais), não fazemos confusão.
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