Preciso de trocar de carro. Rapidamente! Pois as sacanas das pernas dos miúdos teimam em não parar de crescer.

Os valores são bastante superiores aos de combustão, mas também já o eram no final dos anos de 1890. Leram bem: 1890!

É caso para dizer que mundo da locomoção começou de forma eletrificada, pois nessa década, o químico William Morrison conseguiu armazenar energia em baterias, e desenvolveu uma espécie de vagão eletrificado que tinha capacidade para seis pessoas e que se deslocava a 14 quilómetros por hora. Mas a diferença de valores entre o elétrico e o icónico automóvel de combustão criado por Henry Ford provocou um curto-circuito no projeto de William Morrison e transformou o Ford T num ícone mundial.

Antes desta aceleração na produção do T, em Nova Iorque chegaram a circular umas dezenas de táxis elétricos. E isto, pasmem-se!, a dobrar de 1800 para 1900! A par desta disputa entre os defensores dos motores a combustão e dos motores elétricos, Ferdinand Porsche, na dobragem do século, apresenta a sua grande inovação, aquele que foi considerado o primeiro híbrido da história, o automóvel Semper Vivus.

E como a história vive de ciclos, também na dobragem do século, mas no seguinte, a Toyota coloca no mercado o primeiro híbrido a ser produzido em série e a ser comercializado de forma massiva.

Hoje, já vemos um Tesla ao nosso lado, um Leaf pelo retrovisor e um híbrido de uma qualquer marca na nossa frente. Na paragem do 706, ali para os lados do Cais do Sodré lá se vão vislumbrando um ou outro autocarro elétrico da Carris. Que também, e perdoem-me a inflamação, não é assim grande inovação… pois a 13 de Fevereiro de 1970 a MAN apresentou o primeiro autocarro urbano elétrico. Enfim… as pernas dos meus filhos a crescer e eu a contar os trocos, porque eu até quero fazer bem ao planeta, mas esta boa ação fica bem mais cara.

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