A fidelidade à marca e a um determinado modelo é o segredo para o sucesso no mundo automotivo. E neste quesito, a Toyota é referência no país.

Por Renyere Trovão, especial para a Tribuna

A fidelidade à marca e a um determinado modelo é o segredo para o sucesso no mundo automotivo. E neste quesito, a Toyota é referência no país. Há anos a montadora domina as vendas nos segmentos de sedã médio, picape média e SUV premium com Corolla, Hilux e SW4, respectivamente.

Quando se fala em Toyota, logo as pessoas associam a um casamento duradouro e bem-sucedido entre cliente e marca. “Quem prova um dia, não abandona mais”, é a expressão que resume a imagem da marca no mercado.

E, em 2021, a trinca de carros caminha para fortalecer essa fama e também os reinados sem ter a liderança ameaçada

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Corolla atropela rivais em vendas

Nova geração do Corolla exposta no pátio da Toyota Sulpar, no Hauer, em Curitiba.

O Toyota Corolla é um fenômeno de vendas no mundo que se repete no Brasil. O modelo detém 56% do volume de emplacamentos em sua categoria, ou seja, mais que a soma de todos os rivais. 

“O motorista do Corolla preza pela confiança e segurança. E nessa última geração (lançada no fim de 2019), temos percebido a migração de clientes de outras marcas e segmentos”, salienta Priscila Polli, gerente de Novos e Seminovos da Toyota Sulpar Hauer, em Curitiba, para explicar alguns dos segredos de sucesso do modelo.

Priscila Polli, gerente de Novos e Seminovos da Toyota Sulpar Haeur.
Modelo Emplacamentos 2021 Fatia
Toyota Corolla 16.357 56,0%
Honda Civic 6.814 26,3%
VW Jetta 1.804 6,1%
Demais modelos 4.193 11,6%

Além do visual arrojado, que conquista clientes de diferentes idades, a motorização arranca elogios dos proprietários. São duas opções: 2.0 flex, de 177/ 169 cv e 21,4 kgfm de torque (etanol/ gasolina) e o exclusivo 1.8 híbrido flex, que combina três motores: um térmico e dois elétricos, rendendo juntos 123 cv e 16,6 kgfm.

A transmissão é a automática do tipo CVT para os dois, sendo que no motor 2.0 Flex há uma simulação de 10 marchas.

Corolla Hybrid, o carro híbrido mais vendido no Brasil.

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Condução semiautônoma

A tecnologia disponível é outra característica que fez a procura pelo sedã aumentar com a nova geração.

Destaque para os sete airbags; ar digital de duas zonas; luzes full led; quadro de instrumentos digital na versão Hybrid; multimídia de 8”; assistente de ponto cego nos retrovisores; alerta de tráfego traseiro cruzado durante a ré; teto solar elétrico; entre outros.

A nova geração do Corolla estreou no Brasil no fim de 2019.
O Corolla é equipado com 7 airbags de série.

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Há ainda o pacote Toyota Safety System, que melhora sensivelmente a já reconhecida segurança veicular da marca. O sistema entrega uma condução semiautônoma com o controle de cruzeiro adaptativo; na frenagem automática anticolisão, com identificação de pedestres, ciclistas e motociclistas; e no assistente de permanência em faixa, além do farol alto automático, que reduz a intensidade ao cruzar outro veículo.

“A melhora na potência da 12ª geração, aliada à redução no consumo de combustível, reforçou alguns atributos já valorizados pelo cliente do sedã, como dirigibilidade, conforto e espaço interno”, afirma Tânia Macedo, gerente de Novos e Seminovos da Toyota Sulpar Alto da XV.

Segundo ela, outro fator de fidelidade pelo carro é a baixa manutenção, a boa liquidez e a ótima valorização na revenda. A opção da versão híbrida flex, única entre os sedãs no Brasil, também resultou numa atração maior de consumidores.

Hilux mais potente e segura

De cada três picapes médias vendidas no Brasil, uma é Toyota Hilux. O modelo é líder absoluta de vendas no segmento há quase quatro anos.

Prova disso é que ela foi a última entre as concorrentes a ganhar uma atualização e, mesmo assim, as vendas continuaram aquecidas nos meses que antecederam a reestilização, ocorrida em novembro passado.

Com a renovação, a picape trouxe alguns atributos que indicam um reinado ainda mais próspero em 2021. 

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Toyota Hilux pelas ruas de Curitiba.

Motor turbodiesel de 204 cv

A começar pelo aumento da cavalaria do motor 2.8 turbodiesel, que agora entrega 204 cv e passa a ser a segunda picape mais potente do mercado com esse tipo de combustível.

O propulsor adotou um novo e maior turbocompressor, além de pistões redesenhados. Isso deu um salto de 15% na potência em relação à linha anterior (que era de 177 cv).

Nas versões com o câmbio automático de seis marchas, o torque aumentou em 11%, chegando a 50,9 kgfm – na transmissão manual, ele permanece com 45,9 kgfm. Segundo a Toyota houve ainda uma redução de consumo na ordem de 4%, também em função de ajustes no câmbio e na direção. Já o propulsor 2.7 flex continua com os 163/ 159 cv e 25 kgfm.

A linha 2021 trouxe uma redução de 4% no consumo do motor turbodiesel.

Segurança ativa

A atualização feita na oitava geração incorporou sistemas que deixaram a nova Hilux como a mais segura e confiável da história. Ela vem de série com controle de estabilidade e de tração, assistente de subida, luz de frenagem emergencial automática e três airbags (uma para o joelho do motorista) – na SRX sobe para 7 bolsas.

O modelo também conta com o pacote de tecnologia Toyota Safety Sense na versão SRX, o que amplia a segurança ativa do usuário.

“Cada vez mais os clientes estão preocupados com os itens de segurança. E a Toyota tem seguido essa linha de oferecer nas versões topo de linha o Safety Sense, assim como já é feito no RAV4 e no Corolla”, ressalta Priscila.

As versões SRX, SRV e SR a diesel vêm ainda com o assistente de descida, enquanto a SRV e SRX incorporam sensores de estacionamento dianteiros e traseiros.

A versão topo SRXvem com a tecnologia Toyota Safety Sense.

Vendas em 2021

A Hilux continua imbatível em vendas no segmento de picapes médias. De janeiro a maio, ela abocanhou 34% dos emplacamentos da categoria. Só em maio, foram 3.132 unidades comercializadas, o que fez ela ficar entre os 20 modelos mais vendidos no país no ranking geral.

Modelos Emplacamentos 2021 Fatia
Toyota Hilux 15.701 34,8%
Chevrolet S10 9.462 20,9%
Demais modelos 19.987 44,3%

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SW4 vende mais que o dobro das rivais
O visual do SW4 é descolado ao da picape Hilux

Assim como o Hilux, o Toyota SW4 passou por uma atualização no fim de 2020. Ganhou retoques visuais, mais tecnologia voltada à segurança e, principalmente, teve o motor 2.8 turbodiesel ajustado para despejar 204 cv.

Combinação que resultou num crescimento ainda maior nas vendas.  Em 2021, 4.869 novos exemplares chegaram às ruas até o fim de maio. Ou mais que o dobro que os dois principais concorrentes no segmento de SUV premium: Mitsubishi Pajero e Chevrolet Traiblazer venderam juntos 2.087 carros no mesmo período.

“Tivemos um aumento de 30% na comercialização do veículo. A venda do SW4 em Curitiba é bem significativa. Tem um cliente exigente, sofisticado, que gosta da robustez de uma caminhonete, conforto veículo de passeio e que preza pela aventura”, revela Moacir Cossia, diretor-Superintendente do Grupo Sulpar, que possui três lojas Toyota – duas em Curitiba e uma em Paranaguá.

Personalidade própria

As mudanças recebidas pelo SW4 seguem as mesmas da Hilux 2021, ambos os modelos feitos na Argentina.

Houve uma evolução da central multimídia e a adoção do piloto automático adaptativo, que acelera e freia o carro automaticamente conforme o ritmo do trânsito à frente.

Apesar de dividir a plataforma com a picape, o SUV tem personalidade própria, descolada do visual da Hilux desde a mudança de geração em 2016 – a Trailblazer continua sendo uma S10 com caçamba, por exemplo.

A versão topo SRX absorveu boa parte das novas tecnologias, inclusive com uma condução semiautônoma disponível no Corolla e Hilux.

Piloto automático adaptativo acelera e freia o carro automaticamente conforme o ritmo do trânsito à frente.

Motor 27 cv mais potente

O motor 2.8 turbodiesel ganhou um turbo maior e modificações para reduzir o atrito e melhorar o consumo.

O propulsor subiu 15% na cavalaria, pulando de 177 cv para 204 cv e 11% no torque, saltando de 45,9 para 50,9 kgfm a 2.800 rpm.

Segue gerenciado pelo câmbio automático de 6 marchas e tração 4×4 com reduzida. O tempo de aceleração de 0 a 100 km/h caiu de 11,8 segundos para 10,4 s.

Houve uma evolução da central multimídia do SUV SW4.

Na versão flex, o motor 2.7 rende 163/ 159 cv e 25 kgfm (etanol/ gasolina). A tração é somente 4×2 (traseira) e a transmissão também é a automática de 6 marchas.

“O SW4 tem excelente liquidez e supervalorização na revenda, o que não ocorre com seus concorrentes. Além disso, a fidelidade do cliente do SUV é maior que outros modelos da marca”, ressalta Moacir Cossia.

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