Lembra do simpático carrinho lançado aqui no Brasil em meados da década de 1950, o Romi-Isetta? Então… Não é que 70 anos depois ele serviu de inspiração para um lançamento cheio de tecnologia? A Micro Mobility Sistems apresentou na última sexta-feira (10), no Salão de Mobilidade IAA, em Munique (Alemanha), o Microlino 2.0, considerado a “versão elétrica”do Romi-Isetta.
As semelhanças entre o modelo de 70 anos atrás e o atual, no entanto, se resumem basicamente ao visual pouco convencional e, claro, aos olhares curiosos que o pequeno carro elétrico atrai. O novo modelo é basicamente igual ao protótipo revelado em 2020, com o mesmo visual retrô exterior, mas algumas modernizações.
“Após vários anos de desenvolvimento e mais desafios do que inicialmente pensamos, estamos orgulhosos de finalmente poder apresentar a versão de produção do Microlino”, comemorou Wim Ouboter, chefe da Micro Mobility Systems, satisfeito com o resultado obtido.
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Três versões e muita tecnologia
A versão que custará 12,5 mil euros é a Urban (foto acima), considerada mais básica. Ela terá a bateria menos potente das três, de 6 kWh, com a promessa de autonomia de 90 quilômetros. A segunda variante, batizada de Dolce, terá uma bateria de 10,5 kWh e, consequentemente, poderá rodar mais com uma única carga, alcançando 175 quilômetros. A terceira e última versão, chamada Competizione, é a mais completa e pode rodar até 230 quilômetros graças à bateria de 14 kWh. A velocidade máxima é de 90 km/h.
Independentemente da variante escolhida, a promessa da marca é que todos os Microlino 2.0 serão recheados de tecnologia. Uma das curiosidades está no fato de o carro não ter portas laterais. Isso mesmo. Os ocupantes (dois, no máximo), têm de entrar e sair do veículo pela parte frontal. A maçaneta é, na verdade, um botão, e todo o exterior do carro conta com faixas horizontais em LED.
O quadro de instrumentos, posicionado no eixo da direção, apresenta uma tela sensível ao toque. A princípio, parece simples, mas apresenta pareamento via Bluetooth e ainda permite que seu smartphone seja fixado a ela por meio de uma haste de alumínio. O acabamento interno (menos na versão mais básica) oferece opções com tecido premium e materiais em couro vegano. O porta-malas tem 220 litros de capacidade e, segundo a marca, é suficiente para “três engradados de cerveja… ou champanhe, se você preferir”.
O carregamento do Microlino 2.0 também promete surpreender. Segundo a marca, ele alcança 100% em apenas quatro horas ao ser conectado a uma tomada doméstica comum. “Caso você esteja com pressa, o Microlino pode ser carregado em apenas 1 hora em uma estação de recarga designada para carros elétricos”.
Fila de espera
A expectativa da marca é iniciar a produção do Microlino 2.0 ainda este ano, e as vendas, ao que tudo indica, serão um sucesso. A marca está projetando produzir 7,5 mil unidades por ano, mas já teria recebido 24 mil pedidos de reserva para o Romi-Isetta em sua versão elétrica. O preço inicial da versão mais básica (Urban) será de cerca de 12,5 mil euros (R$ 77 mil).
Ah, não podemos encerrar esta matéria sem citar que o Microlino 2.0 não deverá chegar sozinho às ruas quando começar a ser entregue. A marca anunciou que, além da nova versão do Romi-Isetta, também tem intenção de lançar a Microletta.
Ainda em fase conceito, ela é uma scooter elétrica que pode chegar a 80 km/h e com autonomia de até 100 km. A marca ainda não confirmou a produção em massa do veículo, mas já começou a receber reservas. O preço estimado pela Micro Mobility Systems para o produto é de 4.900 euros, ou seja, R$ 30,1 mil.
Fonte: Inside EVs, Micro
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