Veículo foi testado em Cascavel. Foto: Divulgação Mascarello
Já circulam na capital paulista sobre chassis BYD, modelos de carrocerias Marcopolo e Caio. Crise da Covid-19 flexibilizou regras para renovação de frota
ADAMO BAZANI
A SPTrans – São Paulo Transporte, que gerencia o sistema de ônibus da capital paulista, em resposta aos questionamentos do Diário do Transporte confirmou que a carroceria de um modelo da Mascarello para chassis de propulsão elétrica ainda está sendo analisada para eventual permissão ou não para circular nas linhas municipais.
“A SPTrans informa que está em fase de análise da carroceria do ônibus elétrico em desenvolvimento pela Mascarello”. – diz a resposta que não trouxe a previsão para o processo ser concluído.
Sendo assim, ainda não houve a homologação de acordo com o chamado “Padrão SPTrans” que reúne uma série de normas que devem ser aplicadas nas carrocerias, como resistência, itens de segurança e acessibilidade, disposição de bancos e balaústres, largura de corredor e visualização dos letreiros, entre outros.
A carroceria foi fixada num chassi da chinesa BYD, produzido na planta de Campinas, no interior de São Paulo.
Com os novos contratos assinados em 06 de setembro de 2019 e com a nova versão do artigo da Lei de Mudanças Climáticas sobre frota, é exigida a troca gradativa dos ônibus por modelos menos poluentes, que não precisam ser necessariamente elétricos, mas, para as metas de zerar emissões de gás carbônico a partir de 2037, somente esta tecnologia terá condições de atendimento.
Entretanto, por causa da crise gerada pelo avanço da Covid-19, a obrigatoriedade de troca de renovação da frota de ônibus passou por mudanças. Como mostrou o Diário do Transporte, em 25 de março de 2020, ficou vedada a inclusão de novos veículos no Sistema de Transporte Coletivo Público de Passageiros durante a situação de emergência. Foi aberta a possibilidade de se trocar apenas os ônibus que chegaram à idade máxima permitida, mas de forma facultativa. Por causa da paralisação parcial da frota, das indústrias de ônibus que concederam férias coletivas e da queda de arrecadação do sistema, a idade média dos ônibus na cidade foi elevada dos atuais cinco anos previstos em contrato para sete anos até 30 de abril de 2022.
Relembre e veja a tabela:
No sistema de ônibus da cidade de São Paulo existem já em operação comercial pela empresa Transwolff, da zona Sul, dois modelos de carrocerias sobre chassis da BYD, um da Marcopolo e outro da Caio.
A reportagem procurou a Mascarello na sexta-feira, 14, que não concedeu nenhuma informação sobre o ônibus para a capital paulista. Nesta terça-feira, 19 de maio, após a publicação da matéria, a encarroçadora informou ao Diário do Transporte que aguarda a homologação do sistema de ar-condicionado.
Leia a Nota na íntegra:
“A engenharia da SPTrans já procedeu a inspeção de validação do cabeça de série, tendo aprovado o carro. O veículo agora encontra-se na fase de homologação de eficiência do sistema de ar-condicionado, o que deve ser concluído nos próximos dias, onde vai se fazer a homologação final, pela SPTrans, do modelo Mascarello Gran Metro versão SPTrans Low Entry“.
A reportagem noticiou em 11 de março de 2020 que a Mascarello juntamente com a BYD anunciaram o início dos testes do modelo em Cascavel, no Paraná, e que a intenção é levar o protótipo para outras cidades.
Relembre:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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