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A procura de seguros para carros elétricos no Brasil subiu mais de 800% de abril de 2023 a maio de 2024, indica levantamento da Agger, plataforma de gestão e cotações de seguros. Nos cinco primeiros meses deste ano, já foram cotados mais de 345 mil seguros. Somente no mês de maio foram realizadas mais de 84 mil cotações para automóveis desta categoria, com os modelos Dolphin Mini, Dolphin EV e ORA 03 SKIN liderando o ranking dos mais procurados.
O carro elétrico já é algo que entrou na vida dos brasileiros, à medida que a tecnologia avança e a consciência ambiental cresce, a busca por alternativas mais sustentáveis ao transporte convencional tem impulsionado as vendas de eletrificados.
Para a Agger, os dados acompanham o crescimento das vendas de veículos eletrificados, que devem crescer 61% em 2024 em relação a 2023, segundo previsão da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). A entidade indica que, de janeiro a abril deste ano, foram emplacados mais de 20 mil automóveis desta categoria.
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O levantamento verificou também que o perfil do público que está em busca do seguro para carros elétricos vem se alterando durante o ano. Segundo dados da Agger, a idade no início de maio de 2023 era em média de 51 anos. Já em maio deste ano, diminuiu para 45 anos. No ranking de estados que estão adotando este modelo, São Paulo lidera nas cotações para carros elétricos, seguido de Minas Gerais e Santa Catarina.
“Com a mudança de comportamento do consumidor, que está cada vez mais atento às questões sustentáveis, temos uma crescente adoção de veículos elétricos e, consequentemente, surge a necessidade de seguros específicos para esse tipo de veículo”, aponta Gabriel Ronacher, CEO da Agger. Ele destaca também que as seguradoras estão se adaptando a esse cenário e desenvolvendo produtos que atendam às necessidades específicas dos proprietários de veículos elétricos, como cobertura para baterias e recarga.
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“Os automóveis movidos à eletricidade possuem valor de compra e manutenção acima da média. Porém, eles não necessariamente terão um preço de seguro mais alto dos convencionais. Isso porque cada seguradora avalia individualmente o modelo e características para determinar o valor do seguro, seguindo o mesmo critério dos carros à combustão”, explica Ronacher.
O que pode acabar ficando mais caro para o proprietário é o custo da franquia (participação obrigatória do segurado no prejuízo e que é dedutível em cada evento de perda parcial). É o caso do analista de sistemas Alessandro Queiroz, 38, morador de Natal (RN), que compartilhou a sua experiência como proprietário (e segurado) de um automóvel 100% elétrico em episódio do “Tá Seguro?”, videocast do InfoMoney que descomplica o universo dos seguros, disponível no YouTube e nas principais plataformas de podcast.
De acordo com os especialistas, apesar de estar crescendo em número de vendas, o custo da franquia no segmento dos elétricos acaba sendo mais caro por alguns motivos:
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ainda há poucos dados disponíveis para as seguradoras calcularem o custo médio de reparo e de tempo para a chegada das peças;
as tecnologias envolvidas também são mais caras;
há menos oficinais especializadas e habilitadas para fazer os reparos.
Segundo Geísa Pinheiro, coordenadora de Assistência e Sinistros da corretora de seguros Bancorbrás, a tendência é que o cenário mude e os preços reduzam em breve. “Até o mês de março tínhamos poucas seguradoras que aceitavam o veículo elétrico, mas hoje nós temos muito mais aceitando. Com o passar do tempo isso vai se normalizar. O valor da franquia vai reduzir, o prêmio [preço do seguro pago pelo consumidor à seguradora] também vai reduzir”, pondera.
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Fonte: Busca por seguro de carro elétrico salta 800% em 1 ano no Brasil, mostra levantamento