O polêmico (e de efetividade discutível) rodízio ampliado de São Paulo começa nesta segunda (11) com a maior restrição da história do programa. A partir de hoje somente poderão circular carros com placa final par nos dias pares e vice-versa. Só que, além dos veículos de emergência, taxistas e de prestadores de serviços essenciais, outra categoria estará livre para rodar pela capital paulista: a dos elétricos e híbridos.
Esses modelos estão isentos do rodízio municipal desde 2015, e terão sua “imunidade” garantida durante a restrição ampliada imposta pelo governo de Bruno Covas (PSDB). Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), “todos os carros que já tinham isenção do rodízio antes da quarentena continuarão livres da restrição”.
Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), foram emplacados no Brasil até 2019 22.740 veículos híbridos e elétricos. Veja abaixo os principais modelos que possuem ao menos uma versão neste segmento que, a partir de hoje, tem uma vantagem extra em relação aos carros convencionais: trânsito livre pela cidade de São Paulo:
Audi:
A6, A7 Sportback e Q8 — híbridos leves/parciais
Apesar de até mesmo algumas marcas se recusarem a chamar esses modelos de híbridos, o auxílio elétrico na propulsão é o suficiente para o governo colocar esses veículos no mesmo balaio dos híbridos plenos (capazes de rodar só com o motor elétrico)
e-tron — elétrico
Naturalmente o primeiro SUV elétrico da Audi também se beneficia da isenção do rodízio, mas será uma vantagem para poucos: o preço sugerido pelo modelo parte de R$ 499 mil
BMW
Séries 3 — híbrido pleno (F30) / híbrido plug-in (G20)
Série 5 — híbrido plug-in
Série 7 — híbrido leve/parcial
i3 — elétrico
O primeiro carro híbrido da BMW no Brasil foi o Série 7, que ainda usava a tecnologia parcial/leve. Pouco tempo depois a penúltima geração do Série 3 teve algumas unidades da versão híbrida plena vendidas no Brasil.
A marca só entrou de cabeça na eletrificação com a chegada do i3 (e, posteriormente, do já descontinuado i8), hatch que estreou como um elétrico de autonomia estendida e agora também é oferecido com versão movida só por eletricidade.
Atualmente ela oferece, além de um modelo elétrico, dois híbridos do tipo plug-in, que podem ser recarregados na tomada
Chevrolet
Bolt — elétrico
O hatch ligeiro é o único modelo da GM no Brasil detentor do “passe livre” no rodízio paulistano.
Ford
Fusion Hybrid — híbrido pleno
O primeiro carro do Brasil capaz de rodar usando só eletricidade (ainda que por pouquíssimos quilômetros) saiu de linha recentemente, mas foi um dos responsáveis por aproximar a tecnologia híbrida para um filão abaixo dos carros super-premium.
JAC
iEV 20, 40, 60 e 1200T — elétrico
A marca chinesa procura manter o fôlego no Brasil ao flertar com a venda exclusiva de veículos elétricos no Brasil. Apesar das vendas ainda tímidas, o quarteto tem passe livre na capital paulista.
Jaguar
I-Pace — elétrico
O luxuoso crossover elétrico já brilhava por conta de seu desempenho, e agora pode se destacar em meio à frota restrita paulistana.
Land Rover
Evoque — híbrido leve/parcial
Range Rover e Range Rover Sport — híbrido plug-in
A marca britânica demorou para oferecer motorizações híbridas no Brasil, mas, quando o fez, já chegou com alternativas plug-in, que podem ser recagarredas na tomada.
Lexus
CT, NX, ES, LS — híbrido pleno
A única marca do Brasil a ter um porftólio exclusivamente híbrido agora pode brilhar, pois qualquer carro que você escolher em um showroom da Lexus pode rodar sem preocupações em São Paulo
Mini
Countryman S E — híbrido plug-in
O interessante SUV pode ser recarregado na tomada e, como outros de sua categoria, pode rodar mais de 50 km sem usar gasolina. Só não pode abrir mão da máscara!
Mercedes
Classe C, E, CLS e S — híbrido parcial
EQC — elétrico
A pioneira ao vender um carro híbrido no Brasil, há dez anos, recusou esse status ao C200 EQ Boost, primeiro carro com dois motores produzido no Brasil. Para o motorista o que importa é que todos esses modelos estão isentos do rodízio paulistano.
Mais barato que o rival e-tron, o elétrico EQC também conta com o benefício. Ah, a marca também importou diversas unidades do smart ForTwo elétrico para o Brasil, mas como eles não foram comercializados oficialmente, ficam de fora desta relação.
Nissan
Leaf — elétrico
O elétrico mais vendido no mundo só chegou ao Brasil em sua segunda geração, e será o único “isentão” da marca até o lançamento do inédito Kicks híbrido
Porsche
Panamera, Cayenne — híbrido plug-in
Nada é mais elitista do que um esportivo que pode custar mais de R$ 1 milhão ter um benefício distante para qualquer veículo popular. Mas não somos nós que fazemos as regras, então se você é um feliz dono de qualquer versão híbrida da gama Panamera ou Cayenne, aproveite seu trânsito livre.
Renault
Zoe — elétrico
Um dos elétricos mais baratos do Brasil está prestes a ser reestilizado, mas enquanto sua (agora incerta) atualização não chega ao País, os donos das primeiras unidades não precisam se preocupar se o final de sua placa é ímpar ou par.
Toyota
Prius, Corolla, RAV4 — híbrido pleno
A responsável por popularizar de vez os híbridos no Brasil agora pode colher os frutos de investir até na inédita tecnologia híbrida flex.
Volvo
XC40, XC60, XC90, S60, S90 — híbrido plug-in
Em tempo: só a perua V60 não oferece propulsão híbrida no Brasil. Todos os outros modelos da marca oferecem pelo menos uma versão “rodízio free”. E em breve chega por aqui o XC40 elétrico.