Componente está sendo desenvolvida em parceria com uma empresa chinesa e promete nivelar o preço dos elétricos ao dos carros com motor a combustão
A Tesla, fabricante de carros elétricos, tem planos de introduzir no mercado uma nova bateria para carros elétricos, com maior durabilidade e menor custo. O primeiro modelo a receber a nova bateria da Tesla seria o Model 3, na China, no fim deste ano ou no começo de 2021.
Há a expectativa que a nova bateria faça com que o preço dos carros elétricos fique compatível com o valo de carros a combustão. Elas teriam uma vida útil de 1,6 milhão de km antes de demandarem a troca, e ainda poderiam ter um segundo ou terceiro ciclo de vida, após o uso nos automóveis, no sistema de geração e distribuição de energia.
Desde maio, o controverso “chefão” da Tesla, Elon Musk, está provocando rivais e investidores anunciando que iria revelar um significativo avanço nas baterias utilizadas pela montadora de carros elétricos.
A nova superbateria de 1,5 milhão de km da Tesla foi desenvolvida em conjunto com a empresa chinesa Contemporary Amperex technology Ltd (CATL). Especula-se ainda que que, eventualmente, versões melhoras dela poderão ficar ainda mias baratas. Elas inicialmente serão utilizadas na China e depois em outros mercados.
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Como baratear a bateria?
As novas baterias da Tesla terão novas tecnologias como a dispensa de utilização de cobalto – metal mais caro em uma bateria – em sua química e o uso de componentes que reduzem o “estresse” interno, permitindo armazenar mais energia, além de baratear a produção.
A Tesla também irá construir uma “terafábrica” na China, cerca de 30 vezes maior do que a famosa “gigafábrica” que ela tem nos Estados Unidos. A terafábrica seria altamente robotizada e automatizada, o que iria contribuir para a redução de custos e aumentar o volume de produção.
Já a CATL desenvolveu um novo modo de montar as baterias, chamado “cell-to-pack”, o que ajuda na redução de custo e no tamanho e peso delas.
A Tesla também está investindo na reciclagem de baterias para recuperar metais nobres como níquel, lítio e o próprio cobalto. A empresa ainda tem ambição de, com uma frota de 1 milhão de carros, e utilizando as baterias em um segundo ciclo de vida, entrar no segmento de fornecimento e distribuição de energia.
Já existe carro elétrico sem bateria (e tem tudo a ver com o Brasil). Boris Feldman fala dele: