Em Brasília, já existe uma movimentação política para atrair um grande fabricante de carros elétricos, que é citado pelo portal W3, como uma das marcas mais valiosas do mundo.
Sem citar nomes, a matéria diz que o Deputado Federal Daniel Freitas (PSL/SC) já se reuniu com o Ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, para aproximar o governo federal dessa empresa, mostrando que o país tem potencial para atrair o investimento.
De acordo com o deputado, a empresa estaria se destacando no desenvolvimento de carros elétricos de alto desempenho. Diante disso, com ajuda do governo, através do Ministério da Ciência e Tecnologia, o país poderia se tornar mais viável para este fabricante, que pela descrição parece ser a Tesla.
Freitas ressalta: “O Brasil tem um campo tecnológico em constante crescimento, mão de obra qualificada, um Governo que investe e acredita em iniciativas do setor de ciência e tecnologia. Além de uma grande oportunidade de abertura de mercado, atrairia uma empresa que investe em energia limpa, gerando emprego e renda para os brasileiros”.
Autor do projeto de lei PL 4825/2019, que isenta carros elétricos de IPI e Imposto de Importação até 2029, Daniel Freitas quer criar uma comitiva liderada pelo presidente Jair Bolsonaro para visitar a sede dessa montadora e apresentar uma proposta para construção de uma fábrica em solo nacional.
Tesla?
Como se sabe, a Tesla está em um processo de expansão após lucros recentes e valorização que a tornou a segunda marca de carros mais valiosa do mundo, ficando atrás apenas da Toyota. Após a Gigafactory 3, em Xangai, Elon Musk partiu para a Alemanha, onde fará a Gigafactory 4 em Berlim.
Cobrindo os mercados dos EUA (onde pode ainda ter uma fábrica no Texas), Europa e China, a Tesla pode se voltar aos mercados emergentes. Brasil e Índia estão na lista dos países onde o Model 3 será vendido oficialmente.
Em matéria recente sobre a “Giga Texas”, chegamos a sugerir o México como ponta de lança para atingir os mercados emergentes, uma vez que o país latino tem acordos automotivos com ambos e é uma plataforma de exportação, sem contar a proximidade com os EUA.
Caso seja de fato a Tesla, o Brasil poderia ter um salto enorme com o nível tecnológico de uma fábrica da empresa aqui. Mesmo sendo uma Gigafactory, isso não significa que ela precisa começar com 500.000 carros como a alemã.
Na China, a produção inicial é de 150.000 por ano. Aqui, a exportação aos países vizinhos seria obrigatória. Se o Brasil acabar recebendo essa fábrica, abriria a possibilidade de instalação de outra Gigafactory, mas na Índia, alimentando o crescente mercado local, que excluirá carros a gasolina e diesel em 2030.
Em busca de se tornar a maior fabricante de carros elétricos do mundo, a Tesla teria dois importantes mercados que atingem as regiões da América do Sul, Sudeste Asiático, África e Oceania.
[Fonte: W3]