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O novo Honda City Hatchback Touring 1.5 chega ao mercado brasileiro para substituir o finado Honda Fit. O monovolume se aposentou e deu lugar ao hatch, que tem com um ótimo espaço interno. Do lado de dentro, são 2,60 m de entre-eixos, o que faz dele o hatch com um dos melhores espaços internos da categoria. Custando R$ 129,1 mil, a versão Touring do Honda City entrega uma configuração com um excelente pacote de segurança. Outro detalhe positivo é que o City hatch chega com uma proposta de economia de combustível. E, sim, o carro é bem econômico. Em nossos testes, chegamos a fazer 19 km/l na estrada, conforme mostraram os dados de consumo do computador de bordo.
Voltado ao quesito segurança, assistente de partida em rampas, controle de velocidade adaptativo, assistente de permanência em faixa, controle de tração e estabilidade, airbags frontais, laterais e de cortina, freios ABS, câmera de ré e faróis com regulagem de altura são alguns dos principais itens que equipam esse hatch, que, além de toda a segurança, entrega também conforto. Mesmo em ruas esburacadas, a suspensão tem uma boa calibragem: é rígida e, ao mesmo tempo, consegue ser macia na medida certa.
Rodar com o carrinho de origem japonesa – mas de fabricação brasileira – pelas ruas do Recife é uma tarefa fácil. O automóvel tem um tamanho razoável (4,34 m) para as tarefas do dia a dia, mas sem deixar de lado o espaço interno. No ciclo urbano, os 126 cv de potência e 15,8 kgfm de torque (etanol) são suficientes. Aliado a um câmbio CVT de sete velocidades, a transmissão não dá trancos e faz as trocas de marchas com sutileza. Mesmo nas reduções, o câmbio faz um bom trabalho e, em muitas situações, a troca de marcha é quase imperceptível.
Conforto
Do lado de dentro do City, vários itens de conforto equipam o hatch. A central multimídia de 8″ tem conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay. No entanto, a conexão, em alguns momentos, não é estável e desconecta o smartphone, o que torna um pouco desagradável ter que ficar conectando novamente o seu dispositivo. Apesar desse problema – pode ser pontual com a versão testada -, a tela é bem intuitiva e o touch screen é bastante responsivo. Por meio da tela, é possível configurar o dispositivo, regular graves e agudos do sistema de som, conexão bluetooth, ajustes de tela, idioma, entre outras coisas.
Por falar em sistema de som, o Honda City tem auto-falantes com um ótimo desempenho e surpreende. Os graves são envolventes e, em viagens mais longas, os passageiros podem aproveitar para curtir suas músicas preferidas. Por falar em viagem, o Honda City entrega um rodar suave nas rodovias. Mesmo em trechos com remendos na via, o hatch consegue filtrar bem as irregularidades. O carro é macio e, mesmo em velocidades mais altas, continua com uma boa estabilidade.
Um recurso de ajuda é o LaneWatch. Ao dar seta para direita, uma câmera localizada abaixo do retrovisor direito é acionada na central multimídia e exibe uma imagem com ótima qualidade. A imagem ajuda o condutor a se certificar de que não há nenhum veículo em seu ponto cego.
Um ponto negativo é o banco do meio. O assento é mais elevado, o que torna um pouco desconfortável uma viagem com cinco ocupantes, principalmente para quem vai no meio. Por outro lado, a saída de ar-condicionado para a segunda fileira de bancos acaba compensando a falha. Mas, em viagens mais longas, o assento pode ser um problema.
O porta-malas tem 268 litros de capacidade. Suficiente para levar algumas bagagens -não muitas-, afinal se trata de um carro compacto. Carros como Hyundai HB20 (300 litros), Renault Sandero (320 litros) e Chevrolet Cruze RS (290 litros) têm um porta-malas com uma capacidade um pouco maior do que a do Honda City.
Consumo
Segundo a Honda, o City consegue fazer uma média de consumo de 13,3 km/l no ciclo urbano. Em nossos testes, após rodar 186 quilômetros apenas no perímetro urbano, o City mostrou 12,4 km/l no computador de bordo, abastecido com gasolina. Durante todo o tempo, o ar-condicionado estava ligado, e o trânsito da capital pernambucana contribuiu para jogar as médias de consumo para baixo. Os 186 quilômetros rodados foram tanto em trechos com engarrafamentos como em trechos livres, com pouca circulação de veículos nas ruas.
Ao levar o carro para a estrada, resetamos o computador de bordo para ter uma média de consumo totalmente baseada no perímetro rodoviário. Com retomadas suaves, andando a 90 km/h, 100 km/h (limitação da pista), o Honda City marcava 19 km/l no computador de bordo, após um trecho de 92 quilômetros na estrada. O carro estava abastecido com gasolina. A média de consumo é superior ao indicado pela marca – 14,8 km/l.
Uma dica interessante para conseguir economizar combustível no Honda City é ir guiando-se pelo computador de bordo. Lá, há uma barrinha que indica o consumo instantâneo. Por meio dela, o condutor pode perceber que onde mais se gasta é ao tirar o carro da inércia. Com isso, você vai aprendendo a guiar o carro da maneira correta, evitando acelerações bruscas e tentando antecipar os sinais de trânsito.
Fotos: Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco
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